Desde que comecei a dar aula em novembro do ano passado numa escola no centro da cidade, fiquei muito alarmada com o que poderia acontecer. Não sou famosa na internet, mas tenho um blog que acaba aparecendo nas buscas sobre "intercâmbio na Irlanda". Agora não tanto, eu recebia mais emails e mensagens antes - acho que como eu não sou mais intercambista e minhas infos sobre o assunto já estão desatualizadas, o desinteresse aumentou também.
Mesmo assim, eu vira-e-mexe pensava: putz, já pensou se aparecer algum aluno na minha sala que me conhece do blog? Não que eu ficaria envergonhada, mas sempre bate aquela timidez, né? Eu tento manter uma persona de professora diferente da que tenho por aqui: não falo muito da minha vida pessoal - no máximo quando um ou outro aluno pergunta, como já perguntaram há quanto tempo eu morava aqui, se pensava em voltar ao Brasil e se tinha algum visto de trabalho. Entendo a curiosidade deles, especialmente vindo de alunos brasileiros.
Assim como todo mundo, eu odeio resolver burocracia. Sempre tem papelada envolvida, é um saco, leva tempo, mas enfim, é necessário fazê-lo de vez em quando.
Felizmente, eu moro na capital da Irlanda e a Embaixada Brasileira é de fácil acesso pra que eu possa resolver pendências que só podem ser resolvidas lá. Não vou reclamar, já que sei que se você mora num desses interiores Irlanda afora, deve ser uó ter que vir pra Dublin só pra passar na Embaixada, que é aberta nos seguintes horários: segunda à sexta, das 10am às 13pm.
Eu já tinha ido lá uma vez pra regularizar minha situação eleitoral, já que perdi duas eleições morando aqui na Irlanda. Na época o cara que me atendeu sugeriu que eu transferisse o meu título pra cá (você pode transferir o título de eleitor após estar morando 3 meses no país), assim fico regularizada com o governo brasileiro e posso votar pra presidente - não que isso valha alguma coisa no Brasil, já que presidentes eleitos democraticamente são tirados do poder assim como num passe de mágica.
Eu deveria ter escrito esse post logo quando voltamos de viagem, no fim de novembro, mas a verdade é que desde então parece que uma vida inteira aconteceu - aniversários, formatura, Natal, Ano Novo, viagens, etc., então pra ser bem sincera, não me lembro de tudo com muitos detalhes, mas vamos nessa!
No nosso segundo dia na Finlândia não acordamos tão cedo, mas ainda assim colocamos o relógio pra despertar umas 9h justamente pra aproveitar o máximo de luz solar, já que no auge do inverno amanhece tarde e escurece muito cedo e não conseguiríamos passear tanto assim.
Saímos da casa da Bia e fomos a pé até à casa de um amigo dela, que tinha duas bicicletas extras pra nos emprestar - a Bia já tinha arranjado e organizado tudo pra gente. Seria a forma mais prática de conhecer Oulu, já que aos domingos o transporte público é escasso.
No nosso segundo dia na Finlândia não acordamos tão cedo, mas ainda assim colocamos o relógio pra despertar umas 9h justamente pra aproveitar o máximo de luz solar, já que no auge do inverno amanhece tarde e escurece muito cedo e não conseguiríamos passear tanto assim.
Saímos da casa da Bia e fomos a pé até à casa de um amigo dela, que tinha duas bicicletas extras pra nos emprestar - a Bia já tinha arranjado e organizado tudo pra gente. Seria a forma mais prática de conhecer Oulu, já que aos domingos o transporte público é escasso.
O Arktikum é um museu sobre a cultura, história e vida na região do Ártico. Ele foi inaugurado em 1992, no aniversário de 75 anos de independência da Finlândia e é uma das atrações mais recomendadas de se visitar no país.
A ideia de conhecer o museu veio porque nós sabíamos que teríamos muito tempo sobrando em Rovaniemi. Quando nós planejamos visitar a Vila do Papai Noel, já estávamos cientes que após às 3pm já começaria a escurecer e não teria muito o que aproveitar por lá. Além disso, o ônibus de volta pra Oulu só sairia às 9 e pouco da noite, então o que fazer com esse tanto de horas sobrando num lugar com pouco mais de 60 mil habitantes?!
Bia sugeriu conhecermos o Arktikum, já que apesar de já ter ido pra Rovaniemi, ela não tinha tido a oportunidade de ir no museu. Eu e o R. curtimos a ideia e assim que descemos do ônibus que vinha da Vila do Papai Noel no centro da cidade, andamos poucos metros até chegar no local.
A ideia de conhecer o museu veio porque nós sabíamos que teríamos muito tempo sobrando em Rovaniemi. Quando nós planejamos visitar a Vila do Papai Noel, já estávamos cientes que após às 3pm já começaria a escurecer e não teria muito o que aproveitar por lá. Além disso, o ônibus de volta pra Oulu só sairia às 9 e pouco da noite, então o que fazer com esse tanto de horas sobrando num lugar com pouco mais de 60 mil habitantes?!
Bia sugeriu conhecermos o Arktikum, já que apesar de já ter ido pra Rovaniemi, ela não tinha tido a oportunidade de ir no museu. Eu e o R. curtimos a ideia e assim que descemos do ônibus que vinha da Vila do Papai Noel no centro da cidade, andamos poucos metros até chegar no local.
A minha história com a Finlândia é um pouco antiga... na verdade, tudo por causa do meu pai. Não sei como, mas quando ele era mais novo, conheceu uma finlandesa. Na verdade, meu pai contou essa história muitas vezes, mas não me recordo dos detalhes e infelizmente agora não há mais como saber de fato a maneira como esse encontro se deu. O fato é que eles se comunicavam por carta e trocavam muitos cartões-postais.
Lembro de ver dezenas de cartões com paisagens de neve ou renas enviados pela tal da Leila, na misteriosa Finlândia. Na minha cabeça, esse país era cheio de paisagens belíssimas, husks puxando coisas pela neve e claro, onde ficava a casa do bom velhinho. E bem, a vida me surpreendeu e me deu a oportunidade de conhecer esse país pessoalmente - e pude comprovar que sim, a Finlândia dos meus sonhos é de verdade!
Minha amiga Bia está fazendo um mestrado na cidade de Oulu, no norte do país e queríamos muito visitá-la antes dela acabar as aulas e voltar à pátria amada... e já que processamos a Ryanair uns meses atrás e recebemos um lindo cheque deles, foi com esse dinheiro que compramos as passagens com a Norwegian Airlines pra Oulu saindo de Dublin com conexão em Helsinque.
Lembro de ver dezenas de cartões com paisagens de neve ou renas enviados pela tal da Leila, na misteriosa Finlândia. Na minha cabeça, esse país era cheio de paisagens belíssimas, husks puxando coisas pela neve e claro, onde ficava a casa do bom velhinho. E bem, a vida me surpreendeu e me deu a oportunidade de conhecer esse país pessoalmente - e pude comprovar que sim, a Finlândia dos meus sonhos é de verdade!
Minha amiga Bia está fazendo um mestrado na cidade de Oulu, no norte do país e queríamos muito visitá-la antes dela acabar as aulas e voltar à pátria amada... e já que processamos a Ryanair uns meses atrás e recebemos um lindo cheque deles, foi com esse dinheiro que compramos as passagens com a Norwegian Airlines pra Oulu saindo de Dublin com conexão em Helsinque.
Vi essa tag no Outro Blog e achei super bacana - queria ter feito ainda em 2016, mas como estava viajando, não rolou. Mas ainda dá tempo, certo?
Ah, que escolha difícil, mas resolvi linkar esse aqui sobre os meus três anos de namoro com o R. Esse foi o primeiro post "aberto" que fiz sobre nós, porque afinal de contas, ele não gosta de muita exposição e até pouco tempo atrás, nem dar as caras no blog dava.
O post mais popular - ou seja, o que sempre teve mais visualização, foi o post sobre minhas tatuagens, escrito em 2012! Acho que pelo fato deu contar sobre a inflamação da minha tattoo e tal, acaba sendo muito procurado no google e muita gente vem parar aqui por causa desse post!
O post mais bonito
Ah, que escolha difícil, mas resolvi linkar esse aqui sobre os meus três anos de namoro com o R. Esse foi o primeiro post "aberto" que fiz sobre nós, porque afinal de contas, ele não gosta de muita exposição e até pouco tempo atrás, nem dar as caras no blog dava.
O post mais popular
O post mais popular - ou seja, o que sempre teve mais visualização, foi o post sobre minhas tatuagens, escrito em 2012! Acho que pelo fato deu contar sobre a inflamação da minha tattoo e tal, acaba sendo muito procurado no google e muita gente vem parar aqui por causa desse post!
Apesar do Natal 2016 ter sido meu 4º Natal na Irlanda, foi o meu primeiro em Dublin, já que sempre vamos pra Cork comemorar com a família do R. E além de ter sido especial por termos passado a data na "nossa" casa, foi ainda mais gostoso porque recebemos a visita ilustre da minha mãe e irmão!
Desde o ano passado, quando viemos morar nessa casa, eu já estava super animada pra decorar tudo no Natal e deixar o meu espírito brega sair do controle. Acho essa a época perfeita do ano pra exagerar mesmo, deixar tudo brilhando, colorido, bem feliz! Então nós já tínhamos alguns enfeites comprados de uma promoção pós-Natal 2015 e quando foi lá pra outubro de 2016, compramos a árvore, enfeites que faltavam, etc, etc.
A montagem da árvore foi um grande evento, eu parecia criança. Quando éramos crianças, tínhamos árvore de Natal em casa, mas era pequena, simples. Eu estava louca pra ter uma árvore grande (pelo menos maior que eu! hahaha) e beeeem decorada e ficou exatamente do jeito que eu sonhava! Decoramos também a parte que fica em cima da lareira com os cartões que recebemos, velas e coisinhas e ficou uma graça. A missão agora é ter uma lareira bem grande pra colocar ainda mais cacarecos nela! (quero ver o R. entender essa palavra sozinho, já que agora ele lê o blog sem o google tradutor, hahaha)
Desde o ano passado, quando viemos morar nessa casa, eu já estava super animada pra decorar tudo no Natal e deixar o meu espírito brega sair do controle. Acho essa a época perfeita do ano pra exagerar mesmo, deixar tudo brilhando, colorido, bem feliz! Então nós já tínhamos alguns enfeites comprados de uma promoção pós-Natal 2015 e quando foi lá pra outubro de 2016, compramos a árvore, enfeites que faltavam, etc, etc.
A montagem da árvore foi um grande evento, eu parecia criança. Quando éramos crianças, tínhamos árvore de Natal em casa, mas era pequena, simples. Eu estava louca pra ter uma árvore grande (pelo menos maior que eu! hahaha) e beeeem decorada e ficou exatamente do jeito que eu sonhava! Decoramos também a parte que fica em cima da lareira com os cartões que recebemos, velas e coisinhas e ficou uma graça. A missão agora é ter uma lareira bem grande pra colocar ainda mais cacarecos nela! (quero ver o R. entender essa palavra sozinho, já que agora ele lê o blog sem o google tradutor, hahaha)
Mais um ano que se inicia, e com ele, muitos planos, metas, desejos, objetivos e sonhos também. Estou muito, muito animada pra esse ano. Primeiro porque eu gosto de ano novo mesmo, acho que essa chance, ainda que simbólica, de colocar em prática velhos sonhos ou iniciar novos hábitos é maravilhosa. Segundo porque acho que quando tem ano novo, pensamos muito no ano que se passou, nas nossas atitudes, escolhas, enfim, é um momento muito propício pra auto-reflexão.
2017 pra mim é um ano que promete. Tudo que vim trabalhando e batalhando em 2016 se concretizará esse ano, já que agora estou pronta profissionalmente pra ir atrás do que quero aqui em Dublin. Depois,temos tenho planos mirabolantes pra viajar bastante, conhecer novos lugares e terminar de conhecer todos os condados da Irlanda, já que ainda me faltam alguns.
Além disso, é o ano em que faço 30 anos e o retorno de Saturno tem me feito pensar sobre tanta coisa, inclusive rever conceitos e mudar aquela minha "velha opinião formada sobre tudo", sabe? Sei que é muito clichê, mas é verdade.
Penso no futuro a médio e longo prazo e no que quero de fato pra minha vida.
Em 2017 faço 4 anos morando na Irlanda, 4 anos de relacionamento com o R. e são muitos motivos pra comemorar! Estou muito feliz com os rumos que a minha vida tomou, mas ainda quero muito mais - como boa sagitariana, estou sempre me mexendo e não me contento com pouco!
2017 pra mim é um ano que promete. Tudo que vim trabalhando e batalhando em 2016 se concretizará esse ano, já que agora estou pronta profissionalmente pra ir atrás do que quero aqui em Dublin. Depois,
Além disso, é o ano em que faço 30 anos e o retorno de Saturno tem me feito pensar sobre tanta coisa, inclusive rever conceitos e mudar aquela minha "velha opinião formada sobre tudo", sabe? Sei que é muito clichê, mas é verdade.
Penso no futuro a médio e longo prazo e no que quero de fato pra minha vida.
Em 2017 faço 4 anos morando na Irlanda, 4 anos de relacionamento com o R. e são muitos motivos pra comemorar! Estou muito feliz com os rumos que a minha vida tomou, mas ainda quero muito mais - como boa sagitariana, estou sempre me mexendo e não me contento com pouco!
Amoooo ler as retrospectivas alheias e também escrever a minha! Na verdade, eu sempre fiz esse tipo de coisa - escrevia na agenda, num caderninho, e guardava pra ler depois. Agora eu faço no blog!
2016 foi um ano... intenso e diferente. Intenso porque estudei muito e minha vida na Irlanda deu uma guinada, mas diferente porque saiu do padrão que eu vinha levando em 2015, mas já explico isso melhor.
Janeiro foi um mês normal - na época tava voltando pra segunda parte do mestrado, indo à aula, trabalhando 15h por semana como babá, nada de mais. Foi nesse mês que publiquei um dos posts que mais gosto no blog: uma participação do R. sobre como é namorar uma estrangeira!
Fevereiro foi uma continuação de Janeiro, com a diferença de que nem viajar viajamos. Foi nesse mês que fiquei super doente como há muito tempo não ficava e acabamos cancelando um bate-e-volta pra Londres. Fiquei de cama praticamente uma semana com muita febre, tosse, dor de cabeça, uó. No fim acabei tomando antibiótico e tudo certo! Ah, já ia esquecendo que foi quando me apresentei na minha primeira conferência para professores de inglês, uau!
O mês de março é sempre um mês interessante, já que comemoro meu aniversário de Irlanda e geralmente vou ao GNIB pra resolver minha situação por aqui. Em 2016, eu fui pra pedir uma extensão do visto já que o mestrado só acabaria em agosto mas o visto vencia em março mesmo. Comemoramos o St. Patrick's Day (já que não havíamos comemorado no ano anterior) e passei a Páscoa sozinha, já que o R. tava no Canadá a trabalho.
2016 foi um ano... intenso e diferente. Intenso porque estudei muito e minha vida na Irlanda deu uma guinada, mas diferente porque saiu do padrão que eu vinha levando em 2015, mas já explico isso melhor.
Janeiro foi um mês normal - na época tava voltando pra segunda parte do mestrado, indo à aula, trabalhando 15h por semana como babá, nada de mais. Foi nesse mês que publiquei um dos posts que mais gosto no blog: uma participação do R. sobre como é namorar uma estrangeira!
Fevereiro foi uma continuação de Janeiro, com a diferença de que nem viajar viajamos. Foi nesse mês que fiquei super doente como há muito tempo não ficava e acabamos cancelando um bate-e-volta pra Londres. Fiquei de cama praticamente uma semana com muita febre, tosse, dor de cabeça, uó. No fim acabei tomando antibiótico e tudo certo! Ah, já ia esquecendo que foi quando me apresentei na minha primeira conferência para professores de inglês, uau!
O mês de março é sempre um mês interessante, já que comemoro meu aniversário de Irlanda e geralmente vou ao GNIB pra resolver minha situação por aqui. Em 2016, eu fui pra pedir uma extensão do visto já que o mestrado só acabaria em agosto mas o visto vencia em março mesmo. Comemoramos o St. Patrick's Day (já que não havíamos comemorado no ano anterior) e passei a Páscoa sozinha, já que o R. tava no Canadá a trabalho.
Esse é um dos posts que mais gosto de escrever e acho que ele meio que virou tradição por aqui: é muito bom relembrar todos os lugares pelos quais passei nos últimos 12 meses, refletir sobre o que aprendi, o que vi, o que experimentei e também é claro, suspirar e agradecer pela oportunidade de ter visto tanta coisa bacana!
2016, em comparação com os últimos anos, foi mais parada no quesito viagens. Por conta dos estudos e por estar trabalhando pouquíssimas horas na semana, não pudemos viajar tanto, principalmente pra fora do país. Claro que isso não é um problema, afinal de contas estávamos focando em outras coisas, mas isso certamente vai me dar um gás pra querer entrar num avião muito mais vezes em 2017.
Janeiro começou com uma viagem pra visitar nossos amigos Carol e Rudy na Holanda. Não é querendo ser oferecida não, mas por mim a gente faz esse negócio de ir pra Holanda uma tradição anual. É muito bom passar uns dias com os amigos, dar risada, ver coisas legais, tirar muitas fotos e fazer memórias agradáveis. Queremos ir de novo ano que vem? Queremos!
Em fevereiro nós riscamos mais dois condados na nossa bucket list de condados pra conhecer na Irlanda e passamos um fim de semana em Louth e Monaghan. Tava um friozinho super gostoso e demos muita sorte com o tempo!
2016, em comparação com os últimos anos, foi mais parada no quesito viagens. Por conta dos estudos e por estar trabalhando pouquíssimas horas na semana, não pudemos viajar tanto, principalmente pra fora do país. Claro que isso não é um problema, afinal de contas estávamos focando em outras coisas, mas isso certamente vai me dar um gás pra querer entrar num avião muito mais vezes em 2017.
Janeiro começou com uma viagem pra visitar nossos amigos Carol e Rudy na Holanda. Não é querendo ser oferecida não, mas por mim a gente faz esse negócio de ir pra Holanda uma tradição anual. É muito bom passar uns dias com os amigos, dar risada, ver coisas legais, tirar muitas fotos e fazer memórias agradáveis. Queremos ir de novo ano que vem? Queremos!
Em fevereiro nós riscamos mais dois condados na nossa bucket list de condados pra conhecer na Irlanda e passamos um fim de semana em Louth e Monaghan. Tava um friozinho super gostoso e demos muita sorte com o tempo!