Tóquio: hospedagem e a região de Ginza

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Nossa chegada em Tóquio foi bem tranquila: o vôo não atrasou, e quando pousamos no aeroporto de Haneda, estávamos super ansiosos e nem muito cansados. Logo vimos que a fila da imigração para não-japoneses estava enorme, e apesar de organizada, ficamos quase uma hora nesse processo. No entanto, como eu tinha o visto de turismo (o R. não precisava) e documentação certinha, fomos liberados.


Nossa ideia era ter pegado um tal de "limousine bus" que vai para pontos específicos da cidade por um preço bem em conta. Teria um ônibus desse parando em Ginza, bairro onde nos hospedaríamos, e pesquisamos onde tínhamos que ir pra pegá-lo, etc. Só não contávamos com o fato dos ônibus pararem num certo horário da noite. E como demorou na imigração, já eram mais de 11pm e não tinha nenhum ônibus mesmo. Até tinha a opção do metrô, mas não funcionaria pra nós.


Então tivemos que pegar um táxi, que pra uma distância de uns 20 minutos saiu em torno de 60 euros! Carinho, mas extremamente confortável, e ficamos já impressionados com a tela atrás do banco do passageiro passando um monte de propaganda! O motorista não falava muito inglês, mas mostrei o nome do hotel no meu celular e ele entendeu a localização. Aliás, aqui vai minha primeira dica do Japão: pegue o nome dos lugares em japonês e mostre pro motorista, porque passamos diferentes perrengues por não termos isso. Às vezes o nome em alfabeto romano não significa nada pra pessoa!




Por sorte eu estava atenta quando chegamos, porque a cara do hotel não batia com o que já tinha visto no Google Maps. É que descobrimos que existem dois hoteis dessa rede no mesmo bairro, e quase fomos deixados no hotel errado! hahaha Enfim, problema fácil de resolver e meia-noite estávamos fazendo o check-in no The Royal Park Canvas - Ginza Corridor. Aliás, não foi fácil achar um hotel legal porque sabíamos que tudo seria pequeno, especialmente na capital. Umas amigas que já tinham ido pro Japão me indicaram o bairro de Ginza e foi uma das escolhas mais acertadas! Mas antes de falar mais do bairro, queria terminar falando que íamos olhando a metragem dos quartos e foi assim que chegamos no hotel citado aqui. O quarto tinha um espaço bem ok - não dava pra deixar as malas grandes abertas o tempo todo, mas tinha espaço pra arrumar as roupas, uma pia grande, várias coisas legais tipo projetor no teto, caixa-de-som no banheiro, e a privada toda tecnológica, claro! O preço na época estava bem bom e ainda tínhamos desconto do hotels.com.




Ginza é uma região famosa por conter várias lojas de luxo, restaurantes Michelin, etc. Inclusive, quando falei pra minha ex-aluna japonesa que ficaríamos lá, ela respondeu "that's fancy". Mas eu confiei nas minhas amigas, e te digo com toda a certeza que valeu muito a pena! O hotel em si não era super chique não, mas o bairro todo tinha essa pegada mais upmarket. Confesso que adorei! As ruas largas, extremamente limpas, vários prédios lindos, lojas enormes e famosas, enfim, tudo agradável, sabe? Além disso, várias estações boas de metrô mega acessíveis! Mas além das Louis Vitton e Balenciaga da vida, também tem lojas mais "normais", papelarias, etc etc. Ou seja: é uma região perfeita pra se hospedar!






Estávamos com medo do jet lag, mas no fim, conseguimos dormir umas 10h direto. Os nossos planos pro primeiro dia em Tokyo realmente eram ficar mais de boa, pelo bairro mesmo, já prevendo que estaríamos mortos de cansados. Felizmente não foi o que aconteceu! Tivemos energia e disposição pra andar milhares e milhares de passos. Almoçamos num restaurante que tinha uma pequena fila na frente - e se tinha fila, deveria ser bom, né? Esse foi um dos primeiros choques culturais, porque vimos uma máquina na entrada do restaurante e deveríamos colocar o dinheiro dentro da máquina pra depois selecionar o que gostaríamos de comer - e felizmente (de novo) tinha fotos pra ilustrar! Demorou um pouco pra entendermos o sistema, mas foi. A máquina devolve o troco e imprime um bilhetinho que você entrega pro cara atrás do balcão. Uns minutos depois, a comida chega. O serviço nos restaurantes por lá no geral era muito rápido, principalmente na hora do almoço!




Nesse dia também passamos pela loja de roupa Uniqlo - na qual eu já havia comprado, mas só online, já que não tem loja física aqui. Ginza abriga a maior unidade da Uniqlo no mundo, são andares e andares de loja, é enorme mesmo! Foi interessante notar não só na loja, mas nas ruas também, o quão neutros são os japoneses. Tudo muito azul marinho, bege, branco, cinza, preto, etc.


Mas pra mim, o highlight do dia foi ter conhecido a Itoya, uma papelaria com 12 andares! Ok que o prédio em si é "magrinho", mas mesmo assim. Tudo feito com tanto cuidado, coisas tão perfeitamente embaladas e dispostas, sério, outro nível! A trilha sonora tinha uns passarinhos cantando, enfim, eu que já adoro itens de papelaria japoneses fui à loucura com tanta coisa linda pra ver! E o melhor: preços ótimos também! Além disso, turistas tem direito ao tax-free, ou seja, não pagam o imposto de consumo e isso ajuda muito pra quem quer comprar bastante. Como você vai pagando por cada andar separadamente, ficou uma confusão depois, mas uma mocinha usou o google tradutor do meu celular pra me explicar que eu poderia cancelar as compras e passar tudo no caixa do segundo andar novamente pra eles aplicarem o desconto (que é dado quando você apresenta o passaporte). Ali foi um dos primeiros exemplos práticos de como os japoneses são solícitos, fofos e extremamente educados!





Passamos no hotel pra deixar as coisas (já que estávamos pertinho) e depois de descansar um pouco, seguimos pra outra loja: a Tokyu Hands. Essa também tinha vários andares de cacarecos, itens de cozinha, papelaria, etc., porém tudo organizado, clean. A loja era um espetáculo mesmo, e lá vai a Bárbara comprar mais coisinhas....


À noite achamos um restaurante meio escondido, descendo uma escadinha numa viela, e gostamos da vibe. Tinha pessoas que claramente estavam saindo do trabalho e estavam socializando com colegas, e dessa vez tivemos que pedir a comida de um tablet que estava na mesa. De novo não tinha nada em inglês, e eu aproveitei pra abençoar mais uma vez o inventor do google tradutor com câmera! Era só apontar o celular e já dava pra ter uma ideia do que estávamos pedindo. Esse método foi infalível? Não. O garçom, com pena, nos trouxe uns menus impressos com fotos, e pedimos umas bebidas que pareciam suco mas obviamente não eram hahaha.


Esse primeiro dia já foi fantástico e estávamos maravilhados com a limpeza, silêncio, educação e estilo dos japoneses. E era só o primeiro dia de mais 9 que passaríamos nesse país...







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