Matando as saudades das "minhas" meninas

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De agosto de 2013 à agosto de 2014 eu trabalhei com a família M. cuidado de duas meninas: a É. e a C.

Quando comecei a trabalhar pra eles, a É. tinha 2 anos e meio e a mais nova, C., 1 ano e 2 ou 3 meses. Super pequenininhas! Foram muitos momento fofos, estressantes, divertidos e que renderam muitos posts aqui no blog (se você clicar na tag "childminder em Dublin" vai poder ler as dezenas de posts que escrevi sobre o assunto).

Verão de 2014

Pois bem. Desde que saí de lá, mantive contato com a família pois gosto deles e tenho muito carinho pelas meninas. Os visitei a cada 3 ou 4 meses e hoje as meninas estão enormes: a mais velha com quase 5 e a mais nova com 3 e meio. Detalhe: minha ex-chefe tá esperando outro bebê! Fiquei super feliz por eles pois não imaginava que eles teriam mais uma adição à família.

Aí como todo ano, eu comprei uns presentinhos simples de Natal pras meninas e mandei mensagem pra mãe delas pra saber se eu podia passar lá essa semana pra entregá-los. Ela me disse que quarta-feira seria um bom e me perguntou se por algum acaso eu gostaria de ganhar uma graninha e cuidar das meninas naquela tarde, já que a atual babá deles havia comprado uma passagem de última hora pra passar o Natal no Brasil e eles estavam fazendo malabarismos para cuidar das duas.

Como minhas aulas na UCD já acabaram (e entreguei todos os trabalhos, uhu!), estou com dois dias livres na semana e topei: seria uma graninha vindo em boa hora (a situação tá ficando preta) e eu poderia matar a saudade das minhas gatinhas!

Peguei as instruções de como chegar nas escolas das duas e fui. Eu sabia que elas poderiam ficar desconfiadas, pois provavelmente não lembram de mim, mesmo eu visitando a família algumas vezes no ano. Normal, elas eram tão pequenas quando eu cuidava delas, né? Cheguei no Montessori da C. e ela nem abriu a boca pra falar nada. No entanto, ela foi me mostrando o caminho pra escola da irmã e foi se soltando. Mostrei umas fotos nossas no celular pra ela acreditar que eu já havia sido babá delas e depois de uns minutos, já tava toda falante e serelepe. Quando a É. saiu da escola ganhei muitos abraços e aí que as duas desembestaram a falar. Eu não sabia quem escutar primeiro! hahaha

Pegamos o ônibus pra casa delas e o pai me encontrou na região pra me dar a chave da casa. Elas estavam todas felizes e animadas. Brincamos de sereias, de fazer pulseiras, desenhos, bonecas; dançamos, cantamos e conversamos bastante. Que delícia passar essa tarde com essas figurinhas!

A mais velha está no junior infants, primeiro ano escolar aqui na Irlanda. Ela estuda numa escola irlandesa, já que a família é muito interessada na língua e cultura irlandesa e fazem questão. Ela ama! Me ensinou várias palavrinhas e cantou músicas em irlandês pra mim.

Já a mais nova está indo no Montessori, que é tipo antes da escola. Ela ainda não terá idade pra ir pra escola ano que vem, portanto fará o Montessori novamente, mas numa escola irlandesa também, pra se preparar pra escola "de verdade" que será a mesma da É., irmã mais velha.

Elas são cheias de energia e imaginação, brincam juntas (mas também brigam um pouquinho) e são cheias de perguntas. Que saudade de quando a É. ficava nos "why" infinitos dela! E que saudade da C., tão pequena e divertida!



A mãe delas chegou à noite, me deu jantar, pagou as horas trabalhadas e me trouxe de carro de volta pra casa. Fico feliz em manter esses laços com eles - como eu disse, as meninas não se lembrarão de mim, mas o efeito que elas causaram em mim é muito grande e duradouro e para mim, isso basta. É um sentimento muito especial.
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