A minha área - no Brasil e na Irlanda

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Antes de começar o mestrado em TESOL na UCD eu já tinha uma ideia de como era o mercado de trabalho pra professores de inglês aqui na Irlanda: não muito animador.

Mas ser professora de inglês era assim tão bom no Brasil?


Aliás, nem no Brasil é muito animador, mas se você tem boas qualificações e experiência e trabalha numa escola séria, dá pra ter bons empregos. Eu já trabalhei em escolas pequenas, médias e grandes e cheguei a ter um bom salário em algumas delas. Na Fisk, por exemplo, eu não ganhava tão bem por hora, mas tinha alguns adicionais, férias pagas, convênio médico e odontológico, vale-alimentação, vale-transporte, enfim, todas aquelas coisas que qualquer emprego registrado em carteira oferece - e que MUITAS ESCOLAS de inglês não oferecem. A realidade em muitas escolas, na verdade, é que você tem um contrato e ganha as horas trabalhadas. Só. Com sorte eles incluem também o vale-transporte, mas só. Se você não trabalha nos meses de férias, não recebe nada, o que é uma droga, porque você tem que guardar uma boa grana durante o ano pra não passar aperto nos meses de férias.

Mas voltando: na Fisk, além desses benefícios, nós tínhamos avaliação profissional contínua, além de cursos e workshops toda sexta-feira (já que às sextas não dávamos aula). Esses cursos às sextas não eram pagos, mas eu não achava de todo ruim porque aprendi muito e os coordenadores das unidades que davam cursos eram sempre excelentes. O coordenador que eu tive por lá era maravilhoso, tinha um inglês impecável, era super organizado e profissional. Foi muito bom trabalhar por lá, mas eu queria mais e foi aí que entrou a Cultura.

Resenha: Sweet Republic, um lugar pra formigas como eu!

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Quando viajamos pra Bristol (Inglaterra) em agosto, paramos num lugar super bacana pra comer uma sobremesa deliciosa - nesse dia até agradeci aos céus pela tal rede de sobremesas não existir em Dublin, porque formiga como sou, não ia conseguir viver numa cidade que oferecesse esse tipo de guloseima.

Ou pelo menos eu achava que não existia.

Há algumas meses vi a Savana comentando de uma tal doceria no centro chamada Sweet Republic. Só pelo nome meus sensos formiguísticos já ficaram em alerta e ao clicar na página deles no facebook e ver as fotos não tive escolha a não ser ir no local. Fui obrigada, gente.

Sim, porque um lugar que oferece milkshakes maravilhosos, cookies, sorvetes, pizzas doces, waffles e outras coisas do tipo merece muito o nosso amor e carinho.



BTTF e uma das melhores experiências da minha vida

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Pode parecer exagero, mas domingo passado tive uma experiência que foi, sem dúvidas, uma das melhores da minha vida.

Tudo começou quando vi a página do meu filme preferido, Back to the Future, no facebook, mencionando um evento que aconteceria em Dublin no Board Gáis Theatre. Eu como boa fã já fui olhar o que era e quase caí pra trás quando vi que o filme seria exibido num telão acompanhado de uma orquestra tocando toda a trilha sonora ao vivo.

Não precisei de muito pra convencer o R. (que também gosta do filme!) e mesmo o ingresso tendo sido um pouco salgado (40 euros), valeu cada centavo do meu suado dinheirinho.

Esse ano o filme completa 30 anos e rolou muita coisa legal pela internet afora pra comemorar o feito: lançaram um documentário sobre o filme (chama-se "Back in time" e já está no Netflix mas não gostei taaanto - é mais sobre o legado da trilogia do que a trilogia em si), os atores participaram de diversos programas de TV, vários artigos discutiram o que os criadores do filme acertaram ou não em relação às previsões para 2015, enfim, muita coisa legal de verdade.

Mas essa exibição do filme com a orquestra, cara, essa foi a cereja do bolo, um presente de aniversário adiantado.

Munique, uma cidade interessante

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Antes de ler esse post, leia também:

Munique e o Castelo da Disney


No nosso último dia em Munique aproveitamos pra passear mais um pouco por alguns lugares pelos quais havíamos passado no dia do walking tour e também visitar um museu que o R. ama: o Deutsches Museum.

Começamos o dia tomando café num lugar indicado pelo guia do walking tour e apesar do serviço demorado, valeu muito a pena. Primeiro porque o lugar era lindo e phyno e nos lembrou muito os cafés vienenses; segundo porque a comida estava deliciosa! Merecíamos essa pausa porque o dia seria corrido!

De lá estávamos muito perto da Residência de Munique, palácio que foi residência de de diversos duques e reis da Baviera - trata-se do maior palácio urbano da Alemanha!


A entrada não é cara (não me lembro o preço) e pra quem não teve a experiência de conhecer esse tipo de atração, é bem interessante e vale a pena, principalmente porque tem aúdio-guia incluso no preço da entrada e dá pra aprender muita coisa sobre a história local com o guia. Agora, se você já fez esse tipo de passeio (não só na Alemanha) e tem outras opções de coisas pra fazer, acho que dá pra deixar passar.

Munique e o castelo da Disney

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Sem querer entrar no mérito de quem é fã de Disney World e que vai na Disney depois de adulto (eu, euzinha, jamais, nem morta, nem que me paguem, nem que a sobrevivência do mundo inteiro dependa disso), um dos passeios que programamos para fazer enquanto em Munique era justamente visitar o castelo de Neuschwanstein, inspiração da Disney ao criar o castelo da Bela Adormecida.



Neuschwanstein fica perto da cidade de Füssen e dá mais ou menos 1h e meia de carro de Munique. Nós decidimos incluir esse passeio no roteiro por alguns motivos, dentre eles o fato de que minha amiga que estava conosco por lá nunca tinha ido e queria conhecer e também porque o R. já tinha ido e me convencido de que a beleza do lugar era incrível.

O uso de L1 no ensino de inglês

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Na minha minha primeira apresentação no mestrado tínhamos que selecionar um artigo acadêmico e fazer uma análise e crítica do mesmo. Ao me deparar com o artigo intitulado "Code-switching versus English only" não tive dúvidas de que esse seria o artigo certo pra mim.

Code-switiching é quando a pessoa mistura sua L1 (língua materna) com a L2 (língua que está aprendendo). Todo mundo que tem um bom domínio da L2 acaba fazendo code-switching, o que é absolutamente normal e aceitável... no entanto, em muitas escolas de inglês ao redor do mundo, é proibido falar a L1 em sala de aula. Ora, eu já trabalhei em diversas escolas no Brasil e em nenhuma delas éramos encorajados a falar português em sala, muito pelo contrário: tínhamos que evitá-la ao máximo.

Quando fiz minha pós-graduação no Brasil, meu tema da tese no final foi justamente o uso de L1 no ensino de inglês porque esse assunto me intriga muito!



Rapidinhas de novembro

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Acho que só fiz esse tipo de post uma vez na história desse blog. Acabo fazendo posts mais temáticos, né?

- Esses dias vimos "Central o Brasil", filme que há tempos queria mostrar pro R. Foi ótimo poder rever esse clássico do cinema nacional (e me remoer pensando que "La vita è bella" levou o Oscar naquele ano!) e apresentá-lo ao R., que conseguiu entender várias coisas (tinha legenda em inglês, mas mesmo assim). Pena que por mais fluente que ele possa ser em português, entender a vibe verdadeira do filme, sobre o que é o nordeste, os personagens no filme... não dá pra ser aprendido, né? Só sendo brasileiro (e tendo vivido um pouco do nordeste) pra sentir (e eu particularmente, sendo 50% pernambucana, não posso deixar de me identificar diretamente com os personagens e locações do filme...).



- E falando em filme, o Pavilion Theatre em Dun Laoghaire exibiu esses dias o filme "Que horas ela volta?" com legendas em inglês para os locais! Eu estava com altas expectativas porque já tinha lido algumas resenhas e discussões que o filme gerou mas puta merda... esse filme conseguiu superar qualquer expectativa não somente em termos narrativos mas também em aspectos técnicos. Que filme! A discussão que ele traz sobre essa parcela da sociedade brasileira é muito, muito relevante. E triste. E vergonhosa. Mas puta merda, como chorei, me envergonhei, me revoltei. E a Regina Casé se redimiu de todas as comédias e programas babacas dos quais ela já participou - que atuação, que elenco, que diálogos! "Que horas..." deveria ser estudado em todas as escolas do Brasil.

Munique, uma cidade linda

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Eu tinha altas expectativas com Munique e todas elas foram superadíssimas. Sabe quando você imagina um lugar e ele é daquele jeitinho que você imaginou? Pois é. Munique foi a Alemanha dos meus sonhos, aquela que quando alguém dizia "Alemanha" eu imaginava...

E pra aumentar o meu amor pela cidade, fomos na época do outono, a minha preferida da vida! Tava tudo lindo demais e vai estar tendo muita foto nesse post, Brasil!

No post anterior eu comentei do walking tour e que como logo de cara vi que a cidade tinha uma vibe bacana, alegre e muitos prédios históricos e coisas interessantes pra se ver. Mas como a gente não desperdiça nenhum minuto, assim que o walking tour acabou fomos para os English Gardens aproveitar que era o último dia do horário de verão e que ainda estaria claro até umas 7 da noite. 

munique no outono


Para chegar lá tivemos que pegar o metrô e no meu primeiro contato com o transporte público de Munique já me deu vontade de sentar o chorar no cantinho pensando nas incríveis DUAS linhas do Luas aqui em Dublin...

Munique, uma cidade incrível

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No feriado de outubro pude finalmente colocar meus pés em terras alemãs novamente - dessa vez, pra conhecer as belezas de Munique e arredores.

A ideia de ir pra Alemanha novamente não é nova e por dois motivos: 1) R. morou em Munique um tempo e desde que nos conhecemos diz que queria me levar pra lá; 2) Tenho uma amiga que mora em Stuttgart e desde que ela veio, meses antes deu vir pra Irlanda, comentamos deu ir visitá-la na Alemanha. Finalmente conseguimos alinhar os astros e fizemos esse encontro acontecer!

Voamos de Aer Lingus num sábado de manhã e chegamos numa Munique nublada que logo se transformou numa Munique ensolarada e lotada de turistas e torcedores de futebol (tava rolando jogo do Bayern e esses alemães são tudo doido com futebol!). Encontramos a A. e seu marido M. na Marienplatz, praça principal onde fica a casa dos ratos (prefeitura em alemão é Rathaus, fala sério?!) e andamos pra achar um lugar pra comer alguma coisa antes do walking tour.

Lição aprendida nº 1: não tem lugar pra comer por ali, somente padarias, snacks, barraquinhas vendendo frutas ou castanhas. Depois de acharmos uma padaria e comermos alguma coisinha, corremos pra praça de novo pra fazer o tour, que eles nunca haviam feito (e spoiler alert: adoraram!) e que eu e o R. sempre fazemos ao viajar.

Barbaridades num podcast! (?)

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Desde meados de 2012, quando eu comecei a pesquisar sobre intercâmbio na Irlanda, conheci dezenas, e não exagero quando digo até centenas de blogs e sites sobre o assunto. Além disso, também vi muitos vlogs no youtube afora.

Essa coisa de postar sobre intercâmbio na internet é muito bacana, porque serve de registro pra quem quer postar e serve de guia/ajuda pra quem quer ir pro país, né? Li muuuitas informações que me ajudaram na época de preparação e acabei até fazendo grandes amigos de blogs que eu lia quando ainda estava no Brasil.

Desde então, eu já presenciei outras várias dezenas desses sites e blogs fechando, entrando em hiato, crescendo, sumindo. A verdade é que a maioria dos brasileiros que vem pra Irlanda vem pra estudar e nem todos renovam o curso; logo, após 1 ano a pessoa vai embora e pára de postar. Ou então o cara até renova, mas como a rotina e a vida aqui tomam outro rumo, não tem mais tempo de postar conteúdo interessante.

Muitos desses blogs e vlogs por aí são legais, mas muitos são fracos, mal-escritos, sem graça, repetitivos, etc. O meu feed, que antes era lotado de links sobre o assunto, hoje tem links que se conta nos dedos de uma só mão. Então quando eu encontro algo que acho bacana e de qualidade, faço questão de recomendar!

Halloween 2015: a verdadeira experiência

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No ano passado tanto eu como o R. ficamos com muita preguiça de sair no Halloween e fizemos uma promessa: que no ano seguinte nos fantasiaríamos e saírimos pra rua pra celebrar. Um ano depois, cá estou pra contar do meu terceiro Halloween na Irlanda!

O Halloween é uma loucura por aqui e as pessoas levam tudo bem a sério: decoração das casas, fantasias, doces, etc. É um dia que todo mundo comemora: quem é solteiro, quem é casado, quem tem filhos, quem não tem... acho que acaba sendo uma data bem democrática e ao contrário do Saint Patrick's Day, que deixa Dublin simplesmente impossível de ser curtida, o Halloween é badalado mas tem espaço pra todo mundo andar por aí.

Eu não queria gastar com fantasia porque ando totalmente sem grana e por isso queria fazer alguma maquiagem pra marcar a data. O R. foi de caveira e eu resolvi seguir uns tutoriais no youtube e fiz uma make de caveira mexicana! A única coisa que precisei comprar foram as flores no cabelo (coisa de 5 euros no Claire's, ou seja: Halloween baratinho, a gente vê por aqui).

maquiagem caveira mexicana

O que eu menos gosto na Irlanda

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Recentemente eu fiz um post sobre as coisas que mais gostava na Irlanda e claro que não podia deixar de falar do outro lado da moeda. Todo mundo que lê meu blog sabe do quanto eu gosto da Irlanda, mas também sabe que eu não fico enfeitando e se tem coisas ruins que acontecem, eu falo sobre elas do mesmo jeito!

--- Leia: o que eu mais gosto da Irlanda


Vamos à lista? Foi fácil fácil pensar em 5 coisas pra fazer esse top 5!

1 - Imprevisibilidade do tempo


Não tinha como, né? E veja que eu não tô falando de frio, nem chuva, nem vento. Eu já sabia que ia ter chuva e vento e frio (frio mais ou menos, né? frio mesmo só no Canadá e nos países nórdicos, gente!). O problema é que muitas vezes o clima pode parecer ameno da janela e ameno na temperatura mostrada pelo aplicativo de celular... aí você sai e 10 minutos depois muda tudo: de quente pode ficar frio, de seco pode virar extremamente chuvoso, de chuva intensa pode virar um puta sol de verão. Tudo muita muito o tempo todo. Na manhã em que escrevo esse post, por exemplo, já fez um sol maravilhoso e agora tá nublado com cara de chuva. Pode ser que chova, pode ser que não. Ninguém nunca sabe.



2 - Knackers


Como descrever essas pessoas? Qualquer intercambista que tenha vindo pra cá com certeza já leu a respeito dessas criaturas tão amigáveis e gentis, né? A verdade é que esse papo de que não tem muitas diferenças sociais aqui na Irlanda é mentira. Existe sim. E os knackers fazem parte das camadas sociais mais baixas e marginalizadas. Eles não trabalham (recebem benefício do governo), só fazem bagunça, mexem com as pessoas na rua e parece que usam um uniforme: roupas e tênis da Nike. Um ou outro moleque já mexeu comigo na rua (não no sentido de jogar cantada, mas de gritar, assustar, etc), mas tenho sorte de, apesar de ter morado tanto tempo numa região super rough de Dublin e estar viva pra contar história!

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