Tóquio: vista da cidade, aula de culinária e karaokê

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Começamos o nosso terceiro dia em Tóquio voltando para a região de Shinjuku da noite anterior. A gente percebeu que não teve muito a oportunidade de explorar essa região e por isso a gente decidiu começar o dia seguinte justamente por lá. Nós pegamos o metrô e andamos até o Tokyo Metropolitan Building, que é um prédio do governo onde você pode subir até um determinado andar que contém um deck de observação da cidade. Foi muito legal!


O lugar é muito agradável, não estava lotado e o melhor: de graça! É aí, além da vista maravilhosa dos prédios e também de ver como Tóquio é super arborizada lá de cima, a gente ainda teve a sorte de ver um pouquinho do Monte Fuji que estava há muitos e muitos e muitos quilômetros de distância. Deu pra ver a pontinha dele, então foi super emocionante. A lojinha do "museu" também era incrível com vários itens kawaii, então não resisti e saí de lá com alguns postais, caderninhos e brincos com um leque de origami.






Na sequência, pegamos o metrô novamente e eu queria fazer um parêntese sobre o metrô aqui: cada  estação tem um jingle próprio, uma musiquinha que é tocada antes das portas se fecharem. É muito fofo e tem até um banco de dados na internet onde é possível escutar esses jingles e ler mais sobre essas musiquinhas que tocam antes das portas fecharem. Eu adorei, foi uma das coisas que eu mais gostei e que me chamou a atenção em Tóquio.


Ainda na região de Shinjuku, nós andamos por algumas lojas de fotografia, pois eu estava interessada em comprar uma câmera nova (que no fim não deu certo, mas valeu a experiência de andar por todas essas lojas e ver todo o tipo de equipamento fotográfico que existe no Japão). É uma loucura o tanto de loja de fotografia vendendo tanto equipamento novo como usado, digital e analógico... fomos em mais de 5 lojas e a variedade é impressionante mesmo! Depois, almoçamos num restaurante aleatório que estava bem cheio por conta do horário de almoço. Aliás, comer fora no Japão é muito barato: as pessoas almoçam e jantam fora com muita frequência e deu pra observar, em vários restaurantes, como nós éramos os únicos estrangeiros, porque realmente os japoneses vão em peso.





De lá, nós pegamos o metrô até uma outra região de Shinjuku para fazer a nossa aula de culinária que nós já havíamos reservado antes. A gente se atrapalhou um pouquinho, porque o Google Maps mandou a gente ir para um lugar e a gente andou muito na estação e não contava a linha correta que nós deveríamos pegar. No fim, tivemos que pegar um outro metrô e andar muito até o local da aula. Nós nos atrasamos uns 10 minutos, eu liguei na escola avisando, mas deu tudo certo no final, embora eu tenha chegado super esbaforida! Na aula de culinária, nós aprendemos sobre diversos ingredientes usados na culinária japonesa e aprendemos a cozinhar um omelete tradicional japonês (tamagoyaki) que é todo enroladinho. 


Aprendemos também a fazer a sopa miso. E claro, a fazer o sushi! Nós não precisamos cortar os ingredientes ou cozinhar o arroz, porque essas coisas já tinham sido pré cozidas, pré organizadas pela escola, mas nós fizemos toooda a montagem e empratamento e foi muito legal aprender mais sobre a culinária japonesa e ficar muito surpresa (e muito chocada) com o quanto de açúcar que vai no arroz do sushi. Acho que se todo mundo soubesse o quanto de açúcar vai, não acharia o sushi tão saudável assim! hahaha









Saímos da aula de culinária e aí pegamos o metrô novamente e voltamos para a região de Shibuya, que é onde a gente tinha começado o dia anterior. Nós voltamos para Shibuya para encontrar uma amiga e o seu marido! Essa amiga, a T., estudou comigo na escola muitos e muitos anos atrás. Ela é neta de japoneses e imigrou pro Japão há mais de 15 anos. Já o marido dela é filho de japoneses, nascido no Brasil, e também imigrou há muitos anos. Eles se conheceram no Japão e moram lá até hoje. Embora eles morem longe de Tóquio, pegaram meio-dia de folga e vieram até Tóquio para nos encontrar!


Nós não mantivemos o contato ao longo desses anos, mas eu já havia comentado com ela que se um dia eu fosse pro Japão, eu ia entrar em contato para a gente se se ver. E deu tudo certo! Foi muito legal rever uma amiga de escola e relembrar tantas coisas da época... Parece que é outra vida. A gente subiu no Shibuya Sky que é um prédio de onde você pode ter uma vista maravilhosa do cruzamento, porém, ao chegar lá em cima não havia mais ingressos para aquele dia. Masss a gente pôde ter uma palinha da vista através do vidro de uma loja de produtos de arte bem ao lado da atração. Então, ali de cima a gente conseguiu ver um pouquinho, mas a T. insistiu que nós tínhamos que ver Tóquio de cima de um lugar melhor.






Sendo assim, nós pegamos o metrô até o Tóquio Skytree, que é um pouquinho longe - demoramos mais de meia hora pra chegar, mas com certeza valeu a pena. Quando nós estávamos na fila para comprar os ingressos, eu senti um pequeno tremor no chão e o marido da minha amiga também. Na hora eu imaginei que é porque eu estava muito cansada, porque a gente já tinha andado muitos milhares de passos nos últimos dias e ficado de pé por muito tempo também. No entanto, com uma rápida pesquisa, nós descobrimos que tinha sido um terremoto de 6.2, hahaha. Uma funcionária do Tokyo Skytree começou a anunciar em japonês que as vendas para os ingressos seriam suspensas temporariamente até eles se certificarem que seria seguro subir na torre. Uns 15 ou 20 minutos depois, foi confirmado que estava tudo bem e voltaram a vender os ingressos. 


Eu não havia incluído essa visita no meu roteiro original e eu já adianto aqui se alguém tem interesse em ir para Tóquio, com certeza deve visitar essa torre à noite - a vista noturna desta cidade é uma coisa absolutamente impressionante. Se de manhã nós já tínhamos ficado muito impressionados com a vista, durante o dia, agora à noite foi foda! Você olha em todas as direções e não consegue enxergar o fim do horizonte, porque são só prédios e mais prédios, luzes e luzes. Realmente, uma vista que impressiona, que te deixa literalmente de queixo caído. 





Depois de ficar lá em cima por mais ou menos 1 hora apreciando a vista de Tóquio, a fome começou a bater e nós pegamos o metrô de volta para Shibuya, já que o carro dos meus amigos estava estacionado lá. Nós tentamos ir em alguns restaurantes que a T. havia selecionado, mas nenhum deles estava disponível no momento, então nós acabamos entrando num restaurante que tinha mesa onde eu provei pela primeira vez na minha vida um ramen. Eu não sabia muito bem o que esperar e me atrapalhei um pouco no manuseio dessa comida, porque você tem o hashi, mas também uma colher para beber a sopa. Mas no final das contas deu tudo certo e eu amei, é muito saboroso, mas faz um pouquinho de sujeira, então é bom usar um babadorzinho, igual criança!





Bom, eu já tinha comentado com a T. que eu gostaria muito de ir num karaokê no Japão, porque afinal de contas, o karaokê é uma invenção japonesa - é uma coisa que eles fazem, e é uma coisa que eu amo de paixão também! Nós fomos em um e eu gostei muito de tudo: primeiro porque não é necessário fazer uma reserva antes, é só aparecer e pegar uma sala disponível. São corredores e corredores com muitas salas, então tem chance de você conseguir realmente sem precisar da reserva. Nós pegamos um pacote no qual é possível você obter bebidas e até sorvete com um sistema de refil. A sala em si era pequena, mas bem moderna, com ar-condicionado, uma tela enorme e um tablet na mesa de onde é possível você escolher as músicas. 


Felizmente, o tablet tinha a opção de língua inglesa e, além disso, tinha músicas internacionais, sendo estas músicas em inglês, e também uma sessão com músicas brasileiras. Eu fiquei muito feliz e, embora geralmente eu não cante músicas em português no karaokê, eu aproveitei que eu estava lá com a minha amiga e nós cantamos vários clássicos como Só Pra Contrariar, Kid Abelha, Djavan, etc. Além disso, minha amiga e seu marido cantaram músicas em japonês, o que fez a experiência se tornar ainda mais autêntica! 





Nessa altura do campeonato, eu já estava muito cansada, o R. também, mas eu achei que uma horinha seria suficiente para aproveitar o karaokê e, no fim das contas, nós ficamos 2 horas lá e eu acho que eu teria ficado a noite inteira naquele lugar. Eu estava muito feliz, o rosto até doía de tanto que eu sorria. Nossos amigos nos deram carona até o nosso hotel e nós chegamos pra lá de 2 da manhã!!! Eu estava completamente esgotada, com as pernas doendo. Eu não tinha forças nem para ficar de pé no banho, mas eu tava tão grata e feliz de ter aproveitado cada minuto daquele dia, que eu faria tudo de novo! Valeu muito, muito, muito a pena. 

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