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Formatura

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Dia 5 de dezembro foi a minha formatura do mestrado e eu não poderia estar mais feliz! Pra ser sincera, nem imaginava quando comecei o curso que teria uma formatura at all. Pra mim era o caso de entregar a tese e pronto, cabou.

Mas não só teve formatura, bem como formatura com beca, chapéu e tudo que se tem direito. Não tava animada pra gastar 45 dinheiros no aluguel da roupa (que é obrigatória, a propósito), mas no fim, acabei ficando toda toda e não queria tirar a roupa cosplay de Harry Potter não!

Chegamos na UCD uma hora antes do evento, peguei a roupa, me ajeitei, tiramos umas fotos nos jardins e o R. foi pra onde os convidados deveriam ir, enquanto eu fui pra minha fila. Eram diversos cursos graduando - a maioria, mestrado, com umas duas turmas de graduação e uns quatro doutorandos! A cerimônia não é tão longa, já que não há discursos nem nada do tipo - é mais o caso do presidente da universidade entregar os certificados pros alunos e apertar a mão de cada um, enquanto um outro membro do departamento vai chamando os nomes...


Graduate Scheme

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O Graduate Scheme é um esquema do governo que permite que alunos de graduação e pós-graduação na Irlanda possam estender sua estadia aqui por mais uns meses, lhe garantindo um período em que o ex-aluno possa trabalhar integralmente sem restrições, além de tentar buscar um visto de trabalho. Segundo o próprio site da imigração, "this scheme exists to allow legally resident non-EEA third level graduates to remain in Ireland for the purpose of seeking employment and applying for a green card or work permit".

Primeiramente, o curso deve ser aprovado por algum órgão de certificação baseado na Irlanda (o mais importante é o QQI) e ser de, no mínimo, nível 7 no sistema de qualificações educacionais irlandês. Além disso, o aluno deverá provar que teve frequência e que foi aprovado nos seus exames ao final da graduação/pós.



Assim que a pessoa obter o resultado ao final do curso ela poderá fazer a aplicação junto à imigração. Para isso, é preciso agendar um horário pra ser atendido no GNIB (não existe mais aquele esquema de ficar desde madrugada na fila pra pegar senha, yeah!) e levar os atestados de frequência e notas, além de comprovante de seguro-saúde - que pelo que sei, pode ser um próprio pra ex-alunos, como esse aqui ou um convênio médico comum.

Minha tese de mestrado

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Quando comecei o curso de MA TESOL (Master of Arts: Teaching English to Speakers of Other Languages), fiquei totalmente fascinada com os assuntos das aulas, as discussões, as leituras. Amo ser professora, mas também amo a parte teórica, o background, o que está por trás da sala de aula, sabe? Então escrever sobre algum assunto relacionado sempre me animou bastante.

Como logo no começo a minha professora veio comentar de uma possível bolsa de mestrado, fiquei com essa pulga atrás da orelha pensando no que eu poderia falar sobre, caso viesse a escrever a tal da tese.

Parte I: O tema

Eu vinha pensando em falar sobre o uso de L1 (a primeira língua do aluno) em sala de aula, principalmente depois que li um artigo que falava sobre o assunto (e não só fiz um trabalho a respeito, como acabei me apresentando em duas conferências sobre o tema). Na verdade, gostar desse assunto gosto há tempos, já que na minha própria pós-gradução no Brasil, acabei escrevendo sobre o uso de português no ensino de língua inglesa.

Aí que eu achei que não seria legal ser repetitiva e escrever sobre o meeeesmo assunto, mas não precisei pensar muito pra achar o meu tema. Na verdade, não poderia ter sido outro tema, afinal de contas, eu já falo dessas questões há tempos, mas principalmente depois que vim parar na Irlanda: professores não-nativos.

A bolsa de estudos e o (finalmente) mestrado

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Em setembro do ano passado eu fiz um post intitulado "Mestrado?", assim com a interrogação. O motivo da pergunta era que apesar deu estar começando um curso de nível 9 no sistema irlandês, que é o mesmo de um mestrado, eu não sairia exatamente com um diploma de mestrado.

Por conta de diferenças absurdas de preço, eu decidi por fazer o Graduate Diploma, que basicamente seria o mesmo curso que o mestrado, mas sem a dissertação final, que equivale à 90 créditos. Nesse post aqui o Rick explica direitinho como funcionam os cursos aqui, os créditos e tal. Então no fim eu teria um curso de nível 9, mas não teria um diploma de mestrado propriamente dito, já que só faria 60 créditos no total.



Pois bem. Um pouco menos de um mês depois de começar as aulas, a professora R., que também era coordenadora do curso, me chamou pra uma reunião um dia antes de aula. Na época estranhei, porque não haveria motivo pra ela me chamar assim, mas fui toda curiosa.

Para a minha surpresa, a primeira pergunta feita por ela foi o porquê deu não estar registrada no mestrado, do porquê não faria a dissertação. Expliquei que os fatores eram puramente financeiros e que se eu pudesse, faria o curso completo, mas a diferença de valor era muito grande do graduate diploma pro master's completo.

Aí ela vem com a seguinte pergunta: se você pudesse fazer o mestrado completo, você faria?


Mestrado na Irlanda (fim da segunda parte!)

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No comecinho do ano eu fiz um post contando um pouco de como foi a primeira parte do meu curso na UCD: os trabalhos, apresentações e notas. No geral eu fiquei bastante satisfeita com o conteúdo aprendido e com o que consegui absorver.

Bem, estamos em maio e as aulas acabaram no fim do mês passado. Eu estava esperando minhas notas saírem para que eu pudesse fazer um post contando sobre essa segunda parte, e já que elas saíram, vamos lá?

O segundo semestre do curso teve início em janeiro e foram, de novo, quatro disciplinas (três teóricas e uma prática). Se na primeira parte do curso estudamos Methodology, Discourse, Language Learning and Materials e Describing and Researching English, dessa vez tivemos os módulos de Researching TESOL, Assessment for Language Learning e Teachers in a Global Context, além da disciplina eletiva, que no meu caso (e de todo mundo da sala), foi Teaching Practice.

As professoras haviam dito que o volume de trabalho seria menor, mas acho que no fim das contas, tivemos tanta coisa pra fazer quanto antes. Foram apenas três apresentações (uma em dupla e duas individuais) e quatro trabalhos escritos, sendo que um deles valeu 100% da nota.

Um dos trabalhos que tivemos envolveu entrevistar duas pessoas que trabalhassem numa escola aqui em Dublin e investigar a estrutura organizacional da empresa, entre outras coisas. Foi um trabalho muito interessante de se fazer, um que certamente me inspirou demais. Um outro foi sobre criar um teste, aplicar o teste e dissertar sobre os resultados, positivos e negativos, que o mesmo teve sobre os alunos. Deu um trabalhão porque eram 4 mil palavras pra serem escritas, fora o lance de ter que criar um teste do zero. No fim, valeu a pena, porque aprendi alguns conceitos que não era familiarizada formalmente, mesmo sendo professora há tanto tempo.

Mestrado na Irlanda (fim da primeira parte!)

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Finalmente! A primeira parte do meu curso na UCD já acabou e aguardo o início das aulas no fim do mês para a segunda parte. Eu nem tinha me dado conta, mas a última vez que fiz dei notícias sobre o curso por aqui foi em setembro, e desde setembro muitas águas rolaram.

Mestrado? (post publicado em setembro/2015)

O primeiro semestre do curso foi bem puxado, já que tivemos muitas leituras e trabalhos pra fazer. Por um lado, foi muito satisfatório estar em contato com a minha área novamente, principalmente pela ótica acadêmica. Por outro, foi cansativo pois este é um curso fulltime - apesar de não termos aulas todos os dias, a ideia é que a pessoa não esteja trabalhando para se dedicar integralmente ao curso, o que não é o meu caso.

No mês de outubro tivemos quatro apresentações (três delas em dupla) que valeriam 40% da nota final. As primeiras apresentações foram muito boas, mas infelizmente as últimas duas não tanto - as notas caíram um pouco, mas até aí eu não estava muito preocupada pois sabia que podia recuperar através dos trabalhos escritos, que valeriam os restantes 60% da nota final.

E bem, novembro chegou e com ele, a promessa de entrega de dois trabalhos (+ outros dois em dezembro). A média de palavras entre os assignments foi de 2 mil palavras - o que não é muito, mas também não é pouco, especialmente quando você está falando de assuntos tão chatos acadêmicos.

Mestrado?

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Eu comecei as minhas aulas na UCD semana passada e estou um pouco assustada pois acho que não estava realmente preparada para o que estava por vir.

É que assim: eu queria muito fazer mestrado aqui, mas como o mestrado é caríssimo pra aluno estrangeiro, parti pro gradute diploma, que, como expliquei nesse post aqui, é o mesmo nível do mestrado no framework irlandês.

Quando fiz minha inscrição na UCD, havia tanto o mestrado em English Teaching como o Graduate Diploma. E eu achava que apesar das similaridades de assunto, o cronograma e conteúdo do curso seriam um pouco diferentes. Mas não.

Eu estou na turma de mestrado mesmo. As disciplinas, assignments, apresentações, exames, tudo será absolutamente igual, farei junto com a galera do mestrado. A única diferença é que após o semestre II o meu compromisso com a universidade chega ao fim. O pessoal do mestrado fica pro semestre III por mais alguns meses pra entregar a tese final, a dissertação.

Então foi uma surpresa ver a professora (e diretora do curso) falando do MA (masters) aqui e ali.... gente! Onde é que fui me meter? Risos.

Curso superior na Irlanda - por onde começar?

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Na teoria não é muito difícil se matricular num curso superior (pós-graduação e mestrado) aqui na Irlanda. O processo comigo foi relativamente rápido e eu vou explicar aqui o que rolou em cada fase do processo.



FASE I: A INSCRIÇÃO

A primeira coisa é fazer a inscrição no site. No meu caso, a UCD oferece todo o processo de application online e além de dados pessoais e acadêmicos, você deve também fazer o upload de toda a sua documentação - certificados, diplomas, históricos - tanto originais como as traduções. Como tanto a minha faculdade como pós-graduação são reconhecidas na Irlanda (eu já tinha me informado  pelo site do QQI, que é responsável pelo reconhecimento de diplomas estrangeiros por aqui), não precisei de nada além disso. Tem que também falar sobre sua experiência profissional detalhadamente.

No caso do meu curso em específico, eles exigiam algumas outras coisas:

  • Algum tipo de qualificação prévia em English teaching
  • Um mínimo de 2 anos de experiência em sala de aula (na Irlanda ou no exterior)
  • Um diploma de bacharel ou licenciatura
  • Uma nota mínima de 7 no IELTS

Um novo capítulo na minha vida irlandesa

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Em abril de 2015, menos de um mês após ter renovado o meu visto de estudante aqui na Irlanda, minha escola fechou.

Não foi só exclusividade dela, claro - desde o ano passado foram mais de uma dezena de escolas fechadas por diversos motivos: má administração, má fé dos donos, intervenção da imigração, etc, etc.

A verdade é que eu sempre soube que a MEC não era a melhor escola do pedaço - inclusive fiz diversos posts que falam sobre a qualidade duvidosa das aulas. Mas percebi, principalmente no final de 2014 e começo de 2015, um esforço da equipe em melhorar diversos aspectos - mudaram a escola pra um prédio melhor que pudesse abrigar mais alunos e que oferecia uma infra muito melhor; alguns professores até pareciam ou fingiam muito bem que preparavam aula e assim por diante. Renovei com eles por uma questão de praticidade: a minha frequência estava em 70 e poucos % e se eu mudasse de escola, seria difícil conseguir renovar com menos da frequência recomendada, que é de 85%.

Paguei os mil euros do curso e renovei meu visto sem nenhum problema e nenhum tipo de pergunta.

Quando voltei das férias no Brasil comecei a acompanhar notícias de que os professores estavam protestando por falta de pagamento e os boatos de que a escola fecharia espalhavam rapidamente pelos fóruns e sites de intercâmbio na Irlanda. E não muito tempo depois o que eu já desconfiava aconteceu: a escola fechou as portas, deixando dezenas de professores e funcionários sem pagamento e centenas de alunos sem aula - além de terem perdido seu dinheiro também.

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