Se você é novo por aqui, um breve resumo: de agosto/2013 à agosto/2014 eu trabalhei como babá em período integral para uma família irlandesa. Eu cuidava de duas meninas e saí do emprego pois minha chefe na época teria uns dois meses de férias e não precisaria de mim. Eles não queriam que eu saísse, mas ao mesmo tempo, eu não poderia ficar dois meses parada sem receber.
No fim das contas, foi bom pra todo mundo, porque logo comecei a trabalhar com uma outra família como babá meio período por quase dois anos. Foi uma família igualmente maravilhosa, que me tratou sempre com muito respeito e generosidade.
Enfim.
A verdade é que pra quem me conhece, sabe que nunca gostei muito de criança. Eu já tinha trabalhado com criança no Brasil já que era professora, mas confesso que essas não eram minhas turmas preferidas. Não é pra menos, é muito difícil lidar com muita criança ao mesmo tempo e a gente fica estressado mesmo.
No entanto, quando me vi procurando emprego pra me manter na Irlanda, e quando vi que os bicos não estavam resolvendo, parti pra minha última opção, que era trabalhar de babá. Eu não tinha experiência nem referências com nenhuma família, mas a minha ex-chefe, T., gostou de mim, gostou do meu inglês e me deu o emprego.
Bastaram poucas semanas pra eu me apaixonar pelas meninas. Primeiro porque elas eram muito fofas, segundo porque eu estava tendo uma experiência que nunca tinha vivido antes, de cuidar de crianças, de passar tanto tempo com elas. Foram altos e baixos, dias bons e ruins, choradeira e risadas, mas no fim das contas, um marco na minha vida, um ano inesquecível.
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Semana passada umas 5 pessoas diferentes me mandaram um link sobre uma reportagem cujo título é "As babás brasileiras humilhadas e sexualmente assediadas na Irlanda". Inclusive uma das pessoas a me mandar a matéria foi a minha mãe - imagina a preocupação dela, né? (em tempo: eu já tinha lido coisa parecida no ano passado)
Pois bem. Amigos e familiares que se preocuparam e me mandaram o link, podem ficar tranquilos: eu estou bem. Aliás, se tem uma pessoa que deu muita sorte em relação à ser babá aqui na Irlanda, essa pessoa foi eu. Trabalhei 1 ano para uma família que sempre me tratou bem, deu presentes e fez questão de manter o contato mesmo depois deu não mais trabalhar com eles. Depois passei a trabalhar com a família com a qual trabalho até hoje - no verão já serão 2 anos com eles. Eu tenho a chefe mais foda do mundo, eles são extremamente generosos e sempre me trataram muito bem - inclusive as crianças.
Tudo isso pra dizer que essa não é a realidade de muitas meninas brasileiras que fazem intercâmbio na Irlanda. Não é de hoje que ouço relatos de meninas que já sofreram humilhações e de gente que pegou traumas de trabalhar como babá por aqui. O artigo do Pragmatismo Político traz alguns relatos, como o de uma menina que diz:
Já ouvi história de menina que foi expulsa da casa sem motivo aparente, gente que já viu o pai das crianças aparecer pelado na frente dela de propósito, entre muitas outras coisas....
Pois bem. Amigos e familiares que se preocuparam e me mandaram o link, podem ficar tranquilos: eu estou bem. Aliás, se tem uma pessoa que deu muita sorte em relação à ser babá aqui na Irlanda, essa pessoa foi eu. Trabalhei 1 ano para uma família que sempre me tratou bem, deu presentes e fez questão de manter o contato mesmo depois deu não mais trabalhar com eles. Depois passei a trabalhar com a família com a qual trabalho até hoje - no verão já serão 2 anos com eles. Eu tenho a chefe mais foda do mundo, eles são extremamente generosos e sempre me trataram muito bem - inclusive as crianças.
Tudo isso pra dizer que essa não é a realidade de muitas meninas brasileiras que fazem intercâmbio na Irlanda. Não é de hoje que ouço relatos de meninas que já sofreram humilhações e de gente que pegou traumas de trabalhar como babá por aqui. O artigo do Pragmatismo Político traz alguns relatos, como o de uma menina que diz:
"Ela [a patroa] me xingava, sugeria que eu era ignorante e preguiçosa. O fato de eu comprar os mesmos produtos que ela no supermercado incomodava."
Já ouvi história de menina que foi expulsa da casa sem motivo aparente, gente que já viu o pai das crianças aparecer pelado na frente dela de propósito, entre muitas outras coisas....
De agosto de 2013 à agosto de 2014 eu trabalhei com a família M. cuidado de duas meninas: a É. e a C.
Quando comecei a trabalhar pra eles, a É. tinha 2 anos e meio e a mais nova, C., 1 ano e 2 ou 3 meses. Super pequenininhas! Foram muitos momento fofos, estressantes, divertidos e que renderam muitos posts aqui no blog (se você clicar na tag "childminder em Dublin" vai poder ler as dezenas de posts que escrevi sobre o assunto).
Pois bem. Desde que saí de lá, mantive contato com a família pois gosto deles e tenho muito carinho pelas meninas. Os visitei a cada 3 ou 4 meses e hoje as meninas estão enormes: a mais velha com quase 5 e a mais nova com 3 e meio. Detalhe: minha ex-chefe tá esperando outro bebê! Fiquei super feliz por eles pois não imaginava que eles teriam mais uma adição à família.
Aí como todo ano, eu comprei uns presentinhos simples de Natal pras meninas e mandei mensagem pra mãe delas pra saber se eu podia passar lá essa semana pra entregá-los. Ela me disse que quarta-feira seria um bom e me perguntou se por algum acaso eu gostaria de ganhar uma graninha e cuidar das meninas naquela tarde, já que a atual babá deles havia comprado uma passagem de última hora pra passar o Natal no Brasil e eles estavam fazendo malabarismos para cuidar das duas.
Quando comecei a trabalhar pra eles, a É. tinha 2 anos e meio e a mais nova, C., 1 ano e 2 ou 3 meses. Super pequenininhas! Foram muitos momento fofos, estressantes, divertidos e que renderam muitos posts aqui no blog (se você clicar na tag "childminder em Dublin" vai poder ler as dezenas de posts que escrevi sobre o assunto).
Verão de 2014 |
Pois bem. Desde que saí de lá, mantive contato com a família pois gosto deles e tenho muito carinho pelas meninas. Os visitei a cada 3 ou 4 meses e hoje as meninas estão enormes: a mais velha com quase 5 e a mais nova com 3 e meio. Detalhe: minha ex-chefe tá esperando outro bebê! Fiquei super feliz por eles pois não imaginava que eles teriam mais uma adição à família.
Aí como todo ano, eu comprei uns presentinhos simples de Natal pras meninas e mandei mensagem pra mãe delas pra saber se eu podia passar lá essa semana pra entregá-los. Ela me disse que quarta-feira seria um bom e me perguntou se por algum acaso eu gostaria de ganhar uma graninha e cuidar das meninas naquela tarde, já que a atual babá deles havia comprado uma passagem de última hora pra passar o Natal no Brasil e eles estavam fazendo malabarismos para cuidar das duas.
Não sei o que está acontecendo comigo.
Lembra da Bárbara, que odiava crianças? Aquela que dizia que nunca seria mãe, que bebês eram sem-graça, que crianças eram insuportáveis, etc, etc, etc?
Pois é.
Não sei onde aquela Bárbara está - deve ter ficado no Brasil, porque a Bárbara da Irlanda é diferente.
A Bárbara da Irlanda é babá há mais de um ano e meio e convive com crianças de segunda à sexta - já cuidou de uma faixa etária que vai de 1 ano e 3 meses pra quase 6 anos de idade.
A Bárbara da Irlanda tem amigas grávidas, recém-mães e outras amigas babás e sua timeline do facebook está repleta dessas pequenas criaturas.
Não sei se é porque estou na fase em que minhas amigas estão casando e tendo filhos e a aparição de crianças no cotidiano é maior ou se é alguma tipo de karma - a verdade é que se eu não me controlar, acabo falando de crianças com o R. o tempo todo. É inevitável. E tipo, não tô desesperada pra ser mãe ou nada do tipo (ainda tenho pavor de gravidez e muito medo de colocar a mão em barriga de grávida, vai entender). Eu acho que ter filhos não é pra qualquer um - tem que querer muito, tem que saber o que tá fazendo, tem que ter maturidade, experiência de vida, sabe?
Lembra da Bárbara, que odiava crianças? Aquela que dizia que nunca seria mãe, que bebês eram sem-graça, que crianças eram insuportáveis, etc, etc, etc?
Pois é.
Não sei onde aquela Bárbara está - deve ter ficado no Brasil, porque a Bárbara da Irlanda é diferente.
A Bárbara da Irlanda é babá há mais de um ano e meio e convive com crianças de segunda à sexta - já cuidou de uma faixa etária que vai de 1 ano e 3 meses pra quase 6 anos de idade.
A Bárbara da Irlanda tem amigas grávidas, recém-mães e outras amigas babás e sua timeline do facebook está repleta dessas pequenas criaturas.
Não sei se é porque estou na fase em que minhas amigas estão casando e tendo filhos e a aparição de crianças no cotidiano é maior ou se é alguma tipo de karma - a verdade é que se eu não me controlar, acabo falando de crianças com o R. o tempo todo. É inevitável. E tipo, não tô desesperada pra ser mãe ou nada do tipo (ainda tenho pavor de gravidez e muito medo de colocar a mão em barriga de grávida, vai entender). Eu acho que ter filhos não é pra qualquer um - tem que querer muito, tem que saber o que tá fazendo, tem que ter maturidade, experiência de vida, sabe?
Da próxima vez que eu atualizar o meu currículo, ele certamente ganhará uma nova linha na parte onde descrevo minhas qualidades: excelente gerenciamento de pessoas.
Porque dar aula pra um grupo de 20 adolescentes não é nada perto de sair com duas crianças na rua. Explico: lembra daquele post onde comentei ter trabalhado o dia todo, mais de 10 horas seguidas com os meninos? Foi super estressante e cansativo, mas aquele primeiro texto não descrevia nem metade da minha saga...
Após o almoço, as escrituras na parede e os escândalos pra sair de casa, conseguimos iniciar a jornada de ir até à biblioteca. Foi tranquilo, sossegado. Os meninos leram seus livros e pintaram por mais ou menos 1 hora antes de ficarem entediados. Como a mãe deles já havia me dito que podíamos tomar um café e comer um bolo à tarde (ela é tão fofa que até o dinheiro já tinha deixado), fomos até uma Starbucks que fica ali próxima. E aí amigo, aí é que o bicho pegou.
Você está empurrando um carrinho com uma criança de 3 anos e de olho no outro de 5 anos e meio em seu patinete. Você precisa abrir a porta (pesada) do Starbucks. Você faz um malabarismo e consegue colocar o mais velho pra dentro e empurrar o carrinho sozinha. Yes!
Porque dar aula pra um grupo de 20 adolescentes não é nada perto de sair com duas crianças na rua. Explico: lembra daquele post onde comentei ter trabalhado o dia todo, mais de 10 horas seguidas com os meninos? Foi super estressante e cansativo, mas aquele primeiro texto não descrevia nem metade da minha saga...
Após o almoço, as escrituras na parede e os escândalos pra sair de casa, conseguimos iniciar a jornada de ir até à biblioteca. Foi tranquilo, sossegado. Os meninos leram seus livros e pintaram por mais ou menos 1 hora antes de ficarem entediados. Como a mãe deles já havia me dito que podíamos tomar um café e comer um bolo à tarde (ela é tão fofa que até o dinheiro já tinha deixado), fomos até uma Starbucks que fica ali próxima. E aí amigo, aí é que o bicho pegou.
Você está empurrando um carrinho com uma criança de 3 anos e de olho no outro de 5 anos e meio em seu patinete. Você precisa abrir a porta (pesada) do Starbucks. Você faz um malabarismo e consegue colocar o mais velho pra dentro e empurrar o carrinho sozinha. Yes!
Tudo começou numa quinta-feira às oito e meia da manhã. A chefe havia pedido que eu trabalhasse o dia todo já que os meninos estavam de mid-term break tanto naquele dia como na sexta (mas eu ganhei a sexta de folga pra compensar as horas extras de quinta!). Já tinha ficado com os meninos o dia todo outras vezes e sabia que não seria fácil por motivos de: ficar com duas crianças por mais de 10 horas seguidas sem poder ligar televisão é osso.
Cheguei e logo o pai dos meninos saiu pro trabalho. Eles estavam tomando café, então aproveitei pra fazer uma torrada e tomar um chá com eles.
As primeiras horas não foram tão ruins: brincamos de lego, corremos pela casa, fizemos vários quebra-cabeças e tudo tava indo bem. A ideia era almoçar e depois ir até à biblioteca local pra ler uns livros, dar uma andada e tal.
E foi um pouco antes do almoço que tudo começou a desandar.
Primeiro que o J. é um poço de impaciência. A cada 5 minutos me perguntava se já era hora de almoçar pra poder sair de casa. Segundo que criança dentro de casa por muito tempo é criança que vai dar problema, porque logo eles começaram a implicar um com o outro.
Cheguei e logo o pai dos meninos saiu pro trabalho. Eles estavam tomando café, então aproveitei pra fazer uma torrada e tomar um chá com eles.
As primeiras horas não foram tão ruins: brincamos de lego, corremos pela casa, fizemos vários quebra-cabeças e tudo tava indo bem. A ideia era almoçar e depois ir até à biblioteca local pra ler uns livros, dar uma andada e tal.
E foi um pouco antes do almoço que tudo começou a desandar.
Primeiro que o J. é um poço de impaciência. A cada 5 minutos me perguntava se já era hora de almoçar pra poder sair de casa. Segundo que criança dentro de casa por muito tempo é criança que vai dar problema, porque logo eles começaram a implicar um com o outro.
Me disseram que cuidar de menino era diferente de cuidar de menina. E puta merda, é mesmo. Não é pior nem melhor, mas bem diferente.
A começar pela parte física: eles me empurram, me batem sem querer, pulam em cima de mim sem o menor pudor, gritam e se exaltam, enquanto as meninas no máximo puxavam o meu cabelo, sabe? Em compensação, eu sinto que eles são mais carinhosos - o J. principalmente. Ele vive me elogiando ("you look very pretty today, Barbra!") e abraçando.
E as brincadeiras? É lego, carrinho, corrida doida (correr pela casa sem fim), bag guys (eles começam a dizer um pro outro: "bad guys, bad guys, emergency, emerency" e correm pra lá e pra cá ~matando~ os bad guys), super heróis, etc. No entanto, eles são crianças pequenas e também tem momentos fofinhos, quando ficam fazendo voz mais fina pros bichinhos de pelúcia e tal. Aliás, é mó engraçado quando eu assumo a voz do brinquedo/ursinho de pelúcia e eles conversam com o mesmo como se ele fosse real - é fofo demais!
A começar pela parte física: eles me empurram, me batem sem querer, pulam em cima de mim sem o menor pudor, gritam e se exaltam, enquanto as meninas no máximo puxavam o meu cabelo, sabe? Em compensação, eu sinto que eles são mais carinhosos - o J. principalmente. Ele vive me elogiando ("you look very pretty today, Barbra!") e abraçando.
E as brincadeiras? É lego, carrinho, corrida doida (correr pela casa sem fim), bag guys (eles começam a dizer um pro outro: "bad guys, bad guys, emergency, emerency" e correm pra lá e pra cá ~matando~ os bad guys), super heróis, etc. No entanto, eles são crianças pequenas e também tem momentos fofinhos, quando ficam fazendo voz mais fina pros bichinhos de pelúcia e tal. Aliás, é mó engraçado quando eu assumo a voz do brinquedo/ursinho de pelúcia e eles conversam com o mesmo como se ele fosse real - é fofo demais!
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Batman e macaquinho! |
Eu nunca fui professora de ensino fundamental, até porque eu não tenho nem formação pra isso. No entanto, já dei aula de inglês pra crianças de 4, 5 anos e tenho família recheada de professores, logo, eu tenha uma pequena noção da área.
Aqui na Irlanda as crianças começam a ir pra escola com 4, 5 anos. Não sei exatamente como funciona, mas sei que o menino mais velho que eu cuido, de 5 anos, começou a escola esse ano - no entanto, tem meninos de 4 na sala dele também. Existem escolas públicas e particulares, mas mesmo as públicas pedem uma grana no início do ano escolar pra ajudar com alguns gastos e tal. Além disso, pelo que tenho observado, uma ou duas vezes por mês o diretor da escola manda um comunicado aos pais pedindo participação deles em algum evento e tal. Ou seja, os pais aparentemente tem bastante envolvimento com a escola (a Karine do "Ká entre nós" falou disso nesse post aqui).
O uniforme aqui é padrão: calça social, camisa e gravata pros meninos e saia com meia no joelho pras meninas. É uma gracinha, gente! Fico toda apaixonada ao ver a criançada arrumadinha na escola, mas confesso que eu odiaria ter que usar saia na época em que eu era criança e adolescente. Além desse uniforme "formal" eles também tem um tracksuit pros dias de educação física.
(Sim, o último post ainda é verdadeiro - estou aqui no malabarismo com mil coisas pra fazer e pra completar, estou trabalhando full-time essa semana. No entanto, como sou uma pessoa ~preparada~, já tinha alguns textos escritos que precisavam ser revisados e este é um deles. Agora eu vou correr pra minha bolha de CPE e logo mais volto pra cá! Não me abandona!)
Antes de começar, pra quem não está familiarizado com a palavra babysitting: babysittng é cuidar de crianças à noite geralmente porque os pais tem que sair, sabe?
É bem comum que uma au pair ou minder fique uma noite como babysitter. Algumas famílias negociam esse valor à parte, outras já incluem um ou dois babysittings por mês no pacote do salário.
Na outra família para qual trabalhei, nunca me pediram pra fazer babysitting e no emprego atual eles também nunca mencionaram o assunto.
Bom, você lembra que em julho eu tava desempregada e fiz um monte de entrevistas e tal? Uma dessas entrevistas até deu em um dia de teste, mas na época recebi proposta da minha chefe atual e resolvi trabalhar pra eles e não pra essa família pra qual fiz o teste.
Umas duas ou três semanas atrás, agora em outubro mesmo, essa família do teste me contatou por email, perguntando se eu estava indo bem no emprego novo e se eu não poderia reconsiderar trabalhar pra eles. Agradeci e falei que infelizmente não trabalharia com eles mas que se precisassem de mim uma noite pra babysitting ou algo assim, que podiam me chamar. Sabe quando você oferece por educação?
Todo mundo me disse que eu ia achar diferente cuidar de meninos e eles estavam certos: é muito diferente mesmo. No entanto, apesar de muita coisa estar dentro do esperado, algumas situações me levam a crer que eu vivo num mundo muito mais dramático agora que cuido de J. e S.
Primeiro: apesar das meninas que eu cuidava serem mais novas, elas me davam menos trabalho. Quer dizer, elas sempre queriam companhia pra brincar e até no banheiro iam comigo, mas elas eram independentes - se trocavam sozinhas sem reclamar (a mais nova estava começando por volta dos 2 anos), comiam de tudo, estavam sempre felizes. Já os meninos, mesmo sendo mais velhos, são muito chatinhos com algumas coisas - outro dia o J. de 5 anos, fez um escândalo porque disse que não sabia colocar a meia sozinho. Desculpe querido, mas você tem 5 anos, vai colocar a meia sim. E falei mesmo, porque poxa, se a É. com menos de 3 anos colocava meia sozinha, porque ele não conseguiria?
Tento tomar cuidado com as comparações: as pessoas são diferentes, as crianças também. Não é porque o fulano sabe X que o outro fulano também tem que saber, mas sigo o bom senso.
Primeiro: apesar das meninas que eu cuidava serem mais novas, elas me davam menos trabalho. Quer dizer, elas sempre queriam companhia pra brincar e até no banheiro iam comigo, mas elas eram independentes - se trocavam sozinhas sem reclamar (a mais nova estava começando por volta dos 2 anos), comiam de tudo, estavam sempre felizes. Já os meninos, mesmo sendo mais velhos, são muito chatinhos com algumas coisas - outro dia o J. de 5 anos, fez um escândalo porque disse que não sabia colocar a meia sozinho. Desculpe querido, mas você tem 5 anos, vai colocar a meia sim. E falei mesmo, porque poxa, se a É. com menos de 3 anos colocava meia sozinha, porque ele não conseguiria?
Tento tomar cuidado com as comparações: as pessoas são diferentes, as crianças também. Não é porque o fulano sabe X que o outro fulano também tem que saber, mas sigo o bom senso.
Há um tempo havia trocado mensagens com minha ex-chefe pra saber como as meninas estavam. Ela foi super simpática e disse que eles estavam todos bem e que eu podia visitá-los quando quisesse. Achei que estava cedo pra ir, mas agora no fim de setembro, com mais de um mês que eu não os via, resolvi dar as caras pra matar um pouco a saudade.
Nesse tempo em que não trabalho mais pra família M., sonhei umas duas ou três vezes com as pequenas É. e C. Num dos sonhos eu ia justamente visitá-los, abraçava a É. e chorava dizendo que havia sentido muito a falta dela.
Aí que nosso reencontro foi mais ou menos assim, mas eu juro que segurei o choro pra não ficar muito feio, porque o que chorei quando me despedi delas já compensou, né?
Quando cheguei, elas estavam lá em baixo em seus patinetes, mas não as vi. Fui estacionar a bicicleta e escutei gritos - quando olho pro lado, É. vinha correndo na minha direção, parecia cena de filme. Ela gritava de excitação e pulou em mim e me deu um dos abraços mais gostosos que já recebi. Que saudade que eu tava dela, meu deus! Ela gritava chamando a irmã dizendo que eu estava lá. C. ficou meio desconfiada - inclusive achei que ela não fosse lembrar muito de mim, mas não é que a bichinha lembrou?
Nesse tempo em que não trabalho mais pra família M., sonhei umas duas ou três vezes com as pequenas É. e C. Num dos sonhos eu ia justamente visitá-los, abraçava a É. e chorava dizendo que havia sentido muito a falta dela.
Aí que nosso reencontro foi mais ou menos assim, mas eu juro que segurei o choro pra não ficar muito feio, porque o que chorei quando me despedi delas já compensou, né?
Quando cheguei, elas estavam lá em baixo em seus patinetes, mas não as vi. Fui estacionar a bicicleta e escutei gritos - quando olho pro lado, É. vinha correndo na minha direção, parecia cena de filme. Ela gritava de excitação e pulou em mim e me deu um dos abraços mais gostosos que já recebi. Que saudade que eu tava dela, meu deus! Ela gritava chamando a irmã dizendo que eu estava lá. C. ficou meio desconfiada - inclusive achei que ela não fosse lembrar muito de mim, mas não é que a bichinha lembrou?
Semana passada completou um mês que estou trabalhando com a família C. - uma família extremamente bacana, generosa, que me deixa extremamente à vontade. Pelo menos dos meus chefes, não tenho NADA do que reclamar. Já as crianças, bem as crianças...
J. tem 5 anos e é muito, muito espertinho. Ele iniciou a escola esse ano e por isso tem se adaptado à nova rotina, já que antes ele ficava na creche o dia todo e agora sai 13h30 da escola e fica comigo e com o irmão em casa à tarde. Ele é animado e extremamente criativo: usa tudo que é reciclável pra criar robôs, carros voadores, guindastes, etc. O único problema é que J. é muuuuuuuuuuuito impaciente. Ele não aguenta esperar nada! E quando o bichinho tá tentando fazer alguma coisa e não consegue, fica frustrado, bravo, diz que é useless e tudo mais.
Já o mais novo, S., tem 2 anos e meio. Ele é bonzinho, brinca sozinho e consegue se distrair facilmente. Depois de 4 semanas, ele já acostumou comigo, às vezes pede colo e se peço um abraço, ele me vem me abraçar todo contente. O porém do S. é que ele é meio mimadinho. Acho que os pais ainda o tratam como bebê, mas ele não é mais bebê. Tanto é que, quando contrariado, S. começa a gritar, chorar, se jogar no chão. Eu mantenho minha poker face e digo: "S., why are you crying like this? you're not a baby anymore, you're 2 and a half, you're a big boy". Ele não aceita e grita de volta "I'm nooooot a big boy!!!! I'm a baaaaaaaaaaby".
J. tem 5 anos e é muito, muito espertinho. Ele iniciou a escola esse ano e por isso tem se adaptado à nova rotina, já que antes ele ficava na creche o dia todo e agora sai 13h30 da escola e fica comigo e com o irmão em casa à tarde. Ele é animado e extremamente criativo: usa tudo que é reciclável pra criar robôs, carros voadores, guindastes, etc. O único problema é que J. é muuuuuuuuuuuito impaciente. Ele não aguenta esperar nada! E quando o bichinho tá tentando fazer alguma coisa e não consegue, fica frustrado, bravo, diz que é useless e tudo mais.
Já o mais novo, S., tem 2 anos e meio. Ele é bonzinho, brinca sozinho e consegue se distrair facilmente. Depois de 4 semanas, ele já acostumou comigo, às vezes pede colo e se peço um abraço, ele me vem me abraçar todo contente. O porém do S. é que ele é meio mimadinho. Acho que os pais ainda o tratam como bebê, mas ele não é mais bebê. Tanto é que, quando contrariado, S. começa a gritar, chorar, se jogar no chão. Eu mantenho minha poker face e digo: "S., why are you crying like this? you're not a baby anymore, you're 2 and a half, you're a big boy". Ele não aceita e grita de volta "I'm nooooot a big boy!!!! I'm a baaaaaaaaaaby".
Depois de um ano trabalhando como minder e ter passado por váááárias entrevistas e me candidatado a diversos anúncios, cheguei a algumas conclusões que podem ajudar quem tá pensando em ser au pair/minder na Irlanda.
Primeira coisa: se você quer um emprego melhorzinho, tem que saber inglês. Não adianta. Se você não consegue se comunicar nem entender o que as crianças querem (se eles já souberem falar), dificilmente vai conseguir uma vaga live out. Minha ex-chefe, por exemplo, disse que me contratou mesmo sem experiência porque eu era a única candidata que falava inglês...
Em segundo lugar: referências fazem uma puta diferença. Percebi que da segunda vez em que procurei emprego de babá, o fato de mencionar que eu tinha referência irlandesa fez com que muitas pessoas entrassem em contato comigo. A experiência profissional também, mas acho que a referência contou bem mais. Por isso, acho que poderia ser uma boa ideia fazer um trabalho voluntário aqui pra adquirir mais desenvoltura ao falar inglês, além de poder trabalhar com irlandeses e ter referências pra futuras buscas de emprego.
Depois, acredito que saber dirigir faça uma boa diferença no salário. Vi várias vagas boas de childminder part-time pra ganhar 14, 15 euros por hora se soubesse dirigir. Muitas pedem habilitação daqui, mas acho que isso pode ser conversado - lembrando que a habilitação brasileira só vale no nosso 1º ano aqui.
Primeira coisa: se você quer um emprego melhorzinho, tem que saber inglês. Não adianta. Se você não consegue se comunicar nem entender o que as crianças querem (se eles já souberem falar), dificilmente vai conseguir uma vaga live out. Minha ex-chefe, por exemplo, disse que me contratou mesmo sem experiência porque eu era a única candidata que falava inglês...
Em segundo lugar: referências fazem uma puta diferença. Percebi que da segunda vez em que procurei emprego de babá, o fato de mencionar que eu tinha referência irlandesa fez com que muitas pessoas entrassem em contato comigo. A experiência profissional também, mas acho que a referência contou bem mais. Por isso, acho que poderia ser uma boa ideia fazer um trabalho voluntário aqui pra adquirir mais desenvoltura ao falar inglês, além de poder trabalhar com irlandeses e ter referências pra futuras buscas de emprego.
Trabalho voluntário em Dublin - parte I
Trabalho voluntário em Dublin - parte II
Depois, acredito que saber dirigir faça uma boa diferença no salário. Vi várias vagas boas de childminder part-time pra ganhar 14, 15 euros por hora se soubesse dirigir. Muitas pedem habilitação daqui, mas acho que isso pode ser conversado - lembrando que a habilitação brasileira só vale no nosso 1º ano aqui.
Comecei um novo emprego na semana retrasada. Agora sou minder de dois meninos - o J., de 5 anos, e o S., de 2 anos e meio.
Eu estava em processo de adaptação e portanto, trabalhando poucas horas por dia, que aumentaram meio gradativamente até finalmente eu chegar na carga horária definitiva, que é das 13h às 18h30 (das 12h às 18h30 no início de setembro por algumas semanas). No início começava mais tarde e ia buscar os meninos na creche e brincava com eles em casa até a mãe chegar.
Nos primeiros dias a Barbara (não eu, minha chefe!) me acompanhou até a creche onde os meninos ficam durante o dia. O mais velho foi simpático e conversou numa boa, ele tá bem acostumado com as cuidadoras da creche e não tem vergonha de interagir. Já o mais novo estava extremamente desconfiado e não quis me dar 'oi' nem 'tchau'.
No 3º dia rolou uma interaçãozinha com ele, mas só.
Eu estava em processo de adaptação e portanto, trabalhando poucas horas por dia, que aumentaram meio gradativamente até finalmente eu chegar na carga horária definitiva, que é das 13h às 18h30 (das 12h às 18h30 no início de setembro por algumas semanas). No início começava mais tarde e ia buscar os meninos na creche e brincava com eles em casa até a mãe chegar.
Nos primeiros dias a Barbara (não eu, minha chefe!) me acompanhou até a creche onde os meninos ficam durante o dia. O mais velho foi simpático e conversou numa boa, ele tá bem acostumado com as cuidadoras da creche e não tem vergonha de interagir. Já o mais novo estava extremamente desconfiado e não quis me dar 'oi' nem 'tchau'.
No 3º dia rolou uma interaçãozinha com ele, mas só.
Quando vim pra Irlanda, sabia que teria trabalhar com coisas que não tinham absolutamente nada a ver com a minha área de atuação no Brasil. Estava disposta a encarar qualquer coisa, assim como muitos intercambistas que vem pra cá. Aquele espírito de "topo qualquer desafio" era o meu lema.
De todas as possibilidades aqui (cleaner, recepcionista, trabalhar em pub, garçonete, etc), a única da qual fugi foi ser babá. Eu já tinha dado aula pra criança no Brasil, nunca gostei de criança na vida e me dava arrepios pensar em exercer essa função aqui. Só que os meses foram passando e só saber falar inglês não era suficiente pras vagas de emprego para as quais eu aplicava. Me restou a última solução: ser childminder.
Bom, primeiramente devo dizer que não considerei ser au pair, ou seja, viver com a família. Eles pagam muito pouco (por volta de 100 euros por semana, quando não menos) e eu simplesmente não queria perder minha liberdade de ir e vir. Conheço muita gente que trabalhou de au pair aqui e sempre se sentiu sem graça na casa "dos outros". O fato é que pra muita gente que chega aqui sem saber falar inglês, ser au pair acaba sendo uma opção bacana pra imersão na cultura irlandesa e ter uma casa sem contas pra pagar. Conheço gente, inclusive, que mesmo ganhando esse pouco salário fez várias viagens pela Europa.
De todas as possibilidades aqui (cleaner, recepcionista, trabalhar em pub, garçonete, etc), a única da qual fugi foi ser babá. Eu já tinha dado aula pra criança no Brasil, nunca gostei de criança na vida e me dava arrepios pensar em exercer essa função aqui. Só que os meses foram passando e só saber falar inglês não era suficiente pras vagas de emprego para as quais eu aplicava. Me restou a última solução: ser childminder.
Bom, primeiramente devo dizer que não considerei ser au pair, ou seja, viver com a família. Eles pagam muito pouco (por volta de 100 euros por semana, quando não menos) e eu simplesmente não queria perder minha liberdade de ir e vir. Conheço muita gente que trabalhou de au pair aqui e sempre se sentiu sem graça na casa "dos outros". O fato é que pra muita gente que chega aqui sem saber falar inglês, ser au pair acaba sendo uma opção bacana pra imersão na cultura irlandesa e ter uma casa sem contas pra pagar. Conheço gente, inclusive, que mesmo ganhando esse pouco salário fez várias viagens pela Europa.
Na minha terceira semana buscando emprego (começo de julho) e tentando o boca-a-boca forte com as minhas amigas au pairs e minders, acabei tendo a sorte de encontrar a B. no parquinho. Ela disse que também tava procurando outro emprego e que uma família tinha parecido muito bacana mas era longe pra ela e emendou perguntando se eu não queria que ela me indicasse pra eles.
Ela indicou e me passou o email da mulher, que também chamava Barbara. Seria um sinal?
Mandei meu email e ela respondeu super fofa marcando uma entrevista ainda pra mesma semana.
A residência dessa família fica um pouco longe do que tô acostumada - Stillorgan. Pedalando deu uns bons 50 minutos, mas isso porque eu não conhecia o caminho direito. Acredito que daria uns 45 se eu já conhecesse o caminho, mas num dia de vento com certeza daria uma hora. Enfim.
Geralmente as entrevistas duram meia hora; essa durou uma. A mulher era muito simpática e os meninos fofos - 2 e 5 anos. Ela conversou muito comigo e disse que tinha gostado de mim. No final da entrevista disse que na verdade tinha gostado muito de mim e que conversaria com o marido pra prosseguirmos com o processo de "admissão".
Ela indicou e me passou o email da mulher, que também chamava Barbara. Seria um sinal?
Mandei meu email e ela respondeu super fofa marcando uma entrevista ainda pra mesma semana.
A residência dessa família fica um pouco longe do que tô acostumada - Stillorgan. Pedalando deu uns bons 50 minutos, mas isso porque eu não conhecia o caminho direito. Acredito que daria uns 45 se eu já conhecesse o caminho, mas num dia de vento com certeza daria uma hora. Enfim.
Geralmente as entrevistas duram meia hora; essa durou uma. A mulher era muito simpática e os meninos fofos - 2 e 5 anos. Ela conversou muito comigo e disse que tinha gostado de mim. No final da entrevista disse que na verdade tinha gostado muito de mim e que conversaria com o marido pra prosseguirmos com o processo de "admissão".
Acordei às 5 da manhã hoje, chorando - tinha tido um pesadelo com as meninas. No sonho, eu me despedia delas, coisa que faria mais tarde ainda hoje. Eu não queria dizer tchau.
Foi um dia comum: fomos à biblioteca, parque, brincamos em casa, comemos juntas, vimos até um pouco de TV (porque era último dia e no último dia pode). Comprei sorvetes, que havia prometido há algumas semanas, e os devoramos após o dinner. A mais velha grudou em mim à tarde toda e disse, do nada, "I love you very very very very much".
Eu sabia que choraria, mas nossa, como doeu.
Até o pai delas chorava e dizia-se triste por eu não trabalhar mais com a família. Quando ele chegou às 17h pra que eu pudesse ir embora, elas entraram em estado de negação e se recusaram a me abraçar pra dizer tchau. Ficaram pulando e cantando alto na sala e não ouviam o pai as chamando pra se despedir de mim. Eu queria muito dar um abraço nelas, mas confesso que já estava tão triste que teria ido embora sem dizer nada mesmo.
Foi um dia comum: fomos à biblioteca, parque, brincamos em casa, comemos juntas, vimos até um pouco de TV (porque era último dia e no último dia pode). Comprei sorvetes, que havia prometido há algumas semanas, e os devoramos após o dinner. A mais velha grudou em mim à tarde toda e disse, do nada, "I love you very very very very much".
Eu sabia que choraria, mas nossa, como doeu.
Até o pai delas chorava e dizia-se triste por eu não trabalhar mais com a família. Quando ele chegou às 17h pra que eu pudesse ir embora, elas entraram em estado de negação e se recusaram a me abraçar pra dizer tchau. Ficaram pulando e cantando alto na sala e não ouviam o pai as chamando pra se despedir de mim. Eu queria muito dar um abraço nelas, mas confesso que já estava tão triste que teria ido embora sem dizer nada mesmo.
Como vocês sabem, eu tô tava desempregada. Só que quando minha ex-chefe me disse que não precisaria de mim por dois meses, ela especificou que na última semana de julho teria que trabalhar e que caso eu não tivesse arrumando nenhum trabalho nesse período, poderia trabalhar lá.
Eu não tinha conseguido nada até a última semana de julho - na verdade, tinha, mas pra começar sóóóó no fim de agosto. Sendo assim, eu topei - precisava do dinheiro pra pagar as contas!
Foi uma delícia rever as meninas. Elas estão grandes, espertas e divertidas. A É. há tempos já não tem aquelas crises chatas, enquanto a C., apesar de estar muito reclamona, continua divertida e fofa. Foi uma festa quando me viram e grudaram imediatamente: se eu vou na cozinha, vão atrás, se vou no banheiro, vou atrás. Mas já acostumei e acho até graça.
Confesso que foi foda trabalhar das 9h às 17h com as duas no meu pé por 5 dias seguidos quando estava desacostumada com essa rotina. Depois do primeiro dia parecia que um caminhão tinha passado em cima de mim! De forma geral, foi bom voltar e passar o tempo não só com elas, mas também as meninas que trabalham de childminder ali na região - vez ou outra combinamos playdates com as crianças à tarde e é bom. Também deu pra rever a Nivea e o E.!
Eu não tinha conseguido nada até a última semana de julho - na verdade, tinha, mas pra começar sóóóó no fim de agosto. Sendo assim, eu topei - precisava do dinheiro pra pagar as contas!
Foi uma delícia rever as meninas. Elas estão grandes, espertas e divertidas. A É. há tempos já não tem aquelas crises chatas, enquanto a C., apesar de estar muito reclamona, continua divertida e fofa. Foi uma festa quando me viram e grudaram imediatamente: se eu vou na cozinha, vão atrás, se vou no banheiro, vou atrás. Mas já acostumei e acho até graça.
Confesso que foi foda trabalhar das 9h às 17h com as duas no meu pé por 5 dias seguidos quando estava desacostumada com essa rotina. Depois do primeiro dia parecia que um caminhão tinha passado em cima de mim! De forma geral, foi bom voltar e passar o tempo não só com elas, mas também as meninas que trabalham de childminder ali na região - vez ou outra combinamos playdates com as crianças à tarde e é bom. Também deu pra rever a Nivea e o E.!
Depois de três semanas procurando emprego, recebo uma ligação numa segunda à noite: a mulher tinha visto meu anúncio no Roller Coaster e queria saber se eu ainda tava procurando emprego. Eu disse que sim e marcamos uma entrevista pro domingo passado, já que ela estaria viajando a trabalho durante a semana.
Domingo eu tava lá no horário combinado. Eles estavam procurando uma babá nova porque a atual, que está com eles há mais de três anos, recebeu oferta de emprego em outro país e se mudaria em duas semanas. Putz, substituir alguém que tá com eles há tanto tempo seria foda, mas beleza. Os meninos tem 4 e 6 anos, idades que não me assustam muito.
Tanto o pai quanto a mãe estavam presentes na entrevista, a primeira que fiz assim em todo esse tempo. Acho isso bacana, pois já mostra que o pai é bem presente. E de fato, ele conduziu boa parte da entrevista e fez anotações sobre o que eu dizia - perguntaram da rotina no meu ex-trabalho, sobre meus planos de ficar mais tempo na Irlanda, etc.
Domingo eu tava lá no horário combinado. Eles estavam procurando uma babá nova porque a atual, que está com eles há mais de três anos, recebeu oferta de emprego em outro país e se mudaria em duas semanas. Putz, substituir alguém que tá com eles há tanto tempo seria foda, mas beleza. Os meninos tem 4 e 6 anos, idades que não me assustam muito.
Tanto o pai quanto a mãe estavam presentes na entrevista, a primeira que fiz assim em todo esse tempo. Acho isso bacana, pois já mostra que o pai é bem presente. E de fato, ele conduziu boa parte da entrevista e fez anotações sobre o que eu dizia - perguntaram da rotina no meu ex-trabalho, sobre meus planos de ficar mais tempo na Irlanda, etc.
O verão aqui bomba, não só porque o calor é de matar mas porque as crianças estão de férias da escola. Isso significa que, se você é au pair/childminder ou algo do tipo, provavelmente vai trabalhar o dia todo e em dobro com o pique da criançada na estação.
Ficar com um bebê de até uns 2 anos de idade é fácil - você faz pequenos passeios pelo bairro, sai pra caminhar, vai no parquinho e pronto. No meu caso até pouco tempo, ficar com uma de 2 e uma de 3 o dia inteiro sem fazer nada diferente não dá. Não dá. É ruim pra eles e péssimo pra você, porque o dia não termina nunca. Aí tava pensando em jeitos de fazer os dias passarem mais rápido no verão e lembrei de alguns lugares em que já estive ou já ouvi dizer que são legais pra levar a molecada. Lembrando que todas as dicas são de lugares free ou que custam pouquinho, porque se você trabalha para uma família como a que eu trabalho, eles nunca vão te dar dinheiro pra fazer nada de diferente com as crianças, afff!
Se você não está muito longe do centro (e se está, pode ir de carro, ônibus ou LUAS) dá pra ir pro Stephen's Green passar um dia, fazer um pique-nique e correr com as crianças na grama. Dá pra ir no Phoenix Park também, só que como ele é mais afastado, acho mais jogo o Stephen's Green mesmo. Também dá pra ir na Merrion Square - estão construindo um playground ali que deve ficar pronto logo!
Ficar com um bebê de até uns 2 anos de idade é fácil - você faz pequenos passeios pelo bairro, sai pra caminhar, vai no parquinho e pronto. No meu caso até pouco tempo, ficar com uma de 2 e uma de 3 o dia inteiro sem fazer nada diferente não dá. Não dá. É ruim pra eles e péssimo pra você, porque o dia não termina nunca. Aí tava pensando em jeitos de fazer os dias passarem mais rápido no verão e lembrei de alguns lugares em que já estive ou já ouvi dizer que são legais pra levar a molecada. Lembrando que todas as dicas são de lugares free ou que custam pouquinho, porque se você trabalha para uma família como a que eu trabalho, eles nunca vão te dar dinheiro pra fazer nada de diferente com as crianças, afff!
Se você não está muito longe do centro (e se está, pode ir de carro, ônibus ou LUAS) dá pra ir pro Stephen's Green passar um dia, fazer um pique-nique e correr com as crianças na grama. Dá pra ir no Phoenix Park também, só que como ele é mais afastado, acho mais jogo o Stephen's Green mesmo. Também dá pra ir na Merrion Square - estão construindo um playground ali que deve ficar pronto logo!