National Gallery of Ireland

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No final de semana recebi a visita de uma grande, querida e especial amiga, a Letícia. Ela tava viajando pela Europa (ai gente, só tenho amigos chiques) e reservou uns dias pra me visitar aqui em Dublin - que demais!

A Lê gosta de história, museu e andar bastante (saudades Buenos Aires), então a gente já tinha em mente alguns passeios que faríamos por aqui. O primeiro deles foi a National Gallery of Ireland. A ideia era visitar outros museus na segunda, mas museu geralmente fecha na segunda, né? Mas essa galeria tava aberta, e o melhor de tudo: é de graça!



Ao chegar na recepção eles explicam as instalações: somente o primeiro andar está aberto, e são duas salas: uma com obras de artistas irlandeses e outra com outras obras europeias clássicas. Há áudio-guias disponíveis também.

Na primeira sala eles expõem obras de artistas irlandeses, sendo que muitas das obras retratam as paisagens irlandesas ou a capital. Não era permitido tirar fotos, então anotei os nomes dos meus quadros preferidos e peguei as fotos do google:

"The Dublin Streets: a vendor of books", de Walter Frederick Osborne (1889)


"The 16th, 17th and 18th March, 1856", de Erskine Nicol (1856)

Além disso, havia um corredor dedicado as obras de Jack B. Yeats, irmão de William Yeats (poeta irlandês super famoso e tal). Em geral, não gostei muito dos quadros, com exceção desse aqui:

"The Liffey Swim", de Yeats (1923)

Esse quadro mostra o evento que ocorre no principal rio de Dublin, o Liffey. Eu fiz algumas anotações do aúdio-guia no dia, mas acabei encontrando a descrição com mais detalhes no site da Galeria, então vou colocar aqui: nessa pintura, Yeats convida o público a se envolver com o evento, nos colocando no meio deles. A multidão no quadro se inclina para a frente, chamando a atenção do espectador para os nadadores. Yeats foi premiado com uma medalha de prata nas Olimpíadas de Verão de 1924 por causa dessa obra.

Na segunda sala reconheci vários dos quadros - e se não conhecia a obra em si, já tinha ouvido falar de seus donos, como Caravaggio, Velásquez e Picasso. Nem todas as pinturas tem informação no áudio-guia, mas as que tem são extremamente interessantes (o sotaque dos locutores é inglês, então pra quem acha o sotaque irlandês difícil não terá muita dificuldade com estes que são bem mais claros). Estávamos observando uma obra aleatória quando o segurança da sala se aproxima e pergunta (em inglês):

- Gostaram dessa obra?

Demos uma risadinha e dissemos que sim e tal.

Só que o guardinha devia estar meio entediado, porque começou a puxar o maior papo com a gente. Perguntou de onde éramos, e quando dissemos "Brasil", ele retrucou:

- Mas por que estão trocando o sol do Rio pela chuva de Dublin?

Depois de explicarmos que eu estava morando em Dublin e que a Lê veio para visitar e tudo mais, ele começou a falar sobre ingleses, sobre Londres, sobre Dublin, sobre os sotaques, sobre a gramática das pessoas... inclusive que tínhamos um inglês muito melhor do que muita gente que ele conhece que é nativa na língua. Obrigada, tio!

Ao sairmos da galeria, passamos na lojinha do museu e ficamos babando nos souvenirs e nas lembrancinhas: uma coisa mais linda que a outra. Postais, cartões, livros, bonequinhos de autores, blocos de notas, enfim, muita coisa fofa e cara!

Vale a pena dar uma olhadinha na Galeria Nacional. Fica pertinho da Trinity College e como eu citei ali em cima, é de graça! 
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