1 dia em Doha, no Qatar

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Eu nunca pensei em visitar o Qatar. Não me leve a mal, eu tinha (e tenho) interesse em conhecer países do Oriente Médio, mas o Qatar em si, nunca me chamou a atenção, ainda mais pós escândalos Copa do Mundo e tal. No entanto, quando começamos a planejar nossa viagem pro Japão e Coreia, os melhores voos voltando da Coreia faziam uma parada em Doha. E bem, já que teríamos que fazer conexão por lá, por que não fazer uma paradinha pra conhecer?


Chegaríamos super cedinho vindo da Coreia, então reservamos o hotel já da noite anterior pra poder chegar e pelo menos dormir umas horinhas. Foi a melhor decisão! O voo tinha saído de Seoul uma e pouco da manhã, e não dormimos quase nada pra chegar no Qatar 06:30am.


Pegamos um táxi pro hotel, fizemos o check-in e dormimos um pouco. Como eu tava meio doente, o objetivo do dia era fazer o mínimo possível só pra ter um gostinho mesmo e foi isso que fizemos. Aliás, o hotel em si foi ótimo - tão bom quanto aquele de Dubai, e pagamos 100 euros por noite sem o café incluso.






Lá pela uma da tarde, saímos da toca e fomos direto pro National Museum of Qatar. Lá fora faziam incríveis 45 graus, a maior temperatura que peguei na vida - é surreal de quente. Só a andadinha do táxi pra entrada do museu já foi sufocante, como se tivesse aberto o forno do bolo... surreal! O bom é que o museu é super modernoso, com ar condicionado, e conseguimos passar umas boas horas por lá.


No térreo tinha uma mostra super interessante de um artista islandês com vários recortes, imagens, textos filosóficos... curtimos muito. Depois, fomos explorar mais desse enorme museu que conta com 3 partes: território do Qatar, passado remoto e passado recente.







Na sessão de território, tinha informações de tudo: desde a geografia do país, até animais típicos, clima, etc. Era tudo muito moderno, bem feito, sabe? Mas o que eu mais gostei foram as salas onde podíamos ver projeções em telões enormes. Essas projeções mostravam como era a vida dos povos que moravam no Qatar antigamente: como montavam suas barracas, como cozinhavam, etc. Nessas projeções há também entrevistas com pessoas contando como era viver montando barraca, com camelos, como iam pra região costeira pra pescar numa determinada época do ano e tudo mais.


O Qatar não era mais do que algumas pequenas vilas de pescadores espalhadas, e é incrível pensar nesse estilo de vida nômade, no deserto. Até que num determinado momento, encontraram petróleo... e o resto é história!







Na saída do museu tem um palácio lindo (pelo menos por fora, já que não entramos) com aquela clássica arquitetura árabe. O calor tava de matar, então só tiramos umas fotos e pegamos um táxi direto pro Souq Waqif.









Esse Souq foi reformado para a Copa do mundo, e ele tá um lugar super agradável: primeiro que ele é indoors, então tem ar condicionado, é fresquinho, limpo, etc. Segundo que os vendedores não ficam em cima de você, te seguindo, te chamando. O R. leu em algum lugar que parece que eles foram instruídos a agir menos agressivamente com turistas, e isso torna a experiência tão melhor! Compramos nosso souvenir, demos umas voltinhas e como ele era super pertinho do nosso hotel - coisa de 5 minutos a pé - voltamos pra nos refrescarmos na piscina um pouco.





Confesso que fiquei meio na dúvida do dresscode de piscina num país como o Qatar, mas eles só pedem pra você se vestir decentemente nas áreas públicas do hotel, sabe? Então fui de roupa normal e só tirei o biquini na piscina, mas digo que fiquei um pouco constrangida, embora meu maio fosse super discreto.


À noite voltamos pra região do Souq e jantamos num restaurante meio libanês - a comida tava gostosa, mas o clima lá era meio estranho, tinha um cara tocando música ao vivo mas era super alto, não ficamos muito à vontade. De qualquer forma, voltamos cedo pro hotel pois precisaríamos sair umas 5 e pouco no dia seguinte pra pegar o vôo pra Dublin!


Comparando Doha com Dubai, achamos a capital Qatari muito mais conservadora e menos interessante. Tipo, valeu a pena visitar, ainda mais num stopover a caminho (ou retornando) da Ásia, mas como um destino mesmo, achei os Emirados mais legais, com mais atrações, e também menos intimidador.

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