CPE - o último simulado e as expectativas

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Nem lembro a última vez que postei aqui - uma semana atrás? Acho que nunca fiquei tanto tempo longe do blog, mas foi por uma boa causa: estudar para o CPE. Mas a verdade é que nos últimos dias perdi muito da minha concentração pro exame - a data tá chegando (a prova é exatamente daqui a uma semana) e eu tô ficando ansiosa e um pouco insegura, o que me deixa confusa porque até pouco tempo eu tava bastante confiante.

A verdade é que eu fui bem em quase todos os simulados (por "ir bem" leia-se "passaria com essa nota"), tive um bom feedback das redações e tenho o apoio de muitas pessoas queridas que me incentivam no projeto. Inclusive na penúltima semana do curso preparatório que eu fiz na Your English School (excelente, por sinal) tivemos um simulado completo, na sequência de como seria na prova de verdade.

O simulado me pareceu muito fácil. Mas é porque dei um pouco de sorte - os temas dos textos não eram ruins e sei lá, acabou que a prova tava fácil pra mim naquele momento. Porque apesar do nível das provas de CPE ser sempre o mesmo, às vezes os temas e vocabulário de uma prova específica podem ser mais fáceis ou difíceis pra cada indivíduo - afinal de contas, tudo depende do nosso conhecimento e background, né?

A construção de Belfast e a construção do Titanic

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Já vou começar esse post chutando baldes e garantindo: o museu do Titanic é não só um dos mais legais que visitei na Irlanda, mas na vida.

E falo isso com propriedade de quem sabia diálogos do filme de trás pra frente na infância/pré-adolescência.

Siiiiiiim, eu sei que o museu não é sobre o filme de 1998, mas sobre o navio de verdade, que foi construído em Belfast, capital da Irlanda do Norte! Mesmo assim, não tem como não ficar comovido e impressionado com tudo que envolve esse acontecimento.

museu do titanic, belfast, irlanda do norte


20 meses

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Eu cheguei na Irlanda na amizade. A gente tinha coisa em comum, nos demos bem e começamos a ter um caso. A paixão foi grande e com o tempo fomos nos tornando cúmplices e hoje nosso relacionamento fica cada vez mais sério. Um ano e oito meses sob teto irlandês e continuo afirmando que apesar da constante saudade da família e amigos (cantar parabéns no aniversário do meu irmão pelo FaceTime foi foda), sigo muito feliz aqui na ilha.

Mesmo com as ventanias que me fazem pedalar ainda mais devagar, mesmo com as chuvas que insistem em me deixar encharcada no caminho pro trabalho, mesmo tendo que dividir casa com outras pessoas não muito legais (com exceção da A.!) e pagar caro numa manga que nem suculenta é.

Donegal, em outubro deste ano

Preparação para o CPE - parte IV

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No que se refere à preparação para o exame de proficiência de Cambridge, já falei do Paper 1 (Use of English e Reading), Paper 2 (Writing), e Paper 3 (Listening) mas faltou falar do último paper: o Speaking.

A parte oral da prova acontece num dia separado do restante e isso significa que você pode fazer essa parte tanto antes como depois do exame escrito. No entanto, para a minha surpresa, hoje saíram as datas dos exames orais e o meu caiu no mesmo dia da prova escrita! Pra ser sincera, até prefiro, porque aí não perco mais que um dia de trabalho tendo que ir até à UCD pra fazer a prova.

O speaking tem 3 exercícios principais. Ele é feito em pares (ou trios) e as notas são individuais apesar de haver interação entre os candidatos durante a prova.


Miserável! Nojento!

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falei no blog como eu acho divertida a reflexão sobre equivalência/diferença de significado de palavras que em tese seriam as mesmas em um outro idioma.

Pro exemplo, você jamais ouviria alguém descrevendo o clima no Brasil como miserável ou nojento, né? Aliás, eu acho nojento uma palavra com um peso muito maior do que a correspondente em inglês, mas deve ser coisa da minha cabeça. É uma coisa de feeling mesmo, sabe?

Citei no título a palavra miserável. Mas por quê? Na verdade miserable em inglês é um "falso" cognato, já que apesar de parecer ter um significado (no caso, miserável), na verdade significa triste. Coloquei entre aspas porque miserable também pode ser traduzido como miserável, mas o primeiro uso da palavra é sempre como triste (e falando em miserable ser triste, apenas https://www.youtube.com/watch?v=TjPhzgxe3L0).

O fato é que aqui na Irlanda, miserable e disgusting são amplamente utilizadas pra descrever o clima - principalmente quando os dias estão assim, cheios de água e vento pra dar e vender. SÉRIO, no meu segundo novembro de Irlanda, o mês se confirma como bastante chuvoso e molhado.

E começo a me acostumar com a mediocridade (?)

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E já foi mais de um mês de freqüentar aulas de general english aqui em Dublin.

Como a Marcelle bem me disse, você acostuma um pouco com a mediocridade - as aulas são tão fracas e mal preparadas que você meio que pára de se preocupar com isso, acaba indo junto com a corrente. Além disso, como eu passo a maior parte do tempo fazendo minhas coisas de CPE, mal presto atenção no que tá rolando na sala.

O professor da primeira aula é um cara super culto e inteligente. Ele sempre sabe muito sobre qualquer assunto - o problema é que ele adora exibir seu conhecimento e tem sempre um ar de "sou superior a vocês", sabe? E apesar dele ter coisas interessantes a dizer, a aula dele é ruim. Ele é um picareta de primeira: consegue fingir que tá dando aula e poucos percebem que na verdade ele não tá.

Já a professora da segunda aula é uma coitada que não tem nenhuma preparação pra dar aula - não dá instrução de nada, não corrige ninguém, adora bater papo e é super anti-ética. Ela é muito fraca. Não consigo nem ter raiva porque ela é tão atrapalhadinha que me dá é pena.

Educação infantil e etc na Irlanda

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Eu nunca fui professora de ensino fundamental, até porque eu não tenho nem formação pra isso. No entanto, já dei aula de inglês pra crianças de 4, 5 anos e tenho família recheada de professores, logo, eu tenha uma pequena noção da área. 

Aqui na Irlanda as crianças começam a ir pra escola com 4, 5 anos. Não sei exatamente como funciona, mas sei que o menino mais velho que eu cuido, de 5 anos, começou a escola esse ano - no entanto, tem meninos de 4 na sala dele também. Existem escolas públicas e particulares, mas mesmo as públicas pedem uma grana no início do ano escolar pra ajudar com alguns gastos e tal. Além disso, pelo que tenho observado, uma ou duas vezes por mês o diretor da escola manda um comunicado aos pais pedindo participação deles em algum evento e tal. Ou seja, os pais aparentemente tem bastante envolvimento com a escola (a Karine do "Ká entre nós" falou disso nesse post aqui).

O uniforme aqui é padrão: calça social, camisa e gravata pros meninos e saia com meia no joelho pras meninas. É uma gracinha, gente! Fico toda apaixonada ao ver a criançada arrumadinha na escola, mas confesso que eu odiaria ter que usar saia na época em que eu era criança e adolescente. Além desse uniforme "formal" eles também tem um tracksuit pros dias de educação física.



Preparação para o CPE - parte III

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Hoje eu vou falar do segundo paper do CPE, o writing.

Acho que já tá implícito que eu adoro escrever, né? Sempre gostei. E quando estudava inglês adorava fazer redação e me empenhava em usar vocabulário e estruturas legais nos meus writings.

Mas escrever no blog e fazer redação na aula de inglês é um pouquinho diferente de escrever duas redações, uma atrás da outra, num exame de proficiência.

Na verdade, desde 2013 o formato do CPE mudou e eu achei a mudança toda muito positiva - a prova está mais curta e com menos questões, embora mantenha o mesmo nível de dificuldade. É tudo lindo e maravilhoso, com exceção do bendito writing. Por que antes era assim: você tinha 2 horas pra escrever 600-700 palavras divididas em duas redações. Agora você tem 1 hora e meia pra escrever poucas palavras a menos - 520 a 600.

Preparação para o CPE - parte II

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Depois de uma semana trabalhando full-time e ficando maluca com aqueles dois figurinhas me chamando pra lá e pra cá, voltei a trabalhar part-time; com isso, tenho mais tempo e disposição pra estudar, já que pelas manhãs, quando estou na aula de General English na MEC, fico estudando pro CPE e à noite quando chego do trabalho não estou tão cansada que não consiga estudar.

Agora falta um pouco menos de um mês pro exame e apesar de me sentir um pouco mais preparada, ainda fico confusa com os resultados dos meus simulados. Se no início eu estava acertando 70, 80%, agora meu rendimento caiu pra 60% e em um dos simulados acertei menos que isso, já que minha nota foi arrastada pelo desempenho ruim na parte de Reading.

São 3 exercícios de reading (tudo no paper 1 - falei nesse post aqui) e pra mim, eles são os mais chatos e difíceis da prova toda. Se eu dou a sorte do assunto dos textos ser um pouco mais agradável, consigo fazer a prova melhor do que quando o texto é sobre um assunto uó. É complicado manter a concentração e foco enquanto estou fazendo essa parte da prova, por isso tenho feito exercícios extra e mais simulados dessa parte pra treinar mais.

Recentemente o professor deu um foco maior pra parte de Listening da prova. Eu sempre tive o listening como uma habilidade muito forte - quando estudava inglês na adolescência tinha ótimas notas na parte de listening da prova e sempre tive facilidade em entender músicas, filmes, pessoas, etc. Só que a prova de listening não é somente entender o que estão falando. Se fosse algo do tipo "ouça e faça a transcrição do que você está ouvindo" eu tenho certeza que passaria com notas excelentes. A questão é que, nos exames de Cambridge, não basta entender o que estão falando, são muitas outras habilidades em jogo. Retirei algumas dicas do livro "New Proficiency Testbuilder" da Macmillan (thanks, Rê!):

Sobre ser (finalmente?) uma adulta

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Venho pensando bastante nessa questão de ser adulta, já que daqui a menos de 1 mês completo 27 anos de idade. Nossa, com 27 eu achava que teria minha casa, meu carro, seria casada... sabe essas coisas que a gente fica pensando quando mais novo?

Minha mãe, por exemplo, já tinha saído de casa, mudado de estado, casado, comprado casa e engravidado aos 27. Eu na mesma idade tenho uma história diferente: saí de casa recentemente e não tenho nenhum bem material - todo meu dinheiro foi gasto na minha educação/formação (curso superior, pós-graduação, cursos de língua, etc). A verdade é que eu ainda acho estranho me descrever como 'mulher', já que muitas vezes eu me diria 'menina'.

Só que desde que saí de casa pra viver aqui na Irlanda, a vida fica cada vez mais adulta.

Quer dizer, no Brasil eu também pagava conta, também cozinhava, também cuidava das minhas coisas, mas numa proporção muito menor, já que minha mãe arcava com a maior parte dos custos e das tarefas. Aqui na Irlanda eu tenho que fazer absolutamente tudo pra mim, já que, se eu não o fizer, ninguém vai fazer.

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