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Aprender um idioma por imersão: a grande verdade

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Em janeiro de 2015 eu escrevi um post intitulado "Meu irlandês falando português" sobre o fato do meu namorado, o R. estar aprendendo português meio sem querer, só pela convivência comigo

A verdade é que esses dias eu estava conversando com ele e cheguei à uma conclusão: o R. aprendeu português por imersão. Vivendo em Dublin!

Calma, eu explico: as pessoas tem um conceito errado de imersão. Elas acham que vão morar no país que fala a língua que elas querem aprender (geralmente, inglês) e que fazendo as coisas do dia-a-dia, indo no pub, vão aprender. É o famoso "aprender na rua". Quantas vezes não ouvi gente dizendo que o inglês mesmo se aprende na rua, convivendo com os locais? 

Só que o que essas pessoas não sabem é que ninguém vai ter paciência de ajudá-las a melhorar a fluência no idioma. Você acha que o fulano do pub vai te corrigir se você falar errado? Aliás, você acha que dá pra confiar no fulano do pub, só porque ele é nativo no idioma? Já parou pra pensar que, se um estrangeiro estivesse num bar ou balada no Brasil, ele conseguiria melhorar o seu português tranquilamente com qualquer um naquele estabelecimento?

Acho que você sabe a resposta, né?

O uso de L1 no ensino de inglês

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Na minha minha primeira apresentação no mestrado tínhamos que selecionar um artigo acadêmico e fazer uma análise e crítica do mesmo. Ao me deparar com o artigo intitulado "Code-switching versus English only" não tive dúvidas de que esse seria o artigo certo pra mim.

Code-switiching é quando a pessoa mistura sua L1 (língua materna) com a L2 (língua que está aprendendo). Todo mundo que tem um bom domínio da L2 acaba fazendo code-switching, o que é absolutamente normal e aceitável... no entanto, em muitas escolas de inglês ao redor do mundo, é proibido falar a L1 em sala de aula. Ora, eu já trabalhei em diversas escolas no Brasil e em nenhuma delas éramos encorajados a falar português em sala, muito pelo contrário: tínhamos que evitá-la ao máximo.

Quando fiz minha pós-graduação no Brasil, meu tema da tese no final foi justamente o uso de L1 no ensino de inglês porque esse assunto me intriga muito!



CPE - o resultado

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A data do resultado do CPE tava pra sair no dia 23 de janeiro. Eu, de curiosa, fui olhar no site esses dias e nada. Engraçado que até um amigo veio me chamar no chat do facebook pra perguntar do resultado e falei pra ele que ainda ia demorar umas duas semanas.

Aí na última sexta eu acordei e fui checar minha caixa eletrônica, como de costume. E qual foi a minha surpresa ao ver que tinha um email dizendo que o resultado da prova já tinha saído? Como eu havia me cadastrado no site de Cambridge, recebi a notificação.

Já tremendo e suando (foi automático, comecei a suar na hora!), cliquei no link. Eu tava no celular, meu celular é lento e a página tava demorando pra abrir.... e abriu.

O resultado? O resultado foi esse aqui:

Irlandeses, vocês estão falando inglês "errado"

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Primeiramente, vamos levar o título desse post na esportiva, tá? Não é porque eu estudo inglês como segunda língua há 17 anos (porra, 17?!) nem porque fui/sou professora e muito menos porque adoro dar uma de sabichona quando se trata de idiomas. É porque gente, às vezes eu quero me contorcer quando ouço certas coisas ~irlandesas~ por aqui eu venho pensando sobre esse assunto há muito tempo e queria falar um pouco a respeito aqui no blog.

VAMOS POR PARTES: QUEM DECIDE O QUE É CERTO OU ERRADO?

Obviamente que essa discussão vai muito além dos irlandeses (ou canadenses, neo-zelandeses, americanos, etc...) falarem um inglês peculiar deles. Afinal de contas, existe um padrão na língua? Alguém é dono da língua pra dizer que x ou y é certo ou errado? Quem dita as regras? Estudiosos? Gramáticos? Linguistas? A língua pertence a quem a utiliza como nativo ou ela pode ser de estrangeiros também? A língua é de quem falou ela primeiro ou de quem faz parte da maior população que a fala?

Vou dar um exemplo: sou de São Paulo e lá a gente fala "bolacha" e não "biscoito". Eu posso afirmar que quem fala "biscoito" está errado? Não. Outro exemplo: em Pernambuco conjuga-se os verbos da segunda pessoa do singular corretamente (pelo menos no passado simples): tu comeste, tu fizeste, tu viste (não posso afirmar que isso ocorre no tempo presente, já que não lembro de ter visto pernambucanos dizerem "tu gostas" e sim "tu gosta" - já no sul do país eles conjugam da primeira forma). Com base nisso, posso dizer que os pernambucanos falam mais certo do que eu, paulistana?

Ou seja, o assunto é profundo (e maravilhosamente interessante), mas eu queria voltar pro inglês.

CPE - o grande dia!

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Acaaabooooooou! É tetr..... ops, não tô falando da Copa do Mundo de 94 não. Acabou o CPE! Acabou! Fiz a prova hoje, finalmente!!!



Que saudade que eu tava de postar no meu blog, de ler notícias, de comentar nos blogs dos amigos... foram dois meses de preparação para o exame que eu mais temia na vida. Temia porque tive a oportunidade de prestar essa prova há muito tempo e não o fiz porque não achava que tinha o nível pra passar, que não tava preparada, sei lá. O fato é que esse ano eu não deixei a oportunidade ir embora e não só me inscrevi pra fazer a prova como fiz um curso preparatório pra ajudar.

A semana toda foi tensa, cheia de pesadelos e noites mal dormidas. Eu tava bastante ansiosa, mas pelo menos consegui dormir 7 horas de ontem pra hoje, apesar de ter acordado duas vezes durante a noite. Acordei às 6h30, tomei café e fui pedalando pra UCD, onde faria a prova. Decidi ir de bike porque passo pela UCD todos os dias pra ir ao trabalho e não faria sentido ir de ônibus, a não ser que estivesse chovendo ou algo assim.

CPE - o último simulado e as expectativas

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Nem lembro a última vez que postei aqui - uma semana atrás? Acho que nunca fiquei tanto tempo longe do blog, mas foi por uma boa causa: estudar para o CPE. Mas a verdade é que nos últimos dias perdi muito da minha concentração pro exame - a data tá chegando (a prova é exatamente daqui a uma semana) e eu tô ficando ansiosa e um pouco insegura, o que me deixa confusa porque até pouco tempo eu tava bastante confiante.

A verdade é que eu fui bem em quase todos os simulados (por "ir bem" leia-se "passaria com essa nota"), tive um bom feedback das redações e tenho o apoio de muitas pessoas queridas que me incentivam no projeto. Inclusive na penúltima semana do curso preparatório que eu fiz na Your English School (excelente, por sinal) tivemos um simulado completo, na sequência de como seria na prova de verdade.

O simulado me pareceu muito fácil. Mas é porque dei um pouco de sorte - os temas dos textos não eram ruins e sei lá, acabou que a prova tava fácil pra mim naquele momento. Porque apesar do nível das provas de CPE ser sempre o mesmo, às vezes os temas e vocabulário de uma prova específica podem ser mais fáceis ou difíceis pra cada indivíduo - afinal de contas, tudo depende do nosso conhecimento e background, né?

Preparação para o CPE - parte IV

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No que se refere à preparação para o exame de proficiência de Cambridge, já falei do Paper 1 (Use of English e Reading), Paper 2 (Writing), e Paper 3 (Listening) mas faltou falar do último paper: o Speaking.

A parte oral da prova acontece num dia separado do restante e isso significa que você pode fazer essa parte tanto antes como depois do exame escrito. No entanto, para a minha surpresa, hoje saíram as datas dos exames orais e o meu caiu no mesmo dia da prova escrita! Pra ser sincera, até prefiro, porque aí não perco mais que um dia de trabalho tendo que ir até à UCD pra fazer a prova.

O speaking tem 3 exercícios principais. Ele é feito em pares (ou trios) e as notas são individuais apesar de haver interação entre os candidatos durante a prova.


Preparação para o CPE - parte III

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Hoje eu vou falar do segundo paper do CPE, o writing.

Acho que já tá implícito que eu adoro escrever, né? Sempre gostei. E quando estudava inglês adorava fazer redação e me empenhava em usar vocabulário e estruturas legais nos meus writings.

Mas escrever no blog e fazer redação na aula de inglês é um pouquinho diferente de escrever duas redações, uma atrás da outra, num exame de proficiência.

Na verdade, desde 2013 o formato do CPE mudou e eu achei a mudança toda muito positiva - a prova está mais curta e com menos questões, embora mantenha o mesmo nível de dificuldade. É tudo lindo e maravilhoso, com exceção do bendito writing. Por que antes era assim: você tinha 2 horas pra escrever 600-700 palavras divididas em duas redações. Agora você tem 1 hora e meia pra escrever poucas palavras a menos - 520 a 600.

Preparação para o CPE - parte II

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Depois de uma semana trabalhando full-time e ficando maluca com aqueles dois figurinhas me chamando pra lá e pra cá, voltei a trabalhar part-time; com isso, tenho mais tempo e disposição pra estudar, já que pelas manhãs, quando estou na aula de General English na MEC, fico estudando pro CPE e à noite quando chego do trabalho não estou tão cansada que não consiga estudar.

Agora falta um pouco menos de um mês pro exame e apesar de me sentir um pouco mais preparada, ainda fico confusa com os resultados dos meus simulados. Se no início eu estava acertando 70, 80%, agora meu rendimento caiu pra 60% e em um dos simulados acertei menos que isso, já que minha nota foi arrastada pelo desempenho ruim na parte de Reading.

São 3 exercícios de reading (tudo no paper 1 - falei nesse post aqui) e pra mim, eles são os mais chatos e difíceis da prova toda. Se eu dou a sorte do assunto dos textos ser um pouco mais agradável, consigo fazer a prova melhor do que quando o texto é sobre um assunto uó. É complicado manter a concentração e foco enquanto estou fazendo essa parte da prova, por isso tenho feito exercícios extra e mais simulados dessa parte pra treinar mais.

Recentemente o professor deu um foco maior pra parte de Listening da prova. Eu sempre tive o listening como uma habilidade muito forte - quando estudava inglês na adolescência tinha ótimas notas na parte de listening da prova e sempre tive facilidade em entender músicas, filmes, pessoas, etc. Só que a prova de listening não é somente entender o que estão falando. Se fosse algo do tipo "ouça e faça a transcrição do que você está ouvindo" eu tenho certeza que passaria com notas excelentes. A questão é que, nos exames de Cambridge, não basta entender o que estão falando, são muitas outras habilidades em jogo. Retirei algumas dicas do livro "New Proficiency Testbuilder" da Macmillan (thanks, Rê!):

Preparação para o CPE - parte I

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Então que eu vou prestar o CPE em Dezembro.

Adiei esse ~desafio~ a vida toda mas agora já era: o exame está pago, a chefe já deu folga pro dia e tô fazendo um curso preparatório pra garantir uma boa nota.

Na verdade, mesmo se eu não passar, já posso dizer que o curso valeu muito a pena. O professor é excelente e o material que ele usa também - tenho aprendido várias técnicas e dicas legais pra fazer os exercícios da prova, o que pra mim tem sido fundamental no resultado dos meus simulados.

Já fizemos 4 aulas e agora só temos mais 5, sendo que a última não será aula, mas sim uma simulação completa da prova toda - faremos o exame escrito e oral no mesmo tempo em que a prova original é feita pra termos mais noção de como a coisa será. Quer dizer, noção a gente já tem, mas é mais um tira-teima mesmo (quero ver como o google tradutor vai traduzir isso, R.!).

CPE, aí vou eu!

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CPE, CPE... como começar falando do CPE?

CPE é sigla para Certificate of Proficiency in English. É o exame de nível mais avançado de Cambridge e é bem difícil. É que, além de você ter que ser bom em inglês (gramática e uso da língua, interpretação de texto, speaking e listening), tem que saber fazer a prova. Sim, é tipo uma coisa meio vestibular: o exame tá cheio de truques e pegadinhas, sabe?

Desde a época em que eu estudava inglês, queria muito ter prestado algum certificado de Cambridge (os mais comuns são o FCE e o CAE - leia mais sobre o assunto aqui) mas por falta de grana, nunca rolou. Quando me tornei professora, estabeleci que me prepararia pra fazer a prova do CPE at some point, mas nunca, nem quando trabalhei na Cultura, me movi de fato pra encarar a bendita da prova.

A verdade é que dá um medinho e uma certa preguicinha também, porque como eu disse no primeiro parágrafo, o exame é difícil e tem que saber fazê-lo.

Aí eu nem tava pensando muito nessa história de CPE quando descobri que não poderia mais fazer o curso técnico em Childcare ao invés do General English para manter meu visto de estudante aqui na Irlanda. A frustração em não poder fazer a transferência de curso foi grande, mas tive um clique: por que não investir o valor desse curso de Childcare no CPE de uma vez por todas?

Pan ou pen?

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Me lembro que uma das coisas mais difíceis de ensinar, como professora de inglês, eram as tais long e short vowels. É uma diferença muito sutil de pronúncia que sempre deixa os alunos em dúvida - o tal do sheep ou ship, been ou bean, etc.

Bom, um outro exemplo, e pra mim o mais foda, é a diferença de pronúncia de men e man. Porque no meu ~sotaque americano~, essas palavras soam igual. Quer dizer, eu sei que elas não são iguais, inclusive dá pra ouvir bem nesse vídeo aqui. A transcrição fonética de MAN é /mæn/, enquanto a de MEN é /mɛn/. Só que em outros sotaques a diferença é mais audível - no britânico é bem fácil de perceber, ó: [man] e [men].

Aí que veja você: outro dia tava cozinhando com o R. e disse que precisava de uma panela. Ele olhou pra mim com uma cara de espanto e me questionou o porquê. Ora, e não estávamos cozinhando?!! Segue o diálogo:


Quando morar fora não faz nada pelo seu inglês

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Quantas e quantas vezes, em todos esses anos como professora de inglês, ouvi de colegas, chefes e alunos que o negócio era morar fora? Que a pessoa só ficava fluente depois de passar um tempo em outro país? Que fazer "cursinho" em escola de idiomas não era a solução pro problema de falar inglês?

São tantas besteiras que vão sendo propagadas sem ninguém saber de fato o que é real e o que não é que me dá até desgosto de trabalhar com isso às vezes. É conversa em sala dos professores, é você ouvir de alunos NA SUA CARA que depois do cuso ele vai "pra fora" pra melhorar o idioma... Mas eu sou brasileira e não desisto nunca. Não desisto de tentar fazer as pessoas entenderem que não, morar fora pode não fazer absolutamente nada pelo seu inglês.

E se antes poderia parecer inveja da minha parte porque eu nunca tinha morado fora (sim, já ouvi esse argumento!), depois de 1 ano e 4 meses de Irlanda posso garantir que vi com meus próprios olhos. Chega a ser constrangedor em alguns casos; em outros me dá até dó.

Mas vamos devagar. Primeiramente, o que é ser fluente?

Opiniões de um irlandês sobre o Brasil - a última parte

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Esse é o último post da série "Opiniões de um irlandês sobre o Brasil" e eu queria muito deixar registrado o quão feliz fiquei com a participação do R. aqui no blog. Muita gente veio elogiar por mensagens através do facebook e pelos comentários aqui e eu mostrei tudo pra ele, que ficou muito contente também. R., muito obrigada!!! :)

O assunto que deixei pro final é das barreiras linguísticas. Eu não queria deixar de dar o meu pitaco, pois é um assunto que muito me interessa e intriga. Vamos lá!

Language barrier

I don’t speak Portuguese.  While I do have some comprehension from my time with Bárbara, my vocabulary is extremely limited.  While I know the most important words “gatinha, lindinha, bonita” these aren’t much help when you need to ask the front desk of a hotel how to make a call from your room.  I was surprised that the staff at the hotel I had chosen had little to no English – that was the case with at least the night time staff.  I’ve been spoiled by travelling in Europe where staff are multilingual almost everywhere.

Irlandês diz...

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Esses dias eu tava pensando no quanto eu aprendi sobre o vocabulário britânico/irlandês nesse tempo morando na Irlanda. Apesar de ter estudado numa escola que utiliza material didático britânico, sempre houve variedade de sotaques/estilos por parte dos professores - e pra ajudar, eu sempre assisti muitos seriados e filmes americanos, o que contribuiu para a expansão do meu "inglês americano". Então ao invés de dizer "lorry", eu digo "truck" (caminhão), mas é tudo a mesma coisa, não importa.

Só que esses dias eu tava pensando que a particularidade do vocabulário irlandês merecia um espaço aqui no blog. Afinal de contas, a professora em mim não me dá descanso!

E essa palavra maravilhosa?

E o inglês, melhorou?

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Ninguém me fez a pergunta do título, mas esses dias conversando com o R., caímos nesse assunto. Depois de um ano morando fora, o meu inglês melhorou?

Não queria entrar no mérito do "morar fora". É que eu sempre fui do time (e prova viva) de que o tal do "morar fora" pode não fazer diferença nenhuma no inglês. Quantas pessoas eu conheci que moraram fora e voltaram com um bom nível de inglês? Poucas. Com quantos professores trabalhei cujo inglês era melhor do que o daqueles que nunca o haviam feito? Pouquíssimos. O fato é que eu tenho várias ideias sobre o assunto, mas o foco do post não é esse, porque eu ainda quero escrever, em detalhes, sobre a relação do morar fora com o inglês. 

O fato é que eu sempre tive esse crédito, essa carta na manga que fazia alunos ficarem curiosos- "teacher, você já morou fora"? E a resposta era negativa, e a surpresa era grande. Até brinquei com um amigo da Cultura que depois de vir pra Irlanda, toda vez que alguém perguntasse ou comentasse do meu inglês, ia dizer que eu era fluente porque morei aqui, o que não é verdade, já que eu falo inglês há muitos anos e nunca tinha saído do Brasil.

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