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O dia mais verde do ano: St. Patrick's Day!

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Ontem foi a data mais importante e comemorada na Irlanda, o St. Patrick's Day! Vou evitar a fadiga e poupá-los da explicação da origem da data, até porque eu falei levemente sobre isso nesse post aqui de 2014.

Bem, a verdade é que esse foi o meu terceiro St. Paddy's Day aqui na Irlanda e como no ano passado eu não fiz nada na data, me senti culpada de ficar em casa de novo, sabe? O R. na verdade nem queria muito ir no centro, já que é aquela história: been there, done that. A festa do padroeiro da Irlanda é animada e tal, mas uma vez que você já tenha visto o desfile e ido nos pubs, você meio que eliminou essa tarefa da sua lista de coisas pra fazer na Irlanda, sabe?

De qualquer forma, como eu estava me sentindo culpada de MORAR aqui e não ter comemorado no ano passado, lá fomos nós enfrentar as multidões no centro da cidade. No entanto, não foi tão ruim assim.

Ah, antes que você pense: lá vem a Bárbara reclamando de novo, tchô explicar... não é ruim comemorar o St. Patrick's Day! O foda é que a cidade fica totalmente abarrotada (no jornal ouvi comentários de que eram aproximadamente meio milhão de pessoas no centro da cidade!) e é difícil até andar de uma rua à outra. Pra mim, do alto dos meus 1.58cm de altura, fica complicado. Além disso, tem a sujeira, tem a galera ultra bêbada, tem os pubs lotados.... é divertido, é legal, mas tem que ter um pouco de paciência e meio que não se deixar abalar pela parte negativa da coisa.

Pelo lado bom, pude colocar minha roupinha verde, passar minha sombra verde, batom laranja e me emperiquitar (ótimo verbo pra ensinar pro R., aliás!) com acessórios verdes, além de ter feito as unhas em homenagem à bandeira irlandesa também, claro!

Filmes irlandeses e esteriótipos

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É sempre natural pra quem vem morar na Irlanda se interessar um pouco pela produção cinematográfica do país. Aliás, vários dos blogs sobre intercâmbio na Irlanda fazem posts sobre os filmes clássicos e famosos daqui.

Eu mesma tenho um post intitulado "Filmes irlandeses legais", onde tentei fugir um pouco do lugar-comum e falar de filmes que podem não ser considerados clássicos ou imperdíveis, mas que de uma forma ou de outra, me surpreenderam por suas histórias e que coincidentemente eram irlandeses.

E bem, eu queria fazer um post sobre dois filmes suuuuuuper comentados nos blogs de intercâmbio, que são o "P.S. Eu te amo" e "Casa comigo?" e já que saiu um novo filme irlandês que está bombando nos cinemas (o mais visto na estréia aqui desde "Michael Collins", de 1996) e indicado a alguns Oscars, "Brooklyn".

P.s. Eu te amo (P.s. I love you) - 2007


Eu vi esse filme muitos anos antes de sequer imaginar que um dia moraria naquele país tão verde, lindo e romântico que exibiam na tela. Ele é baseado num romance publicado por Cecilia Ahern, que é irlandesa, o que justamente me frustra um pouco hoje, já que agora sei que ela poderia ter evitado muitos clichês babacas sobre a Irlanda e o povo irlandês.

Halloween 2015: a verdadeira experiência

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No ano passado tanto eu como o R. ficamos com muita preguiça de sair no Halloween e fizemos uma promessa: que no ano seguinte nos fantasiaríamos e saírimos pra rua pra celebrar. Um ano depois, cá estou pra contar do meu terceiro Halloween na Irlanda!

O Halloween é uma loucura por aqui e as pessoas levam tudo bem a sério: decoração das casas, fantasias, doces, etc. É um dia que todo mundo comemora: quem é solteiro, quem é casado, quem tem filhos, quem não tem... acho que acaba sendo uma data bem democrática e ao contrário do Saint Patrick's Day, que deixa Dublin simplesmente impossível de ser curtida, o Halloween é badalado mas tem espaço pra todo mundo andar por aí.

Eu não queria gastar com fantasia porque ando totalmente sem grana e por isso queria fazer alguma maquiagem pra marcar a data. O R. foi de caveira e eu resolvi seguir uns tutoriais no youtube e fiz uma make de caveira mexicana! A única coisa que precisei comprar foram as flores no cabelo (coisa de 5 euros no Claire's, ou seja: Halloween baratinho, a gente vê por aqui).

maquiagem caveira mexicana

Cinemateca #7 - filmes de animação

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Não sou a maior fã de animação - e não porque animação seja, supostamente, pra crianças, mas porque muitas vezes a trama não me atrai: tudo é muito Disneyzado, sabe? Não tenho muito saco pra esse tipo de história mais. No entanto, o tema desse mês do Cinemateca era exatamente esse e veio muito a calhar, já que dois filmes de animação incríveis estavam passando no cinema e consegui conferir os dois!

O primeiro é o irlandês Song of the sea. Eu tinha lido sobre ele no blog da Savana e gente, que filme é esse? O diretor é o mesmo do aclamado The Seceret of Kells, que o Rick comentou nesse post aqui e que eu ainda não conferi.

A história é baseada numa lenda irlandesa sobre as selkies, criaturas que são em sua essência focas mas que em terra se tornam seres humanos. Numa pequena ilha moram pai e os dois filhos e logo nos primeiros minutos você vê que a coisa é meio pesada, o pai claramente sem ação diante da falta que a mãe das crianças (que não está presente - e só descobrimos o porquê depois) faz. Com ele moram Ben e Saiorse - essa última uma menina de 6 anos que ainda não fala e que tem um grande destino pela frente. Juntos eles vão tentando desvendar toda essa lenda das selkies e se deparam com várias situações desafiadoras, doces e tristes também.


A casa do Father Ted

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Eu já falei de Father Ted aqui no blog, logo quando cheguei na Irlanda. Na verdade, essa foi uma indicação do R. e eu simplesmente me apaixonei pela série. Com apenas 2, 3 meses de Irlanda eu já tinha vivido o suficiente pra achar as situações e piadas do programa super divertidas e inteligentes. Não à toa o programa é comentado até hoje por pessoas de diferentes idades...

A coisa ainda é mais forte porque o ator principal da série morreu de ataque cardíaco UM DIA DEPOIS de terminarem as gravações da 3ª temporada. Ele tinha 45 anos.

Então rola muito uma nostalgia, uma adoração do país pelo Father Ted e os outros personagens - seja Father Jack e Dougal (meu preferido) ou os aleatórios que surgiam pelos episódios afora. As pessoas vivem citando frases citadas na série, situações, etc. Tipo a gente com o Chaves no Brasil (ou algumas pessoas com Friends).

Enfim. Tudo isso pra dizer que a casa onde a série foi filmada existe de verdade, mas não fica em nenhuma ilha não (na série a parochial house fica em Craggy Island, que é fictícia) - ela fica no condado de Clare, pertinho do The Burren, no meio do nada.


E se... a Irlanda não fosse a Irlanda?

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Calma, explico: outro dia tava pensando com meus botões (e conversando com o R.): e se a Irlanda não fosse como é hoje, ou seja, se a Inglaterra nunca tivesse tido interesse aqui muito menos invadido e dominado a ilha por mais de 800 anos - as coisas seriam diferentes?

E a resposta, depois de matutarmos e até mesmo de discutirmos com amigos é que se isso tudo não tivesse acontecido, o mundo todo seria muito diferente.

A começar pela Irlanda em si: quando a Grande Fome aconteceu (expliquei nesse post aqui), o país continuou exportando comida (a mando da Inglaterra) enquanto centenas, milhares, milhões passavam fome. A bactéria que atingiu as batatas na Irlanda também atingiu outros países, mas diferentemente desses lugares, que mantiveram a produção de suas outras plantações no país e reduziram o preço dos alimentos para que a população pudesse ter acesso, a Irlanda sofreu consequências devastadoras.

Se a Inglaterra nunca tivesse invadido a Irlanda, a Grande Fome ainda teria acontecido, mas o resultado teria sido menos feroz (os tais 3 milhões que desapareceram daqui não seriam 3 milhões). Aliás, a população da Irlanda hoje seria muito, muito maior: métodos contraceptivos eram banidos até 1985, ou seja: por uns 100 anos depois da Fome. Se na época haviam 8 milhões aqui, eu suponho que hoje haveria muito mais. Também acho que a economia seria diferente e talvez o país seria menos Dublin-centered. Isso é só especulação, não dá pra saber, mas a lógica é que se tivesse mais gente espalhada, haveria mais lojas, comércio e serviço no interior do país tanto quanto (ou quase tanto) na capital.

Stephen's Day (se segura pra não gastar tudo!)

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Boxing Day é um feriado comemorado em alguns lugares no mundo no dia 26 de dezembro - ele surgiu porque tradicionalmente os criados e empregos recebiam presentes chamados de Christmas boxes de seus empregadores e chefes. Isso é só uma teoria, mas o fato é que em países católicos, o dia 26 de dezembro é dia de Saint Stephen. Por isso você vê o pessoal na Irlanda se referindo à data como Stephen's Day e no Reino Unido como Boxing Day.

Com o passar do tempo, outras tradições foram se associando ao Boxing Day: entrega de presentes a familiares mais afastados; saldos nas lojas; etc. (retirado daqui).

E gente, esse negócio de saldos nas lojas é muito sério aqui.

Sabe o Black Friday nos EUA? Então, aqui é o Stephen's Day. É meio que o começo da grande liquidação de inverno - os descontos começam nesse dia e vão até janeiro. E são descontos de verdade, coisa de 30, 50 e até 75% off dos preços originais. Coisa que você sabe que custava X e que agora custa X - 50%, sabe?

Como passei o Natal em Cork (e ano retrasado não tive cabeça pra pensar em promoção pelo tanto de coisa que aconteceu na minha vida), resolvi bater uma perna pelo centro e conferir essas tais promoções. É ruim sair pra andar em lugar desconhecido - quer dizer, já estive várias vezes em Cork mas nunca andando pra lá e pra cá, né? R. me deu uma carona e me deixou lá sozinha mesmo (ninguém merece fazer compra com namorado! RISOS).

Educação infantil e etc na Irlanda

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Eu nunca fui professora de ensino fundamental, até porque eu não tenho nem formação pra isso. No entanto, já dei aula de inglês pra crianças de 4, 5 anos e tenho família recheada de professores, logo, eu tenha uma pequena noção da área. 

Aqui na Irlanda as crianças começam a ir pra escola com 4, 5 anos. Não sei exatamente como funciona, mas sei que o menino mais velho que eu cuido, de 5 anos, começou a escola esse ano - no entanto, tem meninos de 4 na sala dele também. Existem escolas públicas e particulares, mas mesmo as públicas pedem uma grana no início do ano escolar pra ajudar com alguns gastos e tal. Além disso, pelo que tenho observado, uma ou duas vezes por mês o diretor da escola manda um comunicado aos pais pedindo participação deles em algum evento e tal. Ou seja, os pais aparentemente tem bastante envolvimento com a escola (a Karine do "Ká entre nós" falou disso nesse post aqui).

O uniforme aqui é padrão: calça social, camisa e gravata pros meninos e saia com meia no joelho pras meninas. É uma gracinha, gente! Fico toda apaixonada ao ver a criançada arrumadinha na escola, mas confesso que eu odiaria ter que usar saia na época em que eu era criança e adolescente. Além desse uniforme "formal" eles também tem um tracksuit pros dias de educação física.



7 coisas que os irlandeses amam

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A ideia desse post surgiu quando R. me emprestou um livro que ele tinha chamado "More stuff Irish people love". Faz parte de uma série de livros sobre cultura, folclore, gastronomia e etecéteras irlandeses e é escrito de forma bem humorada - no melhor estilo irlandês!

O mais bizarro de ler um livro desses é genuinamente rir e reconhecer a grande maioria das situações contidas na obra.

A minha lista é baseada em muita observação de minha parte e um pouco de inspiração do livro. Pra ser mais específica: 3 itens* foram realmente tirados de lá; de resto, é pitaco meu! A lista não é em ordem de preferência nem nada do tipo porque não tem quantificar isso, acabou sendo escrita aleatoriamente mesmo.

7 - Father Ted

Irlandeses gostam de Father Ted porque Father Ted é uma série divertidíssima que retrata MUITO a cultura e modo de ser dos irlandeses - eles se identificam e gostam porque se tem uma coisa que irlandês adora é tirar sarro de si e dos outros. Eles usam frases do seriado no dia-a-dia, fazem referência a personagens, etc, etc. Eu curto muito a série e recomendo demais, principalmente pra quem já conhece um pouco de Irlanda e/ou mora aqui - com certeza vai se identificar e rir bastante!



O casamento irlandês

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Eu sempre achei casamento uma coisa meio brega: o vestidão, a igreja, as músicas, enfim, tudo que é muito tradicional não me agrada muito, mas isso não significa que eu não adore ver fotos de noivas maravilhosas e doces/bolos incríveis e gente feliz comemorando, né?

Aliás, um adendo: todas as minhas amigas estão noivando/casando/tendo filhos. Onde para o trem? RISOS.

Bom, eu não fui a muitos casamentos no Brasil, portanto, não passo nem perto de uma entendida do assunto, mas sei o suficiente pra fazer comparações com o casamento irlandês - há algumas semanas participei de uma cerimônia/recepção/festa irlandesa e ó... os caras gostam de comemorar!

*todas as fotos desse post são do google, não do casamento do qual estou falando

A MISSA

Diferente da missa de casamento no Brasil, que é short and sweet, a missa aqui é uma missa de verdade. Missa completa, de tipo uma hora e meia! O padre começa falando as coisas de casamento, mas depois fala de outras coisas da bíblia, de Jesus, etc. Havia uma cantora com uma voz maravilhosa cantando tanto canções de igreja como canções pop (tipo "I'll be there" dos Jacksons 5). Teve óstea hóstia (obrigada Lê pela correção - nunca tinha escrito essa palavra na minha vida!) tempo para orações, enfim.... depois da missa terminar, a fotógrafa fez uma foto lá do altar com os noivos na frente e todo mundo que estava na igreja ao fundo - achei a ideia muito bacana!


O ponto turístico mais visitado da Irlanda

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Sim, finalmente eu coloquei meus pés no lugar mais visitado de Dublin da Irlanda- a fábrica da Guinness!

Quem me conhece, sabe: eu não bebo nada alcoólico. Por conta disso,  nunca achei que seria interessante gastar 13 euros pra visitar a fábrica de uma bebida que eu não curto - e que aliás, muita gente não gosta. Mesmo assim, como boa curiosa e desbravadora de Irlanda, resolvi que tinha que conhecer o lugar. Até coloquei a fábrica como número 1 da minha lista "Lugares pra ainda conhecer na Irlanda". Sempre vejo muitos turistas pela região toda vez que passo por ali e pensei: "se tem tanta gente, não pode ser assim tão ruim".

E pra você ter uma ideia, eu, que não gosto de cerveja, fiquei quase 2 horas e meia lá dentro. Pois é! A fábrica da Guinness é surpreendentemente interessante e interativa.

Fiz a visita com o Arthur (não o inventor da cerveja, um amigo! hahahaha), que conheci aqui através do blog. Nós chegamos à tarde e pegamos uma pequena fila pra comprar o ingresso.



Irlandês diz...

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Esses dias eu tava pensando no quanto eu aprendi sobre o vocabulário britânico/irlandês nesse tempo morando na Irlanda. Apesar de ter estudado numa escola que utiliza material didático britânico, sempre houve variedade de sotaques/estilos por parte dos professores - e pra ajudar, eu sempre assisti muitos seriados e filmes americanos, o que contribuiu para a expansão do meu "inglês americano". Então ao invés de dizer "lorry", eu digo "truck" (caminhão), mas é tudo a mesma coisa, não importa.

Só que esses dias eu tava pensando que a particularidade do vocabulário irlandês merecia um espaço aqui no blog. Afinal de contas, a professora em mim não me dá descanso!

E essa palavra maravilhosa?

Filmes irlandeses legais

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Se você já pesquisou o assunto "cinema irlandês" no google, certamente se deparou com títulos como "Michael Collins", "The Magdalene Sisters", "Leap Year", etc. O meu post não é nenhuma lista dos melhores filmes irlandeses ou dos mais importantes, mas dos que realmente vale a pena ver na minha opinião.

Começo a lista com o meu preferido, "Once". Esse filme entrou na minha vida através do meu irmão, que o viu numa sala ~alternativa~ em São Paulo e voltou pra casa enchendo a minha paciência, dizendo que eu amaria o filme. Na época morar em Dublin não passava pela minha cabeça, mas como eu gosto de musicais, assim que saiu o filme ele comprou o dvd pra gente ver junto e foi amor à primeira vista! O sotaque irlandês, as músicas, a simplicidade do filme... é sensacional. Já vi várias vezes e não me canso, é lindo! Aliás, até Oscar de Melhor Canção eles ganharam.



A Bia tem dois posts no blog dela sobre o filme - um com as impressões de antes e outro com impressões de depois de morar em Dublin. Vale a leitura!

O fim-de-semana foi só sobre isso: St. Patrick's Day!

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Ah, o feriado nacional mais importante do ano! O Saint Patrick's Day!

Eu tava muito animada pelo Saint Patrick's por vários motivos: primeiro porque sempre comemorei essa data em SP, como professora de inglês, e segundo porque essa celebração casou com o meu aniversário de um ano morando na Irlanda! 

Por trabalhar em escolas de idiomas, sempre me vesti de verde e sempre fiz algum tipo de atividade com os alunos na data. Pra quem não sabe, o são Patrício é o santo padroeiro da Irlanda e trouxe o catolicismo pro pais. Ele usava o shamrock (trevo de 3 folhas) pra explicar a santíssima trindade e reza a lenda que foi ele o responsável por ter expulsado as cobras dessas terras. Se é verdade ou não ninguém sabe, mas o fato é que esse é o feriado nacional mais comemorado no mundo inteiro! E vem gente de muitos lugares diferentes pra ver o desfile e se jogar nos pubs irlandeses. 

Não sei como essa data se tornou tão importante e celebrada, mas ela acaba sendo mais do que o dia de um santo; é como o brasileiro ganhando final de Copa do Mundo, sabe? É um orgulho, uma alegria, todo mundo vira irlandês e entra na celebração.

Aqui em Dublin tinha vários eventos acontecendo no fim de semana todo: coisas pra família, apresentações na rua, parque de diversões e o evento principal, que é a parade que aconteceu ontem. 


Adaptação (?)

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Na contagem regressiva pra 1 ano morando na Irlanda e eu ...

... me acostumei a fazer compra nos mercados aqui - já sei onde tem os produtos que mais gosto, os mais baratos, enfim, já tô ligada no rolê do Tesco e do Lidl;

... me acostumei a ver ciclistas pela cidade toda. Acho que vai ser estanho quando eu voltar pra SP e não ver tanta gente andando de bike;

... me acostumei com o número de carrinhos de bebê e crianças que preenchem as ruas de Dublin (mentira, eu ainda fico pensando "caramba, como esse povo faz filho, gente!")

... estou totalmente habituada com o clima;

 ... me acostumei a ouvir diversos idiomas, principalmente o português, nas ruas do centro;

... tomo chá com leite todo dia e sinto falta quando não tomo;


Halloween na Irlanda

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Eu fiquei uma semana falando sobre Paris e deixei o Halloween passar batido.... Quase! Eu já tava querendo escrever a respeito, mas só agora tive tempo e vamos lá!

O Halloween é a segunda data mais importante aqui depois do St. Patrick's Day. As lojas e casas estavam toda decoradas e todo mundo já tava falando das festas umas duas semanas antes, dava pra sentir um clima diferente na cidade. Essa data tem origem celta e ZzzZZzzz, não preciso contar aqui, né? Tem no wikipédia, tem em um monte de lugar.

O Halloween sempre foi presente da minha vida pois sempre fui professora de inglês e as escolas dão destaque pra data. Sempre tinha eventos, competições, ir fantasiado pro trabalho e não sei o quê mais. Fora isso, meus amigos (em sua maioria, também professores) sempre festejavam, então vê só: já fui bruxa, marinheira, e ano passado, enfermeira zumbi. 



Sobre a língua irlandesa (ou gaélica, como preferir)

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Aqui na Irlanda existem dois idiomas oficiais: o inglês e o gaélico (chamado também de irlandês).

O Irlandês é língua indo-européia considerada uma das línguas oficiais da União Européia.

Pra resumir: as pessoas falavam irlandês. Os ingleses chegaram botando banca, mandaram o irlandês à puta que pariu proibiam o uso de irlandês e lá pelo século 17 a influência do inglês foi aumentando. Mas o que causou a brusca queda do irlandês aqui foi a Grande Fome no século 19, quando a Irlanda perdeu em torno de 25% de sua população por causa de mortes ou emigração - mais ou menos duas milhões de pessoas a menos em território irlandês.

No senso de 2006, 80 mil pessoas disseram usar o irlandês no dia-a-dia. Em 2001, mais de 90 mil pessoas disseram usar o irlandês em seu cotidiano, então os números tem aumentado!

Dançando no rio

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Todo país tem a sua dança famosa, tradicional.

No Brasil tem o samba, na Argentina o tango, na Áustria a valsa, e por aí vai. A Irlanda não poderia ficar de fora, claro.

Quer dizer, não se trata de uma dança tradicional, das antigas, mas não deixa de ser irlandesa. Estou falando de Riverdance.

Riverdance na verdade foi um espetáculo elaborado para um intervalo de 7 minutos no Eurovision de 1994. A Irlanda era a anfitriã do festival  por vencer a edição de 1993 e escolheram a cultura celta como tema principal da apresentação.

A ideia é: sapateado (mas sapateado onde a parte de cima do tronco dos dançarinos quase não se move) com música irlandesa. É bonito de ver e de ouvir.

Father Ted

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Eu sou totalmente viciada em séries de TV. Já falei até um pouco sobre o assunto aqui, quando elegi as melhores séries de 2012 pra mim.

Atualmente, acompanho em torno de 12 séries. E tenho muitas na lista pra serem vistas. Só que a temporada de séries tá acabando esse mês e ficarei temporariamente orfã de vááárias dessas 12 aí.

Paralelamente a isso, desde que cheguei na Irlanda, vários locais me recomendaram a série "Father Ted". Resolvi furar a fila da minha listinha com ela e não me arrependi nem um pouco!


Lendas, mitos e folclore irlandês

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Lembra do Saci, do Negrinho do Pastoreio, da Mula-sem-cabeça, do Boto cor-de-rosa, do Curupira, entre outros personagens do folclore brasileiro?

Pois é. Aqui na Irlanda tem um monte de personagem e história maluca (porque gente, o boto é um cara que conquista a mulherada, engravida e cai fora, o curupira tem os pés pra trás, o saci é mó malandrinho e tal... tudo meio bizarro/esquisito, né?) também.

Antes de vir pra cá, eu basicamente conhecia o Leprechaun, que esconde o pote de ouro atrás do arco-íris e usa roupinha verde.

Mas, tem muito, muito mais coisa.

Domingo passado fui ao Leprechaun Museum com o Rick aprender um pouco mais sobre o folclore irlandês. A entrada de estudante é 10 euros (o que achei bem caro para o que o museu oferece, mas enfim), a visita é guiada e dura em torno de 1 hora.


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