Ottawa e algumas curiosidades sobre o Canadá

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Saímos de Toronto após pegar o carro no aeroporto - aliás, que fácil alugar um carro no hemisfério norte! Nada da burocracia que você enfrenta no aluguel de carros pela Europa. Em poucos minutos com a chave na mão, partimos pra Ottawa, uma viagem que dura em torno de 4h. Esse foi o trajeto mais longo de carro que fizemos nessa viagem. Embora as distâncias sejam curtas, o Canadá é muito grandeeee!


Paramos em algum posto no caminho pra almoçar, e quando chegamos em Ottawa já estava escuro. A ideia era visitar um amigo do R., mas como o R. estava com COVID e o amigo dele tem um filho pequeno e outro bebezinho, a única alternativa foi encontrá-los em sua garagem, com muitos metros de distância entre nós e com o portão aberto. Não foi um encontro aconchegante, mas válido mesmo assim.


De lá até o hotel foi bem pertinho, e jantamos num restaurante que ficava a uma quadra de distância. Tentamos ir dormir mais cedo pra descansarmos, já que não teríamos o dia todo pra explorar Ottawa no dia seguinte.




Ottawa é a capital do Canadá e tem uma população de aproximadamente 1 milhão de pessoas. É lá que ficam os prédios do governo, a sede de embaixadas, etc. E sinceramente, não acho que tenha muito mais que isso não. Não que eu não recomende o passeio por lá, porque a cidade tem áreas bem bonitinhas, mas se o seu tempo está curto, não tenha peso na consciência ao deixar Ottawa pra lá.


Começamos caminhando até o parque Major's Hill, localizado no canal Rideau Canal e rio Ottawa. Por conta de sua localização central, o parque é usado em eventos de grande porte como o Canada Day. O dia estava deslumbrante de lindo: um céu azul, o sol raiando e aquele friozinho outonal que merece um casaco mas não necessariamente luvas e touca.








Aproveitamos a proximidade do parque e subimos até o parlamento, mas só o observamos de fora. Nem cheguei a pesquisar se é possível fazer uma visita dentro do prédio, mas com o dia lindo daquele jeito, achamos melhor passar o máximo de tempo do lado de fora.




Caminhamos então sentido ao mercado Byward, e confesso que achei aquela região muito, muito estranha. A um quarteirão do parlamento você encontra grupos e mais grupos de sem-teto, pedintes e pessoas que claramente eram usuários de droga. Cenas lamentáveis e inacreditáveis em contraste com o quarteirão limpo, vazio e governamental acima.


O mercado Byward era tradicionalmente uma área importante pra comunidades francesas e irlandesas, mas que ao longo do tempo foi adotando uma natureza mais cosmopolita e dinâmica. Ao seu redor é possível encontrar diversos mercadinhos de rua, restaurantes, bares e clubes. Lá dentro também há diversas lojinhas, mas sinceramente, nada que tenha chamado a nossa atenção. Demos algumas voltas pra passar o tempo, mas como ainda não estávamos com muita fome, decidimos caminhar até outro ponto "famoso" da cidade: a rua Sparks.


A Sparks Street é uma rua exclusiva pra pedestres e foi convertida a tal nos anos 60, sendo antes a rua principal de Ottawa. Por lá é possível encontrar diversos prédios de escritórios, mas também shopping com restaurantes. A gente tinha lido que essa região "bombava" de gente, que era interessante, e eu tava imaginando algo como a Grafton St aqui em Dublin - que decepção. Estava tudo vazio, muita coisa fechada e foi difícil até achar um restaurante com uma cara boa. Não entendi o hype sobre essa região, e no fim, após almoçar, pegamos o caminho da roça e seguimos viagem - dessa vez, mais 2h de carro até Montreal.


Curiosidades gerais sobre o Canadá


Tudo lá é bem do caro, viu? Você vê um preço no cardápio, mas tem que lembrar de acrescentar o imposto AND gorjeta. A média pra nós dois comendo fora, sem bebida (só água da torneira, que é grátis) e nem sobremesa era entre 50 e 70 dólares canadenses.


O cheiro de maconha nas ruas... caramba. A bonita é legalizada no Canadá, então tem várias lojas onde você pode comprar o produto em diversos formatos, inclusive em Toronto rola até pedir delivery! O povo fuma nas ruas e o cheiro é péssimo em vários lugares.


Vimos muitas placas bilíngues (inglês e francês) na região de Banff - talvez por ser mais turística? Tanto que em atendimento, as pessoas falavam "Hello Bonjour". Já em Toronto, não vimos absolutamente nada de francês. Em Ottawa, super bilíngue - capital do país, tinha que ser, né? E obviamente na região de Québec, só francês mesmo.


A rede de café canadense Tim Horton's tá em todo lugar, mesmo! Em qualquer esquina, e sempre cheio. Além de café, eles também tem uma variedade enorme de lanchinhos, donuts e coisas meio de padaria, então achei bem mais conveniente que a Starbucks, por exemplo. Fora que os preços são bem mais amigos!


As ruas pelo país são muito espaçosas, você meio que pode parar o carro em qualquer lugar, o que é uma experiência bem diferente das ruas milenares e estreitinhas de Dublin.


Em termos de culinária, não tivemos grandes surpresas. Com exceção dos lugares onde fomos com amigos em Toronto, nada realmente nos surpreendeu. Provamos algumas coisas locais como o beaver's tail (massa frita doce), o poutine (batata frita com gravy) e o nanaimo slice (tipo um bolo), mas no geral, as comidas nos restaurantes não nos deixaram de queixo caído.

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