Das coisas inesperadas da vida: Portugal!

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Há umas duas semanas minha chefe veio comentar que a família tiraria uma semana de férias e que por conta disso, eu também teria uma semana de folga (sem receber, claro). Fiquei feliz e frustrada ao mesmo tempo, porque queria ter tido mais tempo de me programar pra fazer alguma viagem, né?

Pesquisei por cima e vi vôos MUITO BARATOS pra Portugal. 

Portugal nunca esteve na lista imediata de lugares que eu gostaria de conhecer, mas com passagens baratas e lembranças na memória de gente que foi e só voltou falando bem da terrinha, comprei as passagens. Foi 30 euros pra ir e 30 pra voltar - mas voei em dias meio esdrúxulos, tipo quarta de manhã. Resolvi também que aproveitaria a viagem e passaria um dia na cidade do Porto - tenho amigos que moraram/moram lá pelo Ciências sem Fronteiras e sempre falaram muito bem da cidade. Então voei pra Lisboa mas voltei do Porto.




Foi meio corrido pra fazer um planejamento legal, porque pra completar, eu tava muito, muito sem grana. Tinha que ser uma viagem low-cost total, ficar em hostel com quarto compartilhado (R. não foi comigo), comprar comida no mercado, etc, etc, etc. Mas já pra adiantar, Portugal acabou sendo mais barato do que pensei e consegui fazer tudo dentro do orçamento!

Dia 1: ida pra Lisboa

Foi um vôo super ruim. Por vôo ruim leia-se "não consegui dormir". Tinha muita criança no vôo (que saco, até nas minhas mini-férias tem criança) e muita gente que tinha assunto sem fim pras 2 horas e meia até chegar em Portugal. Além disso, acabei sentando no corredor, o que foi ruim porque o casal ao meu lado me acordou umas 3 vezes pra pedir licença pra passar e ir ao banheiro. AFFFF.

Chegamos em Portugal, mas só fui sair do aeroporto quase uma hora depois de ter desembarcado. A fila da imigração tava enorme, enorme. Já ali me senti em casa, porque estava absolutamente cercada de brasileiros.

Segui as placas pra pegar o metrô (que sai direto do aeroporto, SUCK IT) e na saída do aeroporto dei de cara com um anúncio da Record HD com uma foto da Ana Hickmann e do Rodrigo Faro - dei um sorriso e me senti em casa. Como foi bom me sentir em casa!

Na fila pra comprar o bilhete de metrô, uma gringa que vinha na direção contrária me deu o cartão de viagem dela e disse que ainda tinha algumas viagens naquele cartão pra usar e que ela não as aproveitaria, já que tava indo embora. PORRA, QUE SORTE. Já cheguei em Lisboa sendo alvo da generosidade alheia, tô gostando dessa cidade.

No metrô fiquei sorrindo o caminho todo - que estranho e gostoso ouvir as pessoas falando português! E não tem nada de sotaque difícil não, é super sussa e uma graça!

Aqui, vale uma parênteses: que metrô limpo, organizado e eficiente, dá de mil em muito metrô que já paguei por aí.

Ao descer na estação mais perto do hostel, uma supresa: parecia Salvador. Vi as casinhas coloridas, as ladeiras, aquele sol... que bom me sentir em casa!

Me hospedei na rede Yes! e foi ótimo, ótimo (com exceção de uns imprevistos que conto depois, mas que não foram culpa do hostel e sim dos hóspedes), fui tratada como princesa (Barbarinha pra cá, Barbarinha pra lá)!

Nas minhas pesquisas sobre Lisboa, achei um blog onde um cara comentava de um restaurante onde ele comeu um bacalhau gostoso e baratinho e olha só: era bem na rua do hostel! Incluí essa visita no meu roteiro e depois de fazer o check-in e dar um tapa no visual, fui almoçar lá. O lugar tinha uma vibe de boteco na hora do almoço, sabe? Foi muito bizarro porque não tem lugar assim aqui em Dublin, me senti no Brasil mais uma vez. Comi um bacalhau à Brás com uma sprite por 6 euros:



Não sei se foi o céu azul, se foi a comida gostosa, se foi ouvir português, mas o fato é que em menos de 2 horas na cidade, eu já tava totalmente apaixonada.

Peguei um metrô até a Praça da Figueira (burrice-mor, porque não pesquisei direito e não vi que dava pra ter ido a pé) e lá peguei um bonde pra visitar o bairro de Belém. Tinha um senhorzinho fofo sentado no ponto de ônibus e toda vez que chegava um turista pra tentar ver informações escritas lá no ponto, o senhorzinho falava "going to Belém?" e indicava o bonde correto. E completava: "be careful, pickpockets, pickpockets!!", hahahaha!



Depois de uns 20, 30 minutinhos, desci na frente do Mosteiro dos Jerônimos, que segundo a wikipédia, foi "encomendado pelo rei D. Manuel I, pouco depois de Vasco da Gama ter regressado da sua viagem à Índia, e foi financiado em grande parte pelos lucros do comércio de especiarias". 

O lugar é maravilhoso, lindo, lindo. E deve ser lindo por dentro também. Pena eu não ter entrado - a viagem mega low-cost não permitiu. Mas tudo bem, porque teve tanta coisa legal nessa viagem que nem senti falta de não ter entrado no Mosteiro.




Dei umas voltas por ali, tirei umas fotos da praça, atravessei pro outro lado e olha a vista:



Ainda nesse dia fiz muito mais coisas, mas agora percebi que o post já tá enorme. Vou dividir o primeiro dia em dois, senão ninguém me aguenta! Mas se prepara, porque só vai ter rasgação de seda pra Portugal aqui!



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