Sendo assim, aguardamos na enorme fila de táxi que se formava do lado de fora da estação, e em torno de 15 minutos chegou nosso táxi cujas portas abriam automaticamente. O taxista era um senhorzinho que falava pouco inglês, mas se esforçou pra conversar com a gente e disse que estava estudando inglês, um querido!
Chegamos no hotel e descansamos um pouco enquanto esperávamos a chuva dar uma trégua - o que não aconteceu. Como já era fim de tarde, a gente desfez as malas e esperou dar o horário da janta pra procurar algo legal pra comer. Encontramos ali perto
um restaurante especializado em tempurá, e que bom que chegamos cedo, porque em pouco tempo ele lotou!
Ali na mesma avenida tinha uma unidade da loja Don Quijote - não resistimos e fomos comprar uns pacotes de Kit Kat pra trazer de lembrancinha. Já que o hotel tinha emprestado guardas-chuvas grandes, encaramos! Acho que essa na verdade acabou sendo a última vez que entramos nessa loja doida e caótica mas que tanto curtimos!
No dia seguinte, acordamos cedo e tomamos café no hotel mesmo - foi a primeira vez que o fizemos até então na viagem, pois estávamos cansados de comer coisinhas do 7 Eleven, hahaha. Depois caminhamos uns minutos até a estação de trem e antes de começar o passeio e aproveitamos já pra reservar o ticket de trem que nos levaria até Osaka em alguns dias. Nisso compramos também o bilhete pro dia, que nos levaria primeiramente para a floresta de bambu Arashiyama.
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Foram uns 20 minutos até chegar, e embora esse trem não fosse tão modernoso quanto o metrô de Tóquio ou o trem-bala, há anúncios em cada estação, e basicamente todos os turistas descem no ponto certo. Aí, basta seguir as placas e andar em torno de 10 ou 15 minutos até a entrada do parque.
Na minha cabeça, e olhando fotos de outras pessoas que já tinham ido, eu imaginava essa floresta de bambu como algo enorme e grandioso e bem, não foi bem assim. Pode ser que pelo motivo de ter chovido muito no dia anterior e umidade estar altíssima, eu não tenha curtido tanto o passeio. Pode ser que, por ter tantas excursões de escolas visitando o local naquele dia, eu não tenha curtido tanto. O fato é que após uma volta pela “floresta” e ter tirado algumas fotos, eu queria correr de lá!
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Sendo assim, voltamos pra estação, pegamos o trem de volta até Kyoto, e de lá um ônibus pra nossa próxima parada: o templo Kinkakuji. Andar de ônibus em Kyoto parece ser a melhor forma de transporte, e pudemos usar o mesmo cartão recarregável Pasmo: toda viagem custa 230 ienes (1.5 euros). Os ônibus tem telão com os nomes das paradas, e você sempre sobe pela porta traseira e passa o cartão na dianteira antes de descer.
O Kinkaku-ji, que em japonês significa “Templo do Pavilhão Dourado” é coberto de folha de ouro puro. O local em si foi usado por volta de 1220 mas o pavilhão mesmo construído em 1397. Ao longo dos anos ele sofreu ataques e queimadas por conta de guerras, inclusive sendo incendiado por um monge em 1950.
Em 2003 ele foi novamente restaurado e uma nova cobertura de ouro foi colocada em volta. É um templo digno de te deixar de queixo caído, e não somente por ele ser de ouro, mas pelo lago e jardim em volta serem meticulosamente bem cuidados - é lindo de se ver mesmo!
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O sol queimava nossos cocos, então após dar a volta no pavilhão todo e tomar um sorvete de matcha, pegamos outro ônibus - dessa vez para o castelo Nijo. No entanto, antes de entrar no castelo, aproveitamos pra experimentar uma outra especiaria japonesa que um amigo que morou no Japão tinha me indicado: um hamburger do Mos burger. Essa é uma rede de hamburgers exclusivamente japonesa, e aproveitei pra comer um lanche com frango teriyaki e tomar mais uma Fanta de melão que amei tanto!
O Nijo Castle foi construído em 1603 e além de conter duas fortificações, também possui diversos jardins e área externa. Aliás, os jardins aqui são bem naquele estilo jardim japonês que a gente conhece, sabe? Pelas construções em si serem de madeira e por aquele portão enorme todo decorado te dar as boas-vindas, realmente me senti entrando num filme de samurais!
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Do castelo pegamos um táxi pra mais um templo - dessa região da cidade ficava meio fora de mão pegar o ônibus, e isso é algo que você tem que incorporar aos seus planos em Quioto. No fim, não ficou muito caro não, e pelo menos deu pra refrescar com o ar-condicionado nos 15 ou 20 minutos do trajeto até o Kiyomizu dera.
Acho que esse foi o meu templo preferido do dia: patrimônio histórico da UNESCO e construído em 1600 e pouco, uma das coisas mais curiosas sobre ele é que não há pregos na sua estrutura! O complexo do templo em si contém outras pagodas e santuários coloridos, sempre em tons vermelhos e alaranjados - a coisa mais linda! Aliás, a própria ruazinha que sobe e te leva até o Kiyomizu dera é super charmosa, com várias lojinhas, restaurantes, souvenirs lindos! Nós vimos muita gente fazendo orações, vestindo quimono, comprando talismãs e curtindo a vibe daquele lugar. Se você fechasse os olhos, poderia até imaginar essa região séculos atrás, sem o burburinho dos turistas… muito impressionante!
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Pegamos mais um ônibus, agora para o
Nishiki market, mas demos com a cara na porta. Não nos atentamos ao fato de que ele fecha às 6pm. Nos restou literalmente sentar na sargeta pra descansar um pouco - eu não aguentava mais ficar de pé ou andar. Decidimos então procurar um restaurante pra jantar ali perto, e numa ruazinha escondida encontramos um que nos deixou entrar embora não tivéssemos reserva! Então já fica uma outra dica: passe no restaurante cedo, reserve e mesa e volte depois pra garantir.
Foi lá que provamos pela primeira vez o famoso bife wagyu. Wagyu nada mais é do que qualquer uma das quatro raças japonesas de gado de corte. Essa carne é conhecida por ser ultra macia e saborosa por conter "fios" de gordura por toda sua extensão. A mais famosa (e cara) é a carne kobe - que leva o nome da região de Kobe - mas sobre ela eu falarei mais quando postar sobre Osaka.
Nesse restaurante de Quioto, eles trazem os mini bifinhos na mesa e você mesmo os grelha - é uma experiência muito legal. Até então, nunca havia comido carne tão gostosa na vida! Valeu muito a pena e não foi caro - em torno de 25 euros pra cada, se não me engano.
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Saindo de lá, nossa última parada foi caminhar pela Rua Pontocho - aparentemente, é por aquela região onde pode-se ver as famosas gueixas japonesas. Li vários blogs gringos que dão dicas dos melhores lugares e horários pra ver as gueixas, mas elas quase não saem na rua, apenas quando vão de um estabelecimento ao outro. Até cheguei a ver duas moças numa ruazinha e acredito que elas eram aprendizes, ou maiko, em japonês. Mas enfim... eu não tava determinada a encontrá-las, então tudo bem! De qualquer forma, a Rua Pontocho é muito charmosa, cheia de lanternas japonesas, restaurantes que pareciam super exclusivos e boates também.
No fim, só caminhamos um pouco e pegamos um ônibus pra voltar pro hotel. Como falei antes, tendo google maps e internet no celular, fica muito fácil se locomover por Quioto, ver os números e horários do ônibus, etc, mesmo sem falar nada de japonês!