Viagens do ano: 2023

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Ahhh, um dos meus textos preferidos de fazer nesse humilde blog, o post de viagens do ano! Venho seguindo essa tradição há um bom tempo, e você pode ver a retrospectiva de 2022 aqui. No mesmo link eu deixei marcado os posts dos anos anteriores também.


2023 começou da pior maneira possível na nossa vida pessoal, e eu realmente não esperava nada pra esse ano. Só queria que o tempo passasse pra que a gente tentasse se recuperar do baque de 2022. Aos poucos, as coisas foram melhorando, e alguns tímidos planos de viagem foram surgindo.


Já em fevereiro combinei um fim de semana na Itália, mais precisamente em Roma, pra encontrar duas amigas. Como uma delas mora na Itália e na época estava amamentando, não poderia ir muito longe ou se ausentar por muito tempo, e Roma foi um destino que funcionou bem pra nós três. Foi muito bom passar esse fim de semana sem compromissos, só comendo bem, apreciando gelatos, colocando a conversa em dia e me sentindo acolhida pelas amigas.





Em busca do passado ou a possibilidade da cidadania espanhola

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(tem update de 2024 no fim do post) Durante a pandemia, eu acabei "ganhando" muitas horas livres já que tive a carga de trabalho reduzida. Naquele 2020, eu comecei vários projetos novos, e um deles foi ir em busca dos meus antepassados. Explico: eu já sabia que não tinha direito à cidadania espanhola, mas somente por título de curiosidade, queria saber mais.


Da parte do meu pai, meus dois avós eram filhos de espanhois, ou seja, todos os quatro bisavós vieram da Espanha para o Brasil. Quando minha avó ainda era viva, ela me contava algumas histórias e me dava algumas informações, mas muita coisa era fragmentada, sabe? Então eu tinha pouco conhecimento sobre essas pessoas, a não ser alguns nomes.


Bom, em 2020 eu comecei do começo: através de algumas buscas no site FamilySearch, tive acesso à certidão de nascimento do meu pai (e as certidões de nascimento brasileiras trazem também os nomes dos pais e avós), então com essas informações, fui trabalhando "pra trás": dos meus avós para os bisavós.




O primeiro trimestre do bebê R&B

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Eu estava muito, mas muito ansiosa pra finalmente escrever esse post aqui! Pra quem acompanha o blog, sabe que 2022 foi um ano muito difícil na questão gravidez. Tivemos algumas perdas, um fim de ano catastrófico, muitos traumas.


Pra quem já vinha tentando engravidar desde 2021, foi um baque começar 2023 sem ter saído o lugar. Eu não imaginava que seria assim conosco, me sentia injustiçada, mas ao mesmo tempo até culpada por tudo. Pensava que não tinha conseguido levar a gravidez adiante por inúmeros motivos (porque não acredito em deus, porque eu não quis ser mãe por grande parte da minha vida, porque tudo na minha vida já era bom e eu merecia sofrer, etc.).


Foram meses após a perda da Ayla pra nos reerguermos e decidirmos voltar a tentar novamente. E lá se foram uma, duas, três tentativas... e um atraso na menstruação. Quando você já passou por gravidez química, perda no primeiro e segundo trimestre, um atraso não significa nada. Até porque, mesmo nessas tentativas de 2023, eu tive atrasos, inclusive certeza absoluta que engravidei na viagem do Japão, porém dias depois a menstruação veio. Não cheguei a fazer o teste, mas sei que teria dado positivo. Então, no geral, tinha muito medo.





Viagem entre amigas: edição Romênia

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No ano passado, fiz uma viagem com duas amigas queridas pra Budapeste: a N. e a J. A viagem foi em junho de 2022 e foi maravilhoso passar dias com elas fofocando, batendo papo, comendo, passeando e passando tempo de qualidade juntas.


Na época eu tinha as melhoras das intenções em fazer um post contando sobre nossos dias por lá, mas se você me conhece ou lê meu blog, sabe que ano passado não foi nada fácil. Acabei deixando o post pra lá, mas combinei com as amigas que repetiríamos a viagem em 2023.


Uma coisa engraçada, é que eu tinha sugerido irmos pra Bucareste, na Romênia, e elas haviam topado. Porém, por algum motivo que ninguém explica, na hora de comprar as passagens, eu comprei... pra Budapeste! hahaha Na época eu não tinha percebido esse erro, mas no fim foi ótimo, porque Budapeste é uma cidade linda e foi super agradável do mesmo jeito!



Estudando irlandês na Gaeltacht

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Eu não tinha me dado conta que a última vez que falei sobre estudar irlandês nesse humilde blog tinha sido ainda em 2020, quando contei sobre os motivos pelos quais eu quis começar a estudar essa língua. E olha, muita água rolou de 2020 pra cá.


Fiz alguns cursos online, fiz aulas particulares pelo italki, escutei música, li livros, me encontrei semanalmente com a Tarsila pra estudarmos juntas... e nessa, já vão aí mais de três anos de irlandês na minha vida. Não tenho pressa de aprender - primeiro porque não tenho necessidade de aprender. Segundo que eu tô curtindo muito o processo de modo geral, realmente não lembrava como era aprender uma língua assim do zero!


Nesses anos estudando com a Tarsila, concluímos o livro Gaeilge Gan Stró 1 e a gramática Basic Irish. Atualmente estamos terminando o primeiro terço do livro Gaeilge Gan Stró 2.





Debaixo de chuva em Veneza

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Não é surpresa pra ninguém que minha cantora favorita é a Laura Pausini. Já fui em shows dela diversas vezes (2 vezes em SP, depois uma em Roma, uma em Milão, uma em Paris e agora... em Veneza!). A última vez tinha sido Paris em 2018, e com pandemia, fim do mundo, etc, fazia tempo que ela não lançava nada novo e nem fazia turnê.


Em 2023, Laura anunciou um novo álbum e com ele uma turnê mundial. No entanto, antes de começar a turnê em si, ela faria dois shows especiais em duas cidades nas quais ela nunca havia se apresentado antes: Verona e Sevilha. Esses shows seriam feitos em praças públicas e teriam um setlist diferente do que seria o resto da turnê. Pra quem é fã, um prato cheio, né?


Felizmente, o show de Veneza cairia numa sexta e eu não me contive: precisava ver essa mulher de novo, ainda mais na Piazza San Marco. Tinha ido pra Veneza em julho do ano passado e me apaixonado, então a possibilidade de ir novamente me apeteceu muito. Conversei com minha amiga Ana que também gosta da Laura e concordamos de ir juntas.



1 dia em Doha, no Qatar

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Eu nunca pensei em visitar o Qatar. Não me leve a mal, eu tinha (e tenho) interesse em conhecer países do Oriente Médio, mas o Qatar em si, nunca me chamou a atenção, ainda mais pós escândalos Copa do Mundo e tal. No entanto, quando começamos a planejar nossa viagem pro Japão e Coreia, os melhores voos voltando da Coreia faziam uma parada em Doha. E bem, já que teríamos que fazer conexão por lá, por que não fazer uma paradinha pra conhecer?


Chegaríamos super cedinho vindo da Coreia, então reservamos o hotel já da noite anterior pra poder chegar e pelo menos dormir umas horinhas. Foi a melhor decisão! O voo tinha saído de Seoul uma e pouco da manhã, e não dormimos quase nada pra chegar no Qatar 06:30am.


Pegamos um táxi pro hotel, fizemos o check-in e dormimos um pouco. Como eu tava meio doente, o objetivo do dia era fazer o mínimo possível só pra ter um gostinho mesmo e foi isso que fizemos. Aliás, o hotel em si foi ótimo - tão bom quanto aquele de Dubai, e pagamos 100 euros por noite sem o café incluso.


Último da Coreia: Memorial da Guerra e comidas

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Nosso último dia de Coreia seria longo: faríamos o check out do hotel e iríamos pro aeroporto à noite, já que nosso vôo pra Doha (Qatar) seria lá pelas 11 da noite. Sendo assim, não acordamos tão cedo, ainda mais porque muita coisa já estava arrumadinha nas malas.


No dia anterior eu tinha feito várias compras, mas não tinha ido numa loja da Missha, uma marca que adoro e sempre compro online. A loja era super perto do nosso hotel, então deu pra eu olhar minhas coisinhas de boa, sem muitos turistas por perto (apesar de que a vendedora ficou em cima como nas lojas no dia anterior...). De lá, pegamos um ônibus pra conhecer o War Memorial.


Quando fomos pro Vietnã, foi uma experiência muito enriquecedora conhecer a versão deles da história em relação à guerra com os EUA, assim como no Laos. Então pra nós que gostamos de história, seria uma oportunidade super interessante conhecer esse museu em Seoul. Porém, não foi tão fácil chegar. Ao descer do ônibus, o mapa nos levou pra umas ruas e não víamos o museu de jeito nenhum. Google Maps, Naver Maps, e depois de zanzar por quase uma hora, atravessamos a avenida e conseguimos achar a entrada!

Compras de skincare na Coreia e vista de Seoul

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Antes de embarcar nessa viagem pro Japão e Coreia, eu já sabia que com certeza ia querer separar umas horas pra fazer compras. Viajar pra comprar definitivamente é uma coisa que eu não tenho o hábito de fazer, mas eu sou consumidora ávida de produtos de cuidado com a pele asiáticos, e algumas marcas de maquiagem também. Consumo essas coisas há anos e tenho o hábito de comprar online, então ver tudo in loco seria uma oportunidade única!


Em Tóquio fui em algumas lojas como Don Quijote, Tokyu Hands e Shiseido, mas comprei menos por lá porque sabia que a maioria da grana que eu tinha separado pra isso iria pra Coreia! Então, resolvi fazer um post contando um pouco sobre a experiência de compras em Seoul. Bóra?


Começamos o dia na área de Myeondong, que é onde você basicamente vai encontrar todas as lojas possíveis e imagináveis. O R. foi comigo, mas ficou lendo numa cafeteria enquanto eu fazia minhas compras em paz, hahaha, foi ótimo! Aproveitei também que turistas tem tax-free na Coreia, ou seja, não pagam o imposto de consumo. Não é muita coisa não, mas melhor que nada, certo? Só apresentar o passaporte na hora de pagar - as próprias atendentes já pedem mesmo. Além disso, em quase todas as lojas você ganha amostra grátis, máscaras de presente, etc. Amo!


Uma visita à (quase) Coreia do Norte

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Domingão e já estávamos na rua antes das 8 da manhã. O motivo? Fazer um tour até a DMZ - área desmilitarizada entre as Coreias. Não era um passeio que queríamos fazer, tanto que não nos organizamos antes de viajar. Mas quando estávamos no Japão, conversando por mensagem com meu amigo T. (que mora na Coreia), pensamos que na verdade poderia ser uma oportunidade única na vida. Pesquisamos no google, encontramos uma empresa (dentre várias) que oferecia o passeio e ainda tinha disponibilidade e marcamos.


Na verdade, existem passeios diferentes pra essa região, e um deles inclui de fato visitar a DMZ. O nosso na verdade foi próximo, parou em alguns lugares, mas não é o melhor tour, o mais completo. Pra dizer a verdade, ficamos frustrados com esse passeio porque foi tudo muito corrido, não deu pra absorver, entender, aproveitar. Me arrependo? Não. Mas pra quem tem interesse no assunto, eu sugiro buscar o tour completo que dure o dia todo, de uma empresa com boas recomendações, etc.


Enfim. Esperamos a guia na saída do metrô como explicado nas instruções, e às 10am o ônibus saía de Seoul. Ao longo do caminho a guia recolhe nossos passaportes pois precisa entregá-los perto da fronteira (tudo para checagem, mas eles logo devolvem) e passa mais ou menos toda a uma hora de viagem resumindo a história da Coreia, como elas chegaram nessa divisão, a guerra, conflitos, etc. Sinceramente? Tudo muito confuso e não dava pra ouvi-la direito no ônibus.



Chegada em Seoul e diferenças entre Coreia e Japão

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Desembarcamos na capital da Coreia do Sul na sexta dia 2 de junho de 2023, num voo da Jeju air que saiu de Osaka, Japão. Nosso voo pousou no aeroporto de Gimpo - ao contrário do que pensávamos. Explico: tínhamos lido sobre qual ônibus pegaríamos do aeroporto até o hotel, tudo certo. Não tínhamos reservado nada em especifico pois pensamos que daria pra comprar na hora mesmo, e ainda bem...


No aeroporto de Osaka, nos demos conta de não estávamos indo pra Incheon, e sim, Gimpo! Confundimos totalmente! Por sorte, deu pra pesquisar antes e vimos que tinha um ônibus parando perto do nosso hotel em Insadong. Pegamos o avião.


Ao chegar em Gimpo, tudo tranquilo na imigração: só precisamos mostrar nossos k-eta e logo vieram nossas malas também. Comemos um lanchinho por ali mesmo e confirmamos no balcão de informações que poderíamos pagar o ônibus com dinheiro mesmo, beleza. Porém assim que o ônibus veio, percebemos que não, não dava pra pagar com dinheiro - somente moedas ou o cartão próprio de transporte público! Bateu um leve desespero porque o ônibus saiu do aeroporto, o motorista não falava inglês, e a gente mostrando Apple pay, cartão de débito, notas, tudo... no fim, colocamos as poucas moedas que tínhamos na caixinha e morremos de vergonha!


Um dia em Osaka e despedida do Japão

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Acordamos cedo pra chegar na estação de Quioto um pouco antes do trem sair pra Osaka. A ideia era passar numa dessas lojas de conveniência pra comprar o café da manhã, e apesar de termos nos perdido um pouco pra encontrar um elevador no lado certo da estação, deu tudo certo! Poucos minutos antes do trem chegar, lá estávamos nós na plataforma!


O trem de Quioto para Osaka leva em torno de 25 minutos, e descemos na estação principal da segunda maior cidade do Japão, com quase 20 milhõs de habitantes em sua área metropolitana - tá bom pra você?



A estação em Osaka era absolutamente gigante, e levamos meia hora pra sair da parte de trens e chegar na parte de metrôs. Era um dia de semana, tinha muita gente indo trabalhar pela manhã, mas deu tudo certo! Acabou que nos hospedamos muito pertinho da estação, e sinceramente, não lembro se na época fizemos isso propositadamente, mas no fim, em pouquíssimos minutos saímos de Shinsaibashi e demos de cara com o hotel! Obrigada R. e Barbs do passado! 



Um pouco mais de Quioto e bate-volta pra Nara

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No nosso segundo dia em Quioto, na verdade visitamos uma outra cidadezinha chamada Nara. Porém, no caminho pra lá, a poucos minutos de Quioto mesmo, o trem pára em um dos tempos que a gente queria conhecer, que é o famoso templo do toriis laranja, Fushimi Inari.


Aliás, um torii é um portão tradicional japonês encontrado na entrada ou dentro de um santuário xintoísta, onde simbolicamente marca a transição do mundano para o sagrado. Dizem que é possível andar mais de 2 horas por entre esses corredores de toriis, mas é óbvio que a gente não andou tudo isso porque fica muito repetitivo, mais do mesmo, sabe?



Havia muitos turistas e japoneses visitando esse templo. Aliás, tudo que vimos em Quioto tinha muitos turistas, não que isso seja uma reclamação, porque nós também éramos! Mas em comparação com Tóquio, isso foi um pequeno choque. No fim, a gente caminhou por mais ou menos por uma hora, tiramos fotos, mas não nos aprofundamos na história do templo em si. Eu encaro esse tipo de lugar como uma visita à uma igreja: aprecio a arquitetura, respeito a fé das pessoas, mas fica só por isso.



Quioto e seus templos: o primeiro dia

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Pegamos o trem-bala em Tóquio e em poucas horas chegamos na antiga capital Kyoto. Havíamos escolhido uma acomodação pertinho da estação, mas caía uma super chuva que tornava impossível fazer a caminhada de 10 minutos com duas malas grandes, duas malas de mão e guarda-chuvas.


Sendo assim, aguardamos na enorme fila de táxi que se formava do lado de fora da estação, e em torno de 15 minutos chegou nosso táxi cujas portas abriam automaticamente. O taxista era um senhorzinho que falava pouco inglês, mas se esforçou pra conversar com a gente e disse que estava estudando inglês, um querido!


Chegamos no hotel e descansamos um pouco enquanto esperávamos a chuva dar uma trégua - o que não aconteceu. Como já era fim de tarde, a gente desfez as malas e esperou dar o horário da janta pra procurar algo legal pra comer. Encontramos ali perto um restaurante especializado em tempurá, e que bom que chegamos cedo, porque em pouco tempo ele lotou! 




Último de Tóquio: Harajuku, templo e trem-bala

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No nosso quinto e último dia no Japão, nós decidimos tirar a manhã para ficar um pouco mais tranquilos e explorar um pouco mais de Ginza, que é onde nós nos hospedamos. A gente já tinha andado bastante por lá, mas mesmo assim, queríamos aproveitar. Aos domingos, algumas ruas do bairro são fechadas para o trânsito, então tinha muitos pedestres na rua, barraquinhas, mesinhas, estava um clima muito gostoso. 


Nesse dia, a gente aproveitou também para conhecer a loja da Shiseido, que é uma loja que eu já tinha visto algumas vezes ao longo desses dias no Japão mas ainda não tinha tido a oportunidade de entrar - foi uma experiência muito legal! A loja principal da Shiseido é absolutamente maravilhosa, perfeita como tudo que os japoneses fazem, tudo disposto de uma maneira arrumada, as vendedoras super solícitas. E lá eu acabei comprando um produto da marca e também um corretivo da Clé de Peau, que eu nem fazia ideia que fazia parte do grupo Shiseido. 



Tóquio: perrengue, comidinhas e uma amiga japonesa

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O nosso quarto dia em Tóquio começou caótico. Explico: o nosso hotel tinha uma lavanderia onde era possível lavar as suas roupas praticamente de graça, onde você colocava as moedas na máquina e através de um link era possível ver a quantas estava o processo. Ou seja, era ótimo pra ver quando a roupa estava pronta para você transferir a mesma da máquina de lavar para a máquina de secar.


Apesar de termos ido dormir às 3 da manhã na noite anterior, o R. acordou às 6 para colocar a roupa na máquina. A gente fez isso porque durante o dia estaríamos fora do hotel e não teria como tirar as roupas da máquina, e não queríamos ficar "ocupando" ela, sabe? Ele voltou, nós dormimos mais um pouco e umas 8 horas da manhã, ele transferiu a roupa para a máquina de secar. Umas 9 horas nós saímos do hotel e fomos caminhando até a Tokyo Station, que era uma estação de metrô perto do hotel onde nós poderíamos trocar o nosso voucher pelos nossos JR passes, que são o bilhete do trem-bala que nós já tínhamos comprado antes, mas que precisávamos trocar e ativar estando no Japão.


Nós deixamos para fazer isso nesse dia porque não queríamos ativar o passe antes de precisar dele, justamente para não perder os dias válidos. Só que não imaginávamos o tamanho dessa estação e após andar muito, muito, muito e perguntar e pedir informações, finalmente encontramos o guichê da JR Pass e conseguimos trocar os bilhetes. O problema é que eu tinha combinado de me de encontrar a minha ex-aluna e amiga A. às 10:30 na frente do meu hotel. Nessa de andar, procurar e não sei o quê, não teríamos muito tempo pra voltar. Resolvemos pegar um táxi, já que seria coisa de no máximo 10 minutos até o hotel. A gente chegaria no hotel, tiraria a roupa da máquina de secar e terminaria de se arrumar para encontrar a minha amiga. 



Tóquio: vista da cidade, aula de culinária e karaokê

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Começamos o nosso terceiro dia em Tóquio voltando para a região de Shinjuku da noite anterior. A gente percebeu que não teve muito a oportunidade de explorar essa região e por isso a gente decidiu começar o dia seguinte justamente por lá. Nós pegamos o metrô e andamos até o Tokyo Metropolitan Building, que é um prédio do governo onde você pode subir até um determinado andar que contém um deck de observação da cidade. Foi muito legal!


O lugar é muito agradável, não estava lotado e o melhor: de graça! É aí, além da vista maravilhosa dos prédios e também de ver como Tóquio é super arborizada lá de cima, a gente ainda teve a sorte de ver um pouquinho do Monte Fuji que estava há muitos e muitos e muitos quilômetros de distância. Deu pra ver a pontinha dele, então foi super emocionante. A lojinha do "museu" também era incrível com vários itens kawaii, então não resisti e saí de lá com alguns postais, caderninhos e brincos com um leque de origami.

Tóquio: Shibuya, Asakusa e Shinjuku

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Começamos nosso segundo dia em Tóquio super empolgados, embora tenhamos tido uma péssima noite de sono. O jet lag veio atrasado, na nossa segunda noite! Nós dormimos um total de umas 3 horas, então, obviamente, nós acordamos muuuito cansados, porém animados para continuar explorando mais de Tóquio!


A primeira coisa foi que, ao sair do hotel, nós andamos até uma das estações mais próximas de onde estava o hotel em Ginza e compramos o ticket para o metrô. Existem várias empresas de metrô em Tóquio e infelizmente nós compramos o ticket errado, hahaha. Mas tudo bem, a gente conseguiu se encontrar e comprar o bilhete certo e fomos direto para a região de Shibuya. Eu não fiz uma mega pesquisa sobre isso antes de ir não, e sinceramente, acho que uma lida rápida já basta pra você se inteirar do assunto.


Shibuya é uma região conhecida por ter o cruzamento mais cheio do mundo, onde passam mais pessoas no mundo! De acordo com a Wikipédia, são 3000 pessoas atravessando o cruzamento a cada luz verde, a cada 2 minutos. É muita gente! Nós chegamos e eu fiquei maravilhada com aquela região, porque tem muitos prédios altos, telões.... Gente andando, um buzz muito legal e embora não estivesse tão cheio quanto eu imaginava, obviamente nós atravessamos o cruzamento várias vezes para tirar foto, para fazer vídeos, ou simplesmente só para observar e absorver toda aquela atmosfera.



Tóquio: hospedagem e a região de Ginza

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Nossa chegada em Tóquio foi bem tranquila: o vôo não atrasou, e quando pousamos no aeroporto de Haneda, estávamos super ansiosos e nem muito cansados. Logo vimos que a fila da imigração para não-japoneses estava enorme, e apesar de organizada, ficamos quase uma hora nesse processo. No entanto, como eu tinha o visto de turismo (o R. não precisava) e documentação certinha, fomos liberados.


Nossa ideia era ter pegado um tal de "limousine bus" que vai para pontos específicos da cidade por um preço bem em conta. Teria um ônibus desse parando em Ginza, bairro onde nos hospedaríamos, e pesquisamos onde tínhamos que ir pra pegá-lo, etc. Só não contávamos com o fato dos ônibus pararem num certo horário da noite. E como demorou na imigração, já eram mais de 11pm e não tinha nenhum ônibus mesmo. Até tinha a opção do metrô, mas não funcionaria pra nós.


Então tivemos que pegar um táxi, que pra uma distância de uns 20 minutos saiu em torno de 60 euros! Carinho, mas extremamente confortável, e ficamos já impressionados com a tela atrás do banco do passageiro passando um monte de propaganda! O motorista não falava muito inglês, mas mostrei o nome do hotel no meu celular e ele entendeu a localização. Aliás, aqui vai minha primeira dica do Japão: pegue o nome dos lugares em japonês e mostre pro motorista, porque passamos diferentes perrengues por não termos isso. Às vezes o nome em alfabeto romano não significa nada pra pessoa!



Uma rápida passagem por Dubai, nos Emirados Árabes

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Dubai pra mim sempre foi sinônimo de luxo, riqueza e muitos imigrantes aproveitando o dinheiro que a cidade tem pra oferecer. Nunca foi um destino que sonhei em conhecer, mas eu não sou de recusar destino nenhum! Então quando surgiu o planejamento pra irmos conhecer o Japão e a Coreia, achei uma oportunidade perfeita pra passar por Dubai, já que muitas conexões são feitas lá.


A princípio até cheguei a pensar em reservar o passeio pelas dunas do deserto ou até mesmo fazer o bate-e-volta pra Abu Dhabi, mas a verdade é que teríamos 3 dias inteiros na cidade, sendo o primeiro deles um dia possivelmente perdido devido ao jet lag. No fim, resolvemos apenas visitar o mínimo do mínimo pra começar as férias de uma maneira gentil - foi a melhor decisão no fim das contas!


Dubai é a cidade mais populosa dos Emirados Árabes, com 3 milhões e meio de pessoas, sendo apenas 15% dessas nascidas nos Emirados. É uma cidade que faz ótimo uso do dinheiro e lucro vindo do petróleo, e investem massivamente em turismo, além de atrair muitos estrangeiros com diversos tipos de ofertas de trabalho. Aqui na Irlanda, por exemplo, há muitos professores de inglês que vão dar aula em colégios internacionais por lá, já que há isenção de impostos. Assim, eles conseguem juntar uma boa grana antes de voltar pra cá.



Diário de Casamento #8 - Fornecedores na Irlanda e Brasil

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Eu sei... vai fazer dois anos que casei no civil, logo mais já completo dois anos de festa na Irlanda no Brasil também. Mas eu tinha prometido que faria um post com todas as referências, links e indicações, e achei justo voltar aqui pra contar. Não só pra deixar registrado, mas também porque eu gostava de ver esse tipo de post quando estava na minha busca - então acaba sendo minha contribuição ao mundo casamenteiro nessa internet!


Nós noivamos em 2019, e em coisa de 6 meses tínhamos muito planejado, porque a ideia era casar em Julho de 2020. Pandemia, aquela coisa, no fim tudo mudou, muita coisa remarcada, alguns fornecedores mudaram... mas o resumo é que ficamos felizes com nossas escolhas!


Vou dividir o post em três partes, e aí vou contando os detalhes sobre cada evento separadamente.

casamento irlanda

Viagem ao Japão e Coreia: o planejamento

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A primeira vez que comentei ter vontade de conhecer o Japão foi num post de 2016. Acho que muita gente no ocidente tem essa vontade e curiosidade, afinal de contas, o Japão além de ser potencia econômica mundial é um lugar muito rico em história e cultura, e muita coisa do lado de lá do planeta tem esse fascínio sobre nós.


Eu sou de São Paulo, cidade que tem uma comunidade japonesa enorme, então já tinha tido um mínimo de contato com alguns elementos culturais e gastronômicos do Japão por causa do bairro da Liberdade! Além disso, depois que trabalhei como professora de inglês na Irlanda, tive muito contato com alunos japoneses, e me interessei ainda mais nesse país.


O R. também tinha um certo interesse, mas como o Japão é longe e seria uma viagem cara, fomos deixando pra lá. Uma das ideias era ter ido pra lá na nossa lua-de-mel, que acabou sendo na Islândia por conta de restrições durante a pandemia - não que eu esteja reclamando! No fim, fomos focando em outras coisas, e com nossas tentativas de engravidar e tristezas decorrentes disso, achei que o Japão ficaria pra lá no futuro.




Uma re-visita mais do que especial: Istambul, nos vemos de novo!

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Ao longo dos últimos 10 anos, eu viajei muito. Pra quase 50 países pra ser exata. Nem nos meus sonhos mais sonhadores eu poderia imaginar que teria essa oportunidade e privilégio, então aproveito sim, o máximo que posso.


E além de conhecer lugares novos, tive também a chance de revisitar muitos países aqui na Europa, já que com as curtas distâncias e passagens baratas, fica muito fácil fazer bate-e-volta, viagem de fim de semana ou feriado prolongado, etc.


Então nisso eu já fui muitas vezes pra Londres, Paris, Amsterdã, mais de uma pra Bruxelas, Lisboa, Roma... e agora, no último feriado do St. Patrick's Day, repeti uma imagem muito significativa e icônica: Istambul, na Turquia!



Cidadania irlandesa

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(EDIT/2024: timeline do meu processo ao final do post)

É meio inacreditável pra mim estar escrevendo um post sobre o meu processo de naturalização/candidatura à cidadania irlandesa. Quando pensei em fazer um intercâmbio lá pelos idos de 2011/2012, eu realmente não poderia imaginar que um dia estaria aqui, de fato vivendo num outro país, imigrando meio sem querer.


A cidadania irlandesa pode ser adquirida de algumas maneiras: se você é filho ou neto de irlandês, por exemplo, ou se foi residente no país com visto de residência (tempo de estudante não conta!) por 5 anos ou é casado com cidadão irlandês há 3 anos - e tem que estar morando aqui também. No meu caso, eu poderia dar entrada por ter o visto de residente há mais de 5 anos, e vou contar um pouco de como foi o meu processo. Lembrando que eu fiz tudo no começo de 2023, mais precisamente em abril - o processo muda de tempos em tempos, e se você achou esse post pela internet afora no futuro, por favor verifique se os critérios mudaram ou não.


Só pra dar um resumo básico pra quem caiu aqui de pára-quedas, eu vim pra Irlanda em março de 2013 com o visto de estudante pra estudar inglês, o que no meu caso foi mais uma desculpa pra poder ter a experiência de morar fora mesmo. Mas de cara, eu amei! Logo nos primeiros dias eu já sabia que ficaria aqui mais do que somente um ano daquele primeiro visto. E assim foi: renovei o visto de estudante mais duas vezes (na época era possível ficar aqui num total de 3 anos como estudante de inglês). Depois disso, eu continuei como estudante, mas de mestrado, e após o fim do curso obtive o visto do Graduate Scheme que é o visto 1G. Esse visto já conta para residência.




Exames, investigação e (um pouco de) resolução

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Faz mais de um mês que estou pra escrever esse post, mas voltar nesse assunto nunca é uma coisa simples pra mim - acho que pra ninguém que passou por uma perda gestacional! A gente acaba revivendo muita coisa, tendo uns flashbacks, e lembrando do vazio, da tristeza, e também da dor emocional e física pela qual passamos.



Ter tido dois abortos espontâneos ao longo de 2022 já não tinha sido fácil, mas a experiência que tive em dezembro, nossa terceira perda, foi a mais traumatizante. Eu não fazia ideia, mas os protocolos aqui na Irlanda pra uma perda no segundo semestre levam em consideração a saúde física da mãe em primeiro lugar. Isso significa que eles tentam estimular sempre um "parto" normal, com poucas intervenções, pra que não haja efeitos colaterais ou sequelas pra mulher.


Além disso, é oferecido todo um acompanhamento psicológico que eu de forma alguma esperava. Enquanto estávamos no hospital, eu tava no meio de um furacão sem entender absolutamente nada, mas depois fui processando tudo e entendendo que esse acompanhamento de psicóloga especializada em luto, parteiras, enfermeiras obstétricas, etc, foi muito importante pra começar nossa jornada de aceitação desse luto.



Retorno à Roma

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Esse negócio de viagem repeteco, ainda mais anos depois de ter estado lá pela primeira vez, me faz refletir sobre tantas coisas. Já falei aqui no blog, mas acaba sendo uma oportunidade de pensar no quanto a sua própria vida mudou, como as coisas se transformam com o passar dos anos.


Fui pra Roma pela primeira vez em dezembro de 2013, minha primeira vez na Itália, aliás. Eu ainda não tinha muita experiência em viajar, então corri muito de um lugar pro outro, mas amei ter feito o tour pelo Coliseu, conhecer o Fórum Romano, e simplesmente respirar a história incrível daquele lugar. Roma é uma cidade icônica, e mesmo outras cidades históricas na Itália não chegam aos pés da grandeza que é esse lugar!


Bom, apesar de tudo isso, eu nunca tive muito interesse em voltar pra lá. É fato que não conheço muito da Itália, mas sabe quando você vai deixando pra lá? Corta pra 2020: tinha uma viagem com amigas programada pra uma mini despedida de solteira, que obviamente foi cancelada por causa da pandemia. Desde então, eu minhas amigas C. e A. queríamos nos reencontrar, mas por morarmos em países diferentes, nem sempre fica fácil organizar.



Aniversariando na Suíça

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Ano passado eu completei 35 anos de idade, e queria muito marcar a data. Não é surpresa pra ninguém que eu amo aniversário, festa, bolo, brigadeiro e receber mensagens de parabéns. E tinha um motivo a mais pra comemorar: eu estava grávida! Era um aniversário feliz, e pra coroar tudo, convenci o R. a irmos passar um fim de semana na Suíça.


Na verdade, a ideia da Suíça veio com a Juliane, que assim como eu também ama viajar e nasceu 1/12/87, igualzinha a mim! Ela fez esse rolê suíço no aniversário dela em 2021, e fiquei inspirada a fazer o mesmo em 2022. Ela nos ajudou com várias dicas sobre a região, e também peguei dicas com a Gabi e foi ótimo. Tão bom ir pra um lugar já meio que sabendo o que você vai ver e fazer, sem precisar pensar muito.


Pegamos um vôo pra Zurique, e chegando lá, vários trens e baldeações até Lauterbrunnen, onde nos hospedamos. Foi fácil trocar de trens pelo caminho, mas precisei dar print em tudo do google maps (pois já informavam horários e a plataforma correta), pois meu pacote de dados funciona na Europa, mas a Suíça não está inclusa também não tive acesso à internet lá.



Quebéc City, uma cidadezinha europeia em plena América do Norte

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Quebéc City foi nossa última parada no Canadá. Embora já estivéssemos cansados da viagem, eu tava animada pra conhecer essa cidade porque os amigos que já tinham ido me disseram que eu ia amar a carinha medieval dela. E de fato: se Montréal já parecia uma cidade francesa, Quebéc City é ainda mais!


Chegamos no fim de uma tarde, nos instalamos no hotel e dirigimos uns 15 minutos até o centrinho pra jantar. Encontramos um restaurante maravilhoso chamado Le Lapin Sautée e por sorte conseguimos mesa, mesmo sem reserva. A comida estava deliciosa, uma das melhores refeições que comemos no Canadá!


No dia seguinte, voltamos pra esse centrinho, estacionamos num estacionamento bem grande na avenida principal e nos enveredamos sem rumo pelas ruas de paralelepípedo. O clima estava delicioso e aproveitamos pra pegar o funicular até a parte alta da cidade pra ter a vista de cima também.



Montréal, a maior cidade francófona do Canadá

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Na nossa reta final da viagem pelo Canadá, nos encontramos na província do Quebec, a região francófona (que fala francês) do país. Eu estava animada pois iria encontrar uma amiga, e também porque tinha curiosidade em comparar essa região francesa do Canadá com o restante do país que já havíamos visto.


Ao chegar, fizemos check in no hotel e só saímos pra comer mesmo. Estávamos numa boa localização e jantamos num restaurante vietnamita bem simples, porém deu pro gasto. A ideia era acordar cedo pra encontrar a Lidia na manhã seguinte. A princípio ela vinha pra Montreal, mas como o R. tava com covid, decidimos mudar os planos: ela nos convidou pra um parque no bairro onde ela mora, que fica na grande Montreal - uns 20 minutos de distância de onde estávamos. 


Montreal em si fica numa ilha, e o trânsito pra sair e voltar é bem intenso em todas as horas do dia, pelo que percebemos. Há muitas bifurcações, o que eles chamam de spaghetti junctions, mas deu tudo certo. Chegamos no parque e de cara fiquei encantada com as ruas do bairro, as mansões, tudo muito lindo, coisa de filme!




10 anos de Irlanda

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Esse dia chegou. O dia em que completei 10 anos longe do Brasil, uma década vivendo na Irlanda.


É estranho pensar que agora serão dois dígitos. Quando aqui cheguei, documentava tudo que acontecia na minha nova vida irlandesa mês a mês - afinal, eram muitas, mas muitas novidades mesmo! Tanto que tenho uma página aqui com esses links organizados. Com o passar dos anos, deixei de comemorar os meses, e passei a comemorar os anos - comemorações essas que começaram a passar batido ao longo do tempo. 


Mas eu não poderia deixar uma década passar em branco, porque essa data é simplesmente muito marcante pra mim! Eu nunca tive intenção de morar fora do Brasil, não era um sonho ser imigrante. Sempre fui honesta com meus desejos, que eram simplesmente dar um tempo de São Paulo, ter a experiência do intercâmbio, viajar pela Europa.



Ottawa e algumas curiosidades sobre o Canadá

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Saímos de Toronto após pegar o carro no aeroporto - aliás, que fácil alugar um carro no hemisfério norte! Nada da burocracia que você enfrenta no aluguel de carros pela Europa. Em poucos minutos com a chave na mão, partimos pra Ottawa, uma viagem que dura em torno de 4h. Esse foi o trajeto mais longo de carro que fizemos nessa viagem. Embora as distâncias sejam curtas, o Canadá é muito grandeeee!


Paramos em algum posto no caminho pra almoçar, e quando chegamos em Ottawa já estava escuro. A ideia era visitar um amigo do R., mas como o R. estava com COVID e o amigo dele tem um filho pequeno e outro bebezinho, a única alternativa foi encontrá-los em sua garagem, com muitos metros de distância entre nós e com o portão aberto. Não foi um encontro aconchegante, mas válido mesmo assim.


De lá até o hotel foi bem pertinho, e jantamos num restaurante que ficava a uma quadra de distância. Tentamos ir dormir mais cedo pra descansarmos, já que não teríamos o dia todo pra explorar Ottawa no dia seguinte.



Toronto e as Cataratas do Niágara

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Toronto é uma daquelas cidades famosas que a gente ouve falar nos filmes, séries de TV... afinal de contas, apesar da capital do Canadá ser Ottawa, Toronto é onde tudo acontece. São quase 6 milhões de pessoas na grande Toronto, o que torna essa cidade uma daquelas metrópoles porém não tão caóticas.


Chegamos lá numa quinta à noite partindo de Calgary e nossos amigos foram nos buscar no aeroporto - confesso que foi ótimo não ter que me preocupar com ônibus, uber, nada disso. Eles nos deixaram no nosso hotel e no dia seguinte tive a sexta sozinha com o R. pra passear pela cidade já que os amigos estavam trabalhando e só nos encontraríamos sexta à noite.


Compramos o cartão do metrô que você recarrega e foi super simples chegar até Old Toronto. O metrô em si não demorou, estava limpo e tranquilo - bem diferente da nossa outra experiência na América do Norte, em Nova York. Chovia um pouco e estava bem mais frio do que esperávamos, então digamos que as primeiras horas na cidade serviram pra gente se ajustar um pouco. Estávamos vindo daquela região linda de Banff e foi um susto chegar numa cidadona de novo: moradores de rua, gente andando pra lá e pra cá, sujeira e um cheiro de maconha fortíssimo em muitos e muitos quarteirões (falo mais disso num próximo post).



Banff e as regiões canadenses mais lindas

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O que dizer de Banff? Esse é o lugar que vinha em mente quando eu pensava em "viagem pro Canadá". Os lagos azuis, a natureza exuberante, as estradas perfeitas cercadas pelas enormes montanhas. Então eu sabia que se um dia fosse pro Canadá, conheceria essa região com toda a certeza!


E foi assim: depois de termos preparado nosso roteiro (que está detalhado nesse post aqui), começamos a marcar os lugares de interesse no mapa. Foram muitos! Felizmente faço parte de uma comunidade incrível na internet, e quando psotei no instagram que tava indo pra lá, recebi muitas dicas de gente que morava ou já tinha ido pro Canadá. Saímos marcando tudo, salvando os nomes e deixamos pra resolver o que realmente faríamos uma vez que estivéssemos lá. 


Nossa base foi Canmore, uma cidade que também é uma gracinha - então caso você não esteja hospedado lá, vale colocar no roteiro também, mas depois de Banff ela até perde a graça, porque Banff parece coisa de cinema, cidadezinha cenográfica mesmo! A rua principal com a montanha ao fundo é um cartão-postal!



A vida após a perda de um filho

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Desde que soubemos que o coração do nosso bebê não batia mais, a vida não foi mais a mesma. Por mais que tenhamos tido outras perdas, nenhuma foi tão avançada e dura quanto essa. E ter passado por um processo de parto, de escolhas funerárias, de muita luta e dor certamente nos transformou.


Mas não digo que nos transformou em pessoas melhores, não acredito nessas bobagens. O que aconteceu é que esse evento nos transformou em pais enlutados, em pais que não tiveram a escolha e oportunidade em exercerem sua paternidade e maternidade. Foi difícil preencher os papeis do crematório e perceber, por exemplo, que nós dois éramos de fato os pais daquele bebê que seria cremado, embora nosso bebê não estivesse mais nesse mundo conosco.


No entanto, eu sabia desde o início que não queria entrar num buraco e que esse evento não me paralisaria - não que tenhamos uma escolha se vamos entrar num buraco ou não, mas eu sabia que ainda tinha uma vontade de continuar a viver, e viver momentos felizes. Sou uma otimista, e por mais reclamona e crítica que eu seja, eu sei que ainda há esperança de dias melhores. Tento seguir em frente, tenho feito planos B, organizado passeios e viagens, coisas que me deixam feliz e que talvez eu não poderia fazer tão livremente caso nosso plano A ainda estivesse de pé.




15 dias de Canadá (um panorama geral + preços)

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Não sei quando surgiu a ideia de irmos pro Canadá. Nunca esteve assim super alta na lista de prioridades, mas sim, já havíamos considerado essa viagem por termos alguns amigos morando lá. Eu sabia que encontraríamos paisagens lindas no interior do país, mas tinha um pouco de preguiça de planejar uma viagem pra lá pelas distâncias internas que são enormes!


Com o advento da pandemia, muitos planos foram mudando. E quando começamos 2022, sabíamos que ia rolar alguma viagem "grande", mas pra onde? Que lugar seria seguro quando ainda havia países com restrições? Por exemplo, nossa vontade era ter ido pro Japão, mas na época o turismo pra lá ainda estava restrito. No ano anterior, 2021, tínhamos ido pra Islândia por nos sentirmos mais seguros indo pra um lugar bem isolado e longe de gente. Mas em 2022 não tinha nenhum lugar que julgávamos seguro e tranquilo... e foi aí que o Canadá entrou no nosso radar.


Como a companhia irlandesa Aer Lingus voa pra lá, existem voos direto muito baratos saindo de Dublin. E foi assim que a viagem foi tomando forma. Decidimos que o outono seria uma ótima estação porque no inverno estaria muito frio, neve, não poderíamos alugar carro... e no verão, bem, no verão pra mim não tem muita graça. No fim, optamos por outubro mas escolhi as datas a dedo pra não perder o primeiro turno das eleições presidenciais, nem o segundo turno caso houvesse um. #lulalá



Veneza, um lugar único no mundo!

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(post originalmente escrito em outubro de 2022)


Ahhhh, o que dizer de Veneza? Que é linda? Que é única? Que é insuportavelmente lotada de turistas? Sim para tudo isso e mais! Essa é uma viagem que eu nunca tinha conseguido organizar porque apesar de adorar a Itália, eu sempre acabo escolhendo outros destinos na frente - e a coitada ia ficando pra trás. Mas, como na nossa viagem pra Eslôvenia rolaria fazer essa parada em Veneza, deu certinho!


Eu não teria escolhido ir pra Veneza em pleno pico do verão europeu, mas como só seriam literalmente 24h na cidade, resolvi encarar. Tava com as expectativas bem baixas porque já ouvi e li diversos relatos elogiando mas também falando muito mal de Veneza: que é suja, cara, que tem turista demais... e no fim, não sei se demos sorte ou a expectativa baixa ajudou, mas cara, eu simplesmente fiquei encantada com essa cidade como há muito não ficava!


Ljubliana e Bled na Eslovênia

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Já fazia um tempo que eu olhava o mapa da Europa e pensava: qual será o próximo destino? Nesses quase dez anos morando aqui, tive o privilégio de conhecer muitos, mas muitos lugares mesmo. No começo, porque eu não sabia quanto tempo passaria na Europa e queria conhecer o máximo. E ao longo dos anos, porque eu peguei gosto pela coisa mesmo, hahaha.


Bom, também devo dizer que a facilidade de ter uma Ryanair e voos a baixo custo ajudou muito. Mas voltando ao mapa: como já visitamos muitos dos lugares "chave" tipo França, Itália, Alemanha, agora os destinos desconhecidos são bem mais longe, não tem vôo direto de Dublin, etc. Claro que conheceeeeer, conhecer mesmo, ainda faltaria muito porque a gente só tem a experiência de passar poucos dias em cada lugar, mas vocês entenderam, né?


Enfim, um dos lugares pelos quais me interessei recentemente foi a Eslovênia. Sabia das paisagens belíssimas e da sua localização no meio de grandes titãs como Itália, Croácia, Áustria e Hungria. E apesar de não ter voo direto daqui, a gente já tinha olhado umas combinações, preços, etc. 



O pior dia da minha vida - parte II

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 (a primeira parte desse post está nesse link aqui)


Após ter sentido contrações, bolsa estourado, parido o meu bebê junto à coágulos e ter vivido um dos piores momentos na minha vida, eu voltei a sentir pressão pra fazer força - e a midwife já tinha dito que eu tinha que expelir a placenta.


Como eu só expelia coágulos, a midwife H. me sugeriu ficar sentada na comode por um tempo pra gravidade ajudar nessa expulsão, e fazia sentido mesmo. Porém do nada começou a me dar uma tontura. O R. veio até mim, mas não lembro de mais nada porque desmaiei. O que não havia nos ocorrido até ali é que eu já tnha perdido muito sangue e minha pressão baixou.


Eu nunca tinha desmaiado na vida, e a sensação que tenho é de que estava sonhando, sonhando com um ginásio esportivo. Enquanto isso, R. já tinha aberto a porta do quarto e pedido ajuda porque tombei pra frente e comecei a fazer um barulho como se estivesse tendo uma convulsão. Assim que a enfermeira chegou no quarto (pelo que ele me contou, pois eu estava desmaiada), eu vomitei. E então acordei com ela jogando água em mim, segurando meu cabelo e dizendo "you poor thing, oh my god". Parecia uma cena de filme, começou a chegar mais gente - outras enfermeiras ajudando a midwife a me levantar do comode e me colocar na cama.



O pior dia da minha vida - parte I

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Poucos dias atrás fez um mês que eu vivi o pior e mais triste dia da minha vida. Não tinha conseguido escrever sobre isso porque acho que precisava de um certo distanciamento - e confesso que apesar de já ter contado o decorrer do dia pra algumas pessoas, eu não tinha forças pra vir escrever sobre tudo que aconteceu naquele 9 de dezembro de 2022.


[ALERTA] Antes de continuar, gostaria de alertar que esse post vai ter descrições bem gráficas e pode evocar reações desagradáveis. Caso você seja sensível à isso, passe a leitura. 




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