Um dia em Osaka e despedida do Japão

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Acordamos cedo pra chegar na estação de Quioto um pouco antes do trem sair pra Osaka. A ideia era passar numa dessas lojas de conveniência pra comprar o café da manhã, e apesar de termos nos perdido um pouco pra encontrar um elevador no lado certo da estação, deu tudo certo! Poucos minutos antes do trem chegar, lá estávamos nós na plataforma!


O trem de Quioto para Osaka leva em torno de 25 minutos, e descemos na estação principal da segunda maior cidade do Japão, com quase 20 milhõs de habitantes em sua área metropolitana - tá bom pra você?



A estação em Osaka era absolutamente gigante, e levamos meia hora pra sair da parte de trens e chegar na parte de metrôs. Era um dia de semana, tinha muita gente indo trabalhar pela manhã, mas deu tudo certo! Acabou que nos hospedamos muito pertinho da estação, e sinceramente, não lembro se na época fizemos isso propositadamente, mas no fim, em pouquíssimos minutos saímos de Shinsaibashi e demos de cara com o hotel! Obrigada R. e Barbs do passado! 





Por ainda estar cedo pra fazer o check-in, só deixamos as malas e já fomos explorar a cidade, visto que só teríamos um dia em Osaka. 



Estávamos pertinho de Shinsaibashi, e lá dentro, no subsolo da estação, fizemos nossa primeira parada: provar o famoso cheesecake fofinho e balangante japonês! Acho que todo mundo já deve ter visto vídeos desse cheesecake fofinho, e antes de irmos pro Japão pesquisei algumas lojas e parece que não é tão fácil encontrar o cheesecake assim não. De todo modo, essa rede Rikuro parecia bem famosa e eu salvei no mapa em Osaka. Era nossa única chance de provar o bendito!



Quando finalmente avistamos o stand da Rikuro, meu coração até bateu mais forte! Tava saindo uma fornada quentinha, e assim que ela sai, até toca um sininho e surgem várias pessoas na fila pra comprar o cheesecake, hahaha. Eles não vendem o pedaço, então fomos “obrigados” a comprar um inteiro, que custou em torno de 900 ienes (7 euros). Eles dão umas colherinhas de plástico, mas não tinha lugar pra sentar por ali, então tivemos que ir caminhando até encontrar um banco público pra sentar e apreciar essa maravilha!






Sentamos perto da ponte Ebisu - o cheesecake em si é maravilhoso, super levinho e doce sem ser enjoativo! Torcendo pra que um dia minhas papilas gustativas voltem a sentir esse sabor novamente nessa vida!



Ali pela ponte Ebisu vimos diversos turistas e uma vibe super legal: telões, música e propaganda alta, lojinhas com máquinas de puxar brinquedos, restaurantes… aliás, consegui pegar uma tiara com orelha de pikachu (a máquina era nível fácil, garantia de pegar brinquedo) e a moça da loja ficou dizendo “kawaii” pra mim. Ahhh, o povo japonês!






Na rua Dotonbori é onde toda a loucura acontece, e vários restaurantes tem letreiros e enfeites enormes na entrada e fachada, é bem legal! Escolhemos um lugar aleatório pra almoçar e provamos a famosa panqueca okonomiyaki, que tem repolho na massa e várias coberturas. Ela é servida na mesa que na verdade é uma espécie de chapa quente, a teppan. Ela vai mantendo a panqueca aquecida e você pode ir cortando conforme vai comendo. Achei um pouco salgada, mas gostosa!









De lá, pegamos o metrô até a região de Shinsekai onde teoricamente tem um mercado de rua movimentado, mas tava totalmente morto, muita coisa fechada, achamos até estranho! Não sei se tava fechado pós-almoço, o que era exatamente. Embora decepcionados, não desanimamos e fomos a pé até o bairro Nipponbashi, famoso por vender eletrônicos. Foi super interessante, porque de fato há muitas lojas vendendo eletrônicos antigos, cabos, etc, mas também muita loja com cara de que parou nos anos 90 vendendo dvd’s e CD’s velhos, além de diversas “locadoras” com filmes safadjeenhos pra maiores de 18. Parecia que tínhamos voltado mesmo no tempo!








Inclusive, foi por aquelas ruas que vimos um grupo de crianças voltando da escola totalmente desacompanhadas de adultos. Essas coisas que a gente vê na TV - “no Japão crianças de 5 anos pegam metrô pra escola sozinhas” e não acreditamos até ver com nossos próprios olhos…





Chegando o fim do dia, voltamos pra perto do hotel onde o R. tinha descoberto um restaurante que vende o famoso bife kobe. Antes de irmos pro Japão ele já tinha dito que tinha interesse em provar a carne mais gostosa do mundo, mas achou que seria muito mais comum e fácil de achar. No fim, depois de muita pesquisa, descobrimos que você precisa ir pessoalmente no fim da tarde e fazer a reserva pra depois, deixando um depósito em dinheiro pra garantir a mesa. Por sorte, chegamos coisa de um minuto antes de um outro casal e conseguimos a única vaga disponível para aquele dia, é mole?



Sendo assim, reserva feita, voltamos pro hotel pra dar uma descansada e mais tarde caminhamos até o Beef Steak Ken. Todo serviço é super cuidadoso, e além de umas entradinhas, o chefe vem até a sua mesa explicar sobre a procedência da carne daquele bife específico, o nome da vaca, etc., tem todo um lance. E a carne em si… gente. GENTE! Eu, que nem sou muito de carne, fiquei boba… nunca provei nada como aquilo, é uma manteiga de tão fácil que derrete na boca. Mas obviamente paga-se caro por isso. Na reserva você já escolhe o quanto de carne vai querer, e só pra dar uma ideia, é em torno de 70 euros por 100g de carne. Caríssimo, mas como disse o R., pra fazer uma vez na vida e outra na morte hahaha.







Saindo do restaurante já tava escuro, e a vibe da rua Dotonbori era outra: tava ainda mais cheio e movimentado do que durante o dia. Aproveitamos pra experimentar a takoyaki, uma bolinha frita com recheio de polvo. Gostosinha, mas achei salgada! Porém opções de comida de rua é o que não falta em Osaka! Nesse momento começava a chover após ameaçar uma leve garoa o dia todinho. Resolvemos deixar por isso e voltamos pro hotel pra nos organizarmos pro dia seguinte, pois voaríamos cedo para Seoul.







Aliás, um adendo: descobrimos que tinha um ônibus chamado limousine bus pro aeroporto em Osaka que saía duas vezes ao dia. Por sorte, o ônibus da manhã sairia num horário ótimo pra nós. Tivemos que comprar o bilhete num hotel próximo ao nosso - custou 1600 ienes. O ônibus pára na parte coberta do hotel, mas foi um perrenguinho porque na sexta de manhã passava um tufão perto da costa japonesa e chovia muito! Não tinha como caminhar aqueles 5 minutos sem nos molharmos, e o R. acabou indo com as malas grandes sem guarda-chuva e eu carreguei as malas de mão numa mão só, guarda-chuva na outra e mochila nas costas. 



Ainda bem que apesar da chuva, não tinha muito trânsito, mas fiquei com medo do vôo atrasar, o que não aconteceu. O aeroporto de Kansai é minúsculo, mais parecia um galpão/depósito do que qualquer coisa, e quase todos os vôos anunciados no painel iam pra Coreia!



Ali mesmo conseguimos nos livrar dos nossos ienes e trocar por wons coreanos numa máquina, e por conta do tufão até mesmo meu celular apitou com aviso de alerta de segurança, hahaha. Na hora de entrar no avião, imaginei que teria aquele corredor pra nos proteger da chuva, mas que nada! Estávamos voando de low cost, a Jeju Air, e em low cost sabe como é, ne? Até deram uns guarda-chuvas pra caminharmos do terminal até o avião, mas esses poucos metros foram suficientes pra nos molharmos inteiros! Chovia tanto que tinha alguns centímetros de água no chão, molhou tudo MESMO. Demos risada e vida que segue, pois as duas horas de viagem foram suficientes pra nos secarmos um pouco.



Esse vôo custou em torno de 200 euros cada porque tivemos que incluir as malas, e foi super de boa.



Debaixo de chuva e totalmente encharcados, nos despedimos do Japão. Se a viagem tivesse acabado ali, já teria sido perfeita, porque nós amamos cada minuto nesse país! Ficamos embasbacados com a educação dos japoneses, com a variedade de coisas pra se fazer, ver, comer, comprar… é tudo tão diferente, tão único! O tempo todo falávamos que voltaremos, e com certeza voltaremos!


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