Um dia em Liverpool - a primeira parte

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O vôo pra Liverpool sairia bem cedo no sábado, às 07h30 da manhã - na verdade, nem é assim tão cedo, mas não tinha ônibus pro aeroporto a essa hora e tivemos que dividir um transfer pra lá.

Chegamos no aeroporto, apresentamos o passaporte, passamos pela segurança e em pouco tempo embarcamos. Cerca de 25 minutos antes já estávamos dentro do avião esperando decolar.

Viagem curtinha, em menos de 40 minutos chegamos no John Lennon Liverpool Airport.

Primeiro passeio do nosso roteiro já matamos ali mesmo: foto com a estátua "do homem":



Depois, no andar de baixo, pedimos informação pra mocinha - já sabíamos qual ônibus deveríamos pegar pra região do Albert Dock (o 500), e ela indicou em qual ponto ele parava. Compramos o cartão que dá direito a pegar vários ônibus no mesmo dia - super moderno, já que a moça raspou com uma caneta a data correspondente à compra, tipo raspadinha! O cartão custou 3,60 libras e valeu muito a pena, pois a gente já sabia que pegaríamos vários ônibus no dia.

O ônibus 500 é expresso, então em uns 20, 25 minutos, chegamos no ponto final, a estação Liverpool One, que fica DE FRENTE ao Albert Dock. De lá já avistamos uma roda-gigante que deu um gostinho de London Eye e seguimos para nosso segundo passeio do dia: o Beatles Story, museu que conta toooooda a história dos meninos de Liverpool.




A entrada pra estudante custou 12 libras - isso porque compramos o passeio completo, que incluia também uma exibição 4D e uma galeria do Elvis Presley. O atendente, ao ver meu cartão de estudante, perguntou:

"Are you Brazilian?"

O estranho é que não, não tá escrito no meu cartão de estudante que sou brasileira, muito menos no meu cartão de débito do banco da Irlanda. Perguntei como ele sabia que eu era brasileira e ele deu uma risadinha. Depois perguntei se muitos brasileiros visitavam o museu e ele respondeu afirmativamente.

Pegamos o áudio guia e embarcamos no mundo dos Beatles.

E aqui, uma ressalva: eu gosto de Beatles, ouvi na infância, tenho todos os álbuns em mp3 e sei uma ou outra coisa mais pessoal da vida dos caras, mas não sou nenhuma beatlemaníaca e achei algumas sessões do museu pouco interessantes. Tem fotos legais, tem objetos legais, tem reproduções legais, mas não dá pra ficar olhando tudo porque cansa - além disso, o museu tava bem cheio.



Duas horas depois, terminamos a visita e já fomos nos informando onde poderíamos seguir com o tal do filme 4D e da exposição do Elvis. Ambas ficavam num outro prédio ali perto.

Tava meio garoando e muito frio na rua, mas em menos de 10 minutos já estávamos no local certo. Eles exibem o filme 4D de 20 em 20 minutos e sim, chegamos 1 minuto tarde demais pra pegar a sessão das 13h, então resolvemos visitar o Elvis primeiro. Fotos não eram permitidas nessa exibição - uma pena, porque tinha muita foto legal, muita coisa bacana. Acho sempre interessante pensar em como Elvis Presley foi grande inspiração pra John Lennon, e como eles eram tão diferentes e tão iguais ao mesmo tempo. Elvis com seu rebolado nunca antes visto enlouqueceu as mulheres - coisa que parece tão normal hoje, né? Mas pensa que enquanto você vê menininhas loucas gritando pelo Justin Bieber ou até pouco tempo pelos Backstreet Boys ou New Kids on the Block, há 50 anos Elvis Presley inaugurou essa loucura toda.

Uma coisa que eu nunca imaginei é que o Rei do Rock'n'Roll e os Reis do Iê-Iê-Iê se encontraram pessoalmente. Esse encontro não foi registrado, mas na exposição eles contam que quando os Beatles viram o Elvis ficaram em estado de choque, olhando pra ele sem dizer nada. Aí, Elvis todo fanfarrão disse: "Cêis vão ficar aí olhando pra mim sem falar nada? Então vou voltar pro meu quarto..."

Depois de aprender um pouco sobre Elvis, voltamos pro salão principal pegar a fila pra exibição do 4D.

Foi uma experiência muito, muito legal. Era uma animação que não tinha muito a ver com os Beatles em si (com exceção, claro, da trilha sonora), mas gente, que demais! As cadeiras mexiam, espirraram água na gente, enfim, diversão mesmo. As pessoas se surpreenderam e riram bastante durante a curta exibição do filme.

Com fome, decidimos comer alguma coisa e compramos o meal deal do Tesco (Tesco é amor, Tesco é vida): por 3 libras (aqui em Dublin é 3 euros), você compra um lanche bem gostoso + bebida + sobremesa. Sentamos nas escadas de um prédio do outro lado da rua pra nos abrigarmos da constante garoa e seguimos pro próximo passeio da nossa lista - o Museu de Liverpool.

O legal desse museu é que ele é 1) de graça e 2) muito interativo. Tava bem cheio, mas mesmo assim, tranquilo pra se movimentar. O museu tem 3 andares e conta tudo sobre Liverpool - quem morava lá no começo, quem mora lá hoje, transporte, comida, vestuário, esportes, música, enfim, tudo relacionado à cidade de maneira geral. No último andar tinha bastante coisa interativa e de tempo em tempo eles exibiam um filme sobre... adivinha, os Beatles! A gente entrou na sala e ficou animado pois o vídeo é projetado nas paredes, que tem um formato semi-circular. Foi demais! Vídeo curtinho que terminou com uma frase linda do Paul McCartney que era mais ou menos assim: "Você pode sair de Liverpool, mas Liverpool nunca vai sair de você".



Depois de passar mais umas boas horas no museu (e lembrando, estávamos começando a ficar cansados e não vimos tudo lá), saímos em busca da famosa Penny Lane, casa do John Lennon, Strawberry Field e Cavern Club - pub onde os Beatles começaram a tocar. E também falta contar que quase perdemos o vôo de volta pra Dublin, mas a segunda parte fica pra próxima!

ps: O Rick já falou no blog dele sobre nossa viagem e é sempre legal ver o ponto de vista de outras pessoas, né? O mesmo passeio mas textos completamente diferentes!
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