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A nossa língua

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Como eu sou da área de TESOL (Teaching English to Speakers of Other Languages) e me interesso muito por Linguística (inclusive ainda penso em fazer uma graduação ou alguma outra coisa mais específica nesse campo), tô sempre lendo muita coisa a respeito.

Na verdade, o meu interesse explodiu mesmo durante o curso de mestrado da UCD, já que tínhamos listas enoooormes de leitura pra fazer, e acredite, eu fazia quase tudo com muito gosto, porque é um assunto que me interessa, que me encanta.

Pois bem. Numa dessas leituras há um tempão atrás eu vi uma passagem que comentava sobre como era difícil pra casais multiculturais mudarem a língua de comunicação entre si após uma língua já ter sido estabelecida. No caso, se um casal se conheceu "em inglês", dificilmente eles mudariam essa língua pra outra, sabe?


Inclusive um dos artigos que fala sobre esse assunto é o "Language choice in bilingual, cross-cultural interpersonal communication" escrito por Ingrid Piller. Entre outras coisas, ela comenta que o fato dos casais terem dificuldade de mudar a língua de primeiro contato pode ser explicado pela relação entre língua e identidade. Em um estudo realizado por Koven em 1998, foi levantada a questão de que bilíngues se comportam diferentemente em suas línguas, o que significa que suas performances mudam pois contratam experiências e posições diferentes nas duas comunidades linguísticas:

Ovos de Páscoa na Irlanda

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Eu nunca passei uma Páscoa na Irlanda.

Quer dizer, no meu primeiro ano nesse país, em 2013, eu estava aqui durante a Páscoa. No entanto, eu era recém-chegada, não tinha muitos amigos, não conhecia muitas coisas na cidade... acho que fiquei em casa e nem cheguei a comprar chocolates nem nada do tipo.

Em 2014 eu fui com o R. pra Edimburgo e passamos o domingo de Páscoa por lá e ganhei um ovo lindo da Butlers, rede de cafés/chocolateria (existe essa palavra? o corretor tá me dizendo que não) irlandesa.

No ano passado estávamos no Brasil para o casamento da minha prima e trocamos ovos de Páscoa: eu encomendei uns ovos caseiros com uma amiga no Brasil pro R. e ele me deu um ovo super gostoso da Lily O'Briens, outra chocolateria irlandesa.

Esse ano decidimos que trocaríamos ovos, mas nada gigante ou extravagante. Mas antes, tchô falar uma coisa: não conheço muito as tradições de Páscoa irlandesa, portanto esse post só focará no chocolate. Como vocês sabem, a Irlanda é um país católico, portanto, muita coisa é parecida com o que fazemos no Brasil - peixe na Sexta-feira Santa, caça aos ovos de chocolate, etc. A diferença que eu noto é que nós damos muuuito mais importância aos ovos de Páscoa propriamente dito.

Namorando uma estrangeira (post por um irlandês) 2/2

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No post de ontem o R. participou falando sobre como é namorar uma estrangeira - ele citou coisas como diferenças culturais e barreira da língua. Hoje voltamos com a segunda parte do post - e R., mais uma vez obrigada por ter topado participar do blog!

irlandeses e brasileiras





Relationship with affection


One cultural difference between Brazil and Ireland which might cause some issues is public displays of affection.  In general, Brazilians are much more touchy-feely than the Irish, who tend to be more closed.  For example, the second time we visited Brazil, Bárbara's brother and uncle greeted me with a hug.  That's not so strange, even to an Irish person – we had travelled a long way and it had been a long time since we had seen each other – a hug was certainly appropriate.

Namorando uma estrangeira (post por um irlandês) 1/2

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Mais uma participação do R. aqui no blog, aê!!!! Ele já fez alguns posts no Barbaridades, tanto da primeira vez que fomos ao Brasil como da segunda vez. Todos os posts estão concentrados numa única categoria no blog, que você pode ler aqui:

Opiniões de um irlandês


Confesso que me dá muita preguiça de traduzir, então me desculpem! Pra quem não lê em inglês, tenho certeza que o google tradutor vai ajudar. Caso alguém tenha alguma pergunta ou dúvida pode deixar nos comentários porque o R. sempre lê tudo! Dividi esse post em duas partes porque senão ficaria gigante!

irlandeses e brasileiras





Some time ago, I promised Bárbara that I would write a post in the blog on a topic of her choice. Recently she wrote on the subject of dating a foreigner, and we decided it would make a good topic for my post - to add a non-Brazilian perspective to the mix.

Namorar um estrangeiro [2ª edição]

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(amanhã é o dia do sorteio, hein?! já tá participando?!)

Em julho de 2014 eu publiquei um post sobre namorar um estrangeiro. Foi uma coisa que eu sempre quis escrever a respeito mas esperei pois queria preservar minha relação com o R. (irlandês), sabe? Principalmente porque ele não é fã de redes sociais nem gosta de exposição na internet.

Eis que há umas semanas recebo um email de leitora muuuito fofa, a S. Ela dizia que nunca tinha comentado no blog porque era tímida, mas que me lia há muito tempo e que tinha muita curiosidade em saber mais sobre essa coisa de namorar alguém de nacionalidade diferente, além, é claro, de ter um relacionamento em outra língua.



Desde aquele post que fiz ano passado pra cá, minha percepção não mudou: ainda penso no R. como pessoa, não como irlandês. Não temos conflitos em termos de diferenças culturais porque eu sou super aberta pra cultura irlandesa e ele pra brasileira. Cozinhamos batatas e legumes com carne por minha causa e faço arroz, feijão e carne por causa dele. Fico na fissura de comer sobremesas irlandesas e ele doido pra comer brigadeiro.

Esse interesse mútuo pela cultura um do outro é uma das coisas que faz muita diferença num relacionamento.

Irlandês é assim, brasileiro é assado

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Há uns bons meses vi a Carol indicar um livro muito bacana no blog dela, uma série chamada Culture Smart. Basicamente se tratam de livros que falam sobre cultura, história, estilo de vida e etecéteras de determinado país - achei super interessante e comprei a edição sobre o Brasil pro R. e a versão pra kindle sobre a Irlanda pra mim.

Nem preciso dizer que devorei cada página. E o livro é absolutamente spot-on: tudo que eles falam sobre os irlandeses, como eles são e o que eles gostam está lá, retratado de maneira exata. O engraçado é que enquanto eu achei o livro super fiel, R. achou a versão sobre o Brasil a mesma coisa. Resolvi então ler a edição sobre o Brasil pra poder comparar.


Os dois livros trazem temas parecidos divididos em capítulos parecidos: história e geografia, valores e atitudes (relações familiares, orgulho nacional, relacionamentos, etc), religião e tradições, como fazer amigos, irlandeses/brasileiros em casa, lazer e outros dois tópicos mais voltados pra business, que são comunicação e como é o estilo de trabalho em cada país.

Meu irlandês falando português

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Antes de mais nada, eu queria dizer uma coisa: esse post tá pra ser escrito há muito, muito, muuuito tempo. Tipo assim, de comecinho de namoro com o R., sabe?

Se você não lê o blog há muito tempo, tchô explicar: o R. é meu namorado. E ele é irlandês.

Não que isso seja um big deal, porque não é. Já falei sobre isso aqui no blog: pra mim ele é o meu R., não importa se irlandês ou brasileiro... (mas não vou mentir que o charme irlandês me conquistou).

Bem, o R., assim como eu, gosta de aprender novos idiomas. Ele fala um pouco de irlandês, alemão e agora italiano, já que sua vó é siciliana e ele quis se aproximar mais de suas raízes ao aprender a língua. Esse foi um ponto em comum que tivemos logo de cara, porque eu também estudo italiano, apesar de não ter raiz nenhuma.

Logo no início do namoro eu ensinei palavras aqui e ali em português, que ele sempre tentou reproduzir com o maior cuidado - ele sempre demonstrou muito respeito e interesse pela minha lígua. Mas gente, desculpa, eu sou professora. Não vou deixar o meu gringo abrir a boca pra falar português e soar muito... gringo. Não dá! Sempre peguei no pé da pronúncia dele e o som nasal, aquele do ÃO, demorou meeeeses pra sair certo. Mas esse mérito não é meu não - é dele, que foi procurar vídeos no youtube de professores brasileiros explicando a pronúncia correta.

Ano Novo em Dublin

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No ano passado eu comemorei a virada de ano em Praga com minha mãe e irmão. Este ano o plano era comemorar em Dublin, já que a Bia chegaria do Brasil (\o/) no dia 31!

Massss, eu já sabia que aqui não tem nada de muito especial no Reveillon (que aqui eles não chamam de Reveillon!), porque o negócio deles é Natal. Geralmente as pessoas fazem uma house party com amigos e família ou vão pro pub beber - os irlandeses adooooram uma desculpa pra ir no pub beber, né? Bom, sabendo dessas condições, resolvi colocar um pouquinho de brasilidade no meu Ano Novo irlandês: tive a ideia de fazer uma ceia com amigos e depois irmos pro centro ~curtir a noite~ dublinense.

Obviamente eu nunca cozinhei pra mais de duas ou três pessoas, muito menos uma ceia de Ano Novo! Já fui pedir ajuda dos universitários (tia, pai do R. e google: obrigada!) e munida de todos os ingredientes, começamos a cozinhar no dia 31 à tarde.

O casamento irlandês

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Eu sempre achei casamento uma coisa meio brega: o vestidão, a igreja, as músicas, enfim, tudo que é muito tradicional não me agrada muito, mas isso não significa que eu não adore ver fotos de noivas maravilhosas e doces/bolos incríveis e gente feliz comemorando, né?

Aliás, um adendo: todas as minhas amigas estão noivando/casando/tendo filhos. Onde para o trem? RISOS.

Bom, eu não fui a muitos casamentos no Brasil, portanto, não passo nem perto de uma entendida do assunto, mas sei o suficiente pra fazer comparações com o casamento irlandês - há algumas semanas participei de uma cerimônia/recepção/festa irlandesa e ó... os caras gostam de comemorar!

*todas as fotos desse post são do google, não do casamento do qual estou falando

A MISSA

Diferente da missa de casamento no Brasil, que é short and sweet, a missa aqui é uma missa de verdade. Missa completa, de tipo uma hora e meia! O padre começa falando as coisas de casamento, mas depois fala de outras coisas da bíblia, de Jesus, etc. Havia uma cantora com uma voz maravilhosa cantando tanto canções de igreja como canções pop (tipo "I'll be there" dos Jacksons 5). Teve óstea hóstia (obrigada Lê pela correção - nunca tinha escrito essa palavra na minha vida!) tempo para orações, enfim.... depois da missa terminar, a fotógrafa fez uma foto lá do altar com os noivos na frente e todo mundo que estava na igreja ao fundo - achei a ideia muito bacana!


São os irlandeses ou as brasileiras?

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Sabe quando você compra alguma coisa nova e depois disso passa a reparar que todo mundo tem o mesmo produto? Ou quando faz uma tatuagem e de repente todo mundo ao seu redor tem tatuagem também? Pois é. Quando comecei a namorar com o R., comecei a perceber que há muitas, muitas brasileiras namorando com irlandeses. Eu disse que são muitas? São muitas meeeeesmo!

Já tive essa conversa com o R. e a gente tenta entender: qual é o lance? É o charme dos irlandeses que conquista as brasileiras? É a ginga da brasileira que faz o coração dos irlandeses bater mais forte? Não sei. O fato é que o meu facebook tá cheio de fotos desses casais multi-culturais e tenho um monte de amigas aqui que namoram Cians, Seans, Declans, Pauls, etc...

De forma geral, todas as meninas que conheço que namoram irlandeses descrevem seus namorados como "fofos". Sempre tem uma que comenta de um que cozinhou pra ela, a outra que diz que ele fez uma surpresa especial, a outra que fala que ele a levou pra algum lugar bacana.

As casas irlandesas

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Já tem um tempinho que moro aqui, que posto no blog 5 dias por semana e acredita que nunca postei nada sobre as casas na Irlanda? Pois é. A verdade é que eu tenho algumas pequenas observações a fazer sobre elas...

Nem todas as casas aqui são lindas, coisa-de-filme; muitas são bem pequenas, muitas não tem jardim, muitas são coladinhas uma na outra. Não tem portão grande como no Brasil nem aquele espação na frente como nas casas americanas. Há muuuuitos apartamentos minúsculos acima de estabelecimentos - principalmente no centro. Já entrei nesses apês e vou te dizer: são muito muito pequenos e bem desconfortáveis.

Apês no centro

Housing estate, as tais casas iguaizinhas

BrasileirAs e irlandesAs

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[esse post foi escrito em agosto de 2014 e atualizado em janeiro de 2016]

Não tenho amigas irlandesas. Não frequento lugares onde poderia fazer algum tipo de amizade com as locais (no curso de alemão, por exemplo, eram todos estrangeiros, nenhum irlandês - quer dizer, somente homens irlandeses); no mestrado, só há uma irlandesa (os outros são homens) e ela já é uma senhora um pouco mais velha. Portanto, só falo do que vejo pela minha chefe, por conhecidas do R., por observações na rua, pelas mães dos coleguinhas dos meninos que cuido aqui na Irlanda.

Cabelo brasileiro X irlandês 


A grande diferença já começa pelo visual: a mulher brasileira gosta de cabelo longo, liso, solto. Quem nunca fez uma escova progressiva na vida, fala aí? A maioria das brasileiras que conheço tem esse perfil. As irlandesas no geral tem cabelo liso também, mas gostam de usar o tal do coque que chamo de "ninho de mafagafo" (não me leve a mal: acho coques lindos e chiques, mas não no topo da cabeça nem no volume que elas usam aqui). Elas também usam outros penteados - não vejo taaantas irlandesas com o cabelo solto somente.

cabelo irlandesas
Sim, elas usam!

Namorar um estrangeiro

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Ter um blog pra mim é meio como ter um diário público - nele escrevo meus pensamentos, acontecimentos, opiniões, enfim, coisas que acontecem na minha vida dando um foco especial no que diz respeito à Irlanda.

Apesar deu falar de família, amigos, citar uns nomes e postar umas fotos de conhecidos de vez em quando, nunca fui muito específica em relação ao meu namoro. Primeiro porque acho que é muito pessoal pra ficar contando pra todo mundo, segundo porque o meu namorado não gosta de redes sociais nem de ficar se expondo na internet. Com exceção da participação dele nos posts sobre o Brasil, ele sempre foi bem anônimo por aqui, apesar de sempre mencionado.

Já vi muitos posts pela internet de "como é namorar um estrangeiro" ou "10 coisas que você precisa saber sobre os irlandeses" e não vou mentir: sempre os leio e sempre acho uma ou outra coisa interessantes. Só que as pessoas são diferentes, não importa de onde elas vêm. Não dá pra fazer um "particularidades de namorar um brasileiro" porque os brasileiros são diferentes e você pode ter experiências diversas com cada um, certo?

Leia também: Namorar um estrangeiro (2ª edição)


Coisas de irlandês

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Eu moro na Irlanda há praticamente 5 meses, mas contato com irlandeses e convivência com os locais tive pouco, já que não morei em casa de família quando cheguei (fiquei em hostel) nem fiz amizades com pessoas daqui, a não ser um ou outro contato nos trabalhos e tal.

No entanto, nos últimos meses, tenho observado bem de perto algumas características da vida dos irlandeses. Desculpa R., não resisti! Preciso compartilhar essas coisas:

1) DIZENDO OI
Irlandeses não se tocam. Não dão beijo pra cumprimentar, nada disso. Já vi amigos se cumprimentando e basicamente eles dizem "hey, tudo bem?" e pronto. Pra despedidas é a mesma coisa: nada de beijo no rosto, de abraço, de aperto de mão. Imagina a cara do R. quando eu o cumprimentei com beijo no rosto nas primeiras vezes em que nos vimos? hahaha!

Assim também nunca vi

O melhor do intercâmbio

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Eu já falei aqui diversas vezes que adoro a Irlanda, suas paisagens, sua capital, sua cultura. Mas a Irlanda ser um país legal não é o único motivo pelo qual eu sou feliz aqui. Uma das melhores coisas de estar aqui é poder conhecer gente do mundo inteiro.

Já conheci italianos, argentinos, venezuelanos, chineses, holandeses, australianos, franceses e brasileiros, claro. Acho isso muito sensacional - poder falar sobre a cultura do seu país, conversar sobre como as pessoas vivem nas suas cidades de origem, das coisas boas e ruins de cada lugar.

E acabei conhecendo algumas figurinhas por essas bandas, veja só...

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