Nunca havia cogitado uma viagem pra Luxemburgo. Era um daqueles destinos nos quais eu nunca havia parado pra pensar muito... até conhecer a Thaís. A Thaís é uma ilustradora incrível que conheci pelo instagram (eu acho!) e se mudou pra lá há alguns anos, colocando esse país de pouco mais de meio milhão de pessoas no meu radar.
Agora em 2025, eu e R completamos 4 anos de casados, e pra comemorar a data, sugeri de fazermos um fim-de-semana prolongado por lá. Encontramos voos diretos pela LuxAir partindo de Dublin em bons horários, e como tínhamos crédito no site onde usamos pra hospedagens (hotels.com), conseguimos até abater o valor das noites!
Chegamos na cidade de Luxemburgo numa sexta fim de tarde. Pra nossa sorte, o transporte público na cidade é totalmente gratuito (até pra turistas), o que facilita taaanto na chegada! Nao precisar se preocupar com dinheiro, cartão de transporte, pegar táxi... e assim fizemos. Logo na saída do aeroporto pegamos um ônibus que em 20 minutos nos deixou praticamente na porta do hotel. Ficamos perto do centro mas não exatamente no centro - o que não foi um problema pois como falei, com o transporte gratuito ficou fácil nos locomovermos de ônibus e até mesmo a pé.
Por sorte encontramos um restaurante italiano que parecia super fofo ali perto do hotel, e apesar da curta distância, nos deparamos na prática com uma das características mais interessantes da cidade: Luxemburgo é dividida entre cidade alta e baixa, como se a parte baixa ficasse num vale, e a alta, no topo da colina. Existem vários caminhos que te levam de uma parte à outra, mas são sinuosos e muitas vezes extremamente íngremes. Descemos o caminhozinho com o carrinho da criança até com certa facilidade, mas digamos que a volta fez as panturrilhas trabalharem como nunca na vida e senti as dores noite adentro!
No sábado fomos direto pro centro da cidade comer num lugar que eu havia salvo pra um brunch. O brunch em si não achei nada demais, mas o melhor é que o café tinha um mini playground interno, o que foi ótimo pra colocar a P pra engatinhar e brincar enquanto revezávamos o nosso café!
Passeamos bastante pela cidade alta, caminhando pelas ruas de compras e tirando fotos. Em determinado momento, graças aos paralelepípedos que fazem o carrinho tremelicar, dona criança dormiu. E aproveitamos a soneca dela pra tentar visitar o Luxembourg City Museum - na verdade, não tentamos: conseguimos! Fiquei tão feliz com isso... na nossa última viagem, no Omã, a P não tava a fim do museu e não conseguimos olhar nada, desistimos do passeio (faz parte, nem tudo vai sair como planejado com um mini ser-humano a tiracolo). Mas dessa vez, com a soneca durando tempo suficiente, conseguimos ler tudo com calma e visitar quase toda a mostra. Esse é daquele tipo de museu que tem itens históricos e decorativos, mas também uma outra parte mais interativa e informações interessantes e sucintas! Basicamente, o museu vai contando a história do país, começando no ano de 963 e a fundação de Luxemburgo com a compra do castelo por Siegfried, passando por domínio dos espanhóis, holandeses, domínio francês, austríaco, se separando de uma união com a Holanda, sendo invadido durante as Guerras Mundiais, entrando na UE e se tornando uma potência financeira e tecnológica nos dias de hoje!
À tarde, sentimos que precisávamos colocar a P pra engatinhar e sair um pouco do carrinho, e as pracinhas na cidade não tavam dando conta. Procuramos um parque e encontramos o Parque Municipal de Luxemburgo, que além de conter, entre outras coisas, banheiros gratuitos extremamente limpos, exibe um parquinho infantil de dar inveja a muita gente! Um navio pirata enorme num banco de areia, balanças, escorregadores radicais, sessão aquática com uma mini cachoeira.... realmente, coisa de outro nível. E foi ótimo, porque mesmo com o tempo ameaçando chover, conseguimos brincar com a P, descansar na grama, comer um lanchinho...
E como ainda tinha umas horas até a gente encontrar a Thaís, seu marido e filha (íamos num pub chamado Scott's Pub pra jantar juntos), corremos de volta pro centrinho e fomos tomar o famoso chocolate quente da NB Chocolate House que fica em frente ao Palácio.
Tivemos muita sorte pois assim que chegamos começou a cair uma super chuva e a P tava dormindo no carrinho. Nessas horas é muito bom estar com neném porque acho que as pessoas se compadecem mais - a atendente na loja na hora arrumou uma mesinha no térreo pra gente, sem precisarmos tirar a criança do carrinho pra subir a escadinha.
Enfim, minhas expectativas eram altas porque eu tinha lido sobre esse café e pegado a dica com uma conhecida, mas não achei nada demais! Primeiro que não fica claro quando você chega que primeiro você escolhe o sabor na prateleira (é um pedaço de chocolate que você derrete no leite e tem todo tipo de variedade e sabor), pede no balcão e só paga depois... é muito confuso. Mas pra nós, funcionou bem porque deu pra dona mocinha tirar a soneca em paz enquanto a chuva caía e o timing foi ótimo, porque na hora que tínhamos que sair, a chuva passou e ela acordou!
No proximo post conto sobre nosso encontro com a Thaís, mais passeios pela cidade, e algumas curiosidades interessantes, tipo sobre o quanto nós ouvimos português por lá!