Desde o primeiro dia não me senti bem, não me senti confortável. Não ia dar conta, não gostei das pessoas, percebi que aquilo não era pra mim. Achei melhor "pedir as contas".
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"Pede pra sair, porra!" |
Mas a busca por emprego continuou: mandei currículo, saí entregando, me inscrevi em outros sites de au pair e na terça-feira fui pra uma entrevista.
Confesso que tinha mandado e entregado tanto currículo que não sabia nem qual era a vaga direito. Sabia que era relacionado à vendas, mas nem nos meus piores pesadelos pensei que fosse acontecer o que aconteceu.
Mas deixa eu começar do começo.
Rolou uma greve de ônibus aqui em Dublin que durou 3 dias Pois é, greve de ônibus, coisa que nunca acontece aqui. Durou domingo, segunda (que aqui foi feriado) e terça. As pessoas tiveram que se virar com LUAS, táxi, caronas, pernas e pés.
Peguei o LUAS e andei um bom pedacinho pra chegar no local da entrevista.
Cheguei lá e achei a recepcionista muito familiar. Ela pediu pra eu preencher um cadastro - muito parecido com um cadastro que preenchi na minha primeira entrevista aqui em Dublin.
Aí o entrevistador chegou e........ SIM, ERA O MESMO ENTREVISTADOR DA MINHA PRIMEIRA ENTREVISTA AQUI. Mas era outra empresa, outro lugar. Como assim?
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Minha cara quando vi o cara |
Acho que ele me reconheceu mas ficou sem graça de falar algo. Me entrevistou, me elogiou, me explicou do trabalho e respondeu as minhas várias perguntas. E essa vaga era a temida vaga: door-to-door representative. Pior do que isso: além de ter que sair vendendo coisa nas casas das pessoas, só rola salário se você vender. Ou seja, thanks, but no thanks.
Voltei à estaca zero. Quer dizer, à estaca um*.
* estaca um: dar aulas particulares de inglês :)