Cork, a segunda maior

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Quando viajei pelo interior da Irlanda, dei uma passadinha em Cork mas só fiquei a noite lá e não pude ver muito da cidade. Mas eu sabia que ia voltar - só não imaginava que seria tão cedo!

Cork é a segunda maior cidade do país (e a terceira mais populosa) e os moradores de lá sempre se referem à cidade como "the real capital" (a capital de verdade) por conta do papel da mesma como centro das forças anti-tratados na Guerra Civil irlandesa.

Era um domingo, domingo de sol. Começamos o tour pela University College Cork (UCC), onde R. estudou. A UCC foi fundada em 1845 e fazia parte da Queen's Colleges - uma universidade que ganhou vários prêmios e buscava oferecer espaço a alunos de todas denominações religiosas na Irlanda. Ela foi denominada Universidade Irlandesa do Ano em 2003, 2005 e 2011.

O campus não é muitoooo grande, mas é todo charmoso. Tem capela, biblioteca, vários prédios, restaurante, enfim, tudo o que uma grande universidade tem.

No gramado acontecem cerimônias de graduação

Símbolo da universidade - ninguém pisa ao passar por ele

Memorial a algumas pessoas que lutaram na Revolução de 16

Depois de conhecer a universidade por fora, R. me levou pro prédio de Engenharia onde ele estudou. A porta dos fundos estava aberta e conseguimos ver os laboratórios e salas de aula - quanto computador, quanta máquina, quanta coisa do outro mundo! Eu sou só uma pobre mortal acostumada com estúdio de rádio e de TV ou basicamente uma sala de aula com um quadro negro...

Pior que grego


Seguindo o passeio, demos uma passadinha na St. Fin Barre's Cathedral. A Catedral leva o nome do santo padroeiro de Cork e desde o século VII existe como monastério. Em 1536 ela se tornou parte da Igreja da Irlanda (que como outras igrejas anglicanas, pode ser considerada tanto católica como reformada - obrigada, wikipédia).

Em 1864 a Catedral original foi demolida e essa foi construída no lugar

Aí R. me contou uma história: aparentemente há uma profecia de que quando o anjo de ouro que fica num dos altares ao lado de fora cair três vezes, é um prenúncio de que o anti-Cristo está chegando. O bizarro é que o anjo já caiu duas vezes...



A entrada pra estudante custa 3 euros (a de adulto, 5) e você recebe um folheto bem completo com informações da Catedral e livre acesso nela. Nós demos uma volta e sentamos um pouco pra apreciar a beleza e grandiosidade do local. O folheto explica tudo o que tem por ali - eu trouxe pra casa e li algumas coisas.

Saindo da Catedral, seguimos pra Cork City Gaol, a prisão desativada de Cork, mas essa história eu conto depois. Quero pular essa parte e seguir pro nosso próximo destino: o centro da cidade.

Há algumas ruas mais movimentadas e famosas em Cork, claro. Tem a North Main Street e a Patrick Street, por exemplo:

Muitas lojas e tal, mas tudo fechado porque era domingo

Tipo a Grafton, com lojas caras e tudo mais

Quando fui pra Cork da outra vez, me chame de louca, mas tinha achado a cidade muito parecida com São Paulo. Não sei se pela falta de casas no estilo georgiano tão presente em Dublin, se pela vibe de calor no ar, sei lá. Só sei que achei parecido e pronto (São Paulo só que com menos trânsito, menos gente, menos poluição... er, tipo nada a ver, né?! hahaha).


Ainda subimos um pequeno morro (outra grande diferença entre Cork e Dublin, porque em Dublin só vi leves subidas) pra ver a Igreja de St Anne, mais conhecida como Shandon. O mais legal dela, além dos sinos, é o relógio da torre. Ou melhor, relógios. Conhecido como "the four faced liar" (algo como o mentiroso de quatro caras) o relógio leva esse nome porque ele mostra diferentes horários em cada lado - só não me pergunte o porquê.

Não sei o porquê das bandeirinhas, mas deu uma cara bacana


E assim encerro o meu primeiro post sobre Cork. Ainda venho contar sobre a prisão, um dos pontos altos do dia.

Cork, gostei d'ocê.
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