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A minha área - no Brasil e na Irlanda

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Antes de começar o mestrado em TESOL na UCD eu já tinha uma ideia de como era o mercado de trabalho pra professores de inglês aqui na Irlanda: não muito animador.

Mas ser professora de inglês era assim tão bom no Brasil?


Aliás, nem no Brasil é muito animador, mas se você tem boas qualificações e experiência e trabalha numa escola séria, dá pra ter bons empregos. Eu já trabalhei em escolas pequenas, médias e grandes e cheguei a ter um bom salário em algumas delas. Na Fisk, por exemplo, eu não ganhava tão bem por hora, mas tinha alguns adicionais, férias pagas, convênio médico e odontológico, vale-alimentação, vale-transporte, enfim, todas aquelas coisas que qualquer emprego registrado em carteira oferece - e que MUITAS ESCOLAS de inglês não oferecem. A realidade em muitas escolas, na verdade, é que você tem um contrato e ganha as horas trabalhadas. Só. Com sorte eles incluem também o vale-transporte, mas só. Se você não trabalha nos meses de férias, não recebe nada, o que é uma droga, porque você tem que guardar uma boa grana durante o ano pra não passar aperto nos meses de férias.

Mas voltando: na Fisk, além desses benefícios, nós tínhamos avaliação profissional contínua, além de cursos e workshops toda sexta-feira (já que às sextas não dávamos aula). Esses cursos às sextas não eram pagos, mas eu não achava de todo ruim porque aprendi muito e os coordenadores das unidades que davam cursos eram sempre excelentes. O coordenador que eu tive por lá era maravilhoso, tinha um inglês impecável, era super organizado e profissional. Foi muito bom trabalhar por lá, mas eu queria mais e foi aí que entrou a Cultura.

Um novo capítulo na minha vida irlandesa

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Em abril de 2015, menos de um mês após ter renovado o meu visto de estudante aqui na Irlanda, minha escola fechou.

Não foi só exclusividade dela, claro - desde o ano passado foram mais de uma dezena de escolas fechadas por diversos motivos: má administração, má fé dos donos, intervenção da imigração, etc, etc.

A verdade é que eu sempre soube que a MEC não era a melhor escola do pedaço - inclusive fiz diversos posts que falam sobre a qualidade duvidosa das aulas. Mas percebi, principalmente no final de 2014 e começo de 2015, um esforço da equipe em melhorar diversos aspectos - mudaram a escola pra um prédio melhor que pudesse abrigar mais alunos e que oferecia uma infra muito melhor; alguns professores até pareciam ou fingiam muito bem que preparavam aula e assim por diante. Renovei com eles por uma questão de praticidade: a minha frequência estava em 70 e poucos % e se eu mudasse de escola, seria difícil conseguir renovar com menos da frequência recomendada, que é de 85%.

Paguei os mil euros do curso e renovei meu visto sem nenhum problema e nenhum tipo de pergunta.

Quando voltei das férias no Brasil comecei a acompanhar notícias de que os professores estavam protestando por falta de pagamento e os boatos de que a escola fecharia espalhavam rapidamente pelos fóruns e sites de intercâmbio na Irlanda. E não muito tempo depois o que eu já desconfiava aconteceu: a escola fechou as portas, deixando dezenas de professores e funcionários sem pagamento e centenas de alunos sem aula - além de terem perdido seu dinheiro também.

Minha escola fechou!

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Não é de hoje que escolas de inglês vem fechando em Dublin: no ano passado, por exemplo, foram mais de 10 escolas fechadas. Este ano já foram quatro, incluindo a escola onde eu estudava, a MEC. Há muita fábrica de vistos, muita falcatrua, mas também muita má administração.

Já falava-se que a MEC fecharia desde que eles perderam um selo de qualidade chamado ACELS em setembro de 2014. Aliás, o papo de que a MEC fecharia é antigo, mas nunca dei fé - afinal de contas, até ir pra um prédio melhor eles foram esse ano. Acredito que estavam investindo em maior e melhor infra-estrutura e tal.

Desde a Páscoa deste ano a escola estava sem aulas - durante a Páscoa as escolas tem mesmo uma pausa, mas eles não voltaram quando deveriam ter voltado. Várias discussões e dúvidas começaram a surgir nas redes sociais acerca do que estava acontecendo - até que saiu na RTÉ uma matéria sobre professores protestando sobre falta de pagamento. E desde então, foram semanas de intensa troca de informações entre alunos da instituição e alguns funcionários e professores no facebook. Inclusive muitos deles trabalharam como voluntários emitindo certificados pra quem já havia finalizado o curso (já que estavam sem ser pagos há semanas). Um dos meus professores (do qual já falei aqui no blog), se mostrou extremamente solícito e ajudou vários alunos.

Alguns brasileiros conseguiram reunir dados de alunos da MEC pra conversar a respeito da situação na embaixada brasileira, já que era quase certo que a escola tava pra fechar. O pessoal da embaixada,  apesar de não poder fazer muito, se mostrou prestativo e disse que tentariam fazer o link entre alunos e Ministério da Educação.

As aulas acabaram! (mas tem mais em 2015)

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Semana passada as aulas de inglês na MEC acabaram - vamos ter três semaninhas de férias e olha, essas férias são mais do que merecidas.

Isso significa que já completei praticamente metade do meu curso, aleluia! Não tá fácil frequentar as "aulas" (sempre com aspas porque aulas não são): acordar cedo e pedalar no frio, chegar na escola pra ficar ouvindo professor falar 90% do tempo ou assistir vídeos no youtube (sim, acontece sempre).

Esses dias a coordenadora da escola, Jane, veio na sala pra observar o final da aula. A professora teve sorte que o vídeo que ela tava passando havia acabado de terminar. Aí do nada ela sugeriu um tema de discussão e as pessoas colaboraram, participaram. Eu continuei com a minha poker face. Ah minha querida, você não dá aula porra nenhuma e quer que eu finja que tô interessada só porque sua chefe tá aqui? Me poupe!


E começo a me acostumar com a mediocridade (?)

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E já foi mais de um mês de freqüentar aulas de general english aqui em Dublin.

Como a Marcelle bem me disse, você acostuma um pouco com a mediocridade - as aulas são tão fracas e mal preparadas que você meio que pára de se preocupar com isso, acaba indo junto com a corrente. Além disso, como eu passo a maior parte do tempo fazendo minhas coisas de CPE, mal presto atenção no que tá rolando na sala.

O professor da primeira aula é um cara super culto e inteligente. Ele sempre sabe muito sobre qualquer assunto - o problema é que ele adora exibir seu conhecimento e tem sempre um ar de "sou superior a vocês", sabe? E apesar dele ter coisas interessantes a dizer, a aula dele é ruim. Ele é um picareta de primeira: consegue fingir que tá dando aula e poucos percebem que na verdade ele não tá.

Já a professora da segunda aula é uma coitada que não tem nenhuma preparação pra dar aula - não dá instrução de nada, não corrige ninguém, adora bater papo e é super anti-ética. Ela é muito fraca. Não consigo nem ter raiva porque ela é tão atrapalhadinha que me dá é pena.

Voltando às aulas - a primeira semana

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Não é nenhuma novidade pra quem lê o blog que eu voltei a estudar na MEC semana passada. Quando renovei meu visto em março, peguei as férias primeiro e infelizmente tive que começar as aulas agora pra ter frequência, caso queira renovar o visto mais um ano.

Também não é nenhuma novidade que eu estava muito apreensiva em voltar à escola, já que no ano passado eu já tinha observado que a escola deixava muito a desejar. Que seria fraca eu já sabia, mas não imaginava que haveria tantos professores picaretas, aulas medíocres, etc.

Fui pra aula na maior boa vontade e cabeça aberta, pra dar de cara com um professor que já dava aula pro avançado no ano passado. AI MEU DEUS. Picareta alert.

Na verdade, o primeiro dia foi uma pequena odisséia porque agora a MEC tem outro prédio, já que o prédio original, na Harcourt St, não é suficiente pra demanda de alunos que eles tem. O funcionário da escola já havia me dito que minhas aulas seriam no prédios Whitefrias na Aungier St e fui segunda sossegada pois já conheço aquela rua e chequei no google antes pra ter certeza de onde os tais prédios eram. No fim eu não achava a porra da escola de jeito nenhum, liguei na MEC pra me ajudarem e fiquei uns 15 minutos no telefone com uma funcionária me ajudando - finalmente descobri o lugar: duas portinhas pretas minúsculas, sem nenhuma placa ou aviso de que ali é uma escola, que maravilha!

Por água abaixo

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Quando renovei meu visto em março deste ano, fiquei no maior dilema: com qual curso renovar o visto? Eu tinha a possibilidade de fazer o curso de General English de novo, Business ou Fotografia.

Descartei Fotografia de cara porque os horários do curso eram bizarros, tipo quarta e quinta o dia todo, o que me impossibilitaria de trabalhar.

Olhei o conteúdo programático do Business e achei bem chato, mas renovar com inglês?

Por ser a opção mais barata, ainda que dolorosa, renovei com inglês.

No entanto, uns meses depois, descobri que a NCBA, parceira da escola na qual estou matriculada (MEC) tinha também o curso técnico em Childcare. Foi como se eu estivesse vendo uma luz no fim do túnel: claro, como não havia pensado nisso antes? Um curso técnico em Childcare poderia ser uma boa - uma coisa diferente que me traria possibilidades diferentes aqui na Irlanda. E mesmo que não me servisse de nada aqui, não seria ruim ter um curso desse no currículo, caso voltasse para o Brasil e quisesse dar aula pra criança em escolas de línguas ou escolas bilíngues.

Uma vez professora, sempre professora

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"Filha de peixe, peixinha é", mas no meu caso, "irmã de peixe, peixinha é", "prima de peixe, peixinha é", "sobrinha de peixe, peixinha é" e derivados.

Tem mó galera na família que é professor. De inglês especificamente, somente eu e o Cé.

No ano passado eu tava meio puta e fiz um post falando que tava cansada de ser professora. Mas isso logicamente era stress de final de semestre e alguns meses depois, me deu muita saudade de dar aula.

Sugeriram que eu oferecesse aulas de inglês aqui em Dublin. A princípio, não imaginei que as pessoas fossem querer - afinal de contas, eu sou só mais uma brasileira, e gringo é que é bom professor.

Anunciei aulas no grupo de Dublin no facebook e tive um bom retorno. Várias pessoas interessadas, mas quando eu falava o preço (que NÃO É ALTO, veja bem, praticamente metade do que eu cobraria no Brasil), as pessoas diziam que "iam ver". Algumas chegaram até a marcar aula, mas desmarcaram em cima da hora e desanimei.

Eu não recomendo um intercâmbio na Irlanda

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Primeiramente, quero deixar claro que 1) adoro a Irlanda e 2) não quero destruir os sonhos de ninguém. Mas é que já passei do período de experiência aqui (rumo aos 4 meses) e mesmo antes, já lia e ouvia coisas que me incomodavam bastante. Eu não aguento ficar quieta, não aguento. Preciso escrever.

Eu vim pra Irlanda porque tive recomendações de amigos próximos que vieram e gostaram muito, sempre me interessei por cultura e música irlandesa, gosto de frio e já falo inglês.

Se eu não falasse inglês e quisesse fazer intercâmbio, a Irlanda seria o último lugar que eu escolheria. Razão número 1: o sotaque deles é fofo, mas difícil de entender. Eu tenho que prestar atenção quando falo com alguns locais aqui, e estudo o idioma há anos. Ir pro Canadá ou Estados Unidos seria muito mais fácil nesse sentido porque o sotaque deles acaba soando mais fácil pra quem está exposto à cultura de língua inglesa (americana) - aquelas pessoas que assistem filmes, seriados, ouvem música e tudo mais.

Razão número 2: se você não gosta de frio, cara, vai ser foda ficar aqui. Agora estamos no verão, tem feito dias bonitos, chuvinha pouca, vento tá aceitável. Só que no inverno a coisa fica feia (só peguei o finalzinho dele e sim, passei frio) e ficar reclamando do clima todo dia é muito deprê, então você acaba desanimando e tal.

"Aula" de inglês?

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Quinta-feira passada fui à aula como faço toda quinta-feira pra assinar a lista de presença da semana. Sei que tá errado, sei que não é certo, mas cara, não dá pra assistir aula lá. Os professores são mal preparados, a aula é mal planejada (ou melhor, não é planejada), enfim... uma grande perda de tempo. Mas eu me sinto mal de não dar as caras por lá - e juro, se as aulas fossem melhores eu frequentaria a escola sempre, pois afinal de contas, não tô nem trabalhando, né?

Cheguei 15 minutos antes e vi um aglomerado de gente do lado de fora - pensei comigo: "Droga, hoje vai ter algum passeio e vim à toa porque não vai ter aula". Dito (quer dizer, pensado) e feito: ao entrar na escola, um conhecido me disse que ia rolar um passeio aos Cliffs of Moher mas que ainda assim, haveria aula.

Perguntei a um funcionário, que me disse que haveria aula normalmente, mas que todos os alunos ganhariam presença - com um detalhe: não precisaríamos assinar a lista. Isso significou: viagem perdida, já que eu não teria como assinar presença pros outros dias. Mesmo assim, resolvi subir pra aula, pois já tinha ido aos Cliffs antes de qualquer modo.

Perseguição, chatice, frescura ou tenho razão?

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Você pode até achar que é perseguição, mas sério, não dá pra engolir as aulas dessa professora na minha escola aqui não.

A aula de quinta começou 15 minutos após um pouco de enrolação. Ela entregou uma folha com exercícios de modal verbs (até um pouco mais difíceis do que os do outro dia) e deu, sei lá, 3 minutos pra fazer. Eu e a menina do meu lado terminamos rápido, mas o povo ainda tava na metade e a professora já foi corrigindo. Vi as pessoas totalmente perdidas e a professora lá, com o papel na mão lendo os exercícios e dando as respostas. Que horror, que horror.

Depois, do nada, ela resolveu que nos daria a oportunidade de preparar uma atividade de música.

OI? PREPARAR? TÔ NO BRASIL TRABALHANDO COMO PROFESSORA OU ESTUDANDO NA IRLANDA?

O outro professor

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Depois da aula de segunda - totalmente desmotivante e entediante, fiquei meio "assim" de frequentar 6 meses de aula de inglês aqui em Dublin. Mas, como sabia que terça e quarta a aula teria outro professor, dei uma chance. Fui pra aula com a expectativa baixa, mas um pouco mais esperançosa, já que algumas pessoas haviam comentado que a aula desse outro professor era boa.

De fato, gostei.

Não amei, mas gostei.

Ele começou com uma folha de exercícios de revisão do livro New Headway (precisando atualizar, hein galera?). Tinha linkers, passive voice, inversion, phrsal verbs e questios tags, além de vocabulário. Tava num nível bem legal e tive que pensar bastante em alguns dos exercícios. Ufa!

1º dia de aula na escola

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Meu primeiro dia na escola não teve nada especial. Mas, normal, porque eu já fui com a expectativa beeeem baixa pra não me decepcionar nem nada. Tipo, comprei um curso numa das escolas mais baratas do "pedaço", então eu já tinha uma ideia do que me esperava.

Acordei um pouco em cima da hora - quer dizer, só não acordei com a antecedência suficiente pra ir a pé, aí resolvi ir de ônibus mesmo. Tomei meu café da manhã e peguei o ônibus às 8:15.

Uns minutinhos depois, já tava ali no centro, em frente à Trinity College. Desci e subi a Grafton em direção à escola.

Cheguei umas 8:50 (fui andando devagarzinho, senão chegaria muito cedo) e entrei na sala. Tinha uma mesa grandona com algumas cadeiras e um cara sentado ouvindo música. Sentei ao lado e fiquei na minha.

Prova de nível na escola - divagando sobre os processos

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Antes de mais nada, gostaria de deixar claro que esse blog é pessoal, portanto, me sinto livre pra postar minha opinião sobre qualquer assunto (seja ela favorável ao mesmo ou não). Não tenho vínculo com escola nem agência nenhuma. O texto a seguir expressa visões bem pessoais sobre o teste de nível na escola que contratei aqui - visões de consumidora (afinal, paguei barato mas paguei), com um toque de olhos de professora, porque afinal, 8 anos de sala de aula não me deixam ignorar este fato. Sendo assim, vamô lá!

Atualmente um intercâmbio pra Irlanda é o intercâmbio de longo prazo mais barato para o brasileiro. 

Apesar de existirem outros destinos bem procurados como Canadá, Austrália, Nova Zelândia e EUA, a Irlanda despontou nos últimos anos como queridinha por conta do baixo investimento e pouca burocracia: você basicamente compra um curso (que varia de 2 a 10 mil reais - incluindo o seguro-saúde irlandês), compra as passagens (que variam de 1900 a 3 mil reais), junta 3 mil euros e vem. 

Visto tira aqui, acomodação arruma aqui, trabalho consegue aqui. 

Intercâmbio: escolhendo a agência e a escola

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Quando iniciei minhas pesquisas por intercâmbio na Irlanda, já sabia que a escolha da escola não seria um grande problema pra mim, porque afinal de contas, estudo inglês desde os 10 anos de idade, dou aula desde os 17... "Precisar" estudar fora não preciso. 

Sei que pode soar arrogante, mas nesses 8 anos como professora de inglês, aprendi uma coisa: morar fora não é garantia de fluência. E os alunos ficam surpresos quando digo que nunca nem pisei fora do país. Porque "morar fora" num consenso geral é sinônimo de ter um ótimo nível de inglês, é algo visto com admiração e respeito por todos. Mas não vou entrar nesse mérito aqui...


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