Viena - o 2º dia: tão impecável quanto o 1º

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No nosso segundo dia em Viena vimos bastante coisa, começando pelo Museumsquartier‎, uma praça cheia de, adivinhe? Museus! Tem museu de arte moderna, museu disso e daquilo, mas não entramos em nenhum. Primeiro porque não tínhamos muito tempo (e esses museus não eram bem o foco), e segundo que eles eram, adivinhe? Caros. Fica pra próxima, porque Viena, eu vou voltar. 



Seguimos para ver um outro palácio, o Palácio de Belvedere. É um palácio lindo (no dia achei mais lindo que o Schönbrunn que visitamos no dia anterior, mas agora tenho minhas dúvidas) e também cheio de história e curiosidades sobre príncipes, princesas, duques e toda realeza austríaca.



A ideia não era entrar no palácio porque 1) já tínhamos passado horas em outro palácio e 2) era caro, caro demais. Aliás, se eu fosse rica pagaria entrada de todos esses museus e palácios de olhos fechados, mas como sou uma pobre estudante, não rolou (já falei que voltarei pra Viena?). 



Demos a volta, vimos o Belvedere por frente e atrás (tem um jardim bonito, mas os jardins que visitei na Irlanda são mais bonitos!) e passeamos por um christmas market que tava rolando por ali. Eram vááárias tendas que vendiam doces, nozes, bebidas, enfeites, etc, etc. Tava tudo lindo! Não resisti e comprei um mix de nozes diferentes e experimentei uma bebida que tanto o Tom, meu amigo austríaco, como o R. haviam recomendado: o Kinderpunsch. É um chá com laranja delicioso! Foi ali que percebi que tava frio mesmo em Viena: ao tirar as luvas pra tirar fotos, as mãos ficavam muito duras e doloridas, mas ó, não reclamo não! Eu queria era mais, queria frio e neve. 



Saindo do Belvedere, pegamos o metrô pra chegar no Museu do Freud. Eu nunca estudei psicologia (um pouco no segundo ano de faculdade, na verdade... Saudades Deise Rossi!) mas me interesso muito pelo assunto, principalmente no que diz respeito a sonhos (quase sempre lembro dos meus e familiares e conhecidos estão acostumados a me ouvir dizer "fulano, você não sabe o que sonhei essa noite!"). Então estando em Viena, cidade natal do "homem", eu não podia deixar de aprender um pouco mais sobre a vida dele. 

O museu fica no andar do prédio onde Freud mantinha seu escritório e onde atedia seus pacientes. A entrada pra estudante foi € 6,50 e incluiu um áudio guia. Você visita vários cômodos e recebe também um livro com mais informações sobre os itens expostos (fotos, objetos pessoais, entre outras coisas). Freud é considerado o pai da psicanálise mas hoje muitas de suas descobertas se mostram distorcidas ou ultrapassadas. De qualquer forma, foi ele o primeiro cara a pensar na saúde psíquica e o que isso significava! Aí na visita ao museu você também vê a cadeira onde ele costumava ler (que foi criada especialmente pra ele, já que o dr. Sigmund Freud sentava de maneira peculiar: meio na diagonal, colocava uma das pernas em cima do braço da cadeira e segurava o livro na altura da cabeça) e a mesa que ele usava pra escrever, mas infelizmente o famoso divã que ele usava nas sessões encontra-se no museu do Freud em Londres. 




Já era umas 3 da tarde e não havíamos almoçado ainda. Resolvemos matar dois coelhos numa cajadada só: comer num dos lugares da nossa lista, o Café Central. Esse café é famoso por ter tido fregueses ilustres como Freud, Trotsky, Lenin e Hitler!



O lugar por dentro é todo chique e bonito e a comida... Só digo que foram as sobremesas mais maravilhosas que comemos em nossas vidas - isso mesmo, eu disse vidas! Enquanto nos deliciávamos com os doces, o seguinte diálogo aconteceu:

- R., what is this called again? I don't remember!
- Heaven. It's called "heaven".



À noite encontraríamos meu amigo Tom, então pra matar essas horinhas fomos dar uma olhada em oooutro palácio, o Hofburg. Trata-se de um prédio maravilhoso e tem um áudio guia em frente (igual ao do Panteão em Roma - você coloca uma moeda e escuta uma explicação de 2, 3 minutos sobre o local).



Tiramos algumas fotos e já dava a hora de nos encontrarmos com meu amigo na Heldenplatz, praça próxima ao metrô onde acontecia mais um christmas market. Havia alguns turistas, mas no geral, mais locais tomando suas bebidas e relaxando após o trabalho. Foi lá que tomei mais um kinderpunsch e provei um tipo de pão com banha de porco e ervas. Sim, eu disse banha de porco. E eu digo que: amei! Viena, o que é que você fez comigo?!



Após nos despedirmos do Tom, fomos jantar num restaurante que R. já havia ouvido falar bem: o Zwolf Apostelkeller. Ele fica num porão e tem música ao vivo, num clima bem descontraído. A comida tava bem gostosa (comi o Schnitzel de frango dessa vez) e cansados, voltamos cedo pro hotel pois no dia seguinte pegávamos o trem as 8:00 para Salzburgo
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