Mas ser professora de inglês era assim tão bom no Brasil?
Aliás, nem no Brasil é muito animador, mas se você tem boas qualificações e experiência e trabalha numa escola séria, dá pra ter bons empregos. Eu já trabalhei em escolas pequenas, médias e grandes e cheguei a ter um bom salário em algumas delas. Na Fisk, por exemplo, eu não ganhava tão bem por hora, mas tinha alguns adicionais, férias pagas, convênio médico e odontológico, vale-alimentação, vale-transporte, enfim, todas aquelas coisas que qualquer emprego registrado em carteira oferece - e que MUITAS ESCOLAS de inglês não oferecem. A realidade em muitas escolas, na verdade, é que você tem um contrato e ganha as horas trabalhadas. Só. Com sorte eles incluem também o vale-transporte, mas só. Se você não trabalha nos meses de férias, não recebe nada, o que é uma droga, porque você tem que guardar uma boa grana durante o ano pra não passar aperto nos meses de férias.
Mas voltando: na Fisk, além desses benefícios, nós tínhamos avaliação profissional contínua, além de cursos e workshops toda sexta-feira (já que às sextas não dávamos aula). Esses cursos às sextas não eram pagos, mas eu não achava de todo ruim porque aprendi muito e os coordenadores das unidades que davam cursos eram sempre excelentes. O coordenador que eu tive por lá era maravilhoso, tinha um inglês impecável, era super organizado e profissional. Foi muito bom trabalhar por lá, mas eu queria mais e foi aí que entrou a Cultura.