Banff e as regiões canadenses mais lindas

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O que dizer de Banff? Esse é o lugar que vinha em mente quando eu pensava em "viagem pro Canadá". Os lagos azuis, a natureza exuberante, as estradas perfeitas cercadas pelas enormes montanhas. Então eu sabia que se um dia fosse pro Canadá, conheceria essa região com toda a certeza!


E foi assim: depois de termos preparado nosso roteiro (que está detalhado nesse post aqui), começamos a marcar os lugares de interesse no mapa. Foram muitos! Felizmente faço parte de uma comunidade incrível na internet, e quando psotei no instagram que tava indo pra lá, recebi muitas dicas de gente que morava ou já tinha ido pro Canadá. Saímos marcando tudo, salvando os nomes e deixamos pra resolver o que realmente faríamos uma vez que estivéssemos lá. 


Nossa base foi Canmore, uma cidade que também é uma gracinha - então caso você não esteja hospedado lá, vale colocar no roteiro também, mas depois de Banff ela até perde a graça, porque Banff parece coisa de cinema, cidadezinha cenográfica mesmo! A rua principal com a montanha ao fundo é um cartão-postal!








Um trajeto bem famoso na região é dirigir pela Icefields Parkway, a estrada que conecta Banff com Jasper. Então há muitas formas de você conhecer a região: bate-e-volta, ir parando, dormir em uma das cidade um dia e na outra no outro dia... o que optamos em fazer foi ficar perto de Canmore no primeiro dia, fazer um bate-e-volta até Jasper no outro, e ficar de novo na região de Canmore no terceiro dia.


Na verdade, preciso dizer que demos muita sorte sem ter planejado direito. Existem alguns lagos bem famosões na região, um deles, o Morraine Lake, tem o acesso fechado em meados de outubro por conta do inverno - pode ficar perigoso ir pra lá. Quando a gente percebeu, no período em que estaríamos por lá o bendito já estaria fechado. Porém por uma sorte do cão, uma querida que me segue no instagram e tinha ido pra lá no verão me disse que não, que ele ainda estaria aberto no nosso primeiro dia lá! Seria o último dia de lago Morraine em 2022! Então peguei todas as dicas com ela, e uma delas foi não ir pra lá de carro - o estacionamento é pequeno, então compensa mais você comprar o ticket do ônibus que já dá direito a visitar o Morraine (e você pode comprar o combo pra ir no lago Louise também). Você dirige até um estacionamento enorme, deixa o carro lá e pega seu ônibus que leva uns 20 minutinhos pra chegar e sai com bastante frequência. Valeu muito a pena, essa é uma dica de ouro! Sei que em blogs gringos o povo fala de você ir bem cedo pra ter o lago "só pra você", mas todo mundo tem essa ideia, e pelo menos na alta temporada não existe horário do dia em que esses lagos estejam vazios. Então eu desencanei total disso e fui feliz da vida seguindo a dica da B.!


O lago Morraine é absurdo de lindo, mas como ventava, meu deus. A gente andou um pouco por ali e subimos no rock pile, mas não consegui curtir tanto porque a poeira sendo levada pelo vento era muita, de verdade!








De lá pegamos o shuttle pro Lake Louise, que também é absurdo de lindo. Eu achava que as pessoas editavam as fotos na internet pra mudar a cor da água dele, mas não, é aquele verde esmeralda perfeito MESMO. Dependendo de como bate a luz do sol, ela fica mais azulada ou não. Caminhamos mais de uma hora na beira do lago mas não chegamos nem perto do fim dele - e como o jet lag tava brabo, não tínhamos dormido muito, o cansaço bateu forte.






Voltamos pro estacionamento e almoçamos naquela gracinha de cidade chamada Banff. São uns 8 mil habitantes vivendo entre 1400 e 1600m acima do nível do mar. É tudo bem turístico, então as lojinhas, os mercados, tudo parece cenográfico - as ruas extremamente limpas, realmente perfeito! Me senti numa vilazinha suíça porém com mais espaço - afinal de contas, essa é a América do Norte, né?









Depois de comprar alguns souvenirs e passear em Banff, fomos pra última parada do dia: o lago Emerald. Esse sim me deixou de queixo caído, como se fosse possível superar os outros... mas sim, era possível. Ele era tão verdinho, tão lindo! E tinha pouca gente por ali, então foi uma paz poder observar o lago e tirar fotos tranquilamente.








No dia seguinte fizemos um passeio que eu mesma nunca tinha ouvido falar: um teleférico que sobe até a Sulphur Montain. São mais de 2 mil metros, o teleférico leva MUITO TEMPO até chegar lá em cima de fato. O dia tava lindo, o sol iluminando aqueles pinheiros verdinhos e contrastando com o céu azul. Tava frio de até usar luvas, uma delícia, meu tipo de clima preferido! Lá em cima é possível dar a volta na montanha, então andamos bastante. O terreno tem muitas pedrinhas, então ter ido com tênis de caminhada foi a escolha certa!








Quando descemos, pegamos o carro e fizemos duas paradas pra termos a vista dos Vermillion lakes e o monte Norquay.





No último dia pegamos estrada: 300km direto até Jasper. O caminho em si já foi deslumbrante, as estradas são muito retas e sempre cercadas pelas montanhas, inclusive algumas cobertas de gelo - é realmente um espetáculo da natureza! Dividimos o trajeto pra que ambos dirigíssemos e eu amei a experiência. 


Jasper é ainda menor que Banff, com população de umas 4 mil pessoas. Sabe, ela me lembrou muito Akureyri na Islândia. Se trata de uma rua principal com várias lojinhas, restaurantes, cafés... aproveitamos pra almoçar num restaurante grego bem familiar e depois comemos uma sobremesa numa padaria indicada pela A. 


Aí sim, na volta pra Banff, fomos fazendo milhões de paradas. Nem precisa marcar no mapa, porque algumas dessas paradas estão bem na estrada mesmo, é só parar, ver, tirar foto e seguir. Alguns lugares exigem trilha, são mais escondidinhos. Vimos muitas cachoeiras, parques, paisagens realmente maravilhosas! Entre outros, paramos em Athabasca Falls, Sunwapta Falls, Mistaya Canyon... enchemos o tanque no único (e mais fofo) post de gasolina dessa estrada, o Saskatchewan River Crossing. E a última parada foi no Peyto lake, mais um lago absurdo de lindo!










Como eu disse no meu post anterior, acho que mais um dia inteiro na região teria ajudado - e talvez eu teria ficado uma noite em Jasper pra não fazer esse bate-e-volta no mesmo dia. Mas mesmo assim, valeu muito a pena, e essa foi a nossa parte preferida da viagem no quesito turismo, sabe? Porque a melhor mesmo foi ter encontrado amigos depois!

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