A menos de 50 dias de distância do intercâmbio

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Quer dizer, mais ou menos, porque o intercâmbio começou quando tive a idéia e comecei a planejar!

Essa semana pedi demissão dos meus dois empregos pra deixar tudo acertado antes de ir pra Dublin. É, dois empregos. Já fiz essa pequena loucura outras vezes na vida: por um ano, quando fazia estágio na rádio da faculdade à tarde e dava aula na Winners à noite e aos sábados. Depois, em 2010, quando trabalhava na Fisk de manhã e na Winners à tarde/noite. Mas sem dúvida o mais cruel foi o ano de 2011, quando fui admitida na seleção da Cultura Inglesa. Eu já estava comprometida com turmas na Fisk, e como nunca tive coragem de deixar coisas profissionais no meio do caminho, trabalhava lá de manhã e na Cultura no resto do dia, até às 22:00. Só que em 5 meses eu já não agüentava mais, dormia pouco, vivia correndo e abandonei o barco da Fisk.  Eu gostava muito de trabalhar lá, tive alunos incríveis, mas precisei fazer essa escolha. 

Até agora, essa tinha sido a pior fase profissional na minha vida, no sentido de ser tudo corrido, puxado. Até agora. 


Porto de Galinhas - despedida em grande estilo

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Meu último dia em Porto de Galinhas não foi bem em Porto de Galinhas.

Saímos às 8:30 para um passeio. Destino: Praia dos Carneiros.

Marcamos esse passeio com uma das empresas que oferece serviços no calçadão principal da cidade. Foi 40,00 reais por pessoa para o dia todo, o que pra nós compensou, já que se tivéssemos fechado com a empresa parceira do hostel, teríamos pago 50 reais.

A Praia dos Carneiros fica no sul do estado, há uns 60 minutos de carro de Porto. Essa praia é de propriedade particular, por isso conta com uma tranqüilidade muito bacana.


praia dos carneiros
Praia dos Carneiros: sossego total!

praia dos carneiros

Chegando lá fizemos o passeio de catamarã, que já estava incluso no preço pago anteriormente. Fiquei apreensiva de me sentir enjoada, mas ela é bem larga e como o mar não tem ondas, quase não balança. Tinha um cara no microfone animando a galera e uns frevos tocando. A galera tava bem animada, dançando e bebendo.

A primeira parada foi nas piscinas naturais. É incrível porque a distância da beira da praia é bem considerável e mesmo assim a água bate no seu joelho. Nos recomendaram descer de chinelo pois por conta dos arrecifes e pedras, é muito fácil escorregar.

Conseguimos subir, caminhar um pouco entre as pedras e depois entrar um pouco na piscina, onde é possível ver peixinhos e muitos ouriços. Antes de entrar acabei escorrendo e ralei a perna, mas só isso.


Fazendo A RYCA

piscinas naturais na praia dos carneiros
Chegando nas piscinas naturais

Galera curtindo muito pisar nas pedras!

É lindo, mas perigoso. 
Após uns 30 minutos, retornamos ao catamarã para a segunda parada: bancos de areia. Isso é outra coisa sensacional porque você tá lá, no meio do mar, mas cercado de areia e água rasa - uma delícia!


banco de areia na praia dos carneiros
Banco de areia

Esse é o máximo de nudez permitida por aqui

Depois do banco de areia, passamos pelo mangue que tem no rio que vai de encontro com o mar. O guia falou o nome do rio mas infelizmente eu não entendi. De qualquer forma, é bem interessante a formação geográfica desses mangues.


~Manguetown~

Por fim, o banho de argila: a gente desce mais uma vez pra uma pequena ilha, onde é possível passar argila (já separada em baldes) no corpo, com a promessa de rejuvenescimento. Eu passei nos braços mas particularmente não gostei, então entrei logo na água pra tirar.

O passeio de catamarã dura 2 horas e meia e ele volta pro ponto inicial: a praia dos Carneiros. Lá existem barracas com guarda-sol e um restaurante pra atender o pessoal. Almoçamos e ficamos na beira da praia, pra depois entrar na água. É tão calmo que parece até um rio! Uma beleza incrível, um lugar privilegiado... Arrisco dizer que essa é a melhor praia que visitei na vida (por diversos fatores como beleza, estrutura, exclusividade, calmaria...).



Fim de tarde...


No meio da tarde pegamos a van de volta pra Porto e à noite comemos no centro e demos uma última volta pelas lojinhas e galerias. Porto de Galinhas é muito bom!

Mas ainda tem mais férias 2013, já que de lá seguimos pra primeira capital do Brasil: Salvador!

Porto de Galinhas: o segundo dia

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O segundo dia em Porto de Galinhas foi bem cheio.

Logo de manhã saímos para o passeio Ponta a Ponta. Agendamos na recepção do hostel no dia anterior e pagamos 40 reais por pessoa. Esse é um passeio de buggy que engloba as praias de Macaraípe, Cupe, Galinhas e Muro Alto. Ele tem duração de aproximadamente 4h.

De início, passamos por Macaraípe, onde o mar é mais agitado, não muito apropriado para o banho. Por toda a praia é possível observar salva-vidas e placas de perigo. Além disso, é lá que ocorre uma das etapas do circuito nacional de surf.



praia de macaraipe, em porto de galinhas
Macaraípe: ó que coisa linda!

Mais férias?! Porto de Galinhas (PE)

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Porto de Galinhas é tudo isso que dizem: linda, muito linda e muito cara.

Fiquei por lá por 3 dias, após visitar minha família no interior de Pernambuco.

No primeiro dia, chegamos no horário de almoço e já fomos pro centro procurar algum restaurante pra matar a fome. O centro de Porto é uma gracinha, com um calçadão enorme e várias pequenas galerias com muitas, muitas lojas. Há também vários restaurantes.

Depois de almoçar, o plano era voltar pro hostel, colocar um biquíni e passar o resto da tarde na praia. Ao chegar na recepção do hostel, o atendente começou a oferecer alguns passeios, dentre eles o mergulho de cilindro. Na mesma hora, ele já foi ligando pra uma empresa que faz mergulhos pra saber se ainda dava pra fazer naquele dia, se a maré estava baixa o suficiente. Alguns minutos depois e ele já estava pedindo nossa confirmação pra fazer o mergulho dali a menos de UMA HORA! Bateu um medo e desespero de resolver assim de supetão, ainda mais porque gosto de planejar as coisas com antecedência, tudo bonitinho e tal. Mas já que estávamos de férias, bora marcar!



É português ou pernambuquês?

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Como já comentei por aqui, passei 7 dias na casa dos meus avós em Pernambuco.

E o Brasil é muito grande, e tem muita gente, e tem muitos costumes diferentes.



Ao cumprimentar alguém, por exemplo, ao contrário de São Paulo (não sei como é em outros lugares), onde damos um beijo no rosto, lá se dá aperto de mão antes de dar beijo ou abraço (pelo menos as pessoas mais velhas o fazem). Muitos comem de colher. Café-da-manhã é cuscuz com carne ou leite, nada de torradinha ou frutas.

Mas pra mim, o maior choque é a língua. Porque... é português? É português, mas é dialeto. Juro que não entendia o que alguns tios falavam e tinha que pedir pro meu vô repetir suas frases umas 2 ou 3 vezes. Além de muitos falarem rápido, falam alto e juntam todas as palavras.


Quase sertão

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A família da minha mãe é do interior de Pernambuco. Cidade pequena que até pouco não tinha todas as ruas asfaltadas, água encanada e tal.  De Recife, são quase 3 horas de viagem.

Fui pra lá ainda bebê, depois com 5, 10, 13, 19, 24 e agora, com 25 anos de idade. Me lembro de todas as vezes: as 3 primeiras de ônibus (pois é, mais de 60h de viagem), depois, avião.

Meus avós moram num sítio que fica a uns 4 km da cidade. Minha vó cuida de galinhas e vende os ovos, meu vô corta palma pra dar de comer ao pouco gado que ele cria. Com o leite, minha vó faz queijo pra vender também.

No sítio tem água encanada do açude. Tem energia elétrica, televisão e até a internet do meu celular pega rapidinho de vez em quando.

A seca por aqui nunca tinha castigado tanto como agora - quer dizer, antigamente, castigava e muito, quando minha mãe e os irmãos iam buscar água em açudes bem longe, trazendo lata na cabeça. Nos últimos 20, 30 anos, isso não aconteceu mais, principalmente depois do meu vô ter mandado construir um açude. Só que faz mais de 1 ano que não chove por lá. Nunca vi aquele açude, outrora tão cheio d'água, vazio e seco daquele jeito. É triste, mas não desesperador,  que minha família hoje tem condições de pagar um caminhão pra encher a caixa d'água, ou mandar trazer água em galões e tal.


Fortaleza: últimos dias

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Esse é o último post do meu pequeno relato sobre os 4 dias que passei em Fortaleza. Para ler os outros, clique aqui, aqui e aqui.

Meu 4° dia em Fortaleza teve praia de primeira linha. Fomos para a Praia do Beach Park.

O Beach Park é um parque aquático que conta com uma super estrutura e preços bem salgadinhos: um passaporte para um adulto custa 140 reais. Falando em salgadinho, um misto-quente custa 17,00.

Resolvemos não arriscar. Tenho medo de altura, não sei nadar, não sou muito chegada nessas aventuras de tobogã e tal. Ficamos somente na praia.

A praia do Beach Park é interessante porque você tem que entrar no parque pra ter acesso à ela , o que acaba dando mais segurança, já que o risco de ser roubado/etc lá é bem pequeno, você fica tranquilo com suas coisas nas mesas debaixo dos coqueiros na areia.



3º dia de Fortaleza e algumas surpresinhas

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Esse post é uma continuação do meu pequeno relato sobre os 4 dias que passei em Fortaleza. Para ler os primeiros, clique aqui e aqui.

No caminho de volta de Canoa Quebrada havia uns italianos na van.


Fiquei logo alerta pra tentar entender, mas tava achando meio difícil. Por isso, fiquei na minha e não falei nada.

Só que eu tava morrendo de vontade de praticar meu italiano, já que praticamente nunca tive essa oportunidade. Sou tímida, tava com medo, mas virei pra trás e lancei um: "scusa, voi siete italiani?"

O sorriso que o cara abriu valeu o caminho de volta inteiro (foram umas 2h na estrada). Derreti, mas tentei manter a compostura quando ele disse: "Sì, siamo italiani. Da dove vieni?"

Aí falei que vinha de São Paulo. Ele perguntou se o Ney era "il mio ragazzo" ao que logo respondi: "No, lui è il mio amico. Sono qui per visitarlo". Hahahaha.

Mais algumas palavras trocadas e perguntei "Come ti chiami?" e ele disse "Angelo", estendendo o braço para um aperto de mão. Nessa hora pensei: "Ô meu deus, não me deixe parecer uma besta na frente dele!". Risos.


Mini-férias em Fortaleza: continuando...

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Esse post é uma continuação do meu pequeno relato sobre os 4 dias que passei em Fortaleza. Para ler o primeiro, clique aqui.

No meu terceiro dia de Ceará fomos conhecer algumas praias.


Pra ser sincera, de praia famosa eu só havia ouvido falar em Jericoacoara, mas é longe de Fortaleza e não compensaria ir e voltar no mesmo dia. Sendo assim, o Ney acabou fechando um pacote com uma empresa que promove esse tipo de tour, o nome da empresa é Enseada. O Ney, como local, conseguiu um "descontinho" e saiu 40 reais pra cada um. Acredito que o preço varia pela sua cara/sotaque, pois um casal gaúcho que foi conosco na van pagou 60 cada um.


A van passa nos hotéis pegando as pessoas entre 7:00 e 7:30.


Nesse passeio específico, conheceríamos 3 praias: Morro Branco, Praia das Fontes e Canoa Quebrada.



Mini-férias em Fortaleza (CE)

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Fortaleza não me recebeu com muito calor; teve muita brisa. A cidade é plana, e me pareceu ser fácil circular entre as ruas. Mas por que fui pra lá mesmo?

No dia 3/01 /13 fui pra Fortaleza visitar um amigo de longa data, o Ney.


Comprei a passagem com bastante antecedência (uns 8 meses), paguei em torno de 300 reais pela TAM. O preço valeu a pena, pois na alta temporada essas passagens podem chegar em torno de 900 reais.
Só que, por esse preço, nem tudo seriam flores- o vôo sairia do aeroporto de Viracopos, em Campinas e faria uma conexão em Brasília - o que acabou sendo uma pequena vantagem, já que na volta precisaria esperar 5h pelo vôo na capital do país e poderia ver meu amigo Thiago Eduardo que mora lá.


A princípio, o que parecia uma furada  foi até bom (na ida): peguei um ônibus no terminal Tietê que vai direto pro aeroporto de Campinas. Levei 1h10 pra chegar lá, super tranquilo. Se tivesse que ir pra Guarulhos, teria um trabalho pra chegar lá e acho que levaria até mais tempo. O único problema dessa transação toda foi a volta, já que eu desembarcaria às 23:30 em Campinas. Mas minha amiga Letícia foi me salvar!



Esse flerte é um flerte fatal

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No Réveillon na colônia de férias que passei com minha família em Socorro (interior de SP) tinha um fotógrafo. Um fotógrafo muito lindo, não muito alto (importante pra baixinha aqui), cabelo castanho, olhos castanhos, barba por fazer (costumo não gostar, mas nesse caso, tava valendo muito a pena). Ele parecia uma mistura de Joshua Jackson e Jake Gyllenhaal.


joshua jackson jake gyllenhaal
Ok, ok, tô exagerando....
Verifiquei se havia alguma aliança na parada, nada na mão esquerda e nada na mão direita. Oba, sinal verde! Só que como sou tímida e não domino a arte da ~paquera~, me limitei a admirar o rapaz de longe.

No dia seguinte ele apareceu na colônia, mostrando as fotos pra galera e imprimindo-as por 5 reais.

Meu irmão foi buscar o dinheiro e minha mãe foi ao banheiro e o momento que eu mais temia aconteceu: fiquei sozinha com ele. Segue o diálogo:



Eu: Você é daqui? 
Ele: Sim, sou daqui. Tenho um estúdio fotográfico no centro - faço eventos, casamentos, o que tiver........ E aquela Nikon, é sua? (se referindo à minha máquina fotográfica, que eu carregava no dia anterior)

Eu: Sim! Tenho ela há pouco tempo. (mentira)
Ele: É uma Nikon D...?
Eu: (desesperada porque não lembrava a droga do modelo da câmera) É D51.
Ele: Não é D50? (como sou burrinha, fuck)
Eu: Isso! É que ainda to aprendendo a mexer nela. Tive aula de fotografia na faculdade, mas faz tempo e não me lembro direito...
Ele: Sim! Mas você não é daquelas que coloca no automático, né?
Eu: (rindo) Não! (Mentira!)


Aí continuei:

Eu: Mas o grande problema dessa maquina é pedir pra terceiros tirarem foto, porque como ela é grandona, assusta as pessoas.
Ele: Sim, até você explicar pra pessoa como segurar a câmera, a não olhar no visor...
Eu: Exatamente!

Nessa hora, alguém interrompeu pra ver as fotos tiradas na noite do Réveillon. Aí agradeci e dei um aperto de mão no fotógrafo gatinho.

Um aperto de mão.

E assim encerro minha já fracassada carreira de conquistadora, porque olha, não tá fácil. Pra quem sempre namorou por longos períodos, a arte de "chegar junto" continua sendo um grande mistério.

Dolce far niente

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Tive um semestre bastante ocupado - dando aula em duas escolas, trabalhando o dia todo, corrigindo redações, provas, atividades, preparando aula... Não foi fácil. Tudo o que eu queria era não fazer nada - olhar pro teto e não fazer nada.

E é o que fiz na última semana: nada.

Estava com minha família numa colônia de férias no interior e o máximo que fiz foi acompanhar o pessoal numa caminhada de 5km. Fora isso, ler um livro aqui, ficar na piscina ali, comer, dormir, comer e dormir de novo.


pinheiro pine socorro são paulo interior
Vista da Janela do hotel em Socorro (SP)

Só que não tô acostumada a não fazer nada. 


Acho que ninguém que vive em grandes cidades como São Paulo, na correria, consegue. Já nos primeiros dias estranhei, comecei a me sentir inútil, e até, veja só, culpada.


Ainda tenho 27 dias de férias e todos eles de ócio pela frente. Não posso reclamar!
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