No post anterior, relatei nosso primeiro dia de viagem pelo interior da Irlanda - visitamos as montanhas em Wicklow, castelo em Kilkenny e passamos a noite em Cork. No dia seguinte, saímos cedo de Cork, tomamos café no Centra (vida de intercambista se resume a mercados baratos), e seguimos pro próximo destino, um dos lugares mais visitados na Irlanda: o Blarney Castle.
Por mim, teria passado a manhã em Cork, passeado pelas ruas, visitado o tal do English Market, a Saint Mary's Cathedral, a Cork City Gaol... enfim. Mas quando você viaja em grupo, não dá pra fazer tudo que VOCÊ quer, né? Mas eu volto pra Cork, isso com certeza! (ainda mais porque tem alguém que conheço de lá que vai me mostrar tudo com detalhes, né, R.?)
Esse castelo medieval foi construído em 1.200 mas destruído 200 anos depois. Aí o rei da província de Munster, Dermot McCarthy, foi lá e mandou reconstruir tudo. Hoje o castelo é só castelo por fora, porque por dentro são só ruínas e uma escada enooooooorme que dá pra torre lá em cima onde se encontra a Blarney Stone. Existe uma lenda sobre essa pedra que, ao beijá-la, você ganha o poder da eloquência, o poder da fala. Só que pra beijar a pedra você fica de ponta cabeça lá em cima, mas calma que já chego lá.
A entrada custa 12 euros e estudante paga 10. Fui a única que quis entrar, meus companheiros de viagem me esperaram do lado de fora.
Na entrada você já tem acesso a um jardim enorme, um pequeno rio cortando o local e aquela grama verdinha típica da Irlanda. E de lá você já consegue avistar o belo castelo - não é nada de castelo da Disney, e me lembrou muito o Castelo de Malahide, só que maior. Na parte de fora você tem acesso ao que provavelmente foi a prisão do local - e que hoje são calabouços escuros e frios (e nunca usei a palavra "calabouço" na minha vida).
Dei a volta no castelo e comecei a subida - ele em si é pequeno na largura porém bastante alto. E pra chegar na torre lá em cima tem que subir escadas super íngremes, tipo aquelas que subi na Torre Gálata em Istambul - mal cabe o meu pé 36! Tem que ir segurando e devagar, conselho de sedentária.
Os cômodos do castelo são vazios e tem aparência de ruínas. Em cada lugar tem placas informativas, todas curtas e contendo alguma piada, toda bem-humoradinha.
Na subida, fiz amizade com um tiozinho australiano, que disse que eu era corajosa em querer estudar inglês na Irlanda por causa do sotaque irlandês que era tenso! Hahaha
Combinamos o esquema "você tira a minha que eu tiro a sua (foto)" e aguardamos na pequena fila que se formou lá na torre, já que a galera tem que sentar, deitar de costas, segurar no apoio e empurrar o corpo pra trás pra conseguir beijar a pedra de Blarney.
Há uma máquina do museu estrategicamente posicionada pra tirar fotos do melhor ângulo de você beijando a pedra. Mas a foto custa 10 euros e 10 por uma foto não da, né? O tiozinho australiano tirou pra mim:
Agora com o dom da eloquência, desci as infinitas escadas e encontrei meus flatmates na saída e pegamos estrada rumo a Killarney - conto no próximo post as paisagens e surpresas que essa cidade reservou pra nós!
Mais algumas fotos do Blarney Castle:
O tiozinho australiano que tirou minhas fotos <3 |