Salzburgo, Áustria - a segunda (e última) parte

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Na primeira parte do meu relato sobre meu bate-e-volta em Salzburgo, falei do Forte, das vielinhas e das montanhas lindas cobertas de neve. A segunda (e última) parte começa aqui, na casa onde o gênio da música Amadeus Mozart nasceu e viveu alguns anos de sua vida:



Essa casa hoje é um museu (entrada de estudante foi €8.50) com vários andares e salas cheias de fotos, objetos e texto - e apesar de não se tratar de um museu interativo, você fica entretido o tempo todo porque as informações nas paredes são bem concisas e interessantes. A família Mozart morou ali de 1747 a 1773 e seu filho mais prodígio nasceu em 1756. 

O museu foi inaugurado em 1880 e desde então atrai muita gente que quer ver de perto tudo que é exibido lá. Entre as coisas mais legais estão os primeiros violinos de Mozart e um de seus primeiros pianos também (não tenho fotos pois fotos no museu são proibidas).

No segundo andar eles focam bastante na parte "sou famoso" do Mozart: seus concertos pela Europa, sua arrogância como artista, o dinheiro que ele fez. Uma coisa que me chamou a atenção foi saber que ele viajou aproximadamente 3.700 dias de sua vida, ou seja, mais de 10 anos! Agora pensa que ele morreu aos 30 e poucos. Só que viajar pela Europa pra fazer concertos não era assim glamouroso não. Não tinha avião, ônibus, trem... As viagens eram feitas em carruagens que ficavam frias demais no inverno e quentes demais no verão. As estradas eram ruins e havia ladrões pelo caminho. Havia o risco de pegar doenças e por aí vai. Tenso, né?

Mas o lado bom de viajar tanto é que Mozart, desde muito jovem, esteve rodeado de culturas diferentes e conheceu realezas pela Europa (ora, ainda criança tocou pro imperador Frederico no Palácio Schönbrunn em Viena!). 

Conversando com R. durante a visita ao museu, chegamos a uma conclusão/comparação: Mozart e Michael Jackson são figuras parecidas. Pais que exploravam o talento dos filhos desde quando eram muito pequenos; irmãos também com talento pra música mas ofuscados pelo sucesso do irmão; fama e reconhecimento rápido; a aparência e atitudes muitas vezes infantis. Enfim... Foi uma visita muito legal e me lembrou muito de quando eu estudava música!

Depois disso, seguimos pra um outro ponto alto da cidade: o Elevador Aufzug. É possível observar a cidade lá do alto por  €3,40. Tem um museu e um restaurante lá em cima também, mas a gente só foi pra ter a vista da cidade à noite e por outro ângulo, já que de manhã havíamos visto Salzburgo do alto do Forte



Ó o Forte lá em cima!

Tínhamos algumas horas pra matar antes de pegar o trem de volta pra Viena e ficamos zanzando pela cidade. Atravessamos a ponte pro outro lado (até então só tínhamos ficado na parte velha da cidade) e andamos pela rua Linzer Gasse, cheia de comércio. Jantamos num restaurante italiano e pegamos o ônibus de volta pra estação.




Já dentro do trem, ao nosso lado havia um senhor conversando com um moça. Ele falava muito alto e não parava nem pra respirar. Nem eu, que durmo até na Sapucaí no meio do carnaval tava conseguindo descansar. Ainda brinquei com o R. e disse: "se eu fechar os olhos e ficar ouvindo esse cara em alemão, parece que tô ouvindo um documentário sobre a guerra". E não é que, depois de prestar um pouco de atenção no monólogo na conversa, R. ouviu as palavras "nazi", "1945" e etc?!

Salzburgo foi uma surpresa adorável, cidadezinha linda e que certamente ainda dava pano pra manga pra mais dias. Mas a Áustria já sabe que eu volto. 








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