Phoenix Park e conhecendo mais do centro

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Sábado passado foi dia de conhecer o maior parque urbano da Europa: o Phoenix Park. De casa é bem pertinho! Na verdade, esse parque é gigantesco e engloba várias áreas de Dublin. Ele é um parque, mas não um parque fechado, tipo o Ibirapuera em São Paulo - há algumas entradas mas estas não fecham, porque afinal de contas,  até carros e ônibus passam por dentro dele. 



O dia tava meio cinza, mas mesmo assim, havia grande quantidade de pessoas passeando - alguns turistas tirando foto, adolescentes reunidos na grama, amigos jogando futebol e muitos andando de bicicleta ou patins. O Phoenix Park é tão grande que tem até zoológico dentro dele. A residência oficial do presidente também é lá! Em quase duas horas no parque, conhecemos um pequeno trecho, sério. É muito verde pra desbravar!




Domingo turistei um pouco mais. Eu soube que tava rolando um festival na cidade com workshops, teatro, shows, essas coisas. Um dos eventos (de graça, claro) que me interessou foi um walking tour no centro, mais precisamente na avenida O'Connell. Uma especialista em história/arquitetura faria uma caminhada com a galera explicando os monumentos e prédios da avenida mais famosa e movimentada de Dublin. 

Encontrei a Bia lá e começamos o tour. A moça se apresentou, e já achamos esquisito porque ela própria não segurava o microfone, então a voz dela não ficava bem projetada, sabe? Ela falou um pouco da estátua do Daniel O' Connell e pediu para darmos a volta nela pra outros comentários. Só que aí um outro cara começou a falar. Falou por alguns segundos e pediu para acompanhá-lo no próximo monumento. Seguimos o cara.



Depois de falar sobre a outra estátua da avenida, o cara perguntou pra Bia e pra mim de onde éramos e se estávamos no tour certo. Opa, estamos no tour certo sim, senhor! Ele sorriu e deu sequência nas explicações, mas antes de seguir pro próximo monumento, insistiu na pergunta: "vocês estão MESMO no tour certo?"

"Sim, é o walking tour do festival, não é?"

"Não dear, esse tour aqui é outro e já tá acabando. O de vocês tá lá atrás!"

Ops, lá vamos nós voltar pra estátua inicial, onde nosso grupo ainda estava.

A mulher que dava as explicações com certeza não tem habilidade de falar em público, porque a coitada parecia tão nervosa/insegura! Não dava pra ouvir direito, tava chovendo... estávamos quase desistindo. Mas aí ela começou a falar do Spire, e foi tão interessante que resolvemos ficar.

O Spire é um ponto de referência pra todo mundo aqui. Ele fica bem no meio da principal avenida da cidade. E é um troço gigante de aço que não tem  como não chamar a atenção.

Não coube na foto, então vai uma do Google:



Esse monumento foi instalado ali em 2003 e foi escolhido numa votação. É criação de um inglês, que propõe, com essa obra, algo polêmico e moderno, já que todas as outras estátuas da O' Connell remetem ao passado, e essa, ao futuro. A idéia da "lança" pontuda é justamente essa: mirar o céu, almejar grandes aspirações, sabe? Na base do Spire tem umas estampas espelhadas - que eu sempre julguei serem o aço descascado (hahaha), mas não, elas tem um porquê: o espelho faria uma referência à população de Dublin, as pessoas que por ali passam todos os dias.

Depois do Spire, também achei interessante a explicação sobre o monumento dedicado ao Parnell. Eu nunca tinha reparado, mas ao redor dele você consegue ver os nomes das províncias da Irlanda e de todos os condados do país.

Céu azul, mas tinha acabado de cair mó chuva!

A especialista responsável pelo tour era uma irlandesa bem da sem graça que não tinha modulação na voz, empolgação, enfim, nada disso. Mas passeio cultural e de graça a gente tá aproveitando, né não?
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