Lua-de-mel na Islândia - como, quando e porquê

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Tanto eu como o R. já havíamos pensando em ir pra Islândia (veja aqui e aqui). Já tínhamos também cogitado a possibilidade de ir com um amigo pra dividir os altos gastos com aluguel de carro e coisas assim. Chegamos a pesquisar pra viajarmos em outubro de 2019, mas foi passando, pandemia chegou, e essa vontade ficou esquecida.


Quando a gente casou em julho, pensamos se não seria o momento de tentar uma lua-de-mel no segundo semestre mesmo. As restrições tinham baixado muito, tomaríamos nossa segunda dose nas semanas seguintes, e as coisas pareciam estar indo pra um bom lugar em relação à pandemia, sabe? Havia um medo de que em poucos meses tudo mudaria e não poderíamos viajar mais, a hora era aquela.


No entanto, pra onde ir? Originalmente queríamos passar lua-de-mel na Coreia e Japão, mas a situação do corona não tava estável o suficiente pra irmos pra outro continente. Resumo da ópera: decidimos ficar na Europa mesmo. E pensando em Europa, que já exploramos bastante, a Islândia meio que veio instantaneamente. Um lugar isolado, maioria dos passeios a céu aberto, só nós dois num carro... perfeito!



Que trabalho novo é esse?

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 (esse post é uma continuação do anterior)


(...) Mas enfim, em agosto, num dia que eu tava super chateada com o meu trabalho e frustrada com a situação na qual me encontrava, recebi uma mensagem de uma amiga que mudou tudo. 


A S. me perguntava se eu ainda tinha interesse em mudar de carreira, que é um assunto que eu já tinha conversado com ela. Ela fez uma transição de carreira aqui, tava acumulando experiência em empresas tech e já tinha me dado uns conselhos, umas dicas. E JUSTAMENTE nesse dia em que ela me mandou mensagem, eu tava mega frustrada porque fui trabalhar e minha aluna não apareceu, foi tipo a gota d'água da frustração.


Ela me disse que ia abrir uma vaga no time dela pra trabalhar com atendimento ao cliente em inglês-português, mas que a vaga só abriria no fim do ano, e que assim eu teria tempo pra me preparar. Nos falamos, ela me explicou mais, me deu um panorama da empresa e tal, e ficou por isso. No entanto, dois ou três dias depois ela diz que na verdade a vaga já abriria na semana seguinte! Foi um choque, porque eu não esperava isso tão rápido.




Aquele da mudança de carreira

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Eu NUNCA pensei que mudar de carreira de fato me aconteceria um dia. Mesmo. Apesar de já falar do assunto com amigos, ter tido inúmeras conversas com o R. sobre o assunto, no fundo eu achava que o meu amor pela profissão venceria e eu seria professora para o resto da vida.


Bem, pra quem lê esse blog há um tempo ou me conhece, sabe que eu encho a boca pra falar que sou professora de inglês. Era um sonho de adolescência, e mesmo tendo estudado originalmente Comunicação Social, eu trabalho como professora desde os 17 anos e após a faculdade fiz a pós e mestrado em Ensino de Inglês porque era ali onde tava a minha paixão. 


Além disso, eu sempre associei o meu trabalho à minha própria identidade - é só você ler a descrição que tenho aqui no blog e em redes sociais. É sempre "professora de inglês" que vem na primeira linha.

O último post da mini lua-de-mel

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Foram alguns posts resumindo um pouco dos nossos dias e passeios no oeste do condado de Cork - esse aqui dando uma geral, esse sobre Bantry, nossa base por lá, esse sobre o forte Dunlough e Mizen Head, e por fim esse outro sobre a ilha Garinish. Quase todos eles foram em ordem cronológica, mas acabei deixando três pontos pra esse post final pois foram visitas mais curtinhas, porém que eu não queria deixar de registrar!


Hoje vamos falar da reserva natural de Glengariff, da praia de Barleycove e do parque Gougane Barra.


Glengariff Natural Reserve


Em 1751, a área florestal de Glengariff se tornou propriedade da mesma família dona da casa em Bantry - eles construíram uma casa menor no meio do bosque e ajudaram a proteger a vegetação local de deflorestação. Também desenvolveram um plano de plantio de pinheiros vindos da Escócia e outras coisas. 



O lugar mais mediterrâneo da Irlanda

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Ainda nos posts sobre nossa mini lua-de-mel porque eu não passeava há taaaaaanto tempo que preciso encher esse blog de posts pra justificar o fato deu ainda pagar hospedagem pra mantê-lo no ar, hahaha. Vamos falar de Glengariff e Garnish Island? Esse foi definitivamente, de longe, disparado, nosso passeio preferido nesse rolê pelo oeste de Cork!


Embora seja casada com um corkman, eu nunca tinha ouvido falar desses lugares, que de novo, foram sugestão da Nadine e me interessaram bastante. Como já comentei nos outros posts, essa foi a semana mais quente do ano, então o clima tava perfeito pra passear mesmo, andar, conhecer lugares ao ar livre.


Glengariff em si não é nada além de uma vilazinha super linda: são pouco mais de cento e poucos habitantes, e o foco principal em termos de economia é o turismo, já que ali acaba sendo uma parada estratégica pra quem está viajando pela região. Nós mesmos só almoçamos por ali, e todas as lojinhas e restaurantes tinham fila, estavam bombando! A gente conseguiu estacionar na entrada da "cidade" e fomos em direção à bilheteria pra comprar o ingresso pro ferry que nos levaria pra Garnish Island.



Dunlough Fort e Mizen Head

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Continuando a série de posts sobre nossa mini lua-de-mel, no nosso segundo dia em Cork pegamos estrada pra fazer dois passeios muito incríveis: as ruínas do castelo Dunlough e a costa de Mizen Head. Este último é um ponto turístico relativamente famoso e muito visitado, fazia muito tempo que eu queria visitar mas não tinha rolado ainda, mas eu falo dele mais pra frente. 


Dunlough Fort foi outra dica certeira da Nadine. São as ruínas de um castelo com vista pro Atlântico bem ali no extremo oeste do país, fundado em 1207 por Donagh O’Mahony. Sua arquitetura é normanda e a técnica da pedra solta foi utilizada em sua construção. Pedra solta é quando os muros e paredes são soltos, sem cimento - é a justaposição de pedras, que ficam no lugar graças ao encaixe entre uma e outra e a gravidade, claro.


O castelo continha três torres e era praticamente impenetrável, visto que de um lado ele tinha os penhascos separando-o do mar; do outro, um lago com uma passagem muito estreita que dava acesso ao castelo; e por fim, o acesso mais fácil mesmo, que se dava através de uma fazenda. Hoje algumas dessas paredes e muros estão destruídos justamente pela deterioração do método usado em sua construção - que apesar de comum em construções irlandesas mais antigas, não era o método mais usado em castelos naquela área. 



Bantry, um ponto de partida para West Cork

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Como falei no último post, na nossa mini lua-de-mel em Cork resolvemos fazer nossa base em Bantry. Acabou sendo a decisão mais acertada porque ela, apesar de pequena, acaba servindo de base para passeios pela região - nem muito lá no sul nem muito lá no oeste.


Com população de pouco mais de 2 mil pessoas, não há muitas atrações na cidade além de igrejas, lojinhas, restaurantes e claro, a baía de Bantry. Mesmo assim, fiquei muito satisfeita por termos escolhido lá, já que conseguimos tranquilamente fazer passeios pela região sem nos cansarmos muito - sem contar o fato de que Bantry em si é uma cidadezinha super fofa!


Bom, cidade fofa é uma coisa que não falta na Irlanda, mas pra quem não ia pra lugar novo há quase um ano (fomos pra Wicklow em setembro de 2020 mas nem escrevi sobre no blog), foi simplesmente TUDO poder ver coisas novas, fachadas em irlandês, enfim, foi muito bom ter esse respiro!



Mini lua-de-mel em West Cork

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Eu nunca imaginei que ficaria tão feliz em planejar uma lua-de-mel no interior da Irlanda! Nosso "sonho" de lua-de-mel era fazer uma viagem bem diferente do nosso habitual e apesar de não termos nada definido, tínhamos três linhas a seguir: 1) Japão e Coreia do Sul; 2) África do Sul e Namíbia ou 3) Cuba + algum outro lugar no caribe.


Por sorte, antes da pandemia estourar isso ainda tava no plano dos sonhos, então não reservamos nada, não compramos nada e não gastamos dinheiro à toa. Mesmo assim, a frustração de adiar casamento e consequentemente essa viagem nos desanimou bastante. Óbvio que isso é um super #whitepeopleproblems, mas tenho direito de me chatear com isso, né? Afinal, não é uma competição de sofrimento e esse blog é um diário pessoal.


Mas tá. Quando batemos o martelo que casaríamos esse ano mesmo, a ideia de viajar veio à tona. Porém, num contexto de pandemia, como sonhar e planejar uma viagem grande assim? São muitas incertezas, as coisas mudam rápido, e ninguém quer se arriscar desnecessariamente e acumular mais medo e frustração.



Diário do casamento #5 - O casamento civil

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Depois de tantos adiamentos, frustrações, mudanças de planos... mal acredito que fez um mês que finalmente oficializamos a nossa união! As histórias do plano original vocês acompanharam por aqui, então não vou voltar nisso, porque apesar de ter sido diferente do que queríamos, foi um dia maravilhoso!


Acordamos de manhã já com o lançamento do último álbum do John Mayer. Tanto eu como o R. adoramos as músicas dele, e eu estava particularmente ansiosa pra ver o que ele tinha aprontado dessa vez. Na sequência, a campainha tocou: entrega de uma Good Morning Box, uma caixa com vários quitutes pro café-da-manhã que ganhei das minhas queridas Lê e Lu láááá no Brasil. 


Como já havíamos marcado um horário num restaurante próximo pra ir comer fora, guardamos as gostosuras pro dia seguinte. Tomamos café, e quando voltamos pra casa eu já comecei a me arrumar. Antes de tudo eu tentei colocar o bendito do enfeite na cabeça mas ele não prendia de jeito nenhum. O R. até tentou ajudar, mas eu não queria me estressar por causa disso, então desisti. Comecei a fazer um babyliss no cabelo e fui deixando tudo enrolado pra soltar depois.



Prova do nível B2 de espanhol - DELE - em Dublin

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Mais cedo esse ano eu contei por aqui que um dos meus projetos de lockdown foi voltar a estudar espanhol. Foi uma coisa meio: ah, já que tenho tempo livre, por que não me colocar esse desafio? Geralmente não sou uma pessoa que curte metas do tipo, mas com línguas eu sinto um pouco essa necessidade de ter um objetivo final, mesmo sabendo que o aprendizado é pro resto da vida, é contínuo!


Aí depois eu fiz um post super detalhado contando a diferença entre a prova DELE de espanhol, e o CELI, de italiano, que fiz há dois anos. Achei legal deixar pra posteridade, e até mesmo pra eu não esquecer das coisas porque adoro voltar aqui pra reler tudo!


Mas enfim, esse post tá saindo fresquinho do forno, porque hoje, dia 9 de julho de 2021, eu prestei o exame DELE no Instituto Cervantes aqui em Dublin e queria contar como foi! O resultado demora uns dois meses pra sair, mas quando sair eu volto pra deixar esse post atualizado.


Diário do casamento #4

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A última vez que falei sobre esse assunto foi em julho de 2020. Na época estávamos arrasados por termos adiado nosso casamento pra julho de 2021, e no meio do furacão do COVID, sem vacina, sem perspectiva. Na ocasião, havíamos adiado nosso casamento pra julho de 2021 esperando que as coisas estariam normalizadas até então.


E a verdade é que apesar das vacinas terem saído mais rápido do que esperávamos, nada do plano original acontecerá. Tivemos que fazer várias adaptações, mudanças, escolhas, e no fim, entre insegurança, frustração, mais adiamentos, chegamos aqui, a poucas semanas de finalmente nos casarmos.

Fonte

O plano original seria:


Maio passou batido!

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Gente, essa história de pandemia está fodendo com minha cabeça. Eu jurava que ia conseguir manter pelo menos um post mensal por aqui, mas enfim... quem dá conta de atualizar diário escrito a mão twitter, stories, instagram, trabalho, vida social...?


Ainda não tenho previsão de vacina mas a partir da semana que vem pessoas da minha idade poderão se cadastrar, o que já é maravilhoso! Estou ansiosa pra ser vacinada logo, pra viver a vida normal. Ultimamente muita coisa reabriu aqui na Irlanda, e apesar da notícia ter sido de que voltaríamos a aulas presenciais ainda esse mês, mudaram de ideia, fizeram reuniões, e estamos no aguardo de saber quando voltaremos mesmo, mas acredito que infelizmente será logo.



Antes que o mês acabe

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Só pra não deixar abril passar em branco, resolvi dar as caras rapidamente por aqui. Não tenho novidades, nada mudou no (meu) mundo, mas como eu trato esse blog como um diário, gostaria de voltar aqui no futuro e saber como eu estava nesse momento da minha vida.


A rotina tá super monótona, ainda estamos em lockdown na Irlanda (já perdi as contas de há quanto tempo estamos em casa!), e ainda que já tenha se passado mais de um ano desde que tudo isso começou, é difícil aceitar que não temos controle de nada, que os planos mudam e que as coisas não saem como o esperado.


Antes de falar de mim em particular, queria fazer um panorama geral de como as coisas estão por aqui: até agora, 25% da população recebeu a primeira dose - e pouco mais de 10% ambas as doses. Teve muito bafafá se vacina X ou Y seria segura pra pessoas de idade X ou Y, e no fim, entre essas desconfianças e demoras na entrega de vacinas, tudo segue muito lento na Europa. 




Uma comparação entre os exames DELE (espanhol) e CELI (italiano)

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Eu nunca fui muito fã de provas, exames... como professora, vejo essa questão como bastante problemática em diversas maneiras, mesmo. Mas por outro lado, se é preciso, de alguma forma, testar o conhecimento de alguém de uma maneira padrão, as provas servem, né?


As pessoas tem diferentes níveis de fluência e conhecimento, sendo que esses níveis podem ser mais acadêmicos ou não, mais formais ou não. Não quero entrar nesse mérito, porque não é nem o objetivo do post, mas queria fazer essa intro pra dizer que: óbvio que passar num exame oficial não significa que você "é fluente" numa língua, mas no meu caso específico, saber que tenho um exame pra fazer me empurra, me direciona, me faz estudar! Na época em que tava me preparando pra prova de italiano, por exemplo, ouvi muuuuito podcast na língua, li e escrevi mais... e é a mesma coisa que tá acontecendo agora com o espanhol. 


Mas enfim, bóra pra comparação entre essas duas provas? Vou falar sobre o DELE (prova de espanhol) e CELI (prova de italiano) no nivel B2, que é o pré-avançado.




E vamos de espanhol!

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Nunca foi segredo pra ninguém que eu adoro aprender outras línguas, entender outras culturas e me sentir uma cidadã do mundo. Desde criança isso foi super incentivado em casa principalmente pelo meu pai, que falava um pouquinho de inglês e sempre fez questão que fizéssemos um curso em uma boa escola.


Além disso, pela questão familiar paterna, ele também tinha muito contato com espanhol. Meus avós paternos são ambos filhos de espanhóis que foram ao Brasil quando jovens, então meu pai lembra de seus avós falando espanhol com ele e tal. Aliás, essa é uma outra história que eu gostaria de registrar por aqui qualquer dia desses... mas voltando: apesar dos meus avós terem nascido e crescido no Brasil e falarem sempre português, eles entendiam espanhol e cantavam musiquinhas, falavam algumas palavras, então querendo ou não, a língua sempre esteve presente na minha vida.


Eu nunca falei direito sobre esse assunto aqui no blog, e como este nada mais é do que um diário da minha vida, achei que valia a pena trazê-lo à tona!


Janeiro tá azul

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Eu me considero uma pessoa de sorte: vivo num lugar que gosto muito, e poucas coisas afetam o meu humor, me deixam pra baixo. O clima aqui, por exemplo, afeta muita gente, a falta de sol e escuridão deprimem, o que nunca foi o meu caso.


Ainda assim, desde o ano passado tenho tomado vitamina D por insuficiência que apareceu em exame de sangue, e além disso desde setembro/outubro tenho feito acompanhamento semanal com terapeuta. Acho importante cuidar da saúde mental, e já que tenho tempo e dinheiro pra isso, tô fazendo.


Mas tá, o que eu queria dizer que eu passei o ano todo de 2020 até bem otimista. Apesar de pandemia, de ter adiado casamento, de ter sido impedida de realizar muitos sonhos, eu me sentia feliz, com saúde, tranquila de ter um teto, de ter conforto, de não ter perdido ninguém pra essa droga desse vírus. Não tenho o direito de reclamar de nada! Ou tenho?




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