Montréal, a maior cidade francófona do Canadá

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Na nossa reta final da viagem pelo Canadá, nos encontramos na província do Quebec, a região francófona (que fala francês) do país. Eu estava animada pois iria encontrar uma amiga, e também porque tinha curiosidade em comparar essa região francesa do Canadá com o restante do país que já havíamos visto.


Ao chegar, fizemos check in no hotel e só saímos pra comer mesmo. Estávamos numa boa localização e jantamos num restaurante vietnamita bem simples, porém deu pro gasto. A ideia era acordar cedo pra encontrar a Lidia na manhã seguinte. A princípio ela vinha pra Montreal, mas como o R. tava com covid, decidimos mudar os planos: ela nos convidou pra um parque no bairro onde ela mora, que fica na grande Montreal - uns 20 minutos de distância de onde estávamos. 


Montreal em si fica numa ilha, e o trânsito pra sair e voltar é bem intenso em todas as horas do dia, pelo que percebemos. Há muitas bifurcações, o que eles chamam de spaghetti junctions, mas deu tudo certo. Chegamos no parque e de cara fiquei encantada com as ruas do bairro, as mansões, tudo muito lindo, coisa de filme!




Estávamos os três de máscara, sentando longe um do outro num local aberto, pra garantir que Lidia não pegaria covid já que ela tem uma filha pequena. No fim, não foi o encontro que desejávamos, mas foi legal do mesmo jeito! Batemos papo como se nos conhecêssemos há anos - e sim, nos conhecíamos, só não pessoalmente. Depois de horas de conversa, eu e R. aproveitamos pra almoçar num café super fofo por ali mesmo e depois voltamos pra Montreal.





Tava garoando um pouco, mas mesmo assim caminhamos até a parte antiga da cidade, Vieux Montreal. Se tivessem me colocado ali sem eu saber, teria jurado que estava numa cidadezinha francesa! As ruas de paralelepípedo, as construções com aquela carinha medieval, tudo uma graça. Caminhamos sem rumo, e nisso até compramos um guarda-chuva porque a garoa não parava. Vimos a Basílica de Notre-Dame da cidade, algumas praças... e no fim, pra fugir da chuva um pouco, pegamos o metrô pra região de Le Plateau Mont Royal.


Esse bairro tem várias lojas, restaurantes, livrarias e cafés na rua principal, saindo do metrô. Ainda garoava um pouco e começava a escurecer, mas andamos quilômetros olhando tudo que nossos olhos poderiam guardar, e já cansados escolhemos um restaurante italiano aleatoriamente pra jantar mais cedo e voltar pro hotel. 








No dia seguinte fomos pra um walking tour da cidade - na noite anterior eu reservei esse passeio. A gente adora fazer walking tour pelas cidades, e é sempre uma forma de aprender mais sobre história, arquitetura, curiosidades... Foi uma ótima decisão, porque até então nos sentimos meio desconectados da cidade, então foi ótimo aprender mais sobre a fundação de Montreal, ídolos, a questão "separatista" do Quebec, etc.


A guia era québécois, nascida ali. Sua primeira língua era o francês, então ela falava inglês com sotaque, o que achei curioso. Antes de ir pro Canadá, eu achava que era todo mundo bilíngue - ou que pelo menos os francófonos falavam inglês perfeitamente, mas que não necessariamente os anglófonos soubesse francês. No fim, Quebec é como se fosse um outro país mesmo! Outro fato interessante que aprendi é que a província em si é escrita Quebec sem acento. Porém a cidade de Quebec, Québec city, é escrita com acento, e assim é feita a distinção.


À noite tínhamos ingressos pra ver um jogo de hockey, que eu nunca tinha visto na vida. Tudo isso foi planejado antes de irmos, eu queria ter a oportunidade e quando decidíamos as datas de viagem, vi que ia ter um jogo possível de irmos assistir. Tem coisa mais canadense que isso? Eu queria muito vivenciar esse momento, e digo com toda certeza que foi demais, que vale muito muito a pena! O jogo em si é super dinâmico, os jogares jogam pra valer. Se um cara cai, ele logo levanta e continua jogando, nada daquele draaaama do futebol. Além disso, é tudo muito de espetáculo, a cada pausa toca música no estádio, coisas passando no telão, igual nos jogos de baseball que a gente vê em filme americano.







No dia seguinte, nosso último na cidade, fizemos check-out e de carro fomos até o parque Parc du Mont Royal, que aparece na lista de coisas a se fazer na cidade. A gente não tava a fim de fazer uma trilha ou nada assim, então só paramos no estacionamento e caminhamos um pouco até o ponto onde se tem a vista da cidade - eu amo essa experiência. Acho muito legal ver o skyline da cidade, os prédios, as ruas, os parques, lá de cima. Vimos muitos andaimes também, muita movimentação e construção.


Como já dava a hora do almoço, ainda tinha duas paradas culinárias que faríamos antes de ir embora: a primeira é que queríamos provar o famoso bagel de Montreal que é diferente do bagel nova-iorquino. O famoso bagel é de uma rede chamada St Viateur que fica no bairro "anglófono" de Mile End. No fim conseguimos comprar o bagel, mas tinha uma fila enorme e eles só aceitam dinheiro vivo. Valeu a pena? O bagel tava quentinho e era gostoso, mas acho que curti mais o bagel com cream cheese em Nova York!








Depois disso, pegamos o carro e fomos pra uma patisserie, indicação da minha amiga Lidia: a Patisserie Rhubarbe. Não tinha lugar pra sentar nem nada, só pedimos dois doces pra comer no carro mesmo. Tava uma delícia, nem deu tempo de tirar foto - aqueles doces estilo franceses que são belíssimos e lindos, sabe? Mas o que mais gostei dessa parada é que a rua onde fica a patisserie era uma graça, tinha muitas folhas lindas do outono enfeitando e umas casinhas que pareciam ter saído de um filme!


De lá, dirigimos 2h e meia e finalmente chegamos na nossa última parada dessa viagem: Québec city!

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