Acabei não comentando no outro post, mas Montevideo é uma cidade muuuuuuuuuito tranquila, parecia feriado todos os dias em que estivemos lá. Não me senti alvo de trombadinhas (como em Buenos Aires) e por ser uma cidade pequena, com aproximadamente 1.3 milhões, me senti à vontade, como em Dublin, que tem população parecida.
Pegamos um ônibus até o centro e fomos andando até o prédio da prefeitura, onde, no último andar, há um mirante de onde dá pra ver a cidade toda. Antes, deve-se passar num "quiosque" de turismo pra pegar o ingresso - que é de graça!
Tava fazendo um friozinho e um sol muito gostoso, o que contribuiu pra deixar Montevideo e seu outono ainda mais lindos - as árvores estavam marronzinhas, com folhas caindo, bem parecido com o que acontece aqui na Europa. Pelo menos em São Paulo eu não vejo essa mudança muito clara de estações! Acho que pelo fato de Uruguai estar mais ao sul, fica mais "fácil" de observar essa mudança.
De lá, andamos até a Praça da Independência e entramos no Palácio Esteves - um prédio do governo que abriga uma exposição sobre todos os presidentes da história do Uruguai. Quer dizer, hoje ele é museu, mas até o ano 85 servia como sede governamental.
Nas diversas salas dentro do palácio tem objetos que pertenceram aos governantes, documentos, fotos, até cachorro empalhado (essa achei meio too much). Infelizmente fotos não eram permitidas lá dentro, então só deu pra registrar a entrada:
Almoçamos num restaurante ali no centro chamado Estrecho. Passando em frente você não dá nada, nem parece restaurante, sabe? Não tem mesas, mas um enorme balcão onde você senta a dali mesmo faz o pedido. Pedimos a carne e ó.... QUE CARNE! Eu como carne e tal, mas não sou tão fissurada como o R., que se derreteu e declarou amor eterno ao Uruguai ali mesmo, na hora, na minha cara! hahahaha
A sobremesa também tava deliciosa (ricota com chocolate branco, hmmmm) e o preço foi bem camarada (uns 300 e poucos pesos, em torno de 30 reais, em torno de 10 euros).
Já havíamos nos informado que a visita guiada ao Teatro Solís começaria às 16h, então ainda dava tempo de dar um pulo rapidinho no Mercado do Porto ver os restaurantes fazendo a tal da parillada:
Depois da rápida visita, voltamos ao teatro. A entrada é bem baratinha e a visita vale muito a pena. Fizemos o tour em inglês por causa do R. e adivinhe só? Só tinha nós 3 pro tour em inglês, enquando os grupos de português e espanhol tavam bombando. Agora só faço tour em inglês na América do Sul! hahaha
A nossa guia disse que fazia muito tempo que não dava o tour em inglês, então pediu desculpas por possíveis erros, mas ela era super fofa e tava indo muito bem - até o R. mencionar que eu era professora de inglês! Aí ela ficou meio sem graça e pediu pra corrigi-la quando precisasse. Até parece!
O Teatro Solís foi inaugurado em 1856 e leva esse nome em homenagem ao navegante espanhol Juan Díaz de Solís, que foi comandante da primeira expedição européia a entrar no Río de la Plata.
Hoje esse teatro é público e os ingressos tem preços baixos, principalmente quando se trata de apresentações de orquestras e/ou peças uruguaias. Além disso, o preço para todos os lugares é sempre o mesmo, para incentivar as pessoas a ir conhecer o teatro e apreciar a arte.
Após ficarmos maravilhados com a beleza e imponência do teatro, resolvemos ir ver um museu que ainda estaria aberto às 17h - a maioria fecha nesse horário, mas como esse fecharia uma hora depois, daria tempo de chegar. Aliás, os museus em Montevideo são bem próximos do centro e fáceis de chegar.
Trata-se do Museu das Imigrações (entrada franca). É um local meio escondido, bem pequeno e simples, mas com um conteúdo bem interessante.
O dia tava quase no fim. Paramos numa padaria pra comprar uns doces (em Dublin não tem padaria, meu deus!!!!!) e fomos pra casa. Para a janta? Empanadas! Quanta comida boa nesse país!
ps.: A Jamile escreve um blog muito bom e muito completo sobre viver em Montevideo e o Uruguai de maneira geral. Ela fez um post comentando desse dia que passamos juntos e tem vários detalhes que eu deixei passar e tal - essa é a maravilha da diversidade de visões e textos!