Mostrando postagens com marcador Aprendendo italiano. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Aprendendo italiano. Mostrar todas as postagens

Uma comparação entre os exames DELE (espanhol) e CELI (italiano)

/

Eu nunca fui muito fã de provas, exames... como professora, vejo essa questão como bastante problemática em diversas maneiras, mesmo. Mas por outro lado, se é preciso, de alguma forma, testar o conhecimento de alguém de uma maneira padrão, as provas servem, né?


As pessoas tem diferentes níveis de fluência e conhecimento, sendo que esses níveis podem ser mais acadêmicos ou não, mais formais ou não. Não quero entrar nesse mérito, porque não é nem o objetivo do post, mas queria fazer essa intro pra dizer que: óbvio que passar num exame oficial não significa que você "é fluente" numa língua, mas no meu caso específico, saber que tenho um exame pra fazer me empurra, me direciona, me faz estudar! Na época em que tava me preparando pra prova de italiano, por exemplo, ouvi muuuuito podcast na língua, li e escrevi mais... e é a mesma coisa que tá acontecendo agora com o espanhol. 


Mas enfim, bóra pra comparação entre essas duas provas? Vou falar sobre o DELE (prova de espanhol) e CELI (prova de italiano) no nivel B2, que é o pré-avançado.




Fazendo o Celi 3 - prova de nível B2 em italiano

/

[EDIT março 2021: escrevi esse post em julho de 2019 e em outubro de 2019 recebi o resultado: passei! mais detalhes da minha nota no fim do post]

Desde o ano passado eu já tinha decidido que queria fazer um exame oficial de italiano. Tendo estudado por tantos anos - tanto no Brasil como na Irlanda, eu senti que precisava de um norte, um objetivo. Não tenho necessidade de estudar italiano, o faço puramente porque gosto da língua. Então eu acabava ficando meio solta demais, sabe?

Achava que fazer um exame me daria um prazo, algo para o qual eu poderia realmente me dedicar. E obviamente, que independente do resultado, eu continuaria estudando, melhorando... e foi o que fiz.

Existem dois exames que provam seu nível de italiano: o CILS ou o CELI. Se não me engano, optei pelo CELI pois era possível fazê-lo em Dublin mesmo, porém apenas uma vez ao ano. Mesmo tendo menos de 6 meses para o exame que seria dia 24 de junho, eu resolvi arriscar. Me inscrevi também num curso preparatório onde estudo italiano há quase um ano e embarquei nessa jornada!

Fonte


Italiano: tô presa no platô do intermediário!

/

Em fevereiro desse ano eu compartilhei a notícia de como estava feliz em voltar à estudar italiano formalmente depois de tanto tempo e obviamente estava super empolgada em distrair a mente, voltar a aprender um idioma novo, conhecer gente nova, etc. Mas será que foi tão bom assim?

A verdade é que amo esse idioma, mas tenho muito mais dificuldade em evoluir do que jamais tive em inglês. Quando me perguntam coisas do tipo "o que foi mais difícil aprender em inglês?" eu simplesmente não sei o que dizer, e não é porque sou metida ou coisa parecida. Eu não lembro de ter dificuldade alguma em aprender inglês. Nunca estudava pra prova, fazia lição de casa correndo só por fazer, e mesmo assim, tinha excelentes notas e entendia tudo o que os professores falavam. Em pouco tempo, com a ajuda de ouvir muito Backstreet Boys na vida, meu listening foi ficando excelente e logo eu tava assistindo filmes e séries sem legenda e lendo os livros do Harry Potter na língua original.

E de fato, se for parar pra pensar, tenho contato com italiano desde meados de 2007, 2008, quando comecei a acompanhar Laura Pausini depois de ter redescoberto a cantora meio que sem querer. Não sei se já falei aqui no blog, mas lembro de ver ela cantando "Strani Amori" um dia na TV e me deu um clique e uma sensação bizarra de tipo "caraaaa, eu consigo entender tudo". Ainda lembro daquela sensação, quando ela falava "Ma sapevo che era una bugia" eu simplesmente sabia que a frase significava "mas sabia que era uma mentira". É muito estranho explicar, mas desde então passei a ter interesse na língua: primeiro, estudando sozinha, pela internet. Fazia uns cursos grátis, traduzia as músicas da Laura, comparava as versões das músicas em italiano e espanhol e isso me ajudou muito com vocabulário. Depois fiz aulas em alguns lugares diferentes e aqui na Irlanda cheguei a fazer umas aulas online também.


Italiano, mi mancava!

/

Eu queria muito voltar a estudar italiano em 2017, mas por causa do meu emprego que ainda não é instável e tal, deixaria mais pra frente no ano. No entanto, o R. acabou me convencendo a fazer o curso agora, afinal de contas, é uma coisa que eu queria muito e por que adiar?

Eu ia estudar na mesma escola onde ele estudava quando nos conhecemos, que é uma escola um pouco menor e tal, mas resolvi me matricular em outra porque quando comecei a olhar as datas de aula, eu já teria perdido alguns dias na outra escola, sendo que no Istituto Italiano di Cultura as aulas só começariam em fevereiro.

Mandei email perguntando sobre os cursos e a prova de nível - afinal de contas, como eu já estudei italiano antes, não começaria o curso no nível iniciante. Marcamos uma data e lá vai a Bárbara fazer a tal da prova.

O bizarro dessa situação é que na minha vida eu já fiz muita, mas muita prova de nível com alunos que queriam começar a estudar inglês. Então tipo, é meio estranho estar do outro lado da moeda. Fiz a prova do B1.1 e fui super bem (como eu já esperava). Uma professora conversou um pouco comigo mas super informalmente, bem tranquilo.


O inglês é maior que eu

/

Dizem que quanto mais línguas você fala, mais fácil aprender outras. De fato, eu acreditava nessa teoria porque obviamente você associa vocabulário facilmente, faz comparações com a gramática, enfim, tem mais bagagem pra segurar bem o idioma novo, né? Infelizmente, tô começando a achar que isso é tudo mentira, porque pra mim tá dando tela azul!


Explico: estudo inglês desde os 10 anos de idade e dou aula desde os 17, ou seja: mais de 15 anos falando inglês e quase 10 em sala de aula - é bastante convivência com o idioma. Enquanto isso, estudei espanhol por 2 anos praticamente interruptos e estudava, fazia exercícios de gramática, ouvia música, etc. Aí fiz aulas de italiano em escola por 1 ano e estudei muito sozinha, bem mais do que qualquer outro idioma.

O que acontece é que eu misturo o espanhol com o italiano, quando na verdade queria era estar falando inglês.

Rapidinhas

/

Sempre faço posts temáticos e dedico um texto a um assunto específico, mas como eu ando meio na correria e acabaram os meus posts-reserva (a lista de assuntos pra escrever tá grande, só falta a disposição pra sentar e escrevê-los), vou fazer um bate-e-volta aqui rapidinho:

- Essa semana e a próxima são semanas de férias para os estudantes aqui da Irlanda, afinal de contas, a Páscoa tá logo aí. Isso significa que a É., uma das meninas que eu cuido, não vai pra escola por essas duas intermináveis semanas. Só o primeiro dia já me deixou acabada, pois foi um tal de leva-aqui-leva-ali... Mas só levar elas no parque e tudo não é cansativo; o cansativo é ela não saber brincar sozinha e ficar me chamando O TEMPO TODO. Desculpa, mas que saco! Não consigo ir fazer um xixi que a menina vai atrás de mim perguntar o quê tô fazendo. Coragem pro resto da semana...


Chutei o balde e resolvi voltar a estudar italiano

/

Um dia desses, não sei como, encontrei um site de um irlandês que se jogou no mundo e resolvi aprender diversos idiomas da maneira mais prática e um pouco auto-didata possível. Lembro que passei hooooras lendo os artigos dele no site (o cara escreve super bem) lendo a história dele com idiomas e as técnicas que ele usa pra aprender rápido. Ele cita em alguns posts vários sistemas que eu mesma utilizei quando estudava italiano sozinha: livros, sites, aplicativos, áudio-livros, etc.

Em termos de áudio-livros, gosto muito do Pimsleur mas ele é um pouco repetitivo e me cansa um pouco, pelo menos com o italiano, que é uma língua com sons muito fáceis de pronunciar - principalmente pra nós brasileiros. Acho que ele funciona mais pra quem tem dificuldade com pronúncia e memorização de frases prontas, tipo fazer pedido em restaurante, falar ao telefone, etc. 

Tem um outro método nesse estilo, que o Assimil,  um livro com diálogos em duas línguas - no caso o meu era em inglês e italiano. A ideia é que você aprenda a língua no contexto, como ela é realmente usada no dia-a-dia - há um cd com o áudio pra que você possa ouvir os diálogos e praticar. Acho um sistema bem legal, usei ele por um tempo, mas como o livro era meio pesadinho, não trouxe ele pra Irlanda. 


Roma: o sonho

/

Amanhã de manhãzinha eu tô embarcando pra Roma com o R.

E acho que não vou me acostumar com essa de "tô embarcando pro lugar X" porque olha... é emoção e felicidade demais! Primeiro que viajar é sempre bom e esse um dos motivos pelos quais vim aqui pra Irlanda, segundo porque o motivo dessa viagem é ver o show da minha cantora preferida e terceiro porque tudo isso vai acontecer na Itália! Itália, gente!



Eu adoro a Laura Pausini e fui nos dois últimos shows em São Paulo. Quando fiquei sabendo dessa turnê em comemoração aos 20 anos de carreira dela, enlouqueci. E enlouqueci mais ainda quando vi que o show cairia bem num domingo, dia em que eu poderia estar em Roma. Marquei a data que a venda começaria no celular e tentei comprar um bom lugar. Logo que comecei a trabalhar como childminder eu já sabia que teria que pedir a segunda-feira dia 9 off, afinal de contas, como voltar de um show que acaba lá pra meia-noite em Roma pra trabalhar às 9 da manhã em Dublin na segunda?

Laura, Harry, a internet e eu

/

Eu já comentei aqiu no blog do quanto gosto de italiano nesse e nesse post.

A paixão continua viva, viu?

Ainda mais porque em dezembro vou ver a minha cantora preferida abrindo a turnê em comemoração aos 20 anos de carreira em Roma.

Deixa eu ler essa frase de novo e tentar acreditar nela.

Sim, é isso mesmo: eu vou ver o show de abertura da turnê da Laura Pausini em Roma em dezembro. Melhor presente de aniversário que pude me dar. É maravilhoso e inacreditável!

Estive nos shows da Laura em São Paulo em 2009 e em 2012. No último, tive a sorte de estar bem mais perto do palco e ao lado do corredor, onde Laura passou cantando no meio do show:

Laura do meu lado (2012),  e turnês de 2009 e 2012 no Credicard Hall em SP


E já que vou pra Roma... bóra praticar o italiano, porque não quero pagar o mico de falar inglês na Itália... não dá, né?

Itanglish

/

Eu comentei aqui há alguns dias que fui na biblioteca perto de casa e descobri que eles oferecem aulas de conversação de vários idiomas. E eu também já falei aqui há uns meses que estudei italiano por um tempo e adoro essa língua. Aí resolvi juntar o útil ao agradável e fui lá na conversação segunda-feira pra ver qual é que é.

Cheguei na biblioteca do shopping Ilac. Ela fica no último andar, vi uma placa no térreo e foi fácil encontrá-la. Pedi informação pro cara da recepção e ele me mostrou a sala onde a conversação acontece. Algumas pessoas estavam ao lado de fora, mas logo chegou um funcionário da biblioteca e abriu a sala.

As pessoas chegaram, pegaram as cadeiras que estavam num canto e foram formando um círculo. Tava um clima de awkwardness (não sei em português, "estranheza"?) na sala, ninguém sabia o que falar. Aí uma menina perguntou se eu era nova ali. Me senti na própria reunião do A.A tipo vamos-nos-apresentar e comecei a falar meu nome, de onde eu era, o que eu fazia aqui. Mais gente foi se juntando ao círculo mas ninguém mais falou de si. Ah não ser a menina, que ficou impressionada com o meu inglês ser tão bom mesmo eu sendo brasileira (ela disse mais ou menos assim). Aí fiquei com a cara de pateta esperando alguém falar alguma coisa. ONDE É QUE FUI ME METER?!

3º dia de Fortaleza e algumas surpresinhas

/

Esse post é uma continuação do meu pequeno relato sobre os 4 dias que passei em Fortaleza. Para ler os primeiros, clique aqui e aqui.

No caminho de volta de Canoa Quebrada havia uns italianos na van.


Fiquei logo alerta pra tentar entender, mas tava achando meio difícil. Por isso, fiquei na minha e não falei nada.

Só que eu tava morrendo de vontade de praticar meu italiano, já que praticamente nunca tive essa oportunidade. Sou tímida, tava com medo, mas virei pra trás e lancei um: "scusa, voi siete italiani?"

O sorriso que o cara abriu valeu o caminho de volta inteiro (foram umas 2h na estrada). Derreti, mas tentei manter a compostura quando ele disse: "Sì, siamo italiani. Da dove vieni?"

Aí falei que vinha de São Paulo. Ele perguntou se o Ney era "il mio ragazzo" ao que logo respondi: "No, lui è il mio amico. Sono qui per visitarlo". Hahahaha.

Mais algumas palavras trocadas e perguntei "Come ti chiami?" e ele disse "Angelo", estendendo o braço para um aperto de mão. Nessa hora pensei: "Ô meu deus, não me deixe parecer uma besta na frente dele!". Risos.


Italiano: amore della mia vita!

/

Eu estudo inglês desde os 10 anos de idade. Além disso, sempre gostei de línguas, sempre tive interesse por inglês e também espanhol (o Hernandes no nome não nega), e por volta dos meus 18 anos, comecei a me interessar por italiano, por causa da Laura Pausini.

Engraçado éque não tenho absolutamente nada de italiano na família, na vida, nada. Mas nunca me esqueço do dia em que vi uma apresentação da Laura cantando "Strani Amori" e eu simplesmente conseguia entender a música. Foi uma coisa meio instintiva, meio louca mesmo. Ela cantava "Ma sapevo che era una bugia" e eu sabia que ela estava dizendo "Mas sabia que era uma mentira". Bizarro.

Com o interesse, comecei a utilizar a internet como ferramenta de busca de materiais para estudar sozinha - usei o BBC Learning Languages - incrivelmente bom, com vídeos, podcasts, resumos gramaticais e itens culturais também. Então com o BBC e ouvindo músicas da Laura, fui adquirindo um bom listening e vocabulário também.

Mas, por conta da faculdade e do trabalho, eu não tinha dinheiro tempo pra fazer um curso de verdade. E essa rotina de sites + músicas durou até 2010, quando me formei. Até lá, além de Laura, fui descobrindo outros cantores e bandas italianas, como Giorgia (qualquer dia faço um post exclusivo), Tiziano Ferro, Nek, Elisa, Paola e Chiara, etc.


Minhas primeiras tatuagens

/

E então um belo dia resolvi fazer uma tatuagem - uma não, duas!

Engraçado porque há uns bons 5 anos, eu podia jurar que jamais faria tal coisa. E como as opiniões e gostos mudam, eu mudei e me apaixonei pela idéia de ter uma tatuagem pra chamar de minha. 

De primeira, eu já sabia que queria tatuar uma frase importante pra mim - pensei em alguns trechos de música, algumas coisas dos Smiths, mas nada que fizesse meu coração bater mais forte. A escolhida mesmo acabou vindo sem querer: um dia eu ouvindo minha cantora preferida, Laura Pausini e a música "La prospettiva di me". 

Essa música nunca esteve no meu top 5 da Laura mas na hora eu soube: "Perché me affascina l'autonomia" (porque a autonomia me fascina - tradução livre) seria a frase. 

Primeiro porque sou totalmente apaixonada pela língua italiana (embora não tenha descendência alguma, nada nada de italiano na família); depois, porque sou sim fã de Laura e de suas canções. No entanto, mais do que ser uma música da Laura Pausini cantada no meu idioma favorito, essa frase tem muito a ver com a minha personalidade, história e objetivos. 

Sempre fui responsável, madura, séria. E sempre gostei de ser independente, desde coisas simples como ir e voltar da escola sozinha, até começar a trabalhar muito cedo e pagar minhas próprias contas, faculdade, etc. Com os planos de fazer um intercâmbio, isso se acentua ainda mais, já que estou planejando morar em outro país, sozinha, bancando tudo com meu suado dinheirinho. Isso pra mim, é a autonomia da frase. 


Web Analytics
Back to Top