Brittas Bay

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Ao sair de Avoca, seguimos o GPS pra chegar em Brittas Bay, o que foi relativamente bem fácil. Quando estávamos perto, seguimos as placas e estacionamos (4 euros). A praia fica pertinho do estacionamento e o caminho até lá é pavimentado.

Não estava muito calor por causa daquela brisa de mar, mas o dia estava lindo, o céu azul e eu na melhor companhia que poderia ter - nada mal! <3

brittas bay ireland


Na minha cabeça aquele lugar era famoso por algum motivo, eu já tinha lido em algum lugar. Não consegui lembrar na hora, mas depois em casa fui ler foi lá que algumas cenas de "O Conde de Monte Cristo" foram gravadas, rá! Como eu gostava desse filme quando era mais nova!

Avoca, no condado de Wicklow

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R. e eu comemoramos três anos de namoro e mesmo com a correria do dia-a-dia, resolvemos sair pro interior no fim-de-semana para descansar, curtir a companhia um do outro e tal. Não queríamos ir muito longe porque já tínhamos viajado bastante pela Irlanda recentemente e no verão viajaríamos mais com a visita da minha mãe em Dublin.

O R. deu a ideia de irmos pra Avoca, em Wicklow. Nós já tínhamos passado pela cidade e achado ela bonitinha, mas não é nada do outro mundo, sabe? É uma vila de menos de 800 habitantes envolta de muita natureza, montanhas e tal, então seria perfeito pra gente fazer uma caminhada, se hospedar num B&B bacana, etc.

Ficamos numa guesthouse localizada à meia hora do centro da cidade e gente, que lugar delícia! O quarto era muito confortável e cheiroso, o café-da-manhã tava uma delícia e fomos muito bem tratados!

Em Avoca fizemos a primeira parada no Meeting of the Waters, que é onde os rios Avonmore e Avonbeg se encontram. O lugar é famoso também porque Thomas Moore escreveu uma música sobre o lugar e aparentemente a inspiração veio quando ele sentou debaixo de uma árvore que fica ali na região.

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Teve Festa Junina sim!

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Eu sei que sou um papagaio porque tô sempre falando a mesma coisa aqui no blog, mas não tem jeito, essa sou eu. Eu já devo ter falado mil vezes por aqui que minha festa brasileira preferida é a Festa Junina e bem...

... eu também já devo ter falado mil vezes aqui que não vivo um mundinho brasileiro na Irlanda. Na verdade, eu sei que cada um vive a vida como quiser, mas me irrita demaissss ver gente que só vem pra morar aqui uns meses e fica em abstinência de comida brasileira, música brasileira, etc. Não consigo entender, mas ok, estou tentando ser uma pessoa evoluída e não julgar as escolhas dos outros.

E bem, eu de fato não sou de ir em festa brasileira e tal, não porque eu não me ache brasileira, mas porque não é o meu estilo de vida. Se nem no Brasil eu ia em festa ouvir música sertaneja, por que iria agora, morando na Irlanda? Se eu comia feijoada no máximo uma vez por ano no Brasil, por que iria toda semana morando na Irlanda?

No entanto, eu tenho percebido, principalmente depois da primeira ida ao Brasil depois de vir pra cá, que eu estou muito mais aberta à fazer umas coisinhas brasileiras de vez em quando sem culpa. Comida, por exemplo: aqui em casa cozinhamos tanto pratos irlandeses como brasileiros, e pra mim assim tá ótimo. Arroz & feijão todo dia é demais, então uma vez por semana mata a vontade e todo mundo fica feliz.

Aqui em Dublin a comunidade brasileira é muito ativa e o pessoal tá sempre organizando eventos e coisas. Na Copa, por exemplo, lembro de ter ido ver jogo num pub, vestimos verde e amarelo, comemoramos, foi bacana. Já no Carnaval, a festa mais popular do Brasil, eu fiquei no meu canto em casa. Não curto Carnaval e não faz sentido pra mim comemorar. Masssss não é assim que vejo a Festa Junina. Pra mim, a Festa Junina tem muito mais essa pegada tradicional, traz elementos culturais muito mais interessantes do que o Carnaval, além é claro, da comida, porque gordinha não é gordinha que se preze se não falar da comida maravilhosa da Festa Junina.

Conferência em Limerick

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Um dia qualquer em abril recebi um email da diretora do mestrado (e também nossa professora) sobre uma conferência de Linguística e TESOL (Teaching English to Speaker of Other Languages) na universidade de Limerick. Ela queria saber se tinha alguém interessado em apresentar alguma coisa.

Se você lê o blog, deve lembrar que em fevereiro eu não só participei da minha primeira conferência na Irlanda mas também me apresentei nela - foi uma experiência muito legal, que me abriu portas e também a mente.

Como eu estava na vibe de me desenvolver como profissional aqui, não pensei duas vezes e falei que queria participar. Mandei um resumo da mesma apresentação que fiz no ELT Ireland em fevereiro e esperei a resposta. Em poucas semanas fiquei sabendo que eles tinham aprovado minha proposta e lá estava eu no dia 26 de maio na 2016 Postgraduate Research Conference Of Applied Language Studies, CALS/PhD in TESOL.

Comprei as passagens de ônibus para Limerick uns dias antes - por sorte, a empresa pára no campus, então não precisei me preocupar em chegar lá saindo de alguma estação de ônibus, sabe?

National Museum of Ireland - Country Life

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Eu tinha esquecido de postar sobre esse museu que visitamos na nossa pequena viagem à Mayo há pouco mais de um mês. No nosso segundo dia lá tínhamos planejado passar um tempo no parque nacional e depois seguir viagem pra Achill, mas infelizmente, o clima não tava colaborando. Chovia muito e não parecia que São Pedro ia ajudar.

Foi quando lembrei de um museu que eu tinha ouvido falar há um bom tempo: o National Museum of Ireland - Country Life.

A Irlanda tem quatro museus nacionais: o Museu de História Natural, o Museu de Arqueologia, o Museu de Artes & História e o Museu de Vida no Interior. Eu tive a oportunidade de visitar todos os outros nos meus primeiros aqui, já que eles ficam em lugares de fácil acesso em Dublin. No entanto, o Country Life é o único que fica em outro condado - e pra dizer a verdade, ele fica num canto super escondido - um pouco antes da principal cidade do condado, Castlebar.



Já vou dizer de cara que, dos quatro museus, esse é o mais bem cuidado e o mais interessante. A entrada, assim como nos outros, é de graça e nós ficamos lá umas boas 3 horas, quando poderíamos ter ficado ainda mais (não tem jeito, depois de umas duas horas a gente fica meio cansado de museu mesmo).

A beleza de fugir dos padrões e ser feliz com suas escolhas

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Eu nem havia me dado conta de que o Red Lips Day 2016 já estava aí, dando as caras. Todo ano em junho a campanha ganha destaque nas redes sociais e a mulherada sai postando fotos usando batom vermelho.

Como a Michelli comentou nesse post aqui, o movimento criado pela Mulher Vitrola começou de mansinho e mais como forma de diversão mas ganhou proporções maiores, além de se tratar muito do empoderamento feminino, sabe? Sei que hoje em dia tudo vira empoderamento (o que quero dizer é que as pessoas tem amado usar essa palavra recentemente), mas é importante ressaltar, por exemplo, que estamos em 2016 e que as pessoas ainda defendem estuprador. Sim. Uma conhecida, super querida minha, saiu defendendo os estupradores daquele caso que aconteceu um tempo atrás porque a menina "não se deu o valor" ou algo assim.

Por isso é importante debater o papel da mulher, o poder da mulher, o direito da mulher.

Links Legais #8

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Oitava edição do Links Legais invadindo a sua telinha, uhuuu! Hoje temos um monte de links bacanas que venho salvando há umas boas semanas: línguas (como sempre), algumas curiosidades, cabelo colorido, brasileiros, amizades no exterior e muito mais!

Curiosidades


A ginasta mais velha do mundo (88 anos!)



Línguas


Por que o nome de alguns países muda de acordo com a língua? - Título auto-explicativo. Amo esse tipo de assunto!

Trying to grasp the English language - video do seriado "I love Lucy" super engraçado onde o personagem Ricky tem dificuldade em pronunciar palavras que aparentemente são parecidas, como 'tough', 'through', 'cough', etc.

Susana Chavez-Silverman lê suas crônicas do livro Killer Crónicas - Eu descobri essa autora numa leitura desses sites sobre aprender línguas e bilinguismo que sempre leio. Ela tem uma proposta super diferente, já que usa seu bilinguismo em sua obra e escreve numa mistura de inglês em espanhol. Nesse link ela faz a leitura de algumas de suas crônicas e vou te dizer, é um negócio super diferente e lindo! Amo codeswitching!

Tag - 50 questions honestly answered

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Ahhh, não resisto uma tag. Vi essa no blog da Paula e depois no da Gabi e cá estou pra respondê-la também!

tag 50 questions honestly answered


1: What are you wearing?

Calça preta, um sweater fininho, havaianas.

2: Ever been in love?

Claro!

3: Ever had a terrible breakup?

Sim.

4: How tall are you?

Míseros 1m58cm. Triste ser baixinha - só vale a pena no avião!

Achill Island #3: Minaun Heights e Atlantic Drive

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Continuando a série sobre a Achill Island, começo pelas Minaun Heights. Nosso interesse pelo lugar se deu porque o próprio site oficial de turismo na ilha fez a indicação. Pela estrada principal que passa pela vila de Dooega, você segue as placas pra chegar até lá.

A estrada é muito, mas muito íngreme, do tipo que parece que o carro não vai aguentar. Sem contar o fato de que muitas vezes, por conta do formato da estrada que dá voltas na montanha, em alguns momentos você perde um pouco o ponto de referência... como se não desse pra ver o que vem a seguir, sabe? Dá um medinho, por isso recomendo um motorista experiente, como o meu R. :)

Como o dia estava claro e quente com o céu bem azul, deu pra ter uma vista maravilhosa de quando paramos lá em cima. Muito vento, claro, mas maravilhoso!

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Achill Island #2: vila abandonada e muitas ovelhinhas

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Após ficarmos maravilhados com a Keem Beach, seguimos para Keel, a área principal da ilha. O local também tem praia (e inclusive própria para o surf) e alguns restaurante e cafés - paramos para um lanchinho no Beehive, um restauante e loja de artesanato. Tomamos uma sopa e comemos um caramel slice maravilhoso e com a energia resposta, continuamos nosso caminho até a tal da vila deserta.

Vale lembrar que tudo isso foi feito de carro, mas é possível alugar bicicletas e pedalar pela ilha. Não sei se qualquer um aguenta o tranco, já que há muitas montanhas e alguns trechos me pareceram praticamente impossíveis de serem pedalados. No entanto, pra quem curte, há opção de alugar bicicletas por lá!

A deserted village fica na área de Slievemore e consiste de 80 a 100 casas de pedra, construídas sem nenhum tipo de cimento ou nada que desse uma liga entre as pedras. Cada casa tinha um cômodo que era usado como a cozinha, quarto e até mesmo estábulo. Algumas dessas casas eram ocupadas no verão como 'booley homes'. Esse termo significa que as pessoas não se estabeleciam por lá pra sempre pois vagavam por vários lugares com seus animais e rebanhos em busca de melhores condições, principalmente nos períodos de inverno.

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Achill Island #1: Keem Beach, uma praia de cair o queixo

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Em maio tínhamos um casamento de um colega de trabalho do R. pra ir. O casamento seria em Ballina, no condado de Mayo, e já que iríamos tão longe pra isso, resolvemos fazer um fim-de-semana dessa viagem e conhecer dois lugares que estavam na nossa lista: o Ballycroy National Park e a Achill Island.

Em frente ao Belleek Castle, onde foi a festa de casamento bapho!

R. já tinha ido pra lá quando criança mas não tinha memórias muito vivas da viagem - o que mudou quando ele pisou lá pela segunda vez, mas já já chegamos nessa parte.

Comecemos do começo: reservamos um quarto por uma noite num B&B e chegamos lá num sábado já no fim do dia. O clima não estava nada bom e não parava de chover o dia todo, então só descansamos um pouco e resolvemos sair pra jantar em algum lugar. Uma indicação que vimos no B&B foi de comer no Achill Cliff House Hotel. O restaurante não estava cheio - o único problema foi um grupo de pessoas que tava numa mesa próxima à nossa e que falava MUITO ALTO. No começo não estávamos tão incomodados, mas como depois de um tempo praticamente só havia nós dois e esse povo por lá, parecia que o barulho deles era ainda maior.

Ballycroy National Park

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No primeiro fim-de-semana de Maio tivemos a oportunidade de finalmente conhecer o último parque nacional da Irlanda que faltava pra minha lista: o Ballycroy National Park, que fica no condado de Mayo.

Essa região foi estabelecida como parque em 1998 e possui 11 mil hectares - é muito, muito grande! Infelizmente, no dia em que estivemos por lá, o clima não estava nada bom. Chovia e ventava muito, mas mesmo assim, fizemos uma pequena trilha de 30 minutos que fica próxima do Visitor Centre.

Aliás, o Visitor Centre foi inaugurado em 2009 e é um prédio muuuito legal. Eles tem exposições que falam sobre a paisagem, flora e fauna do parque todo, além de informação sobre a área de um modo geral. Há algumas sessões interativas (você aperta o botão pra ouvir um pássaro específico ou pra ver um vídeo sobre algum aspecto da vida do interior), além de um café, estacionamento na porta e banheiros.


Expatriado ou imigrante?

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Se tem uma coisa que me irrita profundamente é o uso da palavra "expatriado" (e variações como "expat"). Inclusive, até mencionei num post reflexivo sobre morar fora - O purê de batatas nunca mais será o mesmo - que eu achava esse termo um pouco inadequado.

Nos dias em que estamos vivendo, com a crise dos refugiados na Europa e tal, me parece que os conceitos de imigrante, refugiado expatriado vieram à tona. E acho importante trazer essa discussão pra cá porque acho que as pessoas estão confundindo as coisas e pintando uma realidade que não existe.

As palavras podem ter um peso muito grande - elas exprimem conceitos, ideias, pensamentos... não à toa que no livro "1984", Orwell propõe uma reflexão acerca da novilíngua (newspeak), que se trata de uma língua fictícia criada pelo governo para que as pessoas tivessem seu pensamento restringido. As palavras carregam seu significado consigo e caso sua carga seja negativa, ela pode ser evitada e trocada por outra palavra.

Embora a definição que o dicionário de língua portuguesa dê para expatriado seja "que ou aquele que reside, voluntariamente ou não, fora da sua pátria", acredito que o uso dessa palavra exprima um conceito que vai além disso.

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