Um pouco mais de Quioto e bate-volta pra Nara

/

No nosso segundo dia em Quioto, na verdade visitamos uma outra cidadezinha chamada Nara. Porém, no caminho pra lá, a poucos minutos de Quioto mesmo, o trem pára em um dos tempos que a gente queria conhecer, que é o famoso templo do toriis laranja, Fushimi Inari.


Aliás, um torii é um portão tradicional japonês encontrado na entrada ou dentro de um santuário xintoísta, onde simbolicamente marca a transição do mundano para o sagrado. Dizem que é possível andar mais de 2 horas por entre esses corredores de toriis, mas é óbvio que a gente não andou tudo isso porque fica muito repetitivo, mais do mesmo, sabe?



Havia muitos turistas e japoneses visitando esse templo. Aliás, tudo que vimos em Quioto tinha muitos turistas, não que isso seja uma reclamação, porque nós também éramos! Mas em comparação com Tóquio, isso foi um pequeno choque. No fim, a gente caminhou por mais ou menos por uma hora, tiramos fotos, mas não nos aprofundamos na história do templo em si. Eu encaro esse tipo de lugar como uma visita à uma igreja: aprecio a arquitetura, respeito a fé das pessoas, mas fica só por isso.












Voltamos para a estação e fomos até Nara, munidos dos nossos JR passes - ou seja, não precisamos pagar o bilhete! Como a gente chegou já na hora do almoço, estávamos com muita fome e antes de qualquer coisa, paramos primeiro para almoçar num restaurante pequenininho na rua principal da cidade -  eu comi uns  noodles maravilhosos. Foi muito, muito bom!



O R. tinha pesquisado sobre o que a gente poderia fazer em Nara e teve a ideia de alugarmos bicicletas, que é uma coisa que algumas pessoas fazem por ali. Essa é a melhor dica que eu posso dar sobre Nara: primeiro, porque a gente tinha andado tanto nos dias anteriores que os nossos pés estavam muito cansados e foi bom poder ficar um pouco sentado. Segundo, que foi super baratinho. E embora o cara da bicicleta não falasse quase nada de inglês, a gente conseguiu se entender, pagar o depósito e pegar as bicicletas de boa. 



Eles oferecem bicicletas elétricas também, e eu confesso que me arrependi de não ter pego a bicicleta elétrica, porque no parque em Nara existem pequenas elevações, e como a gente já estava muito cansado, as subidinhas deixaram a gente mais cansado ainda. A diferença de preço não era muito grande, então eu recomendo que você pegue uma bicicleta elétrica caso faça esse passeio.






Nara é famosa por ter muitos veados espalhados pela cidade. Tirado da Wikipédia: de acordo com a lendária história do Santuário Kasuga, o deus Takemikadzuchi chegou a Nara montado em um cervo branco para proteger a recém-construída capital de Heijō-kyō. Desde então os cervos são considerados animais celestiais, protegendo a cidade e o país. Eles andam livremente pela cidade, especialmente no Parque de Nara. Estima-se que há mais de mil, e que muitos deles até aprenderam a fazer aquela reverência pra receber biscoito dos turistas - tem várias barraquinhas onde é possível comprar biscoitos para alimentá-los. Eles são muito amigáveis e muito fofos! 









Então o que a gente fez nesse dia foi simplesmente passear livremente pelos parque, pela cidade, para onde desse na telha! Nara tem vários templos escondidos, até numa vibe meio florestal - me lembrou bastante alguns templos no Camboja,porque eles ficam no meio da floresta.



Como era época de férias escolares, a gente viu muitos japoneses por ali também, muita gente visitando os tempos, mas não é nada lotado, porque em muitos momentos a gente pedalava praticamente sozinhos pela estradinha de terra. Nós vimos diversos templos aleatórios cujos nomes não me lembro, tiramos fotos, tomamos sorvete, paramos para observar os veadinhos e aí, já no final da tarde a gente ainda conseguiu visitar um último templo na saída do parque. Ele tinha uma entrada enorme toda de madeira maravilhosa, eu me senti como no castelo do dia anterior, num filme de Samurai. 











Nós devolvemos as bicicletas e caminhamos até a estação, e aí pegamos o trem de volta para Quioto, o trajeto demora quase 1 hora. Em Quioto procuramos um restaurante na região de Gion, que é um bairro onde a gente pode ver as gueixas. Infelizmente, também não demos sorte neste segundo dia e não vimos nenhuma! Na verdade, a gente achou o bairro de Gion em si bem morto, bem parado. Então, no fim das contas, a gente voltou para a região da rua Pontocho do dia anterior e nos despedimos dessa vibe Japão antigo, dessa  atmosfera meio de filme que Quioto nos proporcionou.



Pra resumir, eu achei Quioto uma cidade bem diferente de Tóquio. Porém, não, eu não voltaria para lá. Claro que os tempos são lindos e eu acho que vale muito a pena conhecer para ter uma experiência diferente das grandes cidades, mas eu acho que uma vez visitado, está feito. Eu não sinto vontade de voltar para essa região, embora eu esteja muito feliz que eu tive a oportunidade de visitar, sabe? No dia seguinte, a gente partiria para Osaka, então nós chegamos no hotel à noite, organizamos as malas, nos preparamos. E aí nos próximos posts eu vou contar como é que foi Osaka e a nossa despedida do Japão antes da gente seguir pra Coreia.

Web Analytics
Back to Top