Antes que o mês acabe

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Só pra não deixar abril passar em branco, resolvi dar as caras rapidamente por aqui. Não tenho novidades, nada mudou no (meu) mundo, mas como eu trato esse blog como um diário, gostaria de voltar aqui no futuro e saber como eu estava nesse momento da minha vida.


A rotina tá super monótona, ainda estamos em lockdown na Irlanda (já perdi as contas de há quanto tempo estamos em casa!), e ainda que já tenha se passado mais de um ano desde que tudo isso começou, é difícil aceitar que não temos controle de nada, que os planos mudam e que as coisas não saem como o esperado.


Antes de falar de mim em particular, queria fazer um panorama geral de como as coisas estão por aqui: até agora, 25% da população recebeu a primeira dose - e pouco mais de 10% ambas as doses. Teve muito bafafá se vacina X ou Y seria segura pra pessoas de idade X ou Y, e no fim, entre essas desconfianças e demoras na entrega de vacinas, tudo segue muito lento na Europa. 




Uma comparação entre os exames DELE (espanhol) e CELI (italiano)

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Eu nunca fui muito fã de provas, exames... como professora, vejo essa questão como bastante problemática em diversas maneiras, mesmo. Mas por outro lado, se é preciso, de alguma forma, testar o conhecimento de alguém de uma maneira padrão, as provas servem, né?


As pessoas tem diferentes níveis de fluência e conhecimento, sendo que esses níveis podem ser mais acadêmicos ou não, mais formais ou não. Não quero entrar nesse mérito, porque não é nem o objetivo do post, mas queria fazer essa intro pra dizer que: óbvio que passar num exame oficial não significa que você "é fluente" numa língua, mas no meu caso específico, saber que tenho um exame pra fazer me empurra, me direciona, me faz estudar! Na época em que tava me preparando pra prova de italiano, por exemplo, ouvi muuuuito podcast na língua, li e escrevi mais... e é a mesma coisa que tá acontecendo agora com o espanhol. 


Mas enfim, bóra pra comparação entre essas duas provas? Vou falar sobre o DELE (prova de espanhol) e CELI (prova de italiano) no nivel B2, que é o pré-avançado.




E vamos de espanhol!

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Nunca foi segredo pra ninguém que eu adoro aprender outras línguas, entender outras culturas e me sentir uma cidadã do mundo. Desde criança isso foi super incentivado em casa principalmente pelo meu pai, que falava um pouquinho de inglês e sempre fez questão que fizéssemos um curso em uma boa escola.


Além disso, pela questão familiar paterna, ele também tinha muito contato com espanhol. Meus avós paternos são ambos filhos de espanhóis que foram ao Brasil quando jovens, então meu pai lembra de seus avós falando espanhol com ele e tal. Aliás, essa é uma outra história que eu gostaria de registrar por aqui qualquer dia desses... mas voltando: apesar dos meus avós terem nascido e crescido no Brasil e falarem sempre português, eles entendiam espanhol e cantavam musiquinhas, falavam algumas palavras, então querendo ou não, a língua sempre esteve presente na minha vida.


Eu nunca falei direito sobre esse assunto aqui no blog, e como este nada mais é do que um diário da minha vida, achei que valia a pena trazê-lo à tona!


Janeiro tá azul

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Eu me considero uma pessoa de sorte: vivo num lugar que gosto muito, e poucas coisas afetam o meu humor, me deixam pra baixo. O clima aqui, por exemplo, afeta muita gente, a falta de sol e escuridão deprimem, o que nunca foi o meu caso.


Ainda assim, desde o ano passado tenho tomado vitamina D por insuficiência que apareceu em exame de sangue, e além disso desde setembro/outubro tenho feito acompanhamento semanal com terapeuta. Acho importante cuidar da saúde mental, e já que tenho tempo e dinheiro pra isso, tô fazendo.


Mas tá, o que eu queria dizer que eu passei o ano todo de 2020 até bem otimista. Apesar de pandemia, de ter adiado casamento, de ter sido impedida de realizar muitos sonhos, eu me sentia feliz, com saúde, tranquila de ter um teto, de ter conforto, de não ter perdido ninguém pra essa droga desse vírus. Não tenho o direito de reclamar de nada! Ou tenho?




Retrospectiva 2020

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Mesmo nesse ano de merda que foi 2020, eu não queria deixar a tradição de lado: chegou o último post do ano, aquele de retrospectiva! Nos últimos anos comecei a separar esse post em dois: um de viagens e um de outras coisas que rolaram na vida. Como não rolaram viagens em 2020 (apenas cancelamentos e decepções), vamos de um post só pra não passar em branco. Você pode ler a retrospectivas dos anos anteriores clicando nos links: 2019, 2018, 2017, 2016, 2015, 2014, 2013, 2012. E as retrospectivas de viagens aqui: viagens 2019, viagens 2018, viagens 2017, viagens 2016, viagens 2015.


Eu tinha muitos planos pra 2020: estávamos planejando uma viagem pro Marrocos em fevereiro/março, viajaria pra Budapeste numa mini despedida de solteira em maio, me casaria na Irlanda em julho e receberia amigos e família vindo do Brasil, faríamos passeios pela Irlanda e tudo mais. Pro segundo semestre, o plano era curtir a vida de casada e passar o natal com a família no Brasil.


No âmbito profissional, eu tava começando a me interessar por teacher training e até surgiram duas oportunidades - uma na escola onde trabalho e outra em uma escola que acabou fechando na pandemia.


Fora isso, queria começar a fazer terapia e talvez algum exercício físico, coisa que vinha postergando há séculos.



Aniversário pandêmico

Ninguém imaginou que 2020 seria como tem sido, não é mesmo? Distanciamento social, máscaras, pessoas morrendo, sistemas de saúde não dando conta de uma porra de uma pandemia.


A minha expectativa pra esse ano antes de tudo isso acontecer era de passar o meu aniversário fora. Nesses anos morando na Irlanda eu viajei muito, muito mesmo, mas nunca no aniversário. A verdade é que o fim de ano é bem corrido aqui pra gente, porque duas semanas antes do meu dia tem o aniversário do R., e aí começam os preparativos de Natal... então já viu. Sem contar as festinhas, reuniões de fim de ano, acaba que não sobra tempo pra estar fora daqui em dezembro.


Massss, como eu disse, minha expectativa era de poder viajar, aproveitar pra ver mercadinho de Natal... e no fim, passei o dia primeiro de dezembro em casa, mas tudo bem! Olhando pro ano e mundo como um todo, tenho muita sorte de estar com saúde, empregada, e ter recebido tanto amor e carinho, ainda que virtuais.



A capital do Camboja e as tragédias daquele lugar

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O Camboja é um país que faz fronteira com a Tailândia, Laos e Vietnã e contém em torno de 15 milhões de habitantes. Sua língua oficial é o khmer e 97% da população é budista.


Assim como o Laos, o Camboja foi um protetorado da França entre 1887 e 1949, e nos anos 70 o país estava sob uma República Khmer, e é essencial falar disso porque os dois dias em que passamos na capital do país foram praticamente só pra aprender mais sobre o período.



Entre golpes de Estado, neutralidade durante a Guerra do vizinho Vietnã e desavenças políticas, em 1975 o líder Pol Pot mudou o nome do país pra Kampuchea Democrático e com o apoio e influência da China, transformou o país. Ele prezava pela agricultura e não interferência ocidental, e com isso destruíram escolas, templos, deixaram de usar a medicina ocidental, etc. Estima-se que entre um e dois milhões de pessoas (de 8 milhões) morreram executadas.


Primeiras impressões: Camboja

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Eu e R. fizemos uma viagem de seis semanas pelo sudeste asiático em março/abril de 2018. Levei muito tempo, mas fiz posts sobre vários aspectos da viagem, incluindo resumos de primeiras impressões e detalhes sobre cada país/cidade que visitamos, com exceção do Camboja.


Não sei por qual motivo, mas o tempo foi passando, e ele vai escorrendo pelos dedos. Quanto mais velha eu fico, mas eu sinto em como o tempo se vai rapidamente, e se a gente não registra, não escreve, não fotografa, as memórias se vão, os detalhes são vão junto com o tempo. E aí que me dei conta que nunca tinha escrito sobre nosso penúltimo país dessa viagem tão foda!


Na época fiz algumas anotações (que já não tenho mais), então esses posts vão se basear 100% na ordem das fotos que tirei, no nosso arquivo excel onde tínhamos o planejamento da viagem, nos horários das passagens que ainda temos no nosso dropbox, etc.



Até começar a planejar aquela viagem, eu nunca tinha pensado muito sobre o Camboja, não sabia quase nada. A única imagem que me vinha à cabeça eram os templos de Angkor Wat, e só. Saímos de lá tendo aprendido muito mais sobre a cultura, a história, e as tragédias que assolaram aquele povo.


Ainda dá tempo de postar em Outubro?

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Sem querer, acabei deixando pra escrever um post por mês. Nem é porque cansei de blogs ou do meu próprio blog, pelo contrário! Continuo acompanhando alguns, e nesse mês de outubro o Barbaridades completou 9 anos. NOVE ANOS!

Nesse rolê de pandemia, lockdown, reabertura, mudanças no trabalho, mesmo tendo mais tempo livre, senti menos vontade de vir escrever. Continuo dando muito as caras no instagram, que apesar de ser uma rede social super criticada me traz muitos benefícios, mas confesso que por lá ser uma coisa mais rápida e interativa, acabo deixando o blog de lado.



Mas, como sempre digo, isso é um livro virtual de memórias, e faço questão de bater meu ponto aqui como um presente pra Bárbara do futuro.


E o que tem rolado nessas últimas semanas?


Algumas horas em Washington DC em plena primavera

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Esse post está praticamente um ano e meio atrasado, mas antes tarde do que nunca! Além disso, como eu já disse várias vezes por aqui, esse humilde blog é um diário virtual, e eu queria deixar registrada essa visita que fizemos à capital dos EUA em 2019.

Em tempo: sei que no momento em que escrevo esse post estamos passando por uma pandemia mundial, e sabe-se lá quando e como a vida voltará ao normal, se as pessoas poderão viajar livremente como faziam antes, e se alguém no futuro encontrará esse post pesquisando sobre um stopover em Washington. De todo modo, fica pra posteridade!

Nunca tive vontade de ir especificamente pra Washington, mas o que rolou foi o seguinte: em 2019, quando fomos ao Brasil, fizemos nossa conexão nos EUA. Eu queria muito conhecer Nova York, e tinha essa possibilidade de parar por lá na ida. Quando compramos as passagens, a conexão da volta São Paulo - Dublin seria em NY também, mas vimos uma opção de parada em Washington. Pensamos: por quê não?

Washington, EUA


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