O meu primeiro dia na Concern foi uma droga, muito ruim. Foi tão ruim que pensei: "pior não pode ficar, né?".
Assim, fui pro segundo dia um pouco mais confiante.
Só que tem chovido muito aqui e eu não imaginei que essa chuva toda pudesse causar trânsito aqui. Trânsito que me fez chegar atrasada. Afff. Eu podia usar a desculpa do trânsito o tempo todo em São Paulo, mas aqui é complicado, né?
Quando percebi que o ônibus não tava andando mesmo, desci e fui indo a pé. Liguei no escritório e avisei que chegaria uns 10 minutos atrasada e corri na chuva pra pegar outro ônibus pra subir a Aungier Street.
Cheguei. A equipe estava me esperando - iríamos a pé até a Pearse Station pegar o trem pra Shankill, uma estação antes de Bray.
Chovia muito e fiquei ensopadíssima. No caminho, eu pensava "que droga, não preciso disso" ao mesmo tempo em que pensava "preciso do emprego, é só água".
Pegamos o trem e uns 25 minutos depois chegamos no local. Estava ensolarado, então ao longo do dia deu pra secar pelo menos.
A região tinha umas pessoas mais amigáveis e não levei tantos "nãos" na cara. Consegui conversar com algumas senhorinhas e tal. Mas não consegui nenhuma doação, nenhuma.
Mas eu até entendo, sabe? Porque eu também não daria informações bancárias pra alguém batendo na minha porta.
E o dia demorou a passar.
Mas ele acabou. E ainda tava muito infeliz...
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... foi uma droga, uma droga.
Cheguei no escritório da Concern às 11h e terminamos o treinamento com um team leader - ele explicou como utilizar o aplicativo que eles usam pra cadastrar as informações das pessoas quando elas topam fazer doações. A gente "ganha" um celular (galaxy alguma-coisa) da empresa no dia pra poder usar esse aplicativo e o devolve no final do dia pro team leader.
Lá pelas 11h45 o local já tava cheio de outros fundraisers esperando pra saber em que time eles estariam no dia. Alguns vieram se apresentar pra gente, alguns não.
Dividiram os times. Fiquei num time com 3 caras: P., que é do Malawi e líder do time; D., irlandês que estava em seu último dia de trabalho e L., também irlandês há alguns meses na empresa.
Pegamos o ônibus com o pessoal de outro time que iria pra mesma região que a gente (Cabra, perto de onde eu morava antes). No caminho deu pra ver que o céu tava bem cinza e que logo começaria a chover. E pouco antes de descermos do ônibus, caiu O MAIOR PÉ D'ÁGUA DA HISTÓRIA. Nos abrigamos debaixo de uma árvore, mas ela não deu conta. Fiquei ensopada e muito frustrada - pegar toda essa chuva logo no meu primeiro dia de trabalho?!
Cheguei no escritório da Concern às 11h e terminamos o treinamento com um team leader - ele explicou como utilizar o aplicativo que eles usam pra cadastrar as informações das pessoas quando elas topam fazer doações. A gente "ganha" um celular (galaxy alguma-coisa) da empresa no dia pra poder usar esse aplicativo e o devolve no final do dia pro team leader.
Lá pelas 11h45 o local já tava cheio de outros fundraisers esperando pra saber em que time eles estariam no dia. Alguns vieram se apresentar pra gente, alguns não.
Dividiram os times. Fiquei num time com 3 caras: P., que é do Malawi e líder do time; D., irlandês que estava em seu último dia de trabalho e L., também irlandês há alguns meses na empresa.
Pegamos o ônibus com o pessoal de outro time que iria pra mesma região que a gente (Cabra, perto de onde eu morava antes). No caminho deu pra ver que o céu tava bem cinza e que logo começaria a chover. E pouco antes de descermos do ônibus, caiu O MAIOR PÉ D'ÁGUA DA HISTÓRIA. Nos abrigamos debaixo de uma árvore, mas ela não deu conta. Fiquei ensopada e muito frustrada - pegar toda essa chuva logo no meu primeiro dia de trabalho?!
Lá fui eu com cópias meus documentos e foto tipo passaporte pro treinamento da Concern na semana passada.
Mas antes de contar do treinamento, preciso comentar de algo que se passou comigo no caminho. Passei numa lojinha que faz cartões/cópias/xerox e fotos pra tirar a tal da foto de passaporte (eu trouxe uma 3x4 do Brasil, mas não ia adiantar). A moça da loja perguntou se poderia ajudar e eu disse que precisava da foto. Ela pediu pra eu sentar e logo percebi pelo sotaque dela que ela deveria ser brasileira, mas fiquei na minha. Aí ela viu a minha bolsa com as fitinhas do senhor do Bonfim e disse: "Cê é brasileira?"
Eu ri e disse que sim.
Começamos a bater-papo: perguntei há quanto tempo ela estava em Dublin, se gostava, de onde no Brasil ela era...
Aí ela me disse que estava em Dublin há 1 ano e meio e que trabalhava nessa loja há mais de ano, e emendou: "mas eu não falo inglês não, viu?".
Mas antes de contar do treinamento, preciso comentar de algo que se passou comigo no caminho. Passei numa lojinha que faz cartões/cópias/xerox e fotos pra tirar a tal da foto de passaporte (eu trouxe uma 3x4 do Brasil, mas não ia adiantar). A moça da loja perguntou se poderia ajudar e eu disse que precisava da foto. Ela pediu pra eu sentar e logo percebi pelo sotaque dela que ela deveria ser brasileira, mas fiquei na minha. Aí ela viu a minha bolsa com as fitinhas do senhor do Bonfim e disse: "Cê é brasileira?"
Eu ri e disse que sim.
Começamos a bater-papo: perguntei há quanto tempo ela estava em Dublin, se gostava, de onde no Brasil ela era...
Aí ela me disse que estava em Dublin há 1 ano e meio e que trabalhava nessa loja há mais de ano, e emendou: "mas eu não falo inglês não, viu?".
Há alguns dias comentei que fiz uma entrevista na Oxfam. Passei e fui chamada pra começar, mas optei por uma outra empresa que também havia me chamado. Eis a história:
Me ligaram pra fazer uma entrevista na Concern. Eu tinha aplicado pra essa vaga pelo jobs.ie - a vaga era pra ser door-to-door fundraiser (expliquei o que é fundraiser aqui).
Me ligaram pra fazer uma entrevista na Concern. Eu tinha aplicado pra essa vaga pelo jobs.ie - a vaga era pra ser door-to-door fundraiser (expliquei o que é fundraiser aqui).
O escritório deles é super chique e a entrevistadora era muuuuuito simpática. Na verdade, eram dois entrevistadores.
Além de mim, haviam 4 candidatos: outro brasileiro, um polonês e uma irlandesa.
Na primeira parte da entrevista, pediram pra que ficássemos em pé e nos apresentássemos. Até aí, nada de mais: falei minha idade, de onde sou, há quanto tempo estava em Dublin e um pouco da minha experiência. O entrevistador disse que meu inglês era muito bom e que sua esposa também era de São Paulo, do Alto da Lapa (mundo ridículo de pequeno, ridículo - mas acho que ganhei uns pontos aí...).
Er........................... not much.
Mas deixa eu contar essa história do começo.
Como eu eu já comentei em diversas oportunidades aqui, tenho mandado currículos, me cadastrando em vagas, enfim, aquela coisa toda.
Semana passada me ligaram para uma entrevista na Oxfam - a vaga era pra ser door-to-door fundraiser (bater de porta em porta pedindo doações). Eu já tinha feito entrevista pra vaga parecida e também na Unicef e não tinha gostado. Massss, as circunstâncias mudam e eu preciso de emprego - então lá fui eu na sexta-feira passada.
O escritório deles fica na beira do rio mas bem escondidinho. Cheguei uns 20 minutos mais cedo mas a moça não me deixou subir porque eu deveria ter chegado NO HORÁRIO. Pois é. Fiquei lá fora esperando, ainda bem que não era um típico dia de chuva em Dublin!
Mas deixa eu contar essa história do começo.
Como eu eu já comentei em diversas oportunidades aqui, tenho mandado currículos, me cadastrando em vagas, enfim, aquela coisa toda.
Semana passada me ligaram para uma entrevista na Oxfam - a vaga era pra ser door-to-door fundraiser (bater de porta em porta pedindo doações). Eu já tinha feito entrevista pra vaga parecida e também na Unicef e não tinha gostado. Massss, as circunstâncias mudam e eu preciso de emprego - então lá fui eu na sexta-feira passada.
O escritório deles fica na beira do rio mas bem escondidinho. Cheguei uns 20 minutos mais cedo mas a moça não me deixou subir porque eu deveria ter chegado NO HORÁRIO. Pois é. Fiquei lá fora esperando, ainda bem que não era um típico dia de chuva em Dublin!
Então eu fiz a entrevista pra ser fundraiser. Então que fui fazer o treinamento semana passada. Então que eu já não tinha me empolgado com a vaga, mas fui mesmo assim.
Não tem jeito. Eu sempre tenho uma intuição (todo mundo tem, certamente) e às vezes não a sigo por diversos motivos diferentes. A questão é que eu já não tinha gostado do entrevistador nem da maneira como ele se portou. Além disso, sonhei naquela semana que algo dava muito errado lá - não lembro exatamente o quê, mas acordei me sentindo mal no dia. Enfim...
Cheguei pro treinamento um pouco antes do horário combinado. Me mandaram descer, não tinha ninguém lá embaixo, voltei pra recepção e me mandaram descer de novo. Era tipo a cozinha do prédio, sei lá. Aí logo veio um tal de Liam, que disse que daria o treinamento e pediu para acompanharmos um outro cara na sala correta.
Mil degraus depois, chegamos na sala - a mesma onde fiz a entrevista: eu, uma moça de Botsuana e um cara do Egito.
Não tem jeito. Eu sempre tenho uma intuição (todo mundo tem, certamente) e às vezes não a sigo por diversos motivos diferentes. A questão é que eu já não tinha gostado do entrevistador nem da maneira como ele se portou. Além disso, sonhei naquela semana que algo dava muito errado lá - não lembro exatamente o quê, mas acordei me sentindo mal no dia. Enfim...
Cheguei pro treinamento um pouco antes do horário combinado. Me mandaram descer, não tinha ninguém lá embaixo, voltei pra recepção e me mandaram descer de novo. Era tipo a cozinha do prédio, sei lá. Aí logo veio um tal de Liam, que disse que daria o treinamento e pediu para acompanharmos um outro cara na sala correta.
Mil degraus depois, chegamos na sala - a mesma onde fiz a entrevista: eu, uma moça de Botsuana e um cara do Egito.
Já comentei aqui da minha primeira entrevista de emprego em Dublin e do início da busca por um emprego.
Consegui tirar o visto na semana retrasada, e por conta disso, investi pesado no lance de enviar CVs e me inscrever em vagas na internet. No meio da semana passada recebi um email dizendo que estavam interessados no meu currículo e me convidaram para uma entrevista em grupo. A vaga era pra ser fundraiser da Unicef.
Fundraiser é o cara que sai pedindo doações na rua, na chuva,na fazenda, ou numa casinha de sapê, enfim, batendo de porta em porta mesmo. O salário é maior do que a hora mínima aqui (8,65).
Consegui tirar o visto na semana retrasada, e por conta disso, investi pesado no lance de enviar CVs e me inscrever em vagas na internet. No meio da semana passada recebi um email dizendo que estavam interessados no meu currículo e me convidaram para uma entrevista em grupo. A vaga era pra ser fundraiser da Unicef.
Fundraiser é o cara que sai pedindo doações na rua, na chuva,