O primeiro mês de 2018 acaba hoje e até agora tô meio sem entender - como assim já acabou janeiro? Honestamente, cada ano que passa eu sinto que o tempo passa mais e mais rápido. Parece que foi ontem que voltamos de férias do Brasil e amanhã já entra fevereiro, meu deus!
Esse começo de ano foi meio esquisito pra mim: o retorno das férias foi super agridoce e algumas mudanças aconteceram no trabalho, pra completar essa confusão toda de sentimentos. Nada muito diferente não, mas voltei à trabalhar dando aula pra turmas novas, então tive que aprender os nomes, conhecer gente nova... tudo isso tira a gente da zona de conforto. Antes eu tinha as mesmas turmas desde, sei lá, agosto - até dezembro. Então os alunos me conheciam, tava tudo tranquilo.
Aí você começa turmas novas, alunos novos... e sempre rola aquela desconfiança - "mas você que é a professora?". Eu sei que minha vida de professora aqui na Irlanda será sempre acompanhada desse sentimento, principalmente vindo de alunos brasileiros, mas mesmo assim, às vezes irrita um pouco.
No nosso primeiro dia de fato no Atacama, fizemos um passeio com a Andes Travel que faria várias paradas: começaríamos pelas Lagunas Antiplânicas (com uma pausa antes pra visitar um povoado), seguiríamos pra Piedras Rojas, pararíamos pra almoçar em Socaire e por fim iríamos pro Salar de Atacama. Foi um dia super cheio, mas acho que valeu a pena fazer tudo isso - vale lembrar que fomos de cara fazer um passeio de altas altitudes, mas sobrevivemos todos, rs.
O passeio para as Lagunas saiu cedinho - estávamos prontos às 7 da manhã e às 7 e 20 a van chegou para nos buscar no hostel. Fizemos algumas paradas pra pegar mais algumas pessoas e logo seguimos em direção ao local. O trajeto todo dura mais de uma hora e faz uma mescla entre "boas estradas" e estradas de terra.
No entanto, fizemos uma primeira parada no Povoado de Toconao, uma vilazinha a pouco menos de 40km de San Pedro que contém menos de 800 habitantes. Ali na região o guia já explicou que o verde da região tem origem no que eles chamam de micro-clima. A água da cordilheira dos Andes desce até a região, e por conta da água, há vida. Então tanto esse povoado como San Pedro na verdade são um oásis no meio do deserto, graças aos Andes. Os frutos gerados pelas árvores da região contém bastante vitamina C por conta dessa água que vem da cordilheira.
Lagunas Antiplânicas
O passeio para as Lagunas saiu cedinho - estávamos prontos às 7 da manhã e às 7 e 20 a van chegou para nos buscar no hostel. Fizemos algumas paradas pra pegar mais algumas pessoas e logo seguimos em direção ao local. O trajeto todo dura mais de uma hora e faz uma mescla entre "boas estradas" e estradas de terra.
No entanto, fizemos uma primeira parada no Povoado de Toconao, uma vilazinha a pouco menos de 40km de San Pedro que contém menos de 800 habitantes. Ali na região o guia já explicou que o verde da região tem origem no que eles chamam de micro-clima. A água da cordilheira dos Andes desce até a região, e por conta da água, há vida. Então tanto esse povoado como San Pedro na verdade são um oásis no meio do deserto, graças aos Andes. Os frutos gerados pelas árvores da região contém bastante vitamina C por conta dessa água que vem da cordilheira.
Já no avião de Santiago para Calama percebi que essa viagem seria diferente de todas as outras que já havia feito na vida. A vista da janela do avião era praticamente coisa de outro mundo - sobrevoar os Andes e ao mesmo tempo ver a imensidão daquele deserto era um indício que estávamos prestes a sermos bombardeados com paisagens maravilhosas. Mas tudo a seu preço, claro: o pouso do avião não foi nada suave. Acredito que pela geografia do lugar, os ventos ficam meio cruzados e olha... tive que respirar muito fundo e olhar pra frente o tempo todo pra não passar mal!
Depois de todo aquele rolê do aeroporto de Calama para San Pedro, chegamos. E San Pedro de Atacama é exatamente como eu imaginava: cheia de terra, de turista e de agências. A população não passa de 2 mil habitantes, e suspeito que a grande maioria trabalha mesmo com turismo, porque a cidade gira em torno disso: são agências, restaurantes, lojas, tudo para atender o turista. E falando em turistas, um dos guias disse que uns 50% dos turistas no Atacama são chilenos mesmo e dos outros 50%, uns 60% é brasileiro. Ouvimos muito português por lá e sempre tinha brasileiro nos tours que fizemos!
San Pedro fica a 2.400 metros de altitude, mas a gente não sentiu muito não. Claro, o clima é bem seco - alguns de nós tivemos dificuldade pra dormir (nariz entupia), garganta seca... e falando em nariz, algumas vezes sentia até ele meio sangrando, mas só quando o assoava, sabe? Faz parte. A pele ficou seca, boca super seca... tudo seco! Mas beleza, já esperávamos. No entanto, em termos de passar mal por causa de altitude, não aconteceu, pelo menos não a 2.400 metros de altitude!
Depois de todo aquele rolê do aeroporto de Calama para San Pedro, chegamos. E San Pedro de Atacama é exatamente como eu imaginava: cheia de terra, de turista e de agências. A população não passa de 2 mil habitantes, e suspeito que a grande maioria trabalha mesmo com turismo, porque a cidade gira em torno disso: são agências, restaurantes, lojas, tudo para atender o turista. E falando em turistas, um dos guias disse que uns 50% dos turistas no Atacama são chilenos mesmo e dos outros 50%, uns 60% é brasileiro. Ouvimos muito português por lá e sempre tinha brasileiro nos tours que fizemos!
San Pedro fica a 2.400 metros de altitude, mas a gente não sentiu muito não. Claro, o clima é bem seco - alguns de nós tivemos dificuldade pra dormir (nariz entupia), garganta seca... e falando em nariz, algumas vezes sentia até ele meio sangrando, mas só quando o assoava, sabe? Faz parte. A pele ficou seca, boca super seca... tudo seco! Mas beleza, já esperávamos. No entanto, em termos de passar mal por causa de altitude, não aconteceu, pelo menos não a 2.400 metros de altitude!
Olha, difícil ter uma viagem onde tudo, absolutamente tudo, dê certo. Sempre tem algum plano que você tem que mudar, um horário, um trajeto, alguma coisa. Tem também aqueles mega problemas tipo ser assaltado, perder algo de valor, e nesse sentido já adianto que não aconteceu nada de mal. Mas essa viagem pro Chile teve perrengue e planos furados - alguns por puro azar, outros por sacanagem de outros, e finalmente, alguns simplesmente pela época do ano em que estivemos por lá.
Sem mais delongas, vamos tirar o elefante da sala e falar de todos os perrengues de uma vez. Assim só sobra coisa boa pros próximos posts!
Isso nem foi um perrengue em si, mas acabou desencadeando em uma série de coisas que nos impossibilitou de ver as estrelas no deserto do Atacama. Mas com calma chego no fim desse causo. Nós sairíamos de SP às 8 da manhã e nosso segundo vôo, pra Calama, sairia às 14h de Santiago. Nosso plano era estar na cidade de San Pedro no máximo às 18h. No entanto, um dia antes, enquanto fazíamos o check-in, percebemos que o horário do vôo pra Calama aparecia como 16h e pouco.
Nem eu e R. nem minha mãe e irmão recebemos nenhum tipo de notificação (compramos dois pares de passagens separados, foram duas reservas) e fiquei frustrada. Uma empresa grande como a LATAM não avisar? Estranho. Mas ok. Nem pensamos que isso afetaria em nada.
Sem mais delongas, vamos tirar o elefante da sala e falar de todos os perrengues de uma vez. Assim só sobra coisa boa pros próximos posts!
#1 O vôo mudou de horário e não fomos notificados
Isso nem foi um perrengue em si, mas acabou desencadeando em uma série de coisas que nos impossibilitou de ver as estrelas no deserto do Atacama. Mas com calma chego no fim desse causo. Nós sairíamos de SP às 8 da manhã e nosso segundo vôo, pra Calama, sairia às 14h de Santiago. Nosso plano era estar na cidade de San Pedro no máximo às 18h. No entanto, um dia antes, enquanto fazíamos o check-in, percebemos que o horário do vôo pra Calama aparecia como 16h e pouco.
Nem eu e R. nem minha mãe e irmão recebemos nenhum tipo de notificação (compramos dois pares de passagens separados, foram duas reservas) e fiquei frustrada. Uma empresa grande como a LATAM não avisar? Estranho. Mas ok. Nem pensamos que isso afetaria em nada.
Nós compramos nossas passagens para ir ao Brasil ainda no primeiro semestre de 2017, e logo em seguida minha mãe sugeriu de passarmos o Ano Novo fora.
A primeira ideia foi nordeste, claro. Tenho família em Pernambuco e seria uma maneira de rever familiares AND passar uns dias numa praia por ali, o que é sempre uma boa ideia - lindas praias e água quentinha, certo? Pois é. A questão é que vôos + acomodação pro nordeste pro final de ano é sempre uma facada no peito.
Até chegamos a pesquisar passagens para São Luís do Maranhão - e aproveitaríamos para conhecer os famosos lençóis maranhenses, porém não é a melhor época para ver os lençóis. Além disso, na mesma época minha mãe viu umas passagens para Santiago no Chile e nos empolgamos com a ideia de passar mais uma virada de ano fora - isso meio que já está virando uma pequena tradição nossa, já que em 2013, quando minha mãe e irmão vieram me visitar em Dublin, fomos passar a virada de ano em Praga; em 2016, novamente com a visita deles aqui, fomos pra Barcelona.
Além disso, uma rápida pesquisa mostrou que passagens + acomodação no Chile seria mais barato do que o mesmo pacote no Brasil. Infelizmente alta temporada no nordeste brasileiro requer muito mais grana!
Oi, 2018!
Incrível como os anos tem passado cada vez mais rápido - e eu aqui pensando: será que é porque tô ficando mais velha? O fato é que a década de 2010 já está no final e fico besta quando conheço alguém nascido nos anos 2000 que já é quase adulto, rs.
Tirando essas divagações de lado, aproveito o climinha invernal lá fora pra refletir sobre as últimas férias no Brasil. No momento aqui em Dublin fazem uns 5 graus e tem chovido desde cedo - daqui a pouco saio para trabalhar e já tô pensando que vou ter que usar minhas roupas à prova d'água, o que significa que terei que sair mais cedo, já que colocar as roupas em casa e tirá-las quando chegar no trabalho acrescenta facilmente mais uns 10 minutos no meu trajeto. Sem contar o fato de que o vento lá fora tá em torno de 20 e poucos km por hora, então levarei mais do que os habituais 15 minutos para pedalar até a escola.
Incrível como os anos tem passado cada vez mais rápido - e eu aqui pensando: será que é porque tô ficando mais velha? O fato é que a década de 2010 já está no final e fico besta quando conheço alguém nascido nos anos 2000 que já é quase adulto, rs.
Tirando essas divagações de lado, aproveito o climinha invernal lá fora pra refletir sobre as últimas férias no Brasil. No momento aqui em Dublin fazem uns 5 graus e tem chovido desde cedo - daqui a pouco saio para trabalhar e já tô pensando que vou ter que usar minhas roupas à prova d'água, o que significa que terei que sair mais cedo, já que colocar as roupas em casa e tirá-las quando chegar no trabalho acrescenta facilmente mais uns 10 minutos no meu trajeto. Sem contar o fato de que o vento lá fora tá em torno de 20 e poucos km por hora, então levarei mais do que os habituais 15 minutos para pedalar até a escola.