Wake me up when September ends

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Setembro veio e setembro foi com uma velocidade impressionante pra mim, de verdade! Sempre tenho essa sensação de que a segunda parte do ano passa mais rápido, e dessa vez não tem sido diferente. E, se durante o verão tivemos vários eventos em família e com amigos, pelo menos setembro deu uma pequena trégua e conseguimos descansar mais.


Comecei o mês tomando café com uma amiga irlandesa que fiz numa dessas atividades de mães e bebês, a gente tem tentado se ver uma vês por mês mais ou menos e tem dado certo. Também passamos umas horas no Brazil Day onde a P pôde ouvir música brasileira e brincar um pouco e a gente comer uns quitutes da terrinha!


Também no começo do mês, a minha cantora favorita, Laura Pausini, anunciou que vai fazer uma turnê mundial ano que vem e em 2027, e me organizei e consegui comprar ingressos! Estou super animada, pena que ainda vai demorar muito, hahaha.




Licença-maternidade na Irlanda

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Esse post vem com muito tempo de atraso, mas como sempre, pra mim o que mais importa é o registro em si. Quando eu estava de licença-maternidade, usava muito o instagram como um apoio: pra desabafar, reclamar, pedir conselhos e também compartilhar. Mas, a gente sabe que as redes são efêmeras, e sabe-se lá se as informações presentes ali sumirão no futuro. Além disso, como dei uma pausa do instagram em si (e mesmo agora que voltei, tenho ficado somente uns minutinhos por dia), achei que poderia trazer algumas coisas discutidas lá, pra cá.


A minha ideia com esse post não é explicar como funciona a licença-maternidade na Irlanda, pagamentos, direitos, nem nada disso - isso aí tá tudo no Google hahaha. Na verdade eu queria contar um pouco sobre como foi a minha licença - as coisas que fiz, não fiz, os lugares que descobri, atividades com bebês, e tudo que me fez sobreviver um pouco à esse período tão complicado! 


Vou pular a parte da depressão pós-parto, dos dias sem parar de chorar, da raiva, angústia e vontade de sair correndo pras colinas e vou direto pra quando a P tinha uns 4 ou 5 meses de idade: foi quando de fato comecei a me sentir mais corajosa em sair de casa com uma neném tão pequena. Comecei com umas aulas de baby massage oferecidas pela própria maternidade e foi muito bom pra começar a me acostumar com essa rotina de tomar café da manhã correndo, arrumar a bebê sozinha e pegar o carro.




O que aprendi em 3 meses sem instagram

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Sempre fui das redes sociais, das novidades, da tecnologia. Poxa, chegamos a ter Windows 95 lá em casa! Por influência do meu pai, o interesse nessas coisas sempre esteve presente. E não foi diferente com smartphones, aplicativos, redes sociais. Mas, como contei nesse post aqui, chegou um momento em que eu percebi minha vida tomada por uma raiva, um incômodo, e eu sabia que precisava dar um tempo. As redes, principalmente o instagram, tavam me fazendo mal.


Não achei que fosse durar tanto tempo, mas também adianto que não fiquei esses 100 dias sem entrar nenhuma vez. Apaguei o aplicativo do celular, mas de junho à setembro, em umas 3 ou 4 ocasiões, entrei pelo navegador pra ver mensagens e começar uma limpa na lista de quem eu seguia. Só então baixei o aplicativo de volta, mas ainda sem postar. Coloquei o timer pelo próprio iphone pra não passar de 15 minutos diários e fiquei em choque em como esses 15 minutos passam voando.


Mesmo eu não tendo mensagem pra responder, não tendo postado nada. Só de ver alguns stories (da minha lista já limpa e mais seleta!), os 15 minutos se vão muito, muito rápido. E aí é mais uma prova de como aquilo é um buraco negro sugador de tempo alheio...


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Agosto e os meses "ber"

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Agosto foi, assim como junho e julho, um mês muito cheio de atividades. Algumas por teimosia e insistência minha em sempre ter algo no horizonte, outras por acaso do destino ou planos feitos há tempos atrás. De qualquer forma, acho que a melhor forma de viver, pelo menos pra mim, é estar assim ocupada. É cansativo e às vezes dá vontade de não fazer nada, mas depois de fazer nada por um curto período de tempo, fico entediada.


E o que rolou em agosto? Encontro com outros amigos que tem filhos foi o mais notável! Começamos o mês almoçando com um casal de amigos do R que mora perto da gente - na verdade, o cara trabalhou com o R por muitos anos na antiga empresa. Eles tiveram filho poucas semanas antes da gente após muitos anos de tentativas e perdas, então ficamos muito felizes por eles.


Num outro fim de semana, fomos num evento para famílias em Farmleigh. Quem me contou desse evento e me convidou foi a M, uma mãe que conheci numa dessas aulinhas pra criança que eu levava a P quando estava de licença-maternidade. No fim foi uma delícia, tava um dia lindo e a gente até participou de uma leitura do livro novo da minha amiga Tarsila, que tava fazendo evento por lá.



Éramos 3, agora somos 10

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Conheci a A e a C quando trabalhei na Cultura Inglesa, no longínquo 2011. A gente se deu muito bem de cara, e além de passar os intervalos do trabalho batendo papo, muitas vezes pegávamos o metrô na saída do trabalho juntas, fora fazer uns rolês além do horário de trabalho quando possível.


Na verdade, nem trabalhamos juntas tanto tempo assim, porque eu mesma vim pra Irlanda em 2013 e elas mudaram de filial na época - então no fim das contas, a gente conviveu pouco tempo, porém o impacto foi profundo. Além disso, o destino deu um jeito de colocar a gente em caminhos parecidos, mas em lugares diferentes do planeta: em vim pra Irlanda fazer o que seria inicialmente um intercâmbio de 1 ano (que virou imigração que já dura 12 anos); a C conheceu um holandês numa viagem pela Europa na mesma época, namorou a distância e se mudou pra Holanda (há também 12 anos); por fim, a A conheceu um italiano numa viagem de fim de ano, se apaixonaram e coisa de um ano depois, lá estava ela de mala e cuia na Alemanha.





Terremoto

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A maternidade pra mim tem sido como um terremoto. Eu imagino que quando um terremoto atinge um determinado lugar, primeiro vem aquele choque inicial, adrenalina a mil. Modo sobrevivência total, tentar se resguardar, ir pra um lugar seguro, seja lá o que for possível.


Depois que o terremoto passa e que a poeira baixa, é aí que você vai analisar o estrago, o que ainda ficou de pé, o que restou de você e de tudo ao seu redor. E é nesse momento em que me encontro.


Dado o susto inicial, eu não tinha muito espaço mental, corporal, biológico e cósmico para de fato refletir sobre o que tinha acontecido comigo. Todo mundo fala que a parentalidade muda a sua vida, mas acordar várias vezes à noite, ter menos tempo pra você mesmo, isso são coisas óbvias, esperadas. O que estou descrevendo aqui vai muito além disso. Pra mim, a maternidade tem sido como um terremoto que rachou meu solo; um terremoto cujas vibrações ainda podem ser sentidas, mesmo tantos meses depois do tremor inicial.


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Um fim-de-semana em Luxemburgo - parte II

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Como contei no último post, chegamos em Luxemburgo numa sexta fim de tarde, e já deu tempo de dar uma leve passeada. No sábado andamos muito pela parte alta da cidade, visitamos museu, cafés, pracinhas e até parquinho pra fazer a criança gastar energia. Escapamos de uma chuvarada nos refugiando num café aconchegante e depois seguimos as andanças pra encontrar a Thaís e sua família.


Foi muito gostoso, a gente nunca tinha se visto pessoalmente mas nos demos tão bem! Conseguimos uma mesa no Scott's Pub, o que foi uma sorte, visto que ia rolar um evneto por ali e tava tudo bem cheio. As meninas (na época, a minha com 14 meses e a N com pouco mais de 2 anos) se deram bem, a gente bateu o maior papo e depois ainda conseguimos dar uma passada num festival de jazz (?!) que tava rolando ali de graça no complexo da Neumünster Abbey. Segundo a Thaís, demos sorte porque nem sempre tem esse tipo de evento na cidade!


De lá, fomos até a região onde fica a Golden Lady (um monumento em homenagem aos que lutaram na guerra), e só não ficamos zanzando mais porque ficaria tarde pras crianças! E aqui vai uma dica MUITO IMPORTANTE E ESSENCIAL SE VOCÊ TÁ VISITANDO A CIDADE: lembra que falei no outro post que há muitos morros, subidas íngremes, etc? Pois então, a cidade esconde alguns elevadores gratuitos que facilitam esse vai-e-vem entre cidade alta e baixa. O Ascenseur Grund nos levou direto lá pra cima, então marca esse no Google Maps!



Um fim-de-semana em Luxemburgo - parte I

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Nunca havia cogitado uma viagem pra Luxemburgo. Era um daqueles destinos nos quais eu nunca havia parado pra pensar muito... até conhecer a Thaís. A Thaís é uma ilustradora incrível que conheci pelo instagram (eu acho!) e se mudou pra lá há alguns anos, colocando esse país de pouco mais de meio milhão de pessoas no meu radar.


Agora em 2025, eu e R completamos 4 anos de casados, e pra comemorar a data, sugeri de fazermos um fim-de-semana prolongado por lá. Encontramos voos diretos pela LuxAir partindo de Dublin em bons horários, e como tínhamos crédito no site onde usamos pra hospedagens (hotels.com), conseguimos até abater o valor das noites!


Chegamos na cidade de Luxemburgo numa sexta fim de tarde. Pra nossa sorte, o transporte público na cidade é totalmente gratuito (até pra turistas), o que facilita taaanto na chegada! Nao precisar se preocupar com dinheiro, cartão de transporte, pegar táxi... e assim fizemos. Logo na saída do aeroporto pegamos um ônibus que em 20 minutos nos deixou praticamente na porta do hotel. Ficamos perto do centro mas não exatamente no centro - o que não foi um problema pois como falei, com o transporte gratuito ficou fácil nos locomovermos de ônibus e até mesmo a pé.



Acho que era Julho

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Julho foi um mês super agitado pra mim, mas por outro lado, no geral bem positivo. Tínhamos muitos planos de passeios, eventos e coisas pra acontecer e no geral deu tudo muito certo. Tenho sentido muita falta de postar no instagram, de interagir mais com as pessoas por lá, mas por enquanto o tempinho a mais que ganho de não estar pendurada nessa rede tem ajudado. Vamos de resumo?


ps.: o título desse post foi inspirado numa música de uma banda que eu adoro, que é a gaúcha Nenhum de Nós. Alguém aí também ovaciona os acústicos deles?!


Começamos o mês com a visita do meu amigo W, que veio diretamente de Toronto, no Canadá. Foi ótimo passar tempo de qualidade juntos, passear e fofocar até acabar a voz. No dia em que ele foi embora, minha amiga N e seu marido D vieram pra cá ficarem de babá da Pepê. Sei que não foi tão fácil pra eles pois tiveram que colocá-la pra dormir, mas no fim deu certo. Eles vieram dar essa força porque tínhamos ingressos pra ver Weezer na Trinity College! Não sou fã de carteirinha da banda, mas gosto muito e muita coisa deles, e queria me sentir jovem de novo hahaha. 




Receber visitas é bom demais!

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Fazia muito, muito tempo que não recebíamos visita aqui em casa. Quer dizer, minha mãe vem quase todo ano e meu irmão vem muito também, mas eu falo de receber gente que nunca veio pra Irlanda antes! Porque minha família já tá acostumada, já sabem andar pela cidade sem a gente, não é muita novidade mais. Porém agora no fim de junho, tivemos a honra de ter um amigo por aqui vindo diretamente de Toronto, no Canadá! (abençoa o voo direto entre nossas cidades!!!)


E sabe, além de ter sido muito legal por passarmos muito tempo juntos colocando a fofoca e tudo mais em dia, tive a oportunidade de poder pensar em quais lugares da cidade por onde poderíamos passear. Não foi tarefa fácil, porque a verdade é que eu ando super desgostosa com a cidade há anos, desde a pandemia. Então parecia uma tarefa meio impossível listar lugares legais e que poderíamos visitar também com uma neném a tiracolo.... mas no fim das contas, deu tudo certo! Primeiro porque eu consegui uns dias de folga pra passear com o W sem criança; segundo porque o melhor mesmo de receber visitas assim é poder passar tempo juntos, e isso tivemos de sobra!




Milhas, promoções e o máximo proveito de assinaturas na Irlanda

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Isso seria exatamente o tipo de coisa que eu super compartilharia no meu instagram - pra em pouco tempo as dicas serem esquecidas na efemeridade dos stories. Mas, já que ando no meu pequeno sabático de redes sociais mas queria muito compartilhar coisa boa com o mundo, aqui vou eu.


De uns tempos pra cá comecei a tentar tirar o máximo de proveito de assinaturas, serviços, etc. Pode parecer bobo, mas com a rotina do dia-a-dia a gente é engolida pelas coisas e acaba não conseguindo se organizar. Pagamos mil assinaturas e coisas diferentes e ficamos perdidos no mar de obrigações e boletos. 


Começando com elas, as famosas milhas! Confesso que tentei ler e pesquisar mais sobre milhas, mas acho tudo tão complicado... no fim, eu consegui encontrar um jeito que funciona pra mim que não me dá trabalho nem me topa tempo. Se você mora na Irlanda, saiba que milhas aqui não são exatamente vantajosas. Quer dizer, dá pra juntar pontos sim, mas não é aquela coisa que a gente escuta de cartão de crédito no Brasil, nos EUA... mas enfim, vamos lá?


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Omã em 5 dias: o essencial

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Quando batemos o martelo que iríamos de fato pro Omã, não encontrei muitas informações sobre passear por lá em português. E pra ser sincera, encontrei poucos em inglês também - ainda mais com a especificidade de encontrar passeios possíveis pra fazer com bebê a tiracolo. 


Mas lendo um blog aqui, um site ali, olhando no próprio Google maps, conseguimos montar um roteiro que nos permitia fazer pelo menos uma unidade de passeio no dia, e o que viesse a mais seria lucro, hahaha. No fim conseguimos visitar bastante coisa, inclusive mais de uma por dia! A ideia foi tentar focar em lugares que ficariam a no máximo 2 horas de distância do hotel pra que não precisássemos nos deslocar muito com a pequena P.



Por que viajar pro Omã?

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Primeiramente, gostaria de dizer que foi-se o tempo em que eu fazia mil posts sobre uma única viagem de poucos dias. Infelizmente, além do tempo livre pra sentar e escrever em paz ser restrito, eu simplesmente dei uma emburrecida na gravidez que não melhorou até agora... não me sinto inspirada nem talentosa. No entanto, queria deixar registrada pra posteridade sobre essas férias em família que passamos no fim de fevereiro de 2025.


Mal começou 2025 e eu já tava aperreando o R pra gente organizar as férias desse ano. Com o nascimento da P ano passado ficou tudo caótico, e eu sabia que ia me ajudar muito, em termos de saúde mental, ter planos de viagem. Sei que é absolutamente privilegiado e super white people problems dizer isso, mas dentro do meu contexto, é a verdade. E como a gente já sabia que passaria a Páscoa no Brasil, imaginamos que tiraríamos uns dias entre fevereiro e março.


Nessa época do ano ainda faz bastante frio na Europa, e o R não ia topar férias pra lugar de frio, ainda mais com uma bebê de 9 meses a tiracolo. Sendo assim, comecei a pensar em possíveis destinos que teriam sol mas nada insuportável e que fosse relativamente confortável pra gente levar nossa filha. Quero confessar que me dava um certo "pavor" de simplesmente ir pra um resort em Portugal ou Espanha e ficar na beira da piscina ou na praia sem fazer nada. Nunca gostei desse tipo de férias, e embora eu saiba que viajar com filhos seria uma experiência diferente, eu não queria ceder totalmente. Frescura? Reclamando de barriga cheia? Sei lá. O que sei é que tenho a sorte de ter um parceiro que embarca (literalmente) nessas ideias e no fim ficamos com três opções: Malta, Chipre ou Omã. 





Eu vou, mas eu volto

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Há algumas semanas tenho pensado muito em abandonar as redes sociais. "Que dramática!" você deve estar pensando. "Precisa anunciar que vai sair de rede social?" Olha, no meu caso, eu senti que seria necessário.


Sempre estive presente nas redes, mesmo. Tivemos Windows 95 na minha casa, com o Windows 98 eu já tava conectando na internet no fim de semana. Tive outros blogs, participei de comunidades, conheci gente pelo ICQ... e obviamente, também por redes mais atuais como o Facebook ou Instagram.


Através das redes eu fiz novos amigos, me reconectei com outros, pude acompanhar pessoas que estão longe, e principalmente, pude usar a plataforma como maneira de compartilhar meus pensamentos, viagens, dia-a-dia de uma maneira mais orgânica e dinâmica do que por aqui no blog. Porque embora meu blog exista desde 2012, houve fases em que escrevi pouco, e mais recentemente, noto cada vez menos pessoas lendo o que eu escrevo, e menos ainda comentando. Não que eu escreva para ter comentários, porque a motivação de manter um blog ativo após década nunca foi essa. Mas justamente por conseguir manter mais contato com as pessoas por redes sociais, fui deixando esse espaço e priorizando aquele.



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Enxoval de bebê na Irlanda: o que vale a pena?

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Sei que estou totalmente ausente do blog e sinto muuuita falta de escrever por aqui - mesmo que poucos leiam, mesmo que poucos comentem. Ter um filho já mexe com sua cabeça, mas ter tido uma depressão pós-parto além disso é torturante... eu não conseguia tempo nem energia pra escrever. Só que agora tendo retornado ao trabalho remunerado, sinto que finalmente essa atividade será retomada no segundo semestre desse ano já que terei mais tempo sozinha!


E falando em filho... essa ideia de post me veio do nada, e achei que seria de utilidade pública - pelo menos eu teria me beneficiado muito de algo assim antes de ter engravidado. Tentamos ser comedidos e só compramos o que achamos ser necessário, mas mesmo assim, tem os erros e acertos, né? Além disso, eu e R passamos horas da nossa vida pesquisando coisas sobre as quais não fazíamos ideia. Perguntei pra amigas, pra minha comunidade no instagram... você se tornar pai ou mãe de alguém traz muitas dúvidas e inseguranças, e tenho a impressão de que às vezes as pessoas não explicam as coisas direito. Porque quando você nunca usou ou precisou de uma coisa, não sabe muito como escolher o melhor pra sua realidade, né? Então vamos lá que contarei minha experiência pessoal:


enxoval bebe irlanda


Registrar casamento e nascimento de brasileiro no exterior

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Viver essa vida de imigrante (por opção) obviamente tem suas vantagens: seja mais segurança, qualidade de vida, melhores oportunidades do que no nosso país de origem, entre outras questões. No entanto, certamente um dos lados ruins desse tipo de empreitada é a burocracia. Claro que mesmo sem ser imigrante, temos que lidar com aquela burocracia básica que todo ser humano que vive num contexto de civilização moderna precisa lidar. Mas quando se é imigrante, parece que o trabalho dobra ou até triplica.


Embora eu já não tenha quase nenhum vínculo governamental ou financeiro no Brasil (inclusive já apresentei minha saída definitiva à Receita Federal), sempre soube que ia querer registrar minha filha como cidadã brasileira, não me passava pela cabeça fazer diferente. Quando eu ainda estava grávida, já tinha pesquisado por cima pra saber do que eu precisaria lá na frente, e não para a minha surpresa, quando se trata de burocracia, nada é tão simples quanto parece.


Ao ler as informações do site da embaixada brasileira em Dublin, me dei conta de que, para registrar a P como brasileira, eu precisaria primeiro registrar o meu casamento - afinal de contas, para as autoridades brasileiras eu ainda era solteira no papel. Sendo assim, tive que me organizar para fazer os dois processos, mas como eles são parecidos, não foi tão complicado assim. Minha mãe viria no verão pra conhecer a neta, então ela trouxe um documento atualizado pra mim. Vou descrever tudo abaixo:

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Retrospectiva 2024

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Ahhhh, como senti falta de poder escrever aqui. Um dos meus passatempos e válvulas de escape mais preciosos, mas que infelizmente deixei de lado por tantas questões - sendo a principal delas, claro, a mudança mais drástica e louca que tive na vida: a maternidade.


Tem tanta coisa que quero contar, compartilhar, registrar, mas no pouco tempo que me sobra, não tenho forças nem energia pra sentar e escrever. Pra mim, escrever é uma atividade prazerosa, íntima, algo realmente valioso pra mim, então eu não queria fazê-lo de qualquer jeito. Achei que em algum momento de 2024 eu ainda apareceria por aqui, mas não deu. Em todo caso, antes tarde do que nunca!


2024 foi o ano mais complicado da minha vida. Por mais que eu já tenha passado por coisas tristes, difíceis, despedidas e perdas, ter me tornado mãe mudou a minha vida tão profundamente que até me faltam palavras pra explicar. Não tem sido nada, nada fácil, e por mais que eu use minhas redes sociais pra desabafar e compartilhar um pouco das minhas lamúrias e reflexões, tem muita coisa que eu só reservo para os mais próximos do meu círculo e até mesmo somente pra mim mesma.


Dito tudo isso, não queria deixar passar uma pequena retrospectiva desse ano que passou. Vamos?



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