Retrospectiva 2014

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2014 foi um ano muito muito bom. Não sei se me arrisco a dizer melhor que 2013, porque 2013 foi um divisor de águas, mas foi pelo menos tão bom quanto. 

Comecei o ano com minha mãe e irmão em Praga e de lá fomos pra Berlin. Foi uma experiência inesquecível!

Voltei, trabalhei, juntei dinheiro e renovei o visto em março, logo após o meu primeiro Saint Patrick's Day na Irlanda. 



Preferidos de 2014 - aleatórios

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Já fiz um post sobre meus filmes e série preferidos do ano, mas eu também queria falar de coisas gerais como roupas, objetos, maquiagem, aplicativos de celular, site, etc. Pode não servir pra nada, mas como tudo aqui no Barbaridades, o que vale pra mim é o registro.

Moda, beleza, cosméticos

Esse ano a vida financeira melhorou um pouco e consegui investir numas coisas melhorzinhas - um dos meus preferidos foi o corretor de cor da Bobbi Brown. Ele é um pré-corretivo e já dá uma melhorada de 80% na olheira, só que ele é bem molhadinho, então tem que passar um pó por cima pra dar aquela segurada. Além disso, usei muito o delineador fluidline da MAC (tem que passar com pincel chanfrado). Apesar de não saber fazer o delineado 100%, com o delineador em gel fica muuuito mais fácil do que aquele em pincel que eu manchava tudo.


Preferidos de 2014 - séries

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Desde meados de 2010 eu passei a assistir muito mais séries de TV do que filmes. Já mencionei seriados em alguns momentos aqui no blog e agora vem mais uma parte da minha retrospectiva do ano: meus seriados preferidos de 2014!






Acompanhei, ao todo, 16 séries neste ano e muitas foram séries que eu já assisto há um tempo - Homeland, Glee, Modern Family, entre outras. De todas essas que eu já assistia de outros anos, nenhuma realmente me surpreendeu (com exceção de Louie, cada vez mais fenomenal!) - nem mesmo os series finale de True Blood e How I Met your Mother fizeram o meu amor por essas séries reviver com a mesma intensidade. Em compensação, comecei a ver (e em alguns casos, devorar) séries novas e estas sim valem ser mencionadas!

The most wonderful time of the year!

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Ahhhh, o Natal. Eu adoro essa época! E concordo totalmente com a canção que dá nome ao post. Ano passado fiz um post sobre como foi passar um natal irlandês, esse ano eu vou focar um pouquinho no clima que antecede a festa. Vamos lá!

EU E O NATAL

Eu sou uma pessoa super positiva e otimista e adoro comemorações. Pode ser aniversário, Páscoa, o que for, eu adoro ter um motivo pra reunir as pessoas que eu ano e comer comidinhas gostosas! Sim, o Natal é basicamente tudo que eu gosto numa "festa": pessoas queridas, comida boa e presentes.

Quando eu era criança morria de medo do Papai Noel mas adorava o clima da festa:

Que foto maravilhosa!

Depois, quando adolescente, mandava cartões pros amigos (quem aí ainda tem meu cartão de dobradura do papai noel ou o boneco de neve desenhado?) mas depois que comecei a trabalhar demais, não consegui manter a tradição. Ano passado foi uma correria e não consegui preparar nada e esse ano havia prometido a mim mesma que trataria o Natal com mais carinho.

OS PRESENTES E CARTÕES

De fato, um pouco antes do Halloween as lojas já começavam a vender coisas relacionadas ao Natal, inclusive cartões. Eu comentei no blog ano passado como os cartões de natal aqui são maravilhosos e específicos (tem tipo pro tio, primos, professora, todo mundo que você imaginar!) e comprei uns 30 (calma, alguns vem numas caixas e acaba saindo mais barato). Comprei também uns presentinhos simples pra alguns familiares e amigos na terrinha e postei tudo lá pelo dia 10 de novembro, com medo de que as coisas não chegassem a tempo. No momento em que escrevo esse post, todos os cartões foram recebidos (alguns chegaram com 7 dias!!!), mas alguns pacotes ainda não encontraram seus destinos.

Muitos irlandeses que tem família no interior mandam presentes pelo correio também. Eles compram presente pra quase todo mundo na família e os mesmos sempre vem acompanhados de um cartão. Eu já notei que eles não escrevem nada no cartão a não ser o nome e pronto. Não tem mensagem, data, nada. Argh! Eu já fiz a rebelde e escrevi váááárias coisas nos meus cartões pros familiares do R.

Um presente muito comum de se dar são latas de biscoitos mais "chiques" e caixas com chocolates sortidos (as collection boxes). Eu comprei uma pra família que eu trabalhava e uma pra família que eu trabalho no momento.



DECORAÇÃO

A decoração da cidade não é muito exagerada - algumas ruas tem um ou outro enfeite e as ruas principais acabam mais iluminadas. Além disso, tá rolando uma feira de natal muito gostosinha perto do Stephen's Green - Ô saudade das feiras de natal em Viena no ano passado!!!!

Por conta da minha alegria em estar vivenciando o Natal direito esse ano, saí com um amigo pra tirar fotos pela cidade - até porque eu 1) tava doida pra usar mais meu presente de aniversario, uma lente 50mm e 2) queria tirar meu tripé do fundo do baú já que ele tava criando mofo de tão parado que o bichinho estava aqui.

Algumas fotos:












Essa foi tirada com a Canon do J.!

Agora estou na expectativa pro dia de Natal - minha mixtape natalina já está pronta e tenho ouvido há dias. Como vocês sabem, a data aqui é comemorada meeeesmo no dia 25 com um dinner DE LAMBER OS BEIÇOS que eu adorooo. Tô doida pra me empanturrar, assistir o especial de Natal do Father Ted e filmes natalinos na TV! (no dia em que esse post for pro ar, já estarei fazendo tudo isso, yes!)

Preferidos de 2014 - filmes

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Eu adooooooro ler posts de "favoritos do ano" nos blogs alheios e confesso que gosto de escrevê-los também. Ano passado, no entanto, foi tão corrido, aconteceu tanta coisa, que acabei deixando passar e só escrevi uma retrospectiva geral mesmo.

Em 2012 eu fiz um post sobre as minhas séries preferidas daquele ano e um sobre filmes também.

Infelizmente, nesse ano a minha lista de filmes está vergonhosa: foram muito poucos. Fui bastante ao cinema (pelo menos em comparação com 2013), mas ainda tô longe de ter visto todos os filmes da minha lista e de todos os lançamentos bacanas...












As aulas acabaram! (mas tem mais em 2015)

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Semana passada as aulas de inglês na MEC acabaram - vamos ter três semaninhas de férias e olha, essas férias são mais do que merecidas.

Isso significa que já completei praticamente metade do meu curso, aleluia! Não tá fácil frequentar as "aulas" (sempre com aspas porque aulas não são): acordar cedo e pedalar no frio, chegar na escola pra ficar ouvindo professor falar 90% do tempo ou assistir vídeos no youtube (sim, acontece sempre).

Esses dias a coordenadora da escola, Jane, veio na sala pra observar o final da aula. A professora teve sorte que o vídeo que ela tava passando havia acabado de terminar. Aí do nada ela sugeriu um tema de discussão e as pessoas colaboraram, participaram. Eu continuei com a minha poker face. Ah minha querida, você não dá aula porra nenhuma e quer que eu finja que tô interessada só porque sua chefe tá aqui? Me poupe!


21 meses!

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Aê! 21 meses de Irlanda!

Acho que vou deixar de fazer esses posts de "mesversário". É que eu pareço tão repetitiva! É sempre "como passou rápido" e "nossa, mas já é o meu x mês aqui na Irlanda?!", sabe? Ao mesmo tempo, esses balanços mensais servem pra eu analisar um pouco o que aconteceu na minha vida e as expectativas pros próximos meses...

Do dia 20/11 pra cá eu fiz muuuuita coisa. Fim de ano sempre foi corrido pra mim e olha, continua assim. Eu prestei o CPE, comemorei meu aniversário num karaokê e passei um final de semana em Bruxelas, na Bélgica. Pra vocês verem como a correria tá grande, ainda não escrevi nenhuma linha sobre essa viagem, socorro!

Além disso, fiz dois babysittings pra uma família em Rathgar. Uma amiga sempre faz babysitting pra eles mas como tava de passagem marcada pra passar férias no Brasil, me passou o contato deles. Nunca estive numa casa tão chique como aquela! Só no primeiro andar contei uns 9 cômodos. Sério. Sabe aqueles salas de jantar com candelabros e luminárias finas? Pois é, mais ou menos isso. Os caras parecem ter uma puta grana, mas o melhor da história é que as crianças, R. de 3 e M. de 4 anos e meio, são umas fofuras, um poço de educação. Fazer babysitting desse tipo, que você só coloca as crianças pra dormir e fica horas sem fazer nada, é o dinheiro mais fácil que já fiz na vida. Citando minha amiga Lê, "viva o freela!" (e obrigada M. pela indicação!).

Hace un año

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Pai, hoje faz um ano que você se foi. Parece até mentira, porque pra mim a ficha ainda não caiu - será que algum dia vai cair? O meu "adeus" foi dado quando nos vimos pela última vez na minha despedida antes de vir pra Irlanda, e não no dia 18 de dezembro de 2013.

Quando fiquei sabendo que você estava a caminho do hospital, achei que seria mais um daqueles episódios, mas não. Você se foi de verdade, de maneira rápida e inesperada.

Mas eu não quero lembrar de como tudo isso se deu. Quero lembrar das coisas boas que você me ensinou, dos momentos bacanas que dividimos - não à toa o título desse texto está em espanhol - você era super orgulhoso de suas origens e vivia prometendo que eu e o Cé um dia falaríamos espanhol, lembra? Não consigo dizer quantas e quantas vezes ouvimos aquele seu cd Raíces de América - Seleção de Ouro (que hoje tenho em mp3 e às vezes ouço no celular): yo tengo tantos hermanos, que no los puedo contar....

Lembro de quando você nos acordava aos sábados de manhã ouvindo "o seu rock": Legião Urbana, Red Hot, Queen e é claro, o Pink Floyd. Ahhhh, aquele VHS do show Pulse deve ter gasto de tanto que você o assistiu!

Ahhh, e quando você escrevia poemas e livros pra mim e pro Cé? Nunca me esqueço quando a minha professora da primeira série te convidou pra ir conversar com a minha turma acerca do seu poema sobre a primavera - você me deu um beijo no rosto e eu queimei de tanta vergonha. Mas hoje eu sei que não era vergonha - era orgulho de ter um pai escritor que até mesmo a professora chamava pra se apresentar. Os seus livros estão muito bem guardados e um dia eu e o Cé vamos publicá-los - eles são bom demais pra ficarem guardados.

Você queria tanto que a gente estudasse inglês e se enchia de orgulho de ir nos buscar na Cultura às segundas e quartas. Lembro da insegurança que eu sentia ao ver meus colegas indo embora em seus carrões dirigidos por seus motoristas enquanto meu pai vinha num simples corsa branco (comprado num consórcio - saiu no segundo mês graças ao número escolhido pelo meu irmão!). O que eu jamais imaginei na época é que um dia eu estaria saindo da Cultura Inglesa como professora, dando aula para os tais que iam embora em seus carrões com motoristas.

Você foi um exemplo em minha vida - para o bem e para o mal. Muito da minha personalidade e gostos foram moldados de acordo com os seus gostos e preferências e devo muito a você. Nas poucas vezes que nos falamos por telefone quando eu já estava aqui, você se enchia de orgulho e ficava me perguntando se os irlandeses eram esses caras legais mesmo e se todos eram ruivos. Eu sabia que você havia realizado um sonho através de mim: estou aqui, pai, na terra do seu amado U2! Como eu queria te contar mais das coisas que vi aqui, das viagens que fiz, de tudo que conheci!

Naquele 18 de dezembro de 2013 você seguiu o seu caminho e espero que esteja em paz - você precisava. O cartão-postal que te escrevi no dia anterior, de Viena, não chegou a ser postado. Guardo ele aqui, junto com as minhas boas memórias vividas ao seu lado. As ruins também existem, você sabe, né? Você sabe bem. Agora não adianta trazê-las à tona, porque você partiu. Mas fique tranquilo, pai. Vou continuar honrando os seus rocks e usar sempre o meu melhor espanhol!


Links legais - o primeiro e último do ano

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Eu leio muitos blogs (não só sobre Irlanda e viagens, mas também fotografia, moda, maquiagem, séries, etc) e vira-e-mexe tem alguém postando links interessantes ou indicações de outros sites bacanas. Eu adoro essas listas porque sempre encontro algo que me interessa e que me faz rir, pensar, etc...

Eu venho salvando uns links mais ou menos desde outubro pra colocar aqui no Barbaridades, mas como vocês já sabem, eu tava estudando pr'aquela prova de Cambridge e deixei o blog meio paradão nesse período. No entanto, dezembro chegou, a prova passou, e agora pude sentar e rever os links pra fazer uma lista bem legal!

Separei os links do mês/trimestre por temas. Espero que alguma coisa lhe agrade nesse mundão da internet!

- Viagens



Conhecendo o condado mais ao norte: Donegal

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Lembra desse post aqui, onde comentei que tenho um projeto de conhecer todos os condados da Irlanda?

Pois é. No feriado de outubro eu risquei mais um lugar da lista: Donegal, que fica na província de Ulster.

Donegal é um condado que sempre aparece nas buscas por "lugares bonitos na Irlanda", sempre. Tem montanhas, cliffs, praias e todo aquele verde maravilhoso que só esse país tem! Em termos de tamanho, é o maior condado de Ulster e o quarto maior do país. Além disso, há uma cultura de língua irlandesa muito forte lá, já que o local possui uma das Gaeltacht (regiões onde a língua predominante não é o inglês e sim o irlandês) da Irlanda. Donegal é popular nas férias de verão quando jovens vão passar algumas semanas por lá aperfeiçoando o irlandês e aprendendo mais sobre tradições culturais irlandesas.

Obviamente que, para o pouco tempo que tínhamos, não era possível fazer uma road trip por Donegal inteira, então optamos por passar a noite na capital, Letterkenny, e visitar o parque nacional no dia seguinte.

Vinte e sete

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Dia 1º de dezembro eu completei 27 anos de idade. Pois é, 27. Sabe quando você é adolescente e se imagina super adulta? Pra mim essa idade era 27. Acho que porque minha mãe com essa idade já era casada há dois anos e engravidou de mim, sei lá. Só sei que dos 17 pra cá foi um pulo e cá estamos!

"Dancin' queen, young and sweet only seventeen", já dizia a canção. Aos 17 eu fazia cursinho na Poli de manhã, dava aula à tarde e ia pra escola à noite (e aos sábados dava aula até às 20h!!!). Se me dissessem aos 17 que 10 anos depois eu estaria morando em outro país, que teria trabalhado na escola onde estudei inglês (e que tinha a maior admiração e respeito), que teria viajado pra vários lugares no Brasil e pra mais de 10 países no mundo, que falaria um pouquinho de espanhol e italiano, que faria uma graduação e pós-graduação, enfim, eu ia rir da cara dessa pessoa. Obviamente eu tinha muitas ambições e planos, mas a vida foi muito generosa e bacana comigo. Nada veio de mão-beijada, sempre teve muito esforço e sacrifício, mas eu posso me considerar uma pessoa de sorte, que sempre teve a família e amigos ao lado apoiando em tudo.

Irlandeses, vocês estão falando inglês "errado"

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Primeiramente, vamos levar o título desse post na esportiva, tá? Não é porque eu estudo inglês como segunda língua há 17 anos (porra, 17?!) nem porque fui/sou professora e muito menos porque adoro dar uma de sabichona quando se trata de idiomas. É porque gente, às vezes eu quero me contorcer quando ouço certas coisas ~irlandesas~ por aqui eu venho pensando sobre esse assunto há muito tempo e queria falar um pouco a respeito aqui no blog.

VAMOS POR PARTES: QUEM DECIDE O QUE É CERTO OU ERRADO?

Obviamente que essa discussão vai muito além dos irlandeses (ou canadenses, neo-zelandeses, americanos, etc...) falarem um inglês peculiar deles. Afinal de contas, existe um padrão na língua? Alguém é dono da língua pra dizer que x ou y é certo ou errado? Quem dita as regras? Estudiosos? Gramáticos? Linguistas? A língua pertence a quem a utiliza como nativo ou ela pode ser de estrangeiros também? A língua é de quem falou ela primeiro ou de quem faz parte da maior população que a fala?

Vou dar um exemplo: sou de São Paulo e lá a gente fala "bolacha" e não "biscoito". Eu posso afirmar que quem fala "biscoito" está errado? Não. Outro exemplo: em Pernambuco conjuga-se os verbos da segunda pessoa do singular corretamente (pelo menos no passado simples): tu comeste, tu fizeste, tu viste (não posso afirmar que isso ocorre no tempo presente, já que não lembro de ter visto pernambucanos dizerem "tu gostas" e sim "tu gosta" - já no sul do país eles conjugam da primeira forma). Com base nisso, posso dizer que os pernambucanos falam mais certo do que eu, paulistana?

Ou seja, o assunto é profundo (e maravilhosamente interessante), mas eu queria voltar pro inglês.

A calçada do gigante e a tal da ponte

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No feriado que teve no final de outubro fui com o R. pra Irlanda do Norte e passamos meio dia/uma noite em Belfast, onde visitamos o Museu do Titanic. No segundo dia seguimos ainda mais ao norte, com o objetivo de conhecer o Giant's Causeway e a Carrick-a-Rede Bridge, cartões-postais do país.

Tipo, desde que eu pesquisava sobre a Irlanda já tinha visto que muita gente que morava aqui fazia esse passeio pro Irlanda do Norte e eu ficava morrendo de inveja, sonhando com o dia em que eu pisaria naquele lugar. Várias vezes planejei ir pra lá, mas como tudo tem uma hora certa de acontecer, só foi dar certo há uns meses atrás, um bom tempo depois deu ter vindo morar aqui.

Fomos na ponte primeiro porque de acordo com pesquisas, o horário de fechamento dela era mais cedo que a Calçada dos Gigantes. Compramos o ingresso e caminhamos até ela - dá uns bons 20 minutos de caminhada, mas a vista compensa (como sempre aqui nessa ilha!):

Carrick-a-Rede Bridge na irlanda do norte

Tag - know your blogger

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No comecinho de Outubro a Taís me indicou nessa tag e eu deixei passar porque tava atolada de coisas do CPE pra estudar. Não queria deixar de responder e aproveitei que agora tenho mais tempo livre pra finalmente mandar bala nessa tag!

Funciona assim: você tem que falar 11 fatos sobre você, responder 11 perguntas, criar 11 perguntas e indicar 11 blogs. Gente, quem é que cria essas tags? RISOS.

11 fatos sobre mim: recentemente fiz um post com 50 fatos, acho que já tá de bom tamanho, né?

As 11 perguntas:

1. Qual foi a melhor coisa que te aconteceu este ano?

Estar no Brasil como madrinha de uma das minhas melhores amigas e rever amigos e família (e comer pizza de verdade, comida da vovó e tomar Fanta Uva!)

2. Uma foto que transmita o que você está sentindo agora:

Não sei qual era a velocidade dos ventos, mas quase fui derrubada da bicicleta diversas vezes hoje

O museu do Titanic propriamente dito

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Eu já tinha ido ao Museu do Titanic duas vezes, mas como comentei no post passado (de semanas atrás!), fui pra diferentes ocasiões e não visitei o museu em si. 


Belfast e a guerra dos tronos

A construção de Belfast e a construção do Titanic

Corrida colorida - the Color Run, em Belfast



Dessa vez, na presença do R., conseguimos fazer o passeio direito. O museu é gigante e tem preços diferentes pra visitar coisas diferentes - se nos tivéssemos mais tempo, talvez até teríamos visto mais coisas, mas por outro lado, a gente fica meio enjoado, né? Acho que o ingresso mais básico, que dá acesso às galerias, já está de bom tamanho. 

Quando chegamos pra comprar o ingresso, como em quase todo museu na Europa, a menina no caixa perguntou de onde éramos. Respondi que eu era brasileira e que R. era de Cork. E qual foi a minha surpresa ao ouvir ela responder num português lindo e claro: "Ah, eu falo português!"

OI? QUÊ? Mas o que essa menina aqui na Irlanda do Norte tá fazendo falando português?

E não só isso: ela continuou dizendo que era polonesa e que adorava aprender outras línguas, além de ter um namorado brasileiro, claro. Ela já tinha ido pra alguns lugares no Brasil e falava com um lindo sotaque de São Luís (namorado dela é de lá!). R. achou a maior graça da situação e disse pra ela, em português, que ela falava muito bem. No final da conversa ela nos entregou os ingressos e nos indicou o local onde o passeio começava - em português! ÊêêÊê mundo pequeno!


CPE - o grande dia!

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Acaaabooooooou! É tetr..... ops, não tô falando da Copa do Mundo de 94 não. Acabou o CPE! Acabou! Fiz a prova hoje, finalmente!!!



Que saudade que eu tava de postar no meu blog, de ler notícias, de comentar nos blogs dos amigos... foram dois meses de preparação para o exame que eu mais temia na vida. Temia porque tive a oportunidade de prestar essa prova há muito tempo e não o fiz porque não achava que tinha o nível pra passar, que não tava preparada, sei lá. O fato é que esse ano eu não deixei a oportunidade ir embora e não só me inscrevi pra fazer a prova como fiz um curso preparatório pra ajudar.

A semana toda foi tensa, cheia de pesadelos e noites mal dormidas. Eu tava bastante ansiosa, mas pelo menos consegui dormir 7 horas de ontem pra hoje, apesar de ter acordado duas vezes durante a noite. Acordei às 6h30, tomei café e fui pedalando pra UCD, onde faria a prova. Decidi ir de bike porque passo pela UCD todos os dias pra ir ao trabalho e não faria sentido ir de ônibus, a não ser que estivesse chovendo ou algo assim.

CPE - o último simulado e as expectativas

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Nem lembro a última vez que postei aqui - uma semana atrás? Acho que nunca fiquei tanto tempo longe do blog, mas foi por uma boa causa: estudar para o CPE. Mas a verdade é que nos últimos dias perdi muito da minha concentração pro exame - a data tá chegando (a prova é exatamente daqui a uma semana) e eu tô ficando ansiosa e um pouco insegura, o que me deixa confusa porque até pouco tempo eu tava bastante confiante.

A verdade é que eu fui bem em quase todos os simulados (por "ir bem" leia-se "passaria com essa nota"), tive um bom feedback das redações e tenho o apoio de muitas pessoas queridas que me incentivam no projeto. Inclusive na penúltima semana do curso preparatório que eu fiz na Your English School (excelente, por sinal) tivemos um simulado completo, na sequência de como seria na prova de verdade.

O simulado me pareceu muito fácil. Mas é porque dei um pouco de sorte - os temas dos textos não eram ruins e sei lá, acabou que a prova tava fácil pra mim naquele momento. Porque apesar do nível das provas de CPE ser sempre o mesmo, às vezes os temas e vocabulário de uma prova específica podem ser mais fáceis ou difíceis pra cada indivíduo - afinal de contas, tudo depende do nosso conhecimento e background, né?

A construção de Belfast e a construção do Titanic

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Já vou começar esse post chutando baldes e garantindo: o museu do Titanic é não só um dos mais legais que visitei na Irlanda, mas na vida.

E falo isso com propriedade de quem sabia diálogos do filme de trás pra frente na infância/pré-adolescência.

Siiiiiiim, eu sei que o museu não é sobre o filme de 1998, mas sobre o navio de verdade, que foi construído em Belfast, capital da Irlanda do Norte! Mesmo assim, não tem como não ficar comovido e impressionado com tudo que envolve esse acontecimento.

museu do titanic, belfast, irlanda do norte


20 meses

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Eu cheguei na Irlanda na amizade. A gente tinha coisa em comum, nos demos bem e começamos a ter um caso. A paixão foi grande e com o tempo fomos nos tornando cúmplices e hoje nosso relacionamento fica cada vez mais sério. Um ano e oito meses sob teto irlandês e continuo afirmando que apesar da constante saudade da família e amigos (cantar parabéns no aniversário do meu irmão pelo FaceTime foi foda), sigo muito feliz aqui na ilha.

Mesmo com as ventanias que me fazem pedalar ainda mais devagar, mesmo com as chuvas que insistem em me deixar encharcada no caminho pro trabalho, mesmo tendo que dividir casa com outras pessoas não muito legais (com exceção da A.!) e pagar caro numa manga que nem suculenta é.

Donegal, em outubro deste ano

Preparação para o CPE - parte IV

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No que se refere à preparação para o exame de proficiência de Cambridge, já falei do Paper 1 (Use of English e Reading), Paper 2 (Writing), e Paper 3 (Listening) mas faltou falar do último paper: o Speaking.

A parte oral da prova acontece num dia separado do restante e isso significa que você pode fazer essa parte tanto antes como depois do exame escrito. No entanto, para a minha surpresa, hoje saíram as datas dos exames orais e o meu caiu no mesmo dia da prova escrita! Pra ser sincera, até prefiro, porque aí não perco mais que um dia de trabalho tendo que ir até à UCD pra fazer a prova.

O speaking tem 3 exercícios principais. Ele é feito em pares (ou trios) e as notas são individuais apesar de haver interação entre os candidatos durante a prova.


Miserável! Nojento!

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falei no blog como eu acho divertida a reflexão sobre equivalência/diferença de significado de palavras que em tese seriam as mesmas em um outro idioma.

Pro exemplo, você jamais ouviria alguém descrevendo o clima no Brasil como miserável ou nojento, né? Aliás, eu acho nojento uma palavra com um peso muito maior do que a correspondente em inglês, mas deve ser coisa da minha cabeça. É uma coisa de feeling mesmo, sabe?

Citei no título a palavra miserável. Mas por quê? Na verdade miserable em inglês é um "falso" cognato, já que apesar de parecer ter um significado (no caso, miserável), na verdade significa triste. Coloquei entre aspas porque miserable também pode ser traduzido como miserável, mas o primeiro uso da palavra é sempre como triste (e falando em miserable ser triste, apenas https://www.youtube.com/watch?v=TjPhzgxe3L0).

O fato é que aqui na Irlanda, miserable e disgusting são amplamente utilizadas pra descrever o clima - principalmente quando os dias estão assim, cheios de água e vento pra dar e vender. SÉRIO, no meu segundo novembro de Irlanda, o mês se confirma como bastante chuvoso e molhado.

E começo a me acostumar com a mediocridade (?)

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E já foi mais de um mês de freqüentar aulas de general english aqui em Dublin.

Como a Marcelle bem me disse, você acostuma um pouco com a mediocridade - as aulas são tão fracas e mal preparadas que você meio que pára de se preocupar com isso, acaba indo junto com a corrente. Além disso, como eu passo a maior parte do tempo fazendo minhas coisas de CPE, mal presto atenção no que tá rolando na sala.

O professor da primeira aula é um cara super culto e inteligente. Ele sempre sabe muito sobre qualquer assunto - o problema é que ele adora exibir seu conhecimento e tem sempre um ar de "sou superior a vocês", sabe? E apesar dele ter coisas interessantes a dizer, a aula dele é ruim. Ele é um picareta de primeira: consegue fingir que tá dando aula e poucos percebem que na verdade ele não tá.

Já a professora da segunda aula é uma coitada que não tem nenhuma preparação pra dar aula - não dá instrução de nada, não corrige ninguém, adora bater papo e é super anti-ética. Ela é muito fraca. Não consigo nem ter raiva porque ela é tão atrapalhadinha que me dá é pena.

Educação infantil e etc na Irlanda

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Eu nunca fui professora de ensino fundamental, até porque eu não tenho nem formação pra isso. No entanto, já dei aula de inglês pra crianças de 4, 5 anos e tenho família recheada de professores, logo, eu tenha uma pequena noção da área. 

Aqui na Irlanda as crianças começam a ir pra escola com 4, 5 anos. Não sei exatamente como funciona, mas sei que o menino mais velho que eu cuido, de 5 anos, começou a escola esse ano - no entanto, tem meninos de 4 na sala dele também. Existem escolas públicas e particulares, mas mesmo as públicas pedem uma grana no início do ano escolar pra ajudar com alguns gastos e tal. Além disso, pelo que tenho observado, uma ou duas vezes por mês o diretor da escola manda um comunicado aos pais pedindo participação deles em algum evento e tal. Ou seja, os pais aparentemente tem bastante envolvimento com a escola (a Karine do "Ká entre nós" falou disso nesse post aqui).

O uniforme aqui é padrão: calça social, camisa e gravata pros meninos e saia com meia no joelho pras meninas. É uma gracinha, gente! Fico toda apaixonada ao ver a criançada arrumadinha na escola, mas confesso que eu odiaria ter que usar saia na época em que eu era criança e adolescente. Além desse uniforme "formal" eles também tem um tracksuit pros dias de educação física.



Preparação para o CPE - parte III

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Hoje eu vou falar do segundo paper do CPE, o writing.

Acho que já tá implícito que eu adoro escrever, né? Sempre gostei. E quando estudava inglês adorava fazer redação e me empenhava em usar vocabulário e estruturas legais nos meus writings.

Mas escrever no blog e fazer redação na aula de inglês é um pouquinho diferente de escrever duas redações, uma atrás da outra, num exame de proficiência.

Na verdade, desde 2013 o formato do CPE mudou e eu achei a mudança toda muito positiva - a prova está mais curta e com menos questões, embora mantenha o mesmo nível de dificuldade. É tudo lindo e maravilhoso, com exceção do bendito writing. Por que antes era assim: você tinha 2 horas pra escrever 600-700 palavras divididas em duas redações. Agora você tem 1 hora e meia pra escrever poucas palavras a menos - 520 a 600.

Preparação para o CPE - parte II

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Depois de uma semana trabalhando full-time e ficando maluca com aqueles dois figurinhas me chamando pra lá e pra cá, voltei a trabalhar part-time; com isso, tenho mais tempo e disposição pra estudar, já que pelas manhãs, quando estou na aula de General English na MEC, fico estudando pro CPE e à noite quando chego do trabalho não estou tão cansada que não consiga estudar.

Agora falta um pouco menos de um mês pro exame e apesar de me sentir um pouco mais preparada, ainda fico confusa com os resultados dos meus simulados. Se no início eu estava acertando 70, 80%, agora meu rendimento caiu pra 60% e em um dos simulados acertei menos que isso, já que minha nota foi arrastada pelo desempenho ruim na parte de Reading.

São 3 exercícios de reading (tudo no paper 1 - falei nesse post aqui) e pra mim, eles são os mais chatos e difíceis da prova toda. Se eu dou a sorte do assunto dos textos ser um pouco mais agradável, consigo fazer a prova melhor do que quando o texto é sobre um assunto uó. É complicado manter a concentração e foco enquanto estou fazendo essa parte da prova, por isso tenho feito exercícios extra e mais simulados dessa parte pra treinar mais.

Recentemente o professor deu um foco maior pra parte de Listening da prova. Eu sempre tive o listening como uma habilidade muito forte - quando estudava inglês na adolescência tinha ótimas notas na parte de listening da prova e sempre tive facilidade em entender músicas, filmes, pessoas, etc. Só que a prova de listening não é somente entender o que estão falando. Se fosse algo do tipo "ouça e faça a transcrição do que você está ouvindo" eu tenho certeza que passaria com notas excelentes. A questão é que, nos exames de Cambridge, não basta entender o que estão falando, são muitas outras habilidades em jogo. Retirei algumas dicas do livro "New Proficiency Testbuilder" da Macmillan (thanks, Rê!):

Sobre ser (finalmente?) uma adulta

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Venho pensando bastante nessa questão de ser adulta, já que daqui a menos de 1 mês completo 27 anos de idade. Nossa, com 27 eu achava que teria minha casa, meu carro, seria casada... sabe essas coisas que a gente fica pensando quando mais novo?

Minha mãe, por exemplo, já tinha saído de casa, mudado de estado, casado, comprado casa e engravidado aos 27. Eu na mesma idade tenho uma história diferente: saí de casa recentemente e não tenho nenhum bem material - todo meu dinheiro foi gasto na minha educação/formação (curso superior, pós-graduação, cursos de língua, etc). A verdade é que eu ainda acho estranho me descrever como 'mulher', já que muitas vezes eu me diria 'menina'.

Só que desde que saí de casa pra viver aqui na Irlanda, a vida fica cada vez mais adulta.

Quer dizer, no Brasil eu também pagava conta, também cozinhava, também cuidava das minhas coisas, mas numa proporção muito menor, já que minha mãe arcava com a maior parte dos custos e das tarefas. Aqui na Irlanda eu tenho que fazer absolutamente tudo pra mim, já que, se eu não o fizer, ninguém vai fazer.

O primeiro babysitting a gente nunca esquece

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(Sim, o último post ainda é verdadeiro - estou aqui no malabarismo com mil coisas pra fazer e pra completar, estou trabalhando full-time essa semana. No entanto, como sou uma pessoa ~preparada~, já tinha alguns textos escritos que precisavam ser revisados e este é um deles. Agora eu vou correr pra minha bolha de CPE e logo mais volto pra cá! Não me abandona!)

Antes de começar, pra quem não está familiarizado com a palavra babysitting: babysittng é cuidar de crianças à noite geralmente porque os pais tem que sair, sabe? 

É bem comum que uma au pair ou minder fique uma noite como babysitter. Algumas famílias negociam esse valor à parte, outras já incluem um ou dois babysittings por mês no pacote do salário. 

Na outra família para qual trabalhei, nunca me pediram pra fazer babysitting e no emprego atual eles também nunca mencionaram o assunto.

Bom, você lembra que em julho eu tava desempregada e fiz um monte de entrevistas e tal? Uma dessas entrevistas até deu em um dia de teste, mas na época recebi proposta da minha chefe atual e resolvi trabalhar pra eles e não pra essa família pra qual fiz o teste. 

Umas duas ou três semanas atrás, agora em outubro mesmo, essa família do teste me contatou por email, perguntando se eu estava indo bem no emprego novo e se eu não poderia reconsiderar trabalhar pra eles. Agradeci e falei que infelizmente não trabalharia com eles mas que se precisassem de mim uma noite pra babysitting ou algo assim, que podiam me chamar. Sabe quando você oferece por educação? 

Aquela que sempre quis abraçar o mundo

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A minha vida adulta sempre foi muito corrida e obviamente não sou a única pertencente a esse clube: praticamente todos nós podemos dizer isso, já que estamos sempre correndo de um lado pro outro, tentando fugir do trânsito, fazendo várias coisas ao mesmo tempo, etc.

Quando tinha 17 anos, fazia cursinho de manhã, trabalhava à tarde e ia pra escola à noite (e dava aula até às 20h aos sábados também). Aos 20 me descabelava na faculdade e no trabalho. Aos 24 tinha dois empregos pra dar conta de juntar o dinheiro pra fazer intercâmbio.

A verdade é que a primeira vez que fiz uma coisa de cada vez foi quando cheguei em Dublin: ia pra escola de manhã e só. Depois comecei a trabalhar e só trabalhava (pela primeira vez na vida com os sábados livres!). Depois fiquei desempregada mais de um mês e passei o maior tempão em casa sem fazer nada.

Aí de repente, uma avalanche chegou: comecei um trabalho novo com horário diferente (chego em casa duas horas mais tarde do que chegava no outro emprego), voltei a frequentar as aulas na MEC, comecei um curso preparatório pro CPE. Fora essas obrigações, tem todas aquelas coisas de morar sozinho: ir ao mercado, fazer comida, lavar e colocar roupa no varal, etc. E pra completar, tem a minha rotina já estabelecida de escrever no blog, ler e comentar em diversos blogs que acompanho, fazer a unha, tingir cabelo, ler notícias, ver seriados, mandar emails/mensagens pra amigos, namorar...

Preparação para o CPE - parte I

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Então que eu vou prestar o CPE em Dezembro.

Adiei esse ~desafio~ a vida toda mas agora já era: o exame está pago, a chefe já deu folga pro dia e tô fazendo um curso preparatório pra garantir uma boa nota.

Na verdade, mesmo se eu não passar, já posso dizer que o curso valeu muito a pena. O professor é excelente e o material que ele usa também - tenho aprendido várias técnicas e dicas legais pra fazer os exercícios da prova, o que pra mim tem sido fundamental no resultado dos meus simulados.

Já fizemos 4 aulas e agora só temos mais 5, sendo que a última não será aula, mas sim uma simulação completa da prova toda - faremos o exame escrito e oral no mesmo tempo em que a prova original é feita pra termos mais noção de como a coisa será. Quer dizer, noção a gente já tem, mas é mais um tira-teima mesmo (quero ver como o google tradutor vai traduzir isso, R.!).

Mais de 500 dias de Barbaridades pela Irlanda

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Só ontem me dei conta de que hoje já seria dia 20 - e eu achando que ainda teria umas 3 semanas esse mês, quando na verdade só são mais 11 dias! Socorro!

Novembro passará voando. Aí chega dezembro com o meu aniversário, Natal e pronto, já é 2015. 

Não quero nem pensar nas questões do futuro, então vamos focar no objetivo desse post, que é um resumo do que rolou no meu último mês aqui - agora já são 19!

O trabalho continua legal, tô me adaptando com os meninos e eles comigo. O mais novo, S., tem chorado bem menos e tenho tido momentos legais com o mais velho. Minha chefe é muito bacana e até me pagou um táxi pra voltar pra casa um dia desses que ventava muito e estava impossível pedalar. 


Os ~maluquinhos~

Apelo: eu só queria usar um casaco

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Se você é leitor desse simples blog já sabe: odeio passar calor. Desde antes de vir pra Irlanda já sonhava com dias de brisa e dias frios - dias em que eu poderia usar casacos, botas e cachecóis e sair pelas ruas feliz da vida. 

Só que parece que é a sina da minha vida: ir atrás do frio e ele fugir de mim. 

A primeira vez que esse fenômeno ocorreu foi em 2001, se não me engano. Ia rolar um passeio da escola organizado pelo professor de geografia, o ~professor Marcelo~ (minha primeira grande inspiração). Fomos para Campos do Jordão, sinônimo de charme e ~clima europeu~, menos, é claro, quando eu tava lá. Lembro que minha mãe mandou eu usar muitos agasalhos e foi só chegar em Campos, passei o maior calor e sufoco tendo que carregar aquele monte de blusa. Infelizmente, não tenho fotos desse passeio - talvez algum amigo da época da escola as tenha guardadas em alguma caixa de sapato.

Quem foi que disse?

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Quem foi que disse que preciso morar no mesmo lugar a vida inteira?

Quem foi que disse que devemos fazer faculdade logo ao terminar a escola?

Quem foi que disse que temos que trabalhar na nossa área a vida toda?

Quem foi que disse que preciso ganhar muito bem pra ser feliz?

Quem foi que disse que ter carro é importante?

Quem foi que disse que baixinha não pode usar saia longa?

Quem foi que disse que brasileira é mulher fácil?

Quem foi que disse que todos os irlandeses bebem muito?

Quem foi que disse que intercâmbio é fácil?

Quem foi que disse que ter casa própria é sinal de sucesso?

Quem foi que disse que viajar uma vez por ano nas férias é suficiente?

Quem foi que disse que pagar mais de 200 reais numa calça jeans é o comum?

Quem foi que disse que eu preciso usar calça jeans mesmo?

Quem foi que disse que não posso assistir vários seriados ao mesmo tempo?

Quem foi que disse que tenho que casar e ter filhos?

Quem foi que disse que não posso ir dormir tarde todo dia?

Quem foi que disse que não posso comer um docinho após o jantar?

Quem foi que disse que chove todo dia na Irlanda mesmo?

Quem foi que disse que ser professora de inglês é glamouroso?

Quem foi que disse que a Europa é melhor que o Brasil?

Quem foi que disse que o Brasil é melhor que a Europa?

Quem foi que disse que a distância separa amizades?

Quem foi que disse que eu me arrependeria de "largar" meu emprego no Brasil ao vir pra cá?

Quem foi que disse que eu não ficaria só um ano na Irlanda?

....


Muito mais que um museu de casas georgianas

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Um museu que eu ainda queria muito visitar aqui em Dublin era o Georgian House Museum - cheguei até a inclui-lo na minha lista de coisas que eu ainda queria fazer em Dublin no meu 2º ano de Irlanda.

Aí um dia vi um post no blog da Taís sobre a arquitetura de Dublin, que é bastante georgiana e pensei: ah, acho que vou convidá-la pra ir no museu comigo e mato dois coelhos numa cajadada só! Além de ter visto muita coisa interessante por lá, acabei conhecendo a Taís pessoalmente - Taís, você é muito fofa, viu? E é tão bom poder conversar com alguém do meu tamanho, às vezes canso de ter que ficar olhando pra cima quando falo com alguém... #vidadebaixinha

O Georgian House Museum na verdade fica numa antiga casa mesmo, bem ali na Merrion Square. Na entrada o funcionário explicou que o tour é auto-guiado e no início haveria um vídeo de aproximadamente 15 minutos sobre a casa e outras curiosidades. A entrada pra estudante custa 3 euros!

ps.: fotos no museu não eram permitidas, então todas as fotos do post foram retiradas do google, ok?

Voltando às aulas - a primeira semana

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Não é nenhuma novidade pra quem lê o blog que eu voltei a estudar na MEC semana passada. Quando renovei meu visto em março, peguei as férias primeiro e infelizmente tive que começar as aulas agora pra ter frequência, caso queira renovar o visto mais um ano.

Também não é nenhuma novidade que eu estava muito apreensiva em voltar à escola, já que no ano passado eu já tinha observado que a escola deixava muito a desejar. Que seria fraca eu já sabia, mas não imaginava que haveria tantos professores picaretas, aulas medíocres, etc.

Fui pra aula na maior boa vontade e cabeça aberta, pra dar de cara com um professor que já dava aula pro avançado no ano passado. AI MEU DEUS. Picareta alert.

Na verdade, o primeiro dia foi uma pequena odisséia porque agora a MEC tem outro prédio, já que o prédio original, na Harcourt St, não é suficiente pra demanda de alunos que eles tem. O funcionário da escola já havia me dito que minhas aulas seriam no prédios Whitefrias na Aungier St e fui segunda sossegada pois já conheço aquela rua e chequei no google antes pra ter certeza de onde os tais prédios eram. No fim eu não achava a porra da escola de jeito nenhum, liguei na MEC pra me ajudarem e fiquei uns 15 minutos no telefone com uma funcionária me ajudando - finalmente descobri o lugar: duas portinhas pretas minúsculas, sem nenhuma placa ou aviso de que ali é uma escola, que maravilha!

CPE, aí vou eu!

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CPE, CPE... como começar falando do CPE?

CPE é sigla para Certificate of Proficiency in English. É o exame de nível mais avançado de Cambridge e é bem difícil. É que, além de você ter que ser bom em inglês (gramática e uso da língua, interpretação de texto, speaking e listening), tem que saber fazer a prova. Sim, é tipo uma coisa meio vestibular: o exame tá cheio de truques e pegadinhas, sabe?

Desde a época em que eu estudava inglês, queria muito ter prestado algum certificado de Cambridge (os mais comuns são o FCE e o CAE - leia mais sobre o assunto aqui) mas por falta de grana, nunca rolou. Quando me tornei professora, estabeleci que me prepararia pra fazer a prova do CPE at some point, mas nunca, nem quando trabalhei na Cultura, me movi de fato pra encarar a bendita da prova.

A verdade é que dá um medinho e uma certa preguicinha também, porque como eu disse no primeiro parágrafo, o exame é difícil e tem que saber fazê-lo.

Aí eu nem tava pensando muito nessa história de CPE quando descobri que não poderia mais fazer o curso técnico em Childcare ao invés do General English para manter meu visto de estudante aqui na Irlanda. A frustração em não poder fazer a transferência de curso foi grande, mas tive um clique: por que não investir o valor desse curso de Childcare no CPE de uma vez por todas?

7 coisas que os irlandeses amam

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A ideia desse post surgiu quando R. me emprestou um livro que ele tinha chamado "More stuff Irish people love". Faz parte de uma série de livros sobre cultura, folclore, gastronomia e etecéteras irlandeses e é escrito de forma bem humorada - no melhor estilo irlandês!

O mais bizarro de ler um livro desses é genuinamente rir e reconhecer a grande maioria das situações contidas na obra.

A minha lista é baseada em muita observação de minha parte e um pouco de inspiração do livro. Pra ser mais específica: 3 itens* foram realmente tirados de lá; de resto, é pitaco meu! A lista não é em ordem de preferência nem nada do tipo porque não tem quantificar isso, acabou sendo escrita aleatoriamente mesmo.

7 - Father Ted

Irlandeses gostam de Father Ted porque Father Ted é uma série divertidíssima que retrata MUITO a cultura e modo de ser dos irlandeses - eles se identificam e gostam porque se tem uma coisa que irlandês adora é tirar sarro de si e dos outros. Eles usam frases do seriado no dia-a-dia, fazem referência a personagens, etc, etc. Eu curto muito a série e recomendo demais, principalmente pra quem já conhece um pouco de Irlanda e/ou mora aqui - com certeza vai se identificar e rir bastante!



Por água abaixo

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Quando renovei meu visto em março deste ano, fiquei no maior dilema: com qual curso renovar o visto? Eu tinha a possibilidade de fazer o curso de General English de novo, Business ou Fotografia.

Descartei Fotografia de cara porque os horários do curso eram bizarros, tipo quarta e quinta o dia todo, o que me impossibilitaria de trabalhar.

Olhei o conteúdo programático do Business e achei bem chato, mas renovar com inglês?

Por ser a opção mais barata, ainda que dolorosa, renovei com inglês.

No entanto, uns meses depois, descobri que a NCBA, parceira da escola na qual estou matriculada (MEC) tinha também o curso técnico em Childcare. Foi como se eu estivesse vendo uma luz no fim do túnel: claro, como não havia pensado nisso antes? Um curso técnico em Childcare poderia ser uma boa - uma coisa diferente que me traria possibilidades diferentes aqui na Irlanda. E mesmo que não me servisse de nada aqui, não seria ruim ter um curso desse no currículo, caso voltasse para o Brasil e quisesse dar aula pra criança em escolas de línguas ou escolas bilíngues.

Meninos e meninas

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Todo mundo me disse que eu ia achar diferente cuidar de meninos e eles estavam certos: é muito diferente mesmo. No entanto, apesar de muita coisa estar dentro do esperado, algumas situações me levam a crer que eu vivo num mundo muito mais dramático agora que cuido de J. e S.

Primeiro: apesar das meninas que eu cuidava serem mais novas, elas me davam menos trabalho. Quer dizer, elas sempre queriam companhia pra brincar e até no banheiro iam comigo, mas elas eram independentes - se trocavam sozinhas sem reclamar (a mais nova estava começando por volta dos 2 anos), comiam de tudo, estavam sempre felizes. Já os meninos, mesmo sendo mais velhos, são muito chatinhos com algumas coisas - outro dia o J. de 5 anos, fez um escândalo porque disse que não sabia colocar a meia sozinho. Desculpe querido, mas você tem 5 anos, vai colocar a meia sim. E falei mesmo, porque poxa, se a É. com menos de 3 anos colocava meia sozinha, porque ele não conseguiria?

Tento tomar cuidado com as comparações: as pessoas são diferentes, as crianças também. Não é porque o fulano sabe X que o outro fulano também tem que saber, mas sigo o bom senso.

Waterford - nós voltaremos!

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Quando fomos pra Wexford, a ideia era também passar em Waterford, mas infelizmente, não deu tempo. Quer dizer, até fomos pra lá, mas como já era final de tarde de um domingo, os lugares que gostaríamos de conhecer ficaram pra depois! Na verdade, a parada pra ver a réplica de um navio da época da Grande Fome é que atrasou o nosso cronograma, mas não nos arrependemos de nada visto que New Ross foi uma surpresa excelente!

Em Waterford, R. achou um lugar pra estacionar e corremos pra tentar conhecer a fábrica de cristais, House of the Waterford Crystal, mas ela já estava fechada pra visita e só podíamos passear pela loja mesmo. Waterford era conhecida pela produção de cristais finíssimos, e depois da empresa ter falido e resurgido algumas vezes, hoje se mantém firmes e produzem mais de 750 toneladas de cristal por ano! É possível ver o processo de confecção dos cristais, mas esse passeio ficará pra próxima.

Loja onde diversas peças de cristal estão à venda

O outono chegou, mas não chegou

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Pra vocês que moram aqui na Irlanda, eu preciso perguntar: como é que vocês estão usando blusa, casaco, lenços, botas e até luvas? LUVAS? Qual o problema de vocês?

Porque apesar das folhas secas já estarem caindo das árvores e a intensidade do vento ter aumentado no período da noite, o outono real pra mim ainda não chegou. Há muitos meses que não checo temperatura no aplicativo do celular, mas só à título de curiosidade, fui olhar ontem: fez 21 graus. Pode parecer pouco, mas sério, é calor.

Enquanto essas máximas não baixarem pra uns 10º, tô de mal com a Irlanda

E não é só porque eu pedalo não! Quando estou a pé, também passo calor, principalmente quando faz sol. Nossa, quando faz sol muito quente eu quero morrer! Cadê o outono? Cadê o frio? Cadê a oportunidade de me vestir elegantemente?

Porque pra mim, não há nada mais elegante que um casaco bonito, uma meia-calça legal, uma bota chique.

Tag: 5 perguntas sobre o blog

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A Marcela do Postcards for Souvenirs me indicou pra essa tag e achei bacana - preciso responder 5 perguntas sobre o blog e indicar 5 pessoas pra responder a tag. Posso criar novas perguntas pra quem estou indicando ou não, mas ainda tô pensando e até o final do texto devo ter algo!

Vamos lá!

1) Sobre qual assunto você gosta mais de escrever?

Eu gosto de escrever sobre coisas que me fazem refletir no intercâmbio mas nem sempre dá pra escrever com frequência sobre isso, já que não é todo dia que tô bancando a filósofa. Sendo assim, gosto muito de escrever sobre viagens e lugares pra se conhecer na Irlanda!

2) Você se vê blogando daqui 3-5 anos?

Honestamente, não sei. O blog foi criado justamente pra registrar minha experiência de intercâmbio na Irlanda que seria de 1 ano, mas que já passou de 1 ano e meio e provavelmente vai pra além de 2. Não sei se quando voltar ao Brasil ainda escreverei aqui, portanto, essa é ainda uma incógnita.

Conhecendo tudo da Irlanda, o projeto

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Esses dias eu parei pra pensar nos lugares que já conheci na Irlanda. Não é querendo me gabar não (até porque nada disso foi sozinha, devo muito a amigos e principalmente ao R., que dirigiu horrores por essa ilha), mas ó, vi muita coisa. Não chega nem perto do tanto de beleza que esse país tem pra mostrar, mas já dá uma boa lista. Me dei conta que já tinha passado por diversos condados e tive uma ideia: e se eu resolver pisar em todos os condados da República da Irlanda?

A Irlanda tem 32 condados oficiais distribuídos em quatro províncias (pra quem quer saber mais, leia esse post do Livin' la vida Rick que explica direitinho). Na República da Irlanda são 26 e já visitei mais da metade! No mapa abaixo dá pra ter uma ideia: os condados na cor cinza são parte da Irlanda do Norte; os pintados de verde onde já estive e os brancos, os que ainda quero visitar:


O casamento irlandês

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Eu sempre achei casamento uma coisa meio brega: o vestidão, a igreja, as músicas, enfim, tudo que é muito tradicional não me agrada muito, mas isso não significa que eu não adore ver fotos de noivas maravilhosas e doces/bolos incríveis e gente feliz comemorando, né?

Aliás, um adendo: todas as minhas amigas estão noivando/casando/tendo filhos. Onde para o trem? RISOS.

Bom, eu não fui a muitos casamentos no Brasil, portanto, não passo nem perto de uma entendida do assunto, mas sei o suficiente pra fazer comparações com o casamento irlandês - há algumas semanas participei de uma cerimônia/recepção/festa irlandesa e ó... os caras gostam de comemorar!

*todas as fotos desse post são do google, não do casamento do qual estou falando

A MISSA

Diferente da missa de casamento no Brasil, que é short and sweet, a missa aqui é uma missa de verdade. Missa completa, de tipo uma hora e meia! O padre começa falando as coisas de casamento, mas depois fala de outras coisas da bíblia, de Jesus, etc. Havia uma cantora com uma voz maravilhosa cantando tanto canções de igreja como canções pop (tipo "I'll be there" dos Jacksons 5). Teve óstea hóstia (obrigada Lê pela correção - nunca tinha escrito essa palavra na minha vida!) tempo para orações, enfim.... depois da missa terminar, a fotógrafa fez uma foto lá do altar com os noivos na frente e todo mundo que estava na igreja ao fundo - achei a ideia muito bacana!


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