Uma relíquia em Portugal: Sintra

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Dia 2: Sintra 

No meu segundo dia em Portugal, acordei cedo e tomei café da manhã no hostel. Não dormi muito bem a noite porque tinha um cara roncando no quarto, mas ok. Me informei sobre como chegar até a estação de trem Rossio pois é de lá que sai o trem pra Sintra, uma vila no distrito de Lisboa com pouco mais de 300 mil habitantes. A vila é considerada Patrimônio Mundial da UNESCO.

Estação de trem Rossio

A estação Rossio é linda e fácil de encontrar. Comprei o ticket (uns 3 euros) e o trem já tava na plataforma. Em uns 40 minutos desembarquei - a estação em Sintra tem um centro de informação que tava bombando. Eu já sabia que tinha um ônibus que fazia o trajeto do centro até os castelos, mas fui confirmar onde eu poderia pegá-lo. Ele custa 5 euros pois é estilo hop-on/off, ou seja, em tese você pode subir e descer em qualquer ponto dele. Em tese porque não é assim que funciona: você só pode descer e subir se fizer ospoasseios na sequência: desce na parada 1, visita o lugar lá perto, pega o ônibus pra parada 2, etc. O ônibus vai subindo os morros até o Palácio da Pena, que é a última parada. Só que NENHUM FDP explica isso. Eu desci na última parada pois tinha a intenção de ir descendo (de ônibus) para as outras atrações, mas não rolou. Quando sai do palácio, tive que pegar o ônibus até o centro! Resultado: acabei subindo morro do mesmo jeito. 

No ônibus acabei fazendo amizade com uma brasileira, a V., que estava de férias viajando por Portugal. Descemos juntas no Palácio e pagamos pra visitar apenas os jardins e o terraço - o ingresso pra conhecer o palácio por dentro era muito caro e não aceitavam desconto de estudante. 




Durante o reinado de João II de Portugal ocorreu a construção de uma pequena capela para Nossa Senhora da Pena no local onde hoje fica o Palácio da Pena. Aí no século XVI, Manuel I de Portugal ordenou a reconstrução da mesma por causa de uma promessa. Dois séculos depois, por causa de um terremoto que atingiu Lisboa, parte da nova construção foi destruída. Foi quando o rei-consorte Fernando II ficou maravilhado com a serra de Sintra e as ruínas da antiga capela (que na verdade havia virado convento) - em 1838 ele decidiu adquirir o velho convento e reformá-lo; contratou um arquiteto alemão, mas pelo que contam, grande parte das sugestões foram dadas por ele mesmo.





E cara, que lugar lindo. Espetacular. Parecia contos de fadas, todas aquelas torres coloridas e aquela vista maravilhosa, além de poder ver, de longe, o Castelo dos Mouros:



Ventava muito, mas como o sol tava quente e estávamos andando bastante, não passei frio. Demos uma volta pelos jardins e de lá pegamos o ônibus. A ideia era seguir pra Quinta da Regaleira, mas como o ônibus nos levou pro centro, tivemos que subir pra chegar lá. 

Mas já que estávamos no centro, acabamos passando em frente ao Palácio Nacional:



Por sorte, a Quinta da Regaleira não era no alto do morro e conseguimos chegar vivas. O ingresso foi uns 4 euros (com desconto de estudante), e ó, devia ser bem mais caro, viu? Que lugar impressionante. 

Retirado do wikipédia: "... o palácio, rodeado de luxuriantes jardins, lagos, grutas e construções enigmáticas, lugares estes que ocultam significados alquímicos, como os evocados pela Maçonaria, Templários e Rosa-cruz. Modela o espaço em traçados mistos, que evocam a arquitetura românica, gótica, renascentista e manuelina". E é bem isso mesmo: tudo meio misterioso, místico, curioso. 

Entramos no Palácio da Regaleira e com a ajuda do mapa, conseguimos chegar nos pontos que gostaríamos de ver:

O Palácio da Regaleira

Torre da Regaleira

Poço iniciático

Lago da Cascata

Não dá pra explicar direito o que é esse lugar. Parece um jardim com vários segredos escondidos - grutas, estátuas, torres, enfim, muita coisa LINDA! Passamos umas 2 horas e meia lá dentro, mas dá pra passar uma manhã/tarde inteira fácil. Fascinante!


De lá, descemos pro centro novamente e almoçamos um omelete com salada (e água) por 6 euros e comemos a sobremesa num lugar super famoso em Sintra: a Piriquita.



Sintra é famosa por duas iguarias: a queijada e o travesseiro. E a lanchonete Piriquita é tipo "a melhor queijada e travesseiro" da cidade, sabe? Tem até que pegar senha na entrada. Como resolvemos pegar uma mesa e sentar, foi rápido. E os doces? Nossa! O travesseiro é feito de massa folhada, doce de ovos, amêndoas e açúcar. A queijada é tipo uma queijadinha (mas eu achei ainda mais gostosa). DELICIOSOS!



Sintra é um lugar maravilhoso que tem que ser visitado! Se você for pra Lisboa, reserve um dia pra Sintra, sério. 

Mas o dia ainda teve uma parada em Queluz, que eu conto no próximo post (e também o tal incidente no hostel que comentei no primeiro post sobre Portugal). 
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