Tag: 5 perguntas sobre o blog

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A Marcela do Postcards for Souvenirs me indicou pra essa tag e achei bacana - preciso responder 5 perguntas sobre o blog e indicar 5 pessoas pra responder a tag. Posso criar novas perguntas pra quem estou indicando ou não, mas ainda tô pensando e até o final do texto devo ter algo!

Vamos lá!

1) Sobre qual assunto você gosta mais de escrever?

Eu gosto de escrever sobre coisas que me fazem refletir no intercâmbio mas nem sempre dá pra escrever com frequência sobre isso, já que não é todo dia que tô bancando a filósofa. Sendo assim, gosto muito de escrever sobre viagens e lugares pra se conhecer na Irlanda!

2) Você se vê blogando daqui 3-5 anos?

Honestamente, não sei. O blog foi criado justamente pra registrar minha experiência de intercâmbio na Irlanda que seria de 1 ano, mas que já passou de 1 ano e meio e provavelmente vai pra além de 2. Não sei se quando voltar ao Brasil ainda escreverei aqui, portanto, essa é ainda uma incógnita.

Conhecendo tudo da Irlanda, o projeto

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Esses dias eu parei pra pensar nos lugares que já conheci na Irlanda. Não é querendo me gabar não (até porque nada disso foi sozinha, devo muito a amigos e principalmente ao R., que dirigiu horrores por essa ilha), mas ó, vi muita coisa. Não chega nem perto do tanto de beleza que esse país tem pra mostrar, mas já dá uma boa lista. Me dei conta que já tinha passado por diversos condados e tive uma ideia: e se eu resolver pisar em todos os condados da República da Irlanda?

A Irlanda tem 32 condados oficiais distribuídos em quatro províncias (pra quem quer saber mais, leia esse post do Livin' la vida Rick que explica direitinho). Na República da Irlanda são 26 e já visitei mais da metade! No mapa abaixo dá pra ter uma ideia: os condados na cor cinza são parte da Irlanda do Norte; os pintados de verde onde já estive e os brancos, os que ainda quero visitar:


O casamento irlandês

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Eu sempre achei casamento uma coisa meio brega: o vestidão, a igreja, as músicas, enfim, tudo que é muito tradicional não me agrada muito, mas isso não significa que eu não adore ver fotos de noivas maravilhosas e doces/bolos incríveis e gente feliz comemorando, né?

Aliás, um adendo: todas as minhas amigas estão noivando/casando/tendo filhos. Onde para o trem? RISOS.

Bom, eu não fui a muitos casamentos no Brasil, portanto, não passo nem perto de uma entendida do assunto, mas sei o suficiente pra fazer comparações com o casamento irlandês - há algumas semanas participei de uma cerimônia/recepção/festa irlandesa e ó... os caras gostam de comemorar!

*todas as fotos desse post são do google, não do casamento do qual estou falando

A MISSA

Diferente da missa de casamento no Brasil, que é short and sweet, a missa aqui é uma missa de verdade. Missa completa, de tipo uma hora e meia! O padre começa falando as coisas de casamento, mas depois fala de outras coisas da bíblia, de Jesus, etc. Havia uma cantora com uma voz maravilhosa cantando tanto canções de igreja como canções pop (tipo "I'll be there" dos Jacksons 5). Teve óstea hóstia (obrigada Lê pela correção - nunca tinha escrito essa palavra na minha vida!) tempo para orações, enfim.... depois da missa terminar, a fotógrafa fez uma foto lá do altar com os noivos na frente e todo mundo que estava na igreja ao fundo - achei a ideia muito bacana!


Eu sou rica! (?)

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Esse post foi escrito há muuuuito tempo, mesmo. Eu tava arrumando uns rascunhos que tinha por aqui e levei um susto: não tinha publicado esse texto! Bom, como muita coisa nele ainda é válida, resolvi postar...

Um dia desses (quer dizer, há uns meses) comentaram comigo "nossa, mas como você viaja, hein?", dando a entender que eu era muito rica e que tava só no bem bom. Não que eu me importe se as pessoas estão me achando rica (se soubessem o quanto tenho na minha conta, não acreditariam), mas eu fiquei incomodada. Até porque, não foi o primeiro comentário que fizeram a respeito.

Acho que as pessoas esquecem de algumas coisas.

Um dos meus objetivos primordiais durante o intercâmbio era viajar. E eu tô viajando! Junto meu dinheirinho suado e viajo. Não sei quando voltarei ao Brasil, mas sei que viajar de lá pra cá é caro, então tô aproveitando todas as oportunidades agora. Já fui pra Liverpool, Paris, Roma, Bratislava, Viena, Salzburgo, Praga, Berlin, Belfast e Edimburgo - todas viagens pagas com o meu salário de babá, que vale lembrar, É MENOR do que o salário mínimo na Irlanda (pelo menos na época em que fiz essas viagens todas).

Alívio pro coração

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Há um tempo havia trocado mensagens com minha ex-chefe pra saber como as meninas estavam. Ela foi super simpática e disse que eles estavam todos bem e que eu podia visitá-los quando quisesse. Achei que estava cedo pra ir, mas agora no fim de setembro, com mais de um mês que eu não os via, resolvi dar as caras pra matar um pouco a saudade.

Nesse tempo em que não trabalho mais pra família M., sonhei umas duas ou três vezes com as pequenas É. e C. Num dos sonhos eu ia justamente visitá-los, abraçava a É. e chorava dizendo que havia sentido muito a falta dela.

Aí que nosso reencontro foi mais ou menos assim, mas eu juro que segurei o choro pra não ficar muito feio, porque o que chorei quando me despedi delas já compensou, né?

Quando cheguei, elas estavam lá em baixo em seus patinetes, mas não as vi. Fui estacionar a bicicleta e escutei gritos - quando olho pro lado, É. vinha correndo na minha direção, parecia cena de filme. Ela gritava de excitação e pulou em mim e me deu um dos abraços mais gostosos que já recebi. Que saudade que eu tava dela, meu deus! Ela gritava chamando a irmã dizendo que eu estava lá. C. ficou meio desconfiada - inclusive achei que ela não fosse lembrar muito de mim, mas não é que a bichinha lembrou?

Rock of Cashel

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Há um tempo eu fiz um post sobre os lugares que eu ainda queria conhecer em Dublin e na Irlanda. De lá pra cá, consegui visitar a fábrica da Guinness, Wexford, e no último final-de-semana, o Rock of Cashel.

Eu não sabia direito, mas achava que o Rock of Cashel se tratava de ruínas de um castelo. Acertei porque sim, são ruínas, mas não de castelo, e sim de catedrais, igrejas e abadias medievais.

Cashel fica no caminho pra Cork - como R. e eu estávamos indo pra lá, resolvemos dar uma paradinha pra conhecer. A entrada pra estudante é só 2 euros!

É na estrada mesmo, fácil acesso!

Um ano e meio vivendo aqui!

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Eu estava aqui de boa olhando o calendário e me dei conta: sábado é dia 20! Dia vinte! Um ano e meio vivendo na capital da República da Irlanda - que loucura!!!

Todo mês eu venho com a mesma ladainha - nossa, como passou rápido ou nunca imaginei que fosse morar aqui por tanto tempo, mas o fato é que isso continua sendo verdade pra mim. Às vezes ainda é inacreditável e às vezes sinto que passa rápido demais.

A verdade é que agora parece que as coisas mudaram de ângulo: se antes eu contava progressivamente, parece que agora o impulso é contar "faltam 6 meses pro meu visto expirar"...

E a verdade é que eu não me sinto intercambista. Mas não me sinto residente. Parece que vivo numa grey area, não sei bem explicar.

Quanta negatividade, né? Xô! Deixa eu voltar pro meu modo otimista, que é o mais usual.

No último mês aqui no blog eu:

- fiz uma análise sobre ser childminder;
- elegi 5 coisas que adoro comprar em Dublin;
- falei sobre as casas na Irlanda;
- imaginei as coisas que me fariam falta caso eu voltasse pro Brasil agora;
- falei do meu novo trabalho aqui e aqui;
- fiz uma lista das melhores atrações da Irlanda;

Enfim, falei de muita coisa diversificada - caso queira ler, é só acessar o arquivo aqui no menu ao lado direito.

Um ano e meio de Irlanda. E os próximos meses serão puxados, pois volto a estudar e vou ter que acordar cedo... argh!!!

Enfim, que venham os próximos meses! Que venha o outono! Que venha um inverno frio e decente!


Relembrar é viver: setembro do ano passado, em Belfast

A mais nova babá de meninos

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Semana passada completou um mês que estou trabalhando com a família C. - uma família extremamente bacana, generosa, que me deixa extremamente à vontade. Pelo menos dos meus chefes, não tenho NADA do que reclamar. Já as crianças, bem as crianças...

J. tem 5 anos e é muito, muito espertinho. Ele iniciou a escola esse ano e por isso tem se adaptado à nova rotina, já que antes ele ficava na creche o dia todo e agora sai 13h30 da escola e fica comigo e com o irmão em casa à tarde. Ele é animado e extremamente criativo: usa tudo que é reciclável pra criar robôs, carros voadores, guindastes, etc. O único problema é que J. é muuuuuuuuuuuito impaciente. Ele não aguenta esperar nada! E quando o bichinho tá tentando fazer alguma coisa e não consegue, fica frustrado, bravo, diz que é useless e tudo mais.

Já o mais novo, S., tem 2 anos e meio. Ele é bonzinho, brinca sozinho e consegue se distrair facilmente. Depois de 4 semanas, ele já acostumou comigo, às vezes pede colo e se peço um abraço, ele me vem me abraçar todo contente. O porém do S. é que ele é meio mimadinho. Acho que os pais ainda o tratam como bebê, mas ele não é mais bebê. Tanto é que, quando contrariado, S. começa a gritar, chorar, se jogar no chão. Eu mantenho minha poker face e digo: "S., why are you crying like this? you're not a baby anymore, you're 2 and a half, you're a big boy". Ele não aceita e grita de volta "I'm nooooot a big boy!!!! I'm a baaaaaaaaaaby".

Pan ou pen?

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Me lembro que uma das coisas mais difíceis de ensinar, como professora de inglês, eram as tais long e short vowels. É uma diferença muito sutil de pronúncia que sempre deixa os alunos em dúvida - o tal do sheep ou ship, been ou bean, etc.

Bom, um outro exemplo, e pra mim o mais foda, é a diferença de pronúncia de men e man. Porque no meu ~sotaque americano~, essas palavras soam igual. Quer dizer, eu sei que elas não são iguais, inclusive dá pra ouvir bem nesse vídeo aqui. A transcrição fonética de MAN é /mæn/, enquanto a de MEN é /mɛn/. Só que em outros sotaques a diferença é mais audível - no britânico é bem fácil de perceber, ó: [man] e [men].

Aí que veja você: outro dia tava cozinhando com o R. e disse que precisava de uma panela. Ele olhou pra mim com uma cara de espanto e me questionou o porquê. Ora, e não estávamos cozinhando?!! Segue o diálogo:


As melhores atrações na Irlanda

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Antes de começar essa lista, eu gostaria de dizer que 1) não sou especialista em Irlanda e 2) ainda há muuuuita coisa que eu quero conhecer aqui na ilha, mas como gosto de dar meu palpite, resolvi escrever esse post: as melhores atrações pra se visitar na Irlanda toda!

Os critérios dessa vez não foram beleza natural (já fiz um post sobre isso), e sim o que julguei ser mais legal e interessante. Vamos lá?

as melhores atrações na irlanda


Dicas pra quem quer ser childminder/au pair na Irlanda

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Depois de um ano trabalhando como minder e ter passado por váááárias entrevistas e me candidatado a diversos anúncios, cheguei a algumas conclusões que podem ajudar quem tá pensando em ser au pair/minder na Irlanda.

Primeira coisa: se você quer um emprego melhorzinho, tem que saber inglês. Não adianta. Se você não consegue se comunicar nem entender o que as crianças querem (se eles já souberem falar), dificilmente vai conseguir uma vaga live out. Minha ex-chefe, por exemplo, disse que me contratou mesmo sem experiência porque eu era a única candidata que falava inglês...

Em segundo lugar: referências fazem uma puta diferença. Percebi que da segunda vez em que procurei emprego de babá, o fato de mencionar que eu tinha referência irlandesa fez com que muitas pessoas entrassem em contato comigo. A experiência profissional também, mas acho que a referência contou bem mais. Por isso, acho que poderia ser uma boa ideia fazer um trabalho voluntário aqui pra adquirir mais desenvoltura ao falar inglês, além de poder trabalhar com irlandeses e ter referências pra futuras buscas de emprego.

Trabalho voluntário em Dublin - parte I

Trabalho voluntário em Dublin - parte II 


Depois, acredito que saber dirigir faça uma boa diferença no salário. Vi várias vagas boas de childminder part-time pra ganhar 14, 15 euros por hora se soubesse dirigir. Muitas pedem habilitação daqui, mas acho que isso pode ser conversado - lembrando que a habilitação brasileira só vale no nosso 1º ano aqui.

São os irlandeses ou as brasileiras?

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Sabe quando você compra alguma coisa nova e depois disso passa a reparar que todo mundo tem o mesmo produto? Ou quando faz uma tatuagem e de repente todo mundo ao seu redor tem tatuagem também? Pois é. Quando comecei a namorar com o R., comecei a perceber que há muitas, muitas brasileiras namorando com irlandeses. Eu disse que são muitas? São muitas meeeeesmo!

Já tive essa conversa com o R. e a gente tenta entender: qual é o lance? É o charme dos irlandeses que conquista as brasileiras? É a ginga da brasileira que faz o coração dos irlandeses bater mais forte? Não sei. O fato é que o meu facebook tá cheio de fotos desses casais multi-culturais e tenho um monte de amigas aqui que namoram Cians, Seans, Declans, Pauls, etc...

De forma geral, todas as meninas que conheço que namoram irlandeses descrevem seus namorados como "fofos". Sempre tem uma que comenta de um que cozinhou pra ela, a outra que diz que ele fez uma surpresa especial, a outra que fala que ele a levou pra algum lugar bacana.

As aventuras de Babs no mundo dos cupcakes

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Não, esse blog não vai virar um blog de receita. Nem que eu quisesse viraria, porque tô longe de ser referência na cozinha, masssss vou juntar o útil ao agradável e além de contar da minha pequena experiência, falar de uma loja incrível aqui em Dublin pra quem curte confeitar e assar bolos, etc.

Na adolescência, eu adorava fazer bolo. Minha mãe tinha uma batedeira e por isso era bem fácil fazer: eu fazia bolo de chocolate, banana, castanha com frutas, fubá com queijo, cenoura, etc, etc. Assim que comecei a trabalhar, aos 17, minha rotina virou um caos: era escola, cursinho, trabalho, cursos, treinamentos... não sobrava mais tempo pra assar bolos. E assim foi por anos, tipo... até agora. Nas férias eu fazia uma ou outra coisa, e só. Aqui na Irlanda também foram poucas vezes, mas aqui o que me desmotiva é que não tenho batedeira! E sim, acho que batedeira faz uma puta falta.

Aí nessa ondinha de cupcakes, achei que seria interessante tentar porque na minha cabeça, seria menos massa pra bater na mão. De fato, foi mais fácil. Fiz cupcakes de chocolate com cobertura de bolo normal algumas vezes, mas há algumas semanas, resolvi que queria fazer um negócio "da hora" pro R. (que é tão formiga quanto eu, ou como eles dizem aqui: temos sweet tooth).

Supermercado na Irlanda - reconsiderando

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Em novembro do ano passado fiz um post falando sobre compras no supermercado na Irlanda e de como tudo era lindo e barato, né? Pois é. Esquece tudo o que eu falei! Nove meses depois já tenho outra visão sobre o custo de vida aqui, mas vou focar no supermercado.

Se você quiser economizar meeesmo aqui na Irlanda, tem que comprar um pouquinho em cada mercado pois cada um tem sua especialidade baratinha. Por exemplo, o Tesco tem o reduced, que oferece muitos produtos próximos ou na data de vencimento a preços baixos - às vezes coisa que custava mais de 3 euros tá a centavos. O reduced nem sempre tem coisa boa e tem um horário específico de acontecer, lá pelas 6, 7 da noite. Além disso, tem coisas no Tesco que são mais baratas que em outros mercados: as sobremesas tipo mousse e o rice cake, por exemplo.

O Lidl tem uns biscoitos baratinhos (Rich Tea a 28 centavos, Jaffa Cake a menos de 50 centavos) e algumas coisas, apesar de terem o mesmo preço do Tesco, tem melhor qualidade: gosto mais da carne moída deles e também dos molhos - o molho do Tesco é muito ralinho, parece água vermelha. Os molhos do Lidl vem com outras coisas, tipo cogumelos, e são bem mais saborosos. Além disso, frutas e verduras acabam sendo um pouco mais baratas aqui também.

50 fatos sobre mim

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Eu vi essa tag em alguns blogs e achei bem legal e divertida. Nunca fiz tag aqui no Barbaridades mas achei que seria algo interessante e diferente do que costumo fazer. Como vocês ainda me aguentam falando de Irlanda todo dia, gente?


1 Eu sou paulistana mas não gosto de São Paulo.

2 Tenho um irmão mais novo que é o meu xodó.

3 Moro na Irlanda há mais de 1 ano e gosto tanto que fico pensando em como não tive a ideia de morar fora antes.

4 Tenho pavor de ficar grávida, mas recentemente, devido a cuidar de crianças na Irlanda, cheguei a pensar na vida com filhos.

5 Gosto muito de legumes e verduras mas os como menos do que deveria. Tenho tentado mudar isso e tenho comido bem há um mês já!


A primeira semana no novo trabalho

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Comecei um novo emprego na semana retrasada. Agora sou minder de dois meninos - o J., de 5 anos, e o S., de 2 anos e meio.

Eu estava em processo de adaptação e portanto, trabalhando poucas horas por dia, que aumentaram meio gradativamente até finalmente eu chegar na carga horária definitiva, que é das 13h às 18h30 (das 12h às 18h30 no início de setembro por algumas semanas). No início começava mais tarde e ia buscar os meninos na creche e brincava com eles em casa até a mãe chegar.

Nos primeiros dias a Barbara (não eu, minha chefe!) me acompanhou até a creche onde os meninos ficam durante o dia. O mais velho foi simpático e conversou numa boa, ele tá bem acostumado com as cuidadoras da creche e não tem vergonha de interagir. Já o mais novo estava extremamente desconfiado e não quis me dar 'oi' nem 'tchau'.

No 3º dia rolou uma interaçãozinha com ele, mas só.

A grande fome e os navios pra América

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No nosso passeio por Wexford, acabamos também conhecendo uma outra cidade que fica nesse condado, New Ross. E o que ela tem de especial? Era de lá que saiam navios pra América nos tempos da fome. Mas fome, que fome?

Vamos lá: a Irlanda hoje tem aproximadamente 5 milhões de habitantes, mas já chegou a passar dos 8 milhões. O que aconteceu com esses 3 milhões?

Eles foram vítimas da Grande Fome.

Basicamente, as plantações de batata foram atingidas por um fungo que as destruiu. A batata era refeição principal (e em muitos casos, única) de praticamente todas as famílias irlandesas - a média de consumo de batata podia ser de até 12kg por dia por pessoa! Pense que na época em que o evento da fome foi desencadeado (1840), a Irlanda estava sob domínio inglês e as melhores terras eram de ingleses que a utilizavam para a criação de gado. Sendo assim, retirados dessas terras e forçados a plantarem em pequenos pedaços de terra aqui e ali, os irlandeses recorreram à batata, uma colheita que podia ser produtiva em solo pouco favorável. Os pobres eram totalmente dependentes da batata para sua sobrevivência.

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