Mas por que eu amei Viena tanto assim?

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Apesar de ter ficado poucos dias lá (3, mas tecnicamente 2 já que um foi gasto num ida-e-volta pra Salzburgo), eu me apaixonei por Viena. A cidade é rica culturalmente e economicamente também. Você vê na beleza dos prédios, na limpeza das ruas, no nível das lojas ao redor do centro. Sabe as lojas chiques que você vê na Oscar Freire (em São Paulo) ou na Grafton (em Dublin)? Em Viena elas não se restringem a somente uma rua não. Além disso, não vi nenhum pedinte e não me senti ameaçada em nenhum momento sequer - desconfiada de uma ou outra pessoa estranha sim, mas não com medo. 

O metrô é um show à parte - as linhas são bem conectadas e é muito fácil chegar nos locais turísticos utilizando o sistema (mas vamos relevar os nomes das estações em alemão, né?! Hahaha!). E não digo que o transporte é só bom pra turista não, porque veja meu amigo austríaco, por exemplo: ele é originalmente de Graz e sempre morou lá. Há alguns anos mudou-se pra Viena por causa de trabalho e elogiou muito o sistema de transporte em nossas conversas. Sabe quanto ele paga num cartão anual, que dá direito a pegar bonde, ônibus, trem, metrô, enfim, todo o sistema na grande Viena? Pouco mais de 300 euros. Menos de 1 euro por dia! Aqui em Dublin você paga 100 só pra usar ônibus por 30 dias. 

Todo mundo atravessa a rua na faixa e no sinal verde (em Roma, por exemplo, dá o maior medo de atravessar por causa da bagunça e dos motoristas malucos). E falando em gente, confesso, o fato de ninguém pedir desculpa quando esbarra em você é estranho - aqui em Dublin a pessoa mal encostou e já ta falando sorry! Mas no geral é isso mesmo: as pessoas não sorriem e nem fazem muita questão de serem simpáticas (a não ser um ou outro garçom). Mas pelo menos não foram invasivas (como os vendedores em Paris) nem desrespeitosas. Os caras que vendem ingresso pra ópera são super discretos e não insistem se você não dá corda! Meio "cada um no seu quadrado", mas acho que isso com desconhecidos - meu amigo e sua namorada, pra citá-lo de exemplo novamente, foi um fofo, gentil, educado e muito caloroso!

Além de tudo isso, a arquitetura da cidade é um negócio que impressiona: são muitos prédios lindos, imponentes, cheios de detalhes... E não só em um ou outro lugar da cidade não, viu? Fui pra lugares um pouco mais afastados do centro e achei a cidade inteira linda. A cara da riqueza. 





Só que a cereja do bolo (quase que literalmente) é a culinária. Eu só comi coisas deliciosas, e olha que comemos em restaurantes mais simples e restaurantes melhorzinhos. Os pratos famosos, como o schnitzel e o cordon bleu; a sopa de abóbora com queijo e molho tipo inglês; a salada de batata que acompanha o schnitzel; o pão, que em todos os lugares estava muito bom (superando, inclusive, os de Paris)... E as sobremesas, que mereciam um post só pra elas - os bolos mega decorados e deliciosos, contrariando aquela coisa que às vezes o bolo é lindo mas não é gostoso; a Apfelstrudel, uma torta de maçã feita com uma massa folhada servida com creme e sorvete de baunilha (que combinação perfeita!); as panquecas servidas com geléia de damasco e soverte de creme... Depois de comer sobremesas incríveis (e incrivelmente baratas - em Dublin, por exemplo, sobremesa em restaurante é sempre 5 euros pra cima. Em Viena, alguns bolos partiam de 3 euros), vai ser difícil ser feliz com o que eles chamam de doces por aqui. 



Enfim, Viena é super romântica e apaixonante e meu amigo não estava errado quando disse que eu amaria a cidade na época do Natal - a decoração, os mercados de rua natalinos, o frio, e até mesmo a quase neve, já que no último dia pequenos flocos brancos caíram do céu. Viena tirou até o preconceito que eu tinha com a língua alemã e me deixou interessada em saber mais sobre o idioma e o país de forma geral. 

Dizem que é Rio é a cidade maravilhosa, mas pra mim, sem dúvida alguma, a cidade maravilhosa é Viena. 






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