Cinemateca #8 - filmes latino-americanos

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Cinemateca edição número 8 na área e ganhamos uma participante! A Aline, do Nuviando.

O tema desse mês era filmes latino-americanos e sem querer eu acabei vendo um filme que se encaixava.



É que um dia desses, não sei porquê, lembrei que queria muito ver o tal do "Relatos Selvagens". Na época do lançamento todo mundo na minha timeline do facebook viu o filme e falou maravilhas dele. Eu fiquei a ver navios aqui na Irlanda, já que não há uma demanda aqui por filmes argentinos, né? O jeito foi esperar pra poder baixar na internet. Eu sei que é ilegal, mas se eu pudesse ter pago pra ver esse filme, eu juro que teria pago!

Desculpas à parte, baixei o filme e vi com o R. e só depois lembrei que o tema desse mês era filmes latino-americanos, então meu subconsciente ajudou bastante! :)

Resenha: musical "Once" no Olympia Theater

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Quando meu irmão chegou em casa super animado contando de um filme irlandês que ele viu num cinema da Paulista, eu jamais imaginaria que um dia seria fã do filme, muito menos que estaria morando na cidade onde ele foi idealizado e gravado anos depois.

A verdade é que eu adoro musicais, e Once é um daqueles musicais de encher o coração, de mexer com a gente de verdade - seja pela sua simplicidade, pelo talento dos músicos, pelas letras melancólicas.

Já vi o filme dezenas de vezes (e já falei dele aqui no blog!) e quase surtei quando vi em diversos outdoors pela cidade que o musical estaria por aqui no verão.

R. não é muito fã de musicais, mas gostou do filme Once e por isso não hesitou em ir comigo. Queríamos ter comprado ingressos pra estréia que foi dia 4/julho mas quando fomos comprar, já não tinha mais. Tudo bem, porque conseguimos bons lugares pro domingo dia 5!


Alunos brasileiros vs alunos europeus

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Já quero começar dizendo que esse post é totalmente pessoal, baseado nas minhas experiências como professora e que posso estar falando muita besteira - não tome nada do que falarei aqui como verdade absoluta, afinal de contas, estaremos falando de pessoas e pessoas são sempre diferentes e causam impressões diferentes, né?

Eu dou aula de inglês desde os 17 anos e até os 27 só havia dado aula pra brasileiros. Foram diversas escolas (pequenas, de bairro; grandes franquias; alunos particulares) e alunos de várias faixas-etárias, sexo e regiões diferentes de São Paulo.

Aqui em Dublin tive a oportunidade de trabalhar com adolescentes (de 11 aos 17) espanhóis, franceses, italianos, alemães e russos por apenas dois meses. Logo, já dá pra ver que tenho um "conhecimento" muito maior do perfil do aluno brasileiro do que o de alunos de diferentes países na Europa. Mesmo assim, não quero perder a oportunidade de registrar uma comparação entre eles já que comparações foram inevitáveis pra mim.


Adolescentes por adolescentes


Pude finalmente concluir que adolescentes são adolescentes em qualquer lugar do mundo (ou pelo menos no mundo ocidental). Eles podem ser "rebeldes", desrespeitosos, desinteressados e em alguns (poucos) casos, jovens actually interessados em aprender e em compartilhar. Trabalhar com essa faixa-etária não é pra qualquer um e demanda muita firmeza, calma e um pouco de "foda-se", já que você vai ter que fingir que não está vendo e ouvindo certas coisas.

Como foi ser ~teacher~ na Irlanda nesse verão?

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Pra quem lê o blog já deve ter visto um ou outro post onde comento sobre um emprego que consegui no verão: professora de inglês numa escola que tem como foco adolescentes europeus que vem estudar por curtos períodos de tempo aqui na Irlanda. Eu tô devendo vários posts sobre essa experiência e sobre os alunos de maneira geral também, eu sei. Mas é que em minha defesa, esse negócio de trabalhar de manhã, de tarde e ser dona-de-casa à noite não é nada legal. Nunca estive tão cansada e no fim de julho qualquer coisa me fazia chorar.

O que era pra ser só um contrato de 4 semanas dobrou e me pediram pra trabalhar em Agosto também. Por conta disso, continuei super ocupada mas tive uma folga pois já tinha férias programadas pra segunda semana do mês (Bristol, Cardiff, Kerry e Waterford - ainda contarei tudo por aqui!). Sendo assim, hoje foi meu último dia lá na escola, já que não poderei trabalhar semana que vem por outros motivos (que logo contarei aqui também!) - ui, essa Bárbara tá cheia de segredos!

A verdade é que voltar à sala de aula depois de mais de dois anos longe dela foi muito estranho. E gostoso. E overwhelming. Sempre dá aquele frio na barriga e depois de alguns dias você já se sente à vontade, mas estar num emprego novo, num lugar diferente, altera um pouco esse "sentir-se à vontade": você não conhece direito seus colegas de trabalho, seu chefe, os procedimentos da escola, a papelada, etc, etc, etc. Sabe quando você fica igual barata tonta meio perdida sem saber o que fazer? Pois é.

Passados os primeiros dias, comecei a me sentir um pouco mais segura e confortável, o que não significa inteiramente feliz: é complicado trabalhar com adolescentes. Muito complicado. E nesse caso, adolescentes que estão de férias da escola e vieram passar uma temporada com amigos longe dos pais "aprendendo inglês" - você acha MESMO que eles querem aprender inglês?

Kinsale, uma cidadezinha fofa em Cork

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Eu já tinha dado uma voltinha em Kinsale em 2013, quando passamos um dia em Nohoval Cove - no entanto, por causa do horário, só almoçamos e não consegui ver muito da cidade nem do que ela tem a oferecer. Foi quando em junho deste ano, num final de semana que passamos em Cork, resolvemos fazer uma parada por lá pra aproveitar melhor.

Kinsale é simplesmente uma gracinha. E bomba no verão, justamente porque quem mora por ali quer curtir as praias, as lojinhas e os restaurantes locais!

Nossa primeira parada foi no Charles Fort, um forte que fica no porto da cidade. Ele foi construído entre 1670 e 1680 e tem o desenho de uma estrela - design que tenta prevenir ataques por canhões. Ele foi desenhado pelo mesmo cara que fez o Royal Hospital em Kilmainham, aqui em Dublin (local onde fica o Museu de Arte Moderna).




[livros] Conhecendo melhor o meu Brasil

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Quando fui ao Brasil este ano acabei passeando (como sempre) pela Livraria Cultura do Conjunto Nacional. Não que não tenha livrarias legais aqui em Dublin, mas eu tenho um carinho especial por aquela livraria porque sempre comprei muito livro por lá! Já cheguei a ficar hooooras andando e admirando o lugar!

Estava lá com o R. procurando livros de português para estrangeiros quando lembrei, do nada, de um título que eu já tinha ouvido falar - "Guia politicamente incorreto da história do Brasil". Já que estava lá e o livro provavelmente não seria muito caro, acabei comprando.

Li o bichinho em praticamente duas sentadas, já que a leitura dele é muito agradável, simples e divertida. Sabe quando você se pega rindo ou sorrindo quando tá lendo alguma coisa? O autor procura desmistificar certos personagens da história brasileira, como a de que Santos Dumont não teria mesmo inventado o avião ou que Zumbi dos Palmares na verdade tinha escravos.

A própria descrição do livro é a seguinte:

Existe um esquema tão repetido para contar a história do Brasil, que basta misturar chavões, mudar datas ou nomes, e pronto. Você já pode passar em qualquer prova de história na escola. Nesse livro, o jornalista Leandro Narloch prefere adotar uma postura diferente – que vai além dos mocinhos e bandidos tão conhecidos. Ele mesmo, logo no prefácio, avisa ao leitor: “Este livro não quer ser um falso estudo acadêmico, como o daqueles estudiosos, e sim uma provocação. Uma pequena coletânea de pesquisas históricas sérias, irritantes e desagradáveis, escolhidas com o objetivo de enfurecer um bom número de cidadãos.” É verdade: esse guia enfurecerá muitas pessoas. Porém, é também verdade que a história, assim, fica muito mais interessante e saborosa para quem a lê.


Resenha: restaurante Indie Spice

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Dia 12 de junho foi Dia dos Namorados do Brasil, mas como eu adoro ter uma desculpa pra ter um dia romântico com R., decidimos comemorar esse ano com presente e tudo que temos direito. A ideia era sair pra jantar na noite de sexta-feira, fazer alguma coisa diferente.

Como tínhamos ido num restaurante de comida mais "tradicional" há não muito tempo atrás, estávamos meio na dúvida de onde ir. Foi quando li um post da Nivea comentando que ela havia saído pra jantar com o marido "no melhor indiano da cidade". Fiquei curiosíssima, já que tanto eu como o R. adoramos comida indiana. Pedi mais detalhes e reservamos a mesa pro Indie Spice.

Gente! Gente! O restaurante tem uma decoração muito legal e é bem iluminado (prefiro, particularmente, as luzes mais baixas, mas ok). A música que tocava era bem pop e atual (nada de música indiana!) e os garçons extremamente simpáticos e solícitos. Super fofos mesmo!

Além do menu principal, há um menu promocional de entrada + sobremesa por 17 euros (preço excelente, já que geralmente você paga em torno de 15 só pelo prato principal).

Roacutan: minha experiência (4 meses)

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Voltando aqui pra falar sobre a continuação da minha saga Roacutan...

Só pra refrescar a memória: estou tomando esse remédio por conta da minha acne persistente. Já tinha tentando vários métodos, pomadas, cremes e remédios e nada tinha dado cabo das minhas espinhas. Foi quando uma dermatologista aqui na Irlanda disse que eu poderia tomar Roacutan pra acabar de vez com o problema.

Nos dois primeiros meses tive muita dor no corpo e a secura da boca era bem forte, mas nada que me tirou o sono nem nada. Principalmente porque minha pele já demonstrava melhora.

No fim do terceiro mês eu não aguentava mais as dores de cabeça diárias e também a dor nas costas. Pedi pra dermatologista diminuir a minha dosagem - de 60mg por dia pra 40mg (apenas duas cápsulas). Isso desencadeou numa melhora dos meus efeitos colaterais e também do bolso, já que eu passei a gastar em torno de 20 euros a menos por mês, já que teria que comprar menos remédio.


O verdadeiro interior

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Pra quem não sabe, o meu namorado é irlandês. Ele é de Cork, mas tem família em outros lugares da Irlanda também, sendo um deles o condado de Mayo.

Desde que nos conhecemos ele comenta que gostaria muito de me levar pra lá, já que ali era de fato o interior do país: casas no meio do nada, cidadezinhas minúsculas, aquela coisa toda. Acabou que nunca deu pra gente ir, mas no feriado que teve em junho acabamos unindo o útil ao agradável e fomos visitar alguns familiares dele em Newport.

Primeiro que o dia já começou beeeeeem miserable. Nós estávamos em Galway quando começamos a jornada até Mayo e cara, que desgraceira. Primeiro que a estrada não é uma estrada bonitinha, highway. Tipo, não é estrada de terra, mas não é um luxo: elas são estreitas e cheias de curvas, o que sempre me dá uma certa tensão, mesmo eu não sendo a motorista. Depois, como eu mencionei, o clima: bucketing rain, pra usar uma expressão bem irlandesa. Tava chovendo muito, chovendo forte, como há tempos eu não via. 

R. tava até meio "feliz" em poder me mostrar a verdadeira Irlanda, a Irlanda da qual ele se lembrava na infância quando ia pra Mayo...

Quase duas horas depois, chegamos. Mas o impacto de estar numa cidadezinha tão pequena não foi tão grande pelo simples fato deu já ter ido pra muita cidadezinha pequena por aqui. Então essa coisa da cidade com uma igreja, um banco, uma loja já não é novidade, sabe? Mesmo assim, eu ainda fico me perguntando como seria nascer e crescer num lugar assim tão menor comparado à megalópole de onde eu vim.

Cinemateca #7 - filmes de animação

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Não sou a maior fã de animação - e não porque animação seja, supostamente, pra crianças, mas porque muitas vezes a trama não me atrai: tudo é muito Disneyzado, sabe? Não tenho muito saco pra esse tipo de história mais. No entanto, o tema desse mês do Cinemateca era exatamente esse e veio muito a calhar, já que dois filmes de animação incríveis estavam passando no cinema e consegui conferir os dois!

O primeiro é o irlandês Song of the sea. Eu tinha lido sobre ele no blog da Savana e gente, que filme é esse? O diretor é o mesmo do aclamado The Seceret of Kells, que o Rick comentou nesse post aqui e que eu ainda não conferi.

A história é baseada numa lenda irlandesa sobre as selkies, criaturas que são em sua essência focas mas que em terra se tornam seres humanos. Numa pequena ilha moram pai e os dois filhos e logo nos primeiros minutos você vê que a coisa é meio pesada, o pai claramente sem ação diante da falta que a mãe das crianças (que não está presente - e só descobrimos o porquê depois) faz. Com ele moram Ben e Saiorse - essa última uma menina de 6 anos que ainda não fala e que tem um grande destino pela frente. Juntos eles vão tentando desvendar toda essa lenda das selkies e se deparam com várias situações desafiadoras, doces e tristes também.


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