Uma tarde inesperada em Roma

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Roma é uma daquelas cidades meio unânimes: acho que nunca vi alguém de fato ter dito que odiou a cidade eterna ou que jamais voltaria. Não somente pelo peso histórico, por seus monumentos a céu aberto, mas realmente essa cidade italiana consegue ser única no mundo.


Não estava nos nossos planos voltar pra lá tão cedo - eu já tinha ido com o R. em dezembro de 2013 pra um show da minha cantora favorita, e depois fui sozinha encontrar amigas no começo de 2023. No entanto, o destino deu um jeito de fazer a gente voltar, ainda que por pouco tempo.


Na nossa viagem pra Tunísia em outubro de 2025, tivemos um problema com a cia Tunis Air Express, que mudou o horário do nosso voo de Tunis pra Malta de 10h30 da manhã pra mais de 11 da noite no mesmo dia. Já estávamos extremamente frustrados com tudo que passamos lá, e eu me recusei a voar com uma bebê de 16 meses essa hora da noite, pra chegar em Malta mais de meia-noite, pegar carro alugado, encontrar o hotel, etc. Sendo assim, nos vimos "obrigados" a arrumar uma alternativa. Digo entre aspas porque enfim, é um privilégio bem burguês conseguir comprar uma passagem extra em cima da hora, etc e tal, mas isso fica pra outro dia. Bóra falar de Roma!


roma com bebe


Quando comecei a procurar alternativas de voo, me dei conta que as opções de Tunis pra Malta eram limitadíssimas, e gente ia ter que fazer uma parada em algum outro lugar. Como a Itália é perto, comecei a ver voos que fossem direto tanto chegando de Tunis como partindo pra Malta, em horários factíveis com uma criança pequena. E assim, cheguei à Roma.


Conseguimos um voo da Ita Airways que chegaria em Roma na hora do almoço, e outro da Ryanair que sairia de Roma no dia seguinte mais ou menos no mesmo horário sentido Valleta, em Malta.


Pra mim, a pior parte dessa parada extra em Roma foi sair e chegar no aeroporto Fiumino... que caos absoluto! O google maps nos deu a opção de um shuttle chamado MySafePlace, que me pareceu ônibus e no fim era uma van. O pior é que ela foi parando em vários lugares pra deixar os passageiros, e levamos mais de uma hora entre sair do aeroporto e chegar no nosso hotel. Odiei essa opção, e embora tenhamos sido deixados praticamente na porta do hotel (com criança, carrinho, mala, etc.) eu não usaria essa alternativa novamente.


Pra voltar pro aeroporto no dia seguinte acabamos encontrando uma opção de ônibus mesmo - um tal de SIT Bus Shuttle. Tivemos que caminhar uns 15 a 20 minutos pela cidade carregando as coisas pra chegar no ponto de onde ele saía, mas pelo menos foi mais rápido no total de tempo.


E falando em hotel, encontramos esse hotel/apartamento super bem localizado e por um preço justo. No fim, eram dois quartos com cama de casal, uma sala e banheiro, o que foi mais do que suficiente por uma noite pra nós. Tem escadas e nada de elevador, mas pelo menos estávamos no primeiro andar!


Mas tirando esse blá blá blá todo, bóra pra Roma em si?!





Ahhhh, Roma. Mesmo cansados, frustrados, desanimados, não teve como esboçar um sorriso ao dobrar a esquina do hotel e dar de cara com aquelas ruas de paralelepípedo, restaurantes com mesas na rua tocando música italiana, igrejas e prédios belíssimos semi-escondidos pelos cantos, e aquela luz de tarde dourada, iluminando essa cidade milenar.


Escolhemos um restaurante qualquer onde pudemos tirar a barriga da miséria finalmente curtir a comida após dias sem gostar de quase nada na Tunísia. Além disso, P provou sua primeira lasanha e pizza - nada mal pra uma primeira vez ser logo na Itália, né?! Ela também continuou ensaiando seus passinhos e ficou maravilhada com os pássaros e pombos, queria ir atrás de todos.


Colocamos a menina no carrinho e partimos pra caminhar: já que tínhamos poucas horas em Roma, decidimos bater ponto naqueles lugares clássicos. Seguimos pra Fontava di Trevi (absolutamente lotada, mal dava pra andar ao redor) e depois pra praça em frente ao Panteão - também bem cheio.







Nessa altura do campeonato, P já tinha tirado uma boa soneca em terras romanas e a acordamos quando chegamos na escadaria da Praça de Espanha. Por ali ficamos observando o movimento e deixando a P ver os pombos e cavalos. Por ali encontramos um banheiro público - pago, porém ótimo! - onde pude trocar a mocinha.


Caminhamos mais um pouco, e como estávamos ainda cheios do almoço, só compramos um salgado pra mais tarde numa dessas lanchonetes. Ainda deu pra ver um pouco mais das ruas no caminho do hotel, sentir a atmosfera maravilhosa dessa cidade. Dá vontade de ficar andando sem rumo, que delícia. E sabe, achei bem mais tranquilo estar com carrinho de criança do que imaginava. A única coisa é que o tremelique do carrinho dá sono na criança, e se você quer mantê-la acordada pode ser difícil hahaha.


No dia seguinte acordamos bem cedo pra ter certeza que chegaríamos com folga no ponto de onde saía o ônibus pro aeroporto. O GPS dizia 15 minutos - mas sem mala, sem criança, sem tralha, né? E assim, fomos caminhando pelas ruas de Roma quando as lojas ainda estavam fechadas e poucos transitavam por suas ruas que nesse momento, eram vazias, praticamente só nossas. Que coisa mais incrível ver o sol nascendo e começando a iluminar aquelas construções antigas, as ruas estreitinhas... foi uma visita super rápida, mas deliciosa!




E um ps: que já tem data pra se repetir! Em 2027 tenho ingressos pra ver mais um show da Laura Pausini por lá, então Roma e eu nos veremos em breve....

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