(esse post é uma continuação do anterior)
(...) Mas enfim, em agosto, num dia que eu tava super chateada com o meu trabalho e frustrada com a situação na qual me encontrava, recebi uma mensagem de uma amiga que mudou tudo.
A S. me perguntava se eu ainda tinha interesse em mudar de carreira, que é um assunto que eu já tinha conversado com ela. Ela fez uma transição de carreira aqui, tava acumulando experiência em empresas tech e já tinha me dado uns conselhos, umas dicas. E JUSTAMENTE nesse dia em que ela me mandou mensagem, eu tava mega frustrada porque fui trabalhar e minha aluna não apareceu, foi tipo a gota d'água da frustração.
Ela me disse que ia abrir uma vaga no time dela pra trabalhar com atendimento ao cliente em inglês-português, mas que a vaga só abriria no fim do ano, e que assim eu teria tempo pra me preparar. Nos falamos, ela me explicou mais, me deu um panorama da empresa e tal, e ficou por isso. No entanto, dois ou três dias depois ela diz que na verdade a vaga já abriria na semana seguinte! Foi um choque, porque eu não esperava isso tão rápido.
Meu currículo não era atualizado há uns 4 ou 5 anos. Tive que correr pra atualizar e adaptar ao máximo as coisas do meu currículo que se referiam à ensino pra algo mais geral de atendimento. Fiz uma carta de apresentação. E no primeiro dia que a vaga foi ao ar, a S. me indicou. Fiquei muito nervosa, se não me engano era uma sexta-feira.
Quando foi na terça seguinte, recebi um email dizendo que estavam interessados numa primeira entrevista, mas eu já esperava isso por ter sido indicada por uma funcionária da empresa, sabe? Essa primeira entrevista aconteceu na sexta da mesma semana, por telefone. A recrutadora era externa, e praticamente 10 ou 15 minutos da entrevista foram ela me falando da empresa e da vaga, do que era esperado, dos benefícios, salário... apesar de saber muitas dessas coisas porque a S. já tinha me falado, fiquei bem impressionada com tudo que eles ofereciam.
No entanto, apesar deu ter ido relativamente bem nessa entrevista (passei umas 2 ou 3h me preparando nos dias anteriores), a própria recrutadora falou que talvez minhas habilidades fossem mais bem aproveitadas em outras vagas, mas que dependia muito dos outros candidatos também. Eu achei que foi um balde de água fria, e já tava preparada pra não ser mais chamada pra nenhuma entrevista.
Maaas não foi o que aconteceu. De novo, na terça seguinte, recebi uma ligação da recrutadora dizendo que eu tinha ido pra próxima fase: oba! Seriam duas entrevistas - com os gerentes e com duas colegas do time - via vídeo dessa vez. Queriam entrevistar o mais rápido possível, porém havia uma pedra no caminho: eu tava com viagem marcada, iríamos pra Islândia naquela quinta-feira. Expliquei a situação, e a recrutadora falou que não teria problema, pois eu podia fazer a entrevista do hotel mesmo.
Aí tive que explicar que na verdade íamos alugar um carro, ficar em acampamento, que eu não sabia como seria meu 3G lá... e ela insistiu que fosse logo, porque pra me esperar voltar de viagem já demoraria muito.
Combinamos que eu testaria minha conexão assim que chegasse lá e que a avisaria caso não pudesse seguir adiante. Resultado? Entrevisa marcada pra sexta, no dia seguinte à minha chegada. Na terça e quarta passei HORAS me preparando, pesquisando sobre a empresa, anotando minhas respostas. Nunca tinha feito entrevista "corporativa" assim, e dá muito medo! Tava super insegura com tudo.
Na quinta viajamos, fui me preparando no avião... e ao chegar na Islândia, todo aquele rolê de aeroporto, supermercado, pegar o carro, etc. Quando chegamos no acampamento, já era quase noite, mas felizmente a conexão deu certo pois conseguimos alugar um modem portátil pra ter internet, e isso fez toda a diferença!
A entrevista foi às 8 da manhã pra mim e 9h na Irlanda. Coloquei o celular na mochila em cima da mesinha dentro do motorhome, me arrumei, passei uma make, e fui! Eu tava bem nervosa, mas acho que no geral fui bem em ambas entrevistas. Cada uma teve duração de 45 minutos, e a preparação que fiz naquela semana foi fundamental pra dar as respostas certas - tanto o que eu queria falar mas principalmente na ótica que eles queriam ouvir. Me disseram que ainda entrevistariam pessoas e que eu ouviria uma resposta na semana seguinte.
Respirei aliviada, porque agora sim poderíamos curtir a viagem! Tomamos café, terminamos de fazer a manutenção do carro e fomos pro nosso primeiro passeio do dia. O clima não tava muito bom, mas a gente tava super feliz de estar viajando depois de tanto tempo, e apesar de aliviada pós-entrevista, fica aquele sentimento de ansiedade, de ficar imaginando os "e se...".
Umas duas horas depois de termos chegado nesse parque, nossa primeira parada lá, meu celular toca. Reconheci o número, era a recrutadora. Eu não queria atender, surtei. Deixei tocar.
Aí o R. falou: "ela vai tentar ligar de novo". Respirei fundo, e fiquei pensando no que falaria caso a resposta fosse negativa ou positiva, imaginando os cenários possíveis... eu tava certa de que seria um não, porque pra darem a resposta assim tão rápido, sabe?
10 minutos depois, ela liga de novo. Atendo. Ela pergunta se posso falar, digo que sim.
A recrutadora então perguntou como eu achava que tinha me saído, e após eu dar a minha resposta clichê "ai fui bem, mas acho que poderia ter ido melhor, blá blá blá" ela me disse que os gerentes tinham gostado de mim e que estavam me oferecendo a vaga!!!!
Fiquei EM CHOQUE, porque aconteceu tudo tão rápido! Num período curto de tempo eu finalmente decidi tentar outra carreira, fiz entrevista e passei?!!!
A vaga oficialmente é Support Consultant de um produto do LinkedIn dentro do Sales Solutions deles. Eu mesma não sabia, mas o LinkedIn tem um monte de segmentos diferentes, é uma empresa enorme! Oficialmente o horário é das 9h às 17h30, com uma hora de almoço e um intervalo de meia hora, segunda à sexta. A princípio pra trabalhar de casa, mas a partir do ano que vem (dependendo da pandemia, claro), vai rolar um híbrido, mas me disseram durante o processo seletivo que poderei ir pro escritório uma vez a cada semana ou até mesmo duas semanas. Confesso que essa possibilidade me pareceu muito atraente, porque eu curto ficar em casa e não precisar gastar 3h do meu dia no trajeto.
Então é isso. Dia 04 de outubro eu comecei o meu emprego novo, uma carreira nova. Não tenho certeza se ficarei nessa vaga por muito tempo, se vou amar, se vou querer fazer outras coisas... são muitas possibilidades. Como falei, a empresa é enorme e há muitas chances de crescimento e mudanças.
Eles dão um orçamento pra você montar seu home office, então comprei uma boa cadeira, pedi um monitor, e já estou 100% instalada no escritório aqui em casa, feliz da vida por não precisar acordar tãoooo cedo e estar no conforto do meu lar!
No momento em que escrevo esse post já completei 6 semanas de empresa - ainda tem muita coisa pra vir compartilhar, mas eu preciso dizer que tá faltando tempo! Estamos na contagem regressiva do casamento REAL OFICIAL, fazendo coisa todo dia depois do trabalho, então talvez o post com mais detalhes do trabalho só saia ano que vem, mas quem sabe? Veremos!
