Paris e o museu mais famoso do mundo

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No segundo dia em Paris, acordamos cedo (mas mais tarde do que gostaríamos) e saímos em busca de algum lugar pra tomar café da manhã e ir pro Louvre

O café encontramos na esquina da estação Arts et Métiers, perto de onde ficamos. O petit déjeuner era 12,60 por pessoa e vinha com um croissant, uma bebida quente, um suco natural de laranja, pão na cestinha e ovos fritos. 

Pelas nossas contas, usaríamos muito o metrô no segundo e terceiro dia lá e resolvemos comprar o bilhete ilimitado: 17 euros. Colocando na ponta do lápis, teríamos gastado isso ou um pouco mais comprando bilhetes individuais, sabe? Assim acabou sendo melhor e mais prático.



Paris - a chegada e os primeiros passos

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Paris foi demais. Cara, mas demais. Deu pra cobrir boa parte do plano, deu pra comer coisas gostosas e deu pra viver momentos memoráveis!




Quanto custa viver na Irlanda?

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Eu lia muitos blogs e sites sobre intercâmbio na Irlanda antes de vir pra cá. Queria estar o mais informada e preparada possível, já que uma das questões que mais me preocupava era o dinheiro, claro - quanto vou gastar por mês lá era uma pergunta que sempre me "atormentava".


Gastos aqui variam muito, mas no geral é assim:

Aluguel

De 200 a 250. Na primeira casa que morei eu pagava bem mais e agora pago menos. Quarto single geralmente é mais caro, em torno de 300. 

Transporte

O cartão do ônibus semanal custa 18,50 - com a vantagem que você pode usar o cartão em dias não consecutivos por um bom tempo. Exemplo: uso o cartão hoje (e pode pegar quantos ônibus quiser), amanhã, domingo, semana que vem... Já o cartão semanal do Luas é mais barato, mas tem prazo: só compensa se você sabe que vai usar o luas todo dia. 

Eu não tô mais gastando com transporte pois comprei uma bicicleta, mas de vez em quando pego ônibus - uso moedas se faço isso. 

Alimentação

Arroz, macarrão, leite, pão, essas coisas são baratas. Eu acabo gastando mais porque não deixo de comprar meu cereal, iogurte, minhas besteirinhas - dá em torno de 80 euros por mês, às vezes mais. Vou postar gastos com alimentação em mais detalhes mais pra frente.

Contas

Internet em casa fica 7,50 pra cada um e a conta de luz em torno de 35 euros. Esse valor deve aumentar na próxima conta (daqui a 2 meses) porque o inverno tá chegando e deixamos o boiler mais tempo ligado.
Fora isso, cada pessoa dá 10 euros por mês pra comprarmos produtos de limpeza, papel higiênico e etiquetas do lixo. 

Resumo:

250 aluguel
80 alimentação
45 contas
____________
370 euros + transporte. 

Fora isso , tem o lazer, claro. Como eu não bebo, acabo economizando nesse aspecto, mas saio bastante pra comer fora, então fica elas por elas. 

Com um salário mínimo (8,65 a hora) part-time dá pra pagar as contas e ainda sobra um pouquinho. Trabalhando full-time dá pra se permitir pequenos luxos e guardar pra viajar!

Irmãos e irmãs

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Eu cuido de duas menininhas fofas: a C. de 17 meses e a É, de 2 anos e 7 meses.

Elas me irritam de vez em quando, mas na maior parte do tempo, acho elas fofas e me impressiono com as coisas que elas fazem e falam. No entanto, o que mais me chama a atenção é a obsessão da mais nova com a mais velha.

Obsessão talvez seja uma palavra forte demais. Mas gente, a bichinha é louca pela irmã. Quando acorda, a primeira coisa que ela diz é o nome da irmã. Quando a É. vai pra escola, C. chora e fica repetindo o nome dela por muito tempo. Quando falo que vamos buscar a É. na escola, a pequena sai correndo pro carrinho toda feliz.

Eu acho muito fofo. Toda hora ela quer mostrar as coisas pra irmã, quer brincar com ela, quer ter a aprovação dela.

Me faz pensar muito no meu irmão.

Paris, cherrie!

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Sabe quando tem alguma coisa muito boa acontecendo na sua vida que quando você para pra pensar ou conta pra alguém, parece que tá falando de outra pessoa?

É mais ou menos isso que tá acontecendo comigo. 

Tô indo pra Paris amanhã com o R.! 

Nunca nos meus sonhos mais longínquos eu imaginaria que conheceria a capital da França. Estando aqui na Irlanda, sendo realista, imaginei sim que um dia conheceria Escócia, Inglaterra e tal, mas Paris?! Parece coisa de filme. 

E falando em filme, um dos meus preferidos é francês - "O fabuloso destino de Amélie Poulain", o filme mais francês já feito, segundo o R. Claro que vou tentar dar uma passadinha no café Deux Moulin, onde a personagem do filme trabalha!




Como temos muito pouco tempo (2 dias e meio), vamos ser turistas total e foda-se: Torre Eiffel, Arco do Triunfo, Notre Dame, Sacre Cour, Rio Sena, Moulin Rouge, Louvre, tudo que um bom turista faz em Paris - nada muito alternativo.


Chove chuva

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Quando você começa a pesquisar sobre intercâmbio na Irlanda, uma das coisas que mais preocupa é o clima. Faz frio? Neva? Chove? 

Quando cheguei em março, choveu forte alguns dias seguidos, nevou e depois o clima ficou estável e as temperaturas foram aumentando gradativamente. Desde então, não lembro de chuva por dias e dias - choveu pouco, com exceção do final de julho que teve chuva relativamente forte por um tempinho. Foi na época que consegui emprego na Concern e tomei altas chuvas na cabeça.

Foi quando adquiri galocha e capa de chuva pra me proteger. A capa de chuva custou 10 euros e comprei na Penneys - na verdade, ela é mais de papel mesmo, porque só aguenta os showers, ou seja, as chuvinhas rápidas ou garoas.

Powerscourt Gardens

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Eu adoro ser turista, adoro. Vivo dizendo pro R. que posso me dar ao luxo de parar no meio da O'Connell, se quiser, pra tirar foto. Sou turista mesmo!

Minha missão "turismo na Irlanda" continua indo de vento em poupa: a cada final-de-semana ou tempo livre eu risco mais lugares da minha lista e retiro post-its do meu guia de Dublin e do meu guia da Irlanda. Acho esse país lindo e adoro conhecer tudo, ainda mais se for perto e barato, que foi o caso do Powerscourt Gardens.

(Quase) todo mundo que vem pra Dublin acaba dando uma passadinha por lá - existem tours pagos, mas honestamente, dá pra pegar o ônibus 44 no centro e em 45 minutos cê tá lá. Descendo no ponto final, é só subir uma ladeira imensa e andar um bom pedaço até a entrada do parque. É fácil!

Fui lá no outro domingo com a Samantha. Não foi assim tão lindo e maravilhoso como descrevi no parágrafo acima por motivos de: atraso do ônibus. A gente já tinha consultado os horários e visto que o 44 passa de hora em hora e nos programamos pra isso. Mesmo assim, esperamos mais de uma hora por ele na O'Connell.


7 meses de Irlanda

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São 7 vidas do gato, 7 pecados capitais, 7 maravilhas do mundo, 7 cores do arco-íris, 7 dias da semana, 7 anões da Branca de Neve, 7 notas musicais, 7 livros da saga Harry Potter e 7 meses da Bárbara vivendo na Irlanda!

Isso mesmo, dia 20 de outubro completei 7 meses de Irlanda. Não preciso dizer o clichê máximo "como passou rápido", né?

Mas cara, como passou rápido!!!

1 ano de blog!

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Caramba, 1 ano, já?!

Como comentei nesse post láááááá no começo, já tive vários blogs na vida pois sempre gostei de escrever. Além disso, sou nostálgica - adoro ficar lembrando de coisas que já passaram e registrá-las através de fotos e palavras parece uma ótima maneira de me ajudar nisso.

Um intercâmbio é um negócio muito legal pra passar batido. Eu não quero esquecer nada do que tá acontecendo comigo aqui agora, sabe? Não quero esquecer dos passeios, dos problemas, das descobertas...

Dados os motivos, o blog foi criado e se mantém firme!

1 de blog e:

... mais de 500 mil visualizações! Uau!

... 227 postagens;

... mais de 900 comentários (registrados no blogger, sem contar os do facebook);

... vieram parar aqui pessoas vindas do Brasil, Irlanda, EUA, Alemanha, Rússia e até Israel!

... os tópicos mais pesquisados são o próprio nome do blog e os termos "calor na irlanda 2013", "moda irlandesa", "desenhos tattoo sagitário" e "folclore e lendas irlandesas";

... o post mais acessado é esse aqui, sobre piercing no nariz - pois é, um blog 90% sobre intercâmbio e esse é o post mais lido! hahaha

Obrigada a todos que acompanham diariamente, semanalmente, de vez em quando. Obrigada a quem comenta sempre, a quem comenta às vezes e aos leitores quietinhos. Obrigada família e amigos, obrigada colegas, obrigada companheiros de intercâmbio e você que não se encaixa nessas categorias e caiu aqui de paraquedas! VALEU!

ps.: Pra comemorar, mudei o layout do blog um pouquinho. Não foi nenhuma mudança radical, mas já dá outra carinha, né? Também mudei o sistema de comentários. Vamos ver se esse é melhor!

ps2.: Um obrigada especial ao R., que desde que descobriu meu blog o lê todo dia pelo tradutor do google. :)

Eu, B., babá há 8 semanas

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Apesar de nunca ter gostado muito de criança (nem quando eu dava aula), acho que tenho me saído bem na tarefa de cuidar e entreter duas meninas pequenas.

Eu tive sorte, eu tive sorte: elas comem bem, dormem bem, são carinhosas e quase nunca dão piti ou brigam. Gostam de livros, gostam de boneca, gostam de parque, gostam de tudo.

Acho que o mais me incomoda no meu trabalho é o fato da casa ser suja. Senhor amado! Eu achava que era porque os pais são mega ocupados, mas ó, já estive em casas irlandesas onde crianças moravam e os pais eram ocupados e elas estavam limpinhas! A cozinha é um horror, um horror. Não deve ser limpa há meses - outro dia eu até dei uma limpadinha pois não tava aguentando, mas não sou paga pra isso, né?

A rotina é bem tranquila:

Bicicletando há 2 meses*

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*ERRATA: não sei de onde tirei esses dois meses! tô andando de bicicleta há UM MÊS aqui.

Dois meses andando de bicicleta pela cidade - pela cidade é exagero, é só o caminho casa-trabalho mesmo. Ainda assim, são 40 minutos de ida e 40 de volta, 14 km por dia. Sim, quatorze! Nem acreditei quando fui olhar no google maps. (mãe, tá vendo? 14 quilômetros!)

Muitas coisas já aconteceram nesses dois meses na minha vida de ciclista, mas o mais importante é que tô viva e inteira. Resumindo:

1) Quase atropelei uma moça que atravessou DO NADA perto da droga da Baggot Street. Ali sempre tem pedestre atravessando fora da faixa, então agora tô mais esperta nesse trecho do caminho;

2) Meu pneu tava meio vazio e peguei a bomba de encher o carrinho da minha chefe pra encher o pneu. Só que eu sou super esperta e experiente e acabei deixando sair mais ar do que encher o bendito. Resultado: pneu traseiro muito, muito murcho. Tive que levar a bicicleta numa bicicletaria perto da escola da É., que foi a única que lembrei na hora. Que sufoco carregá-la! Cheguei lá e o cara encheu pra mim, ufa!

3) Estava preparada pra sair pedalando quando o farol abriu na Harrold's Cross. Aí um filho da puta de um outro ciclista passou o sinal vermelho na descida e por centímetros não bateu em mim. Aliás, só não bateu mesmo porque eu vi ele descendo de canto de olho e tive tempo de virar o guidão. Ele disse um "sorry" todo sem graça e respondi "for fuck's sake!". Depois fiquei tão assustada que voltei chorando pra casa - se ele tivesse me pegado, teria sido um acidente feio;

4) Anteontem minha corrente ficou solta quando eu chegava no trabalho. Parei num gramado que tinha na calçada, deitei a bicicleta lá e fiquei olhando: como arrumar esse negócio?! Aí vi que tinha que colocar a mão na massa, quer dizer, na corrente. Com jeitinho, consegui arrumar. As mãos ficaram sujas de graxa, mas faz parte, né?

5) Ainda sinto dores nas pernas (e às vezes na barriga, tipo dor de abdominal), mas já não chego tão esbaforida no trabalho nem em casa. Me dá calor e ainda fico um pouco suada, mas agora que o frio tá chegando, tô achando uma delícia pedalar. O foda é sair de blusa e morrer de calor no caminho, que ódio! Odeio passar calor!

A sensação é essa

O Castelo do João

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No final-de-semana que fui pra Limerick ver o jogo de rugby acabei conhecendo o King John's Castle, um castelo incrível com um museu excepcional. Eu não esperava muito de lá, achei que seria mais um museu como qualquer outro - ledo engano.

Ele me lembrou um pouco o Dublinia e o Post Office Museum pela interatividade, mas ele é mais que isso. Tem história, tem gráfico, tem vídeo, tem personagens, tem projeções, tem muita coisa. Nós ficamos lá dentro umas 2 horas e tivemos que correr pra dar tempo de ver o lado de fora e depois ir pro jogo. Dá pra passar uma manhã/tarde tranquilo lá.

O museu conta basicamente a história do castelo - sua construção, quem mandou construir, quem construiu, quando, etc etc etc. Só que além disso, há todo um contexto: como era Limerick antes do castelo ser construído, como era Limerick na época da construção e depois dela. Só que além disso, eles colocam a big picture pro visitante, ou seja: não só o castelo, não é só Limerick, é a Irlanda toda.

O museu é uma grande aula de história sobre a Irlanda (literalmente, já que R. me disse que estudou vários daqueles tópicos na escola).

O mundo segundo os brasileiros

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Ontem foi ao ar o programa "O mundo segundo os brasileiros", na Band.

Eu tava super animada mas não vi ontem porque... sem condições de ver daqui por causa do horário. Achei que ia demorar pra eles colocarem na web, mas hoje à tarde já vi que tinha link pra poder assistir.

Tô tão tímida! Quatro anos estudando Rádio e TV e nunca imaginei que eu fosse aparecer do outro lado da tela. Foi uma boa experiência - não só por ter conhecido Newgrange, que eu adorei, mas também por dar a oportunidade de família e amigos no Brasil me verem aqui! Até minha vó ficou acordada até tarde da noite pra poder me assistir!

Aliás, sobre isso: obrigada à todos pelas dezenas de recadinhos no meu mural do facebook, no twitter, aqui no blog. De verdade, me senti muito querida!

o mundo segundo os brasileiros em dublin


Agora, sobre o programa - sinceramente, não acho que ninguém se importe com a minha opinião, mas o blog é pra eu escrever sobre o que eu gosto, não gosto, penso e etc - então seguinte: achei o programa bem fraco. Eu só tinha visto uma edição, a de Istambul, e gostado. Não vou falar do programa no geral porque não sei bem qual a proposta, mas o episódio de Dublin em si é bem fraco. Deixaram várias coisas importantes da cidade de fora, como o maior parque urbano da Europa (Phoenix Park), rua mais larga da Europa (O' Connell Street), Saint Stephen's Green, entre outras coisas. Mostraram umas feiras legais, umas coisas alternativas, mas sério?

Além disso, colocaram um bloco sobre Belfast. Belfast é a capital da Irlanda do Norte, outro país, outra moeda, outra história. O meu rolê, que foi fora de Dublin, já não se encaixaria na proposta de falar sobre a cidade, mas Belfast foi de chorar!

De todos os "personagens", gostei muito do cara que trabalha na recepção do hotel e falou sobre o centro, Temple Bar e tudo mais. Tinha também dois blogueiros (inclusive um "famoso" - com muitas aspas aí) participando, mas melhor não falar nada.

Obrigada a quem ficou acordado até tarde pra assistir, a quem assistiu depois, ao R., que me ajudou pra caramba no dia e até ganhou uns segundos de tela comigo (hahaha, eu sabia que ele ia aparecer!) e à Tarsila, que me chamou pra participar no lugar dela. :)

https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=9nH-19VN8Xc (a minha parte começa mais ao menos aos 40 minutos)

Rugby!

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Rugby é um esporte inglês, relativamente popular aqui na Irlanda. Os times grandes são os times das províncias - e dentro delas há times de "menor importância".



Apesar de não ser um esporte irlandês, eu precisava ver de perto qual era o lance todo do rugby. E gostei!

Limerick e um pouco do Obama

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O que mais gosto no intercâmbio é poder conhecer o máximo da cultura local (e de outras também). A Irlanda é um pais muito rico nesse aspecto, com muita literatura, música, história, lendas e esportes diferentes, e tento absorver tudo o que posso. 

Há alguns meses tive a chance de ver um jogo de hurling - esporte típica e exclusivamente irlandês no estádio Croke Park. Adorei e acrescentei na minha listinha mental "assistir futebol gaélico e rugby", esportes também populares aqui. 

Um dos amigos do R. curte muito rugby e nos deu dicas de bons jogos para assistirmos. Ele acabou reservando ingressos pro jogo Munster x Leinster que aconteceu no dia 5 de outubro no estádio considerado o melhor do mundo para o rugby, o Thomond Park em Limerick. 

Eu já havia passado por Limerick na minha viagem pela Irlanda em junho, mas não conheci nada lá. Resolvi unir o útil ao agradável e fomos mais cedo pra lá pra poder dar tempo de turistar um pouco. 

O que não deu muito certo. Quer dizer, deu e não deu. 


Quem manda aqui sou eu!

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De vez em quando eu assistia Supernanny no Discovery Home and Health. Apesar de não ser fã de crianças, gostava de ver as soluções que a nanny encontrava e também de julgar os pais pensando "Bem feito! A culpa é sua". Sei que julgar é feio, mas eu fazia isso, vou mentir pra quem?

Agora, trabalhando de babá, posso colocar em prática algumas coisas que vi no programa. Não que eu goste, porque me irrita e afeta muito. 

Outro dia voltando de um playdate na casa da Nivea, É., a mais velha das meninas que cuido (2 anos e meio), sentou na calçada e não queria mais andar. Mas ela não queria mesmo. Tentei conversar, tentei negociar em troca de água e comida, nada funcionou. Juro, tentei respeitar o espaço e vontade dela, mas depois de muito tentar e nada, perdi a paciência: segurei ela pelo braço e disse "cê vem comigo agora!". Ela começou a chorar pedindo pelo pai e jogou o corpo pra trás, sabe? Agora imagina que eu tava empurrando o carrinho da mais nova, que começou a chorar também! Pensei comigo: não vou deixar uma criança tão pequena me tirar do sério assim - quem manda aqui sou eu, eu sou a adulta!


Kylemore Abbey e Connemara

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No mesmo final de semana que fui pra Galway também visitei o Parque Nacional de Connemara e a Kylemore Abbey. Mas vamos por partes.

Saímos de Galway já meio tarde e em uma hora e meia avistamos a Kylemore. É um negócio meio surreal, porque é uma construção linda - parece um castelo no topo da montanha! Há um estacionamento e toda a infra-estrutura para visitantes: loja, restaurante, etc. 



Opa, te conheço?!

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Dublin é a maior cidade da Irlanda, com pouco mais de um milhão de habitantes. Parece pouco, mas pra padrões irlandeses, é muito. Pense que 1/3 da população do país está aqui. 

Agora, qual é a probabilidade de você encontrar pessoas conhecidas entre um milhão de pessoas? 

Já aconteceu comigo diversas vezes. 

Acho até meio bizarro porque eu nunca encontrei tanta gente conhecida assim na minha vida inteira. No meu segundo mês aqui, por exemplo,  encontrei duas pessoas: a K., quando fui comprar a calça preta pro meu teste no primeiro emprego aqui, e a Laila, no shopping Dundrum. 


+ Galway

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Nas primeiras horas em que estive em Galway, conheci a praia de Salthill, que fica muito próxima ao centro. Não tinha areia, mas o local é bem agradável e tinha muita gente caminhando e andando de bicicleta no calçadão. Além disso, na área tem vários restaurantes e comércio bem ativo, além de um cassino e um fliperama - na verdade, aqueles lugares que tem todo o tipo de jogo e máquina (lembra daquelas que você coloca a moeda e tenta pegar o ursinho?!) e eu e o R. nos divertimos muito jogando air hockey e sendo clichês e tirando fotos naquelas cabines.


salthill




A cidade das tribos

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A primeira vez que ouvi falar de Galway foi quando vi o Gerard Butler cantando "Galway girl" no filme "PS I love you". Já me apaixonei ali, né? (R., não fica bravo - o Gerard Butler tem sotaque chinfrim, o seu é de verdade!)

O nome da cidade vem do irlandês Gaillimh, mas é tudo meio incerto. Uma teoria sugere que Galway foi nomeada por causa de um rio de mesmo nome (hoje chamado Corrib), das palavras gall e amh, que significam "rio com pedras". Há uma lenda que diz que a cidade na verdade tem esse nome por causa da filha do rei Breasal, que morreu afogada nesse mesmo rio.

Galway fica do outro lado da ilha, na costa oeste, e é a segunda maior cidade da Irlanda. É conhecida como a "cidade das tribos", por causa das famílias de comerciantes que dominavam a região nos séculos 15 à 17. Embora as famílias fossem de origem inglesa ou galesa (no total eram 14, sendo que duas eram irlandesas mesmo), eles logo se adaptaram ao way of life gaélico da região e incorporaram costumes e modos locais rapidamente. Essas famílias foram responsáveis pelo desenvolvimento da área e eram envolvidos em diversos aspectos sociais, religiosos e administrativos de Galway, além de terem construído diversos prédios e casas. Dois desses prédios ainda existem, sendo que um deles, o Lynch's Castle, pertence hoje ao banco AIB:


Outono é sempre igual, as folhas caem no quintal

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Ah, o outono! 

O outono sempre foi minha estação preferida - juntamente com o inverno. Que delicia poder usar uma blusa de frio, um cachecol de vez em quando, uma bota bonita! Que delicia poder andar e não suar, passar maquiagem e ela não derreter!

No Brasil a diferença entre as estações não é assim tão clara - pelo menos em SP, claro que o outono é mais frio que a primavera, mas a gente não vê folhas caindo e a paisagem amarelada como nos filmes, né?

Esse era um dos aspectos que mais me animava de vir morar na Irlanda: estações definidas. Aí cheguei dia 20 de março e tava sensação térmica de -3, nevando, com árvores todas secas. ARE U KIDDING ME?



Pedalando

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Tenho andado de bicicleta nas duas últimas semanas e já deu pra pegar um pouquinho da ginga pelas ruas da cidade. 

Da minha casa até o trabalho tem ciclovia 90% do caminho, o que é ótimo por me dar maior segurança de poder ir no meu ritmo sem medo de ter algum ônibus gigante atrás de mim. Sim, eu acabo cruzando diversos cruzamentos (não diga?!) e no começo me deu um pouco de medo porque tem que prestar atenção se o carro ao seu lado vai virar à esquerda e se os carros na direção contrária vão virar à direita. Depois dos primeiros dias eu acabei acostumando, mas às vezes, na avenida próxima de onde trabalho, eu desço da bicicleta e atravesso andando. 

Já pedalei no sol, no calor, na garoa, na chuva e no vento. 

Chega de ônibus!

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Aqui em Dublin tem várias formas diferentes de transporte: o ônibus, o luas, o trem, a bicicleta, o carro e os pés, cada um com suas vantagens e desvantagens. 

Já peguei bastante luas e dart e principalmente ônibus. São serviços bons, que funcionam, mas que tem um custo muito alto. O ônibus da minha casa para o centro, por exemplo, é 2,15! Existem os cartões que te ajudam a economizar, claro: pra mim, que pego 4 ônibus por dia (2 pra ir 2 e 2 pra voltar) pra ir pro trabalho, comprar o cartão semanal de 18,50 tava compensando muito. 

Só que além de gastar, eu comecei a  ficar incomodada com outra coisa: os ônibus cheios de manhã. Sim, aqui também tem ônibus cheio - com a diferença de que se ele está cheio, o motorista não deixa ninguém subir. Eu acho justo, até porque não era muito fã do modelo brasileiro do motorista ficar minutos parado esperando o povo se espremer ou ouvir o clássico "dá um passinho pra trás" na lotação. Só que todos os ônibus que eu poderia pegar passavam cheios e às vezes eu tinha que esperar uns 4 ônibus pra poder conseguir entrar. 

Desculpa, mas já peguei ônibus cheio demais na vida, não mereço mais. 

Aí pensei: quer saber? Esquece essa droga de ônibus. Vou andar de bicicleta!


Nas madeiras

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No final de semana retrasado fui mais uma vez pra Cork com o R. Fizemos o que tínhamos pra fazer, vimos quem tínhamos que ver, e antes de voltar pra Dublin, R. sugeriu de irmos num lugar ali perto. Eram as Farran Woods - ele me disse que sempre tinha excursão da escola pra lá quando ele era pequeno e que tinha boas lembranças da época. 

Ao chegar no parque, paramos o carro na entrada e seguimos a pé. Tem um quadro com algumas informações sobre o local, além de um mapa e sanitários próximos também. 




Secando as roupas - a missão

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Desde que cheguei em Dublin, sequei minha roupa no varal na maioria das vezes. É que dei aquela sorte de pegar o melhor verão em anos daqui e ao colocar a roupa lá fora, ela secava em poucas horas.

Mudei de casa e continuei no meu esquema de pendurar a roupa no varal lá fora. Sim, já dei azar de sair de casa e chover e ter que pendurar a roupa na janela e porta do guarda-roupa no quarto pra elas poderem secar depois, mas nada incômodo, sabe?

No entanto, agora fico fora de casa grande parte do dia devido ao trabalho. O outono chegou e vez ou outra cai uma chuvinha inesperada, me impedindo de colocar roupa pra secar lá fora. Resolvi então fazer o que todo mundo nesse pais faz: secar a roupa num varal portátil dentro de casa. 


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