Por que viajar pro Omã?

/

Primeiramente, gostaria de dizer que foi-se o tempo em que eu fazia mil posts sobre uma única viagem de poucos dias. Infelizmente, além do tempo livre pra sentar e escrever em paz ser restrito, eu simplesmente dei uma emburrecida na gravidez que não melhorou até agora... não me sinto inspirada nem talentosa. No entanto, queria deixar registrada pra posteridade sobre essas férias em família que passamos no fim de fevereiro de 2025.


Mal começou 2025 e eu já tava aperreando o R pra gente organizar as férias desse ano. Com o nascimento da P ano passado ficou tudo caótico, e eu sabia que ia me ajudar muito, em termos de saúde mental, ter planos de viagem. Sei que é absolutamente privilegiado e super white people problems dizer isso, mas dentro do meu contexto, é a verdade. E como a gente já sabia que passaria a Páscoa no Brasil, imaginamos que tiraríamos uns dias entre fevereiro e março.


Nessa época do ano ainda faz bastante frio na Europa, e o R não ia topar férias pra lugar de frio, ainda mais com uma bebê de 9 meses a tiracolo. Sendo assim, comecei a pensar em possíveis destinos que teriam sol mas nada insuportável e que fosse relativamente confortável pra gente levar nossa filha. Quero confessar que me dava um certo "pavor" de simplesmente ir pra um resort em Portugal ou Espanha e ficar na beira da piscina ou na praia sem fazer nada. Nunca gostei desse tipo de férias, e embora eu saiba que viajar com filhos seria uma experiência diferente, eu não queria ceder totalmente. Frescura? Reclamando de barriga cheia? Sei lá. O que sei é que tenho a sorte de ter um parceiro que embarca (literalmente) nessas ideias e no fim ficamos com três opções: Malta, Chipre ou Omã. 






Todos esses destinos teriam climas amenos, sendo que os dois primeiros teriam inclusive voos diretos pra nós. Mas depois de pesquisar e pensar, eu decidi que seria melhor fazer a viagem "mais difícil" agora enquanto a P era pequena, e que Malta e Chipre estão a poucas horas de distância pra gente encarar quando ela já estiver andando e dando mais trabalho. Digo "difícil" porque não seria um voo direto e obviamente, o fato do Omã ser um país muçulmano traz alguns desafios a mais.


O primeiro deles foi checar exatamente quando era o Ramadã em 2025 - e por sorte vimos isso, porque as datas que estávamos olhando antes seriam já nesse período. Sendo assim, optamos por ir na antepenúltima semana de fevereiro, antes do Ramadã começar. Verificamos também a questão de visto, e tanto pra cidadãos brasileiros como irlandeses o visto de 14 dias é concedido na hora. Aliás, um parênteses: a imigração lá foi super restrita, o guarda ficou muito tempo fazendo pergunta, tirando foto, digitais, etc.


A ideia era fazer algo parecido com o que fizemos no Marrocos: ficar num hotel confortável, porque se fosse muito complicado passear pela região sozinhos, podíamos então ficar de bobeira na piscina. No fim, no Marrocos não só fizemos passeios guiados como conseguimos passear sozinhos numa boa. E no Omã não foi diferente! Fechamos nossa estadia no Sheraton Hotel, por módicos 110 euros por noite. É surreal pensar que ficamos num hotel 5 estrelas (sem o café) por esse valor quando "malemá" um b&b simples aqui na Irlanda custa bem mais que isso...


Também optamos por alugar um carro, porque queríamos fazer alguns passeios em torno de Muscat (Mascate em português) e seria muito mais cômodo fazer tudo por conta, ainda mais com criança pequena. Não sabíamos como seria o ritmo, se ela encararia, se dormiria bem, etc, então ter o carro nos dava esse conforto. Spoiler 1: dona P se adaptou lindamente! Spoiler 2 e muito importante: mesmo ficando somente na capital, é imprescindível alugar um carro. O clima é quente (mesmo no inverno), algumas ruas simplesmente não tem nem calçada e mal vimos transporte público. Parece que a cidade, aliás, o país todo, foi feito pra andar de carro: vagas enormes, estacionamento na frente dos lugares, etc.







Falando em carro, as estradas lá são muito boas, uma infra-estrutura invejável mesmo! Também, não é pra menos, país de petróleo é assim, né? O fato é que foi super fácil digirir não só por Muscat em si mas também nas estradas ao redor - e a saída do aeroporto também foi suuuuper tranquila. O único porém é que só é possível pagar estacionamento por um aplicativo e a gente não conseguia se cadastrar no mesmo. Por sorte pegamos um fim de semana lá e nos lugares na cidade não precisamos pagar porque era grátis de sexta e sábado, porém estacionamos num lugar por uma meia hora num domingo e levamos uma multa! No fim a locadora do carro paga a multa e você paga eles de volta, deu 25 euros.


Ficamos um total de 5 dias inteiros e nesse tempo não só passeamos por Muscat como também fomos pros arredores fazer outros rolês. Obviamente que não conseguimos "ticar" tudo da nossa lista, mas acho que o que posso adiantar pra esse post introdutório é que tudo deu certo e foi muito, muito melhor do que imaginávamos! Conseguimos passear bastante e curtir um pouco da cultura omani na companhia de uma bebê de 9 meses, hahaha. No próximo post farei um resumo dos passeios específicos e lugares que conseguimos visitar.






Web Analytics
Back to Top