Repeteco: castelos e portos

/

Seguindo o plano de gravação do programa "O mundo segundo os brasileiros" paramos em Malahide pra falar um pouco do castelo, dos fantasmas que o assombram e de quem ali viveu.  Eu já tinha ido pra lá num lindo dia de sol e tinha gostado muito dos jardins e do castelo em si, então me senti um pouco mais "em casa".

A gente chegou super em cima da hora de fechar, mas conseguimos pegar o último tour. Nessa parte eu não precisei fazer nada pois eles tavam pegando imagens do castelo e da guia explicando os cômodos. 

Depois disso nos deixaram sozinhos lá dentro por uns 10 minutos pra gente gravar as partes que eu ia falar. Sozinhos no castelo, cara! O triste é que, apesar deu ter lido bastante a respeito do castelo e já ter feito o tour, não consegui desenvolver muita coisa em frente às câmeras. Edição, salva eu!

O staff todo foi extremamente simpático e prestativo, uns fofos. Ainda ofereceram da gente conhecer uns jardins por ali, mas só passamos rapidinho pra correr pro ultimo destino: Howth

Newgrange

/

Como citei no post anterior, participei de uma gravação para um programa de TV sobre brasileiros na Irlanda. Acabei seguindo o roteiro proposto, que incluía um dos pontos turísticos mais famosos do país: Newgrange

Eu já tinha lido sobre Newgrange mas coloquei ele em algum lugar da cabeça que não tava muito acessível, tipo esqueci completamente. Se eu soubesse que esse lugar era assim espetacular, eu teria ido antes, muito antes. 

Você na verdade vai até o Visitor Centre. Lá você compra as entradas e pode ver algumas fotos e ler informações sobre o local - tem lanchonete com comida gostosa e banheiros, mesas pra sentar e tal. 

Quando você compra o ingresso eles informam a hora que o seu ônibus vai pra Newgrange - é que como o lugar é bem protegido, simplesmente não dá pra pegar seu carro e ir, sabe? Só com os ônibus do tour. Em 5 minutos eles te deixam "na porta" praticamente. 

Eu na TV, de novo e pra valer

/

Num belo sábado de preguiça, já no final da tarde, recebo uma ligação da Tarsila. Ela dizia que tinha uma proposta pra me fazer. 

Por estar doente, Tarsila não poderia participar da gravação de um programa chamado "O mundo segundo os brasileiros" que passa na Band e também é colocado no YouTube. Ela estava me convidando pra participar no lugar dela. 

Fiquei meio sem reação mas topei. Logo em seguida a produtora do programa me ligou para combinarmos o que seria feito no dia seguinte - o roteiro na verdade já havia sido discutido com a Tarsila. O plano era sair de Dublin e ir pra Newgrange, Howth e Malahide

Agora, mais coisas de inglês irlandês

/

Já fiz dois posts falando sobre o sotaque irlandês e até algumas expressões utilizadas pelo pessoal aqui. No primeiro post, que publiquei em Maio, foquei em alguns sons específicos e no segundo, publicado em Agosto... er, no segundo também.

Esse post não vai ser sobre sotaque de novo, mas sobre três coisas que notei recentemente: o uso das palavras "now" e "alright" e a estrutura de "to be + after + verbo com ing" ao invés do present perfect.


Eu mesma faço

/

Quando a gente está se preparando pro intercâmbio (e também quando já esta nele), economia é a sua melhor amiga.

Ainda no Brasil, eu fiquei meses sem comprar nenhuma roupa, bolsa ou maquiagem pra poder juntar dinheiro pra vir pra cá. Aqui, não comprei nada significativo (meia-calça de 2 euros não conta, né?) por uns 5 meses, já que não tinha emprego fixo e não podia sair gastando. Mas essas são minhas prioridades. Se por um lado não comprei "bens materiais", não hesitei em gastar com entrada em museus e jantares com o R.

E nessa história de economiza daqui pra gastar ali, várias pessoas ficam meio perdidas, já que costumavam comprar coisas x e utilizar serviços y que nao são os mesmos que os do Brasil. Fazer as unhas, depilação, corte de cabelo, essas são so algumas das coisas que a gente (meninas) precisa mas não sabe bem como vai fazer. 

Meia dúzia de meses

/

Estou incrédula. Incrédula.

Como assim já foi metade do meu intercâmbio e eu nem vi?

6 meses passaram num piscar de olhos. 50% do meu visto aqui já foi usado. Mas eu ainda nem comecei!

Do 5º mês pra cá, consegui um emprego estável, conheci o Print Museum e o Post Office Museum, Newgrange, apareci na televisão, gravei participação pra um programa de TV brasileiro, corri numa maratona em Belfast, fui ao zoológico de Dublin...

Fiz muita coisa, como em todos os meus meses aqui.

Mas ainda falta tanto, ainda quero muito mais! Tenho uma lista enorme de lugares pra visitar em Dublin, na Irlanda e na Europa.

Rapidinhas:

Babs babá

/

Amanhã serão 4 semanas de trabalho completas como childminder - vulgo babá.

Nesses 30 dias, aprendi a trocar fralda e roupa de criança, mesmo quando ela não quer fazê-lo.

Cortei muita batata e cenoura pro jantar.

Limpei baba e catei pedacinhos de comida cuspidos pela casa - sempre que eu via alguma mãe fazendo isso pensava: que nojo, credo. O mundo dá voltas! Rá!

Levantei, sentei, levantei e agachei quatrocentas mil vezes.

Empurrei carrinhos pesados e fiz lanches para o parque.

Brinquei com quebra-cabeça, boneca e cozinha de mentirinha.

Dancei e cantei "Itsy Bitsy Spider" umas 37 vezes.

Aprendi a cantar "Row row row your boat" e "Jelly on a plate".

Li muitos livros, mas praticamente o "Fox on the box" todo dia.

Busquei na escola no sol, no vento e na chuva.

Dei bronca séria.

Pedi abraços em vão, para semanas mais tarde, ao dizer "Will you give Barbara a big hug?!" ganhar um abraço gostoso.

Respondi a muitos "why".

Falei "good girl", "thanks for being a good girl" e "very good" umas 569 vezes.

Expliquei "let's wait for the green man" ao atravessar a rua umas 23 vezes.

Ri, me surpreendi e me irritei.

As crianças são fascinantes, mas a melhor parte do dia é quando a mãe delas chega e eu vou pra minha casa sozinha. Não nasci pr'essas coisas não, meu!

Eu e as meninas versão suricate

Minha estréia na TV

/

No final de julho comentei aqui que o coral onde eu era voluntária havia participado de gravações para um documentário. O que não sabíamos é que o documentário era só fachada, já que estávamos participando do programa "Secret Millionaire" sem saber.

Esse programa mostra pessoas que têm dinheiro e querem doar pra alguma instituição. Nesse episódio, mostram a Margareth (que chegou a me entrevistar no dia) que tem uma empresa de distribuição de ovos e por ser bem-sucedida, resolveu ajudar doando cheques bem generosos.

Quando consegui emprego na Concern, parei de ir no coral pois os horários não bateriam - e depois acabei conseguindo mais alunos particulares e mais tarde o emprego atual, então infelizmente não pude mais comparecer aos ensaios nem caminhar com o K. até o local.

No entanto, estive presente num evento que aconteceu mês passado num pub pra arrecadar fundos e também na celebração de ontem - todo mundo se reuniu no pub The Church com familiares e amigos pra ver o programa na TV num telão.


As aranhas

/

Começo esse post trazendo a seguinte reflexão:

O que é melhor - baratas no Brasil ou aranhas na Irlanda? (minha opinião pessoal no final do texto)

Sabe o Saint Patrick, ou em português, São Patrício? Ele é padroeiro da Irlanda e trouxe o Cristianismo pra cá. Saint Patrick foi um cara muito bacana porque expulsou as cobras da Irlanda pra sempre, lindo! Mas ele esqueceu de expulsar as aranhas.

Tem aranha no chão, no teto, nos cantos, nos quartos, na sala, no jardim, até na sua alma.

Aranhas devem viver predominantemente em ambientes úmidos, porque cara... elas adoram esse país. Você encontra teias de aranha em todas as casas - nos portões, nos cantos, nas quinas dos tetos... é absurdo! E não tem nada a ver com limpeza não: aqui em casa por exemplo fazemos limpeza toda semana mas vira e mexe aparece uma amiguinha em algum canto.

Há mais ou menos um mês eu tava deitada na minha cama lendo quando vejo uma pequena aranha na parede próxima ao teto. Peguei minha havaiana e dei uma chinelada nela - problema resolvido! Voltei a ler. Uns 30 minutos depois, observo uma OUTRA ARANHA descendo por sua teia na direção do meu edredon na região dos meus pés - surtei na hora. Peguei o chinelo e me livrei do monstrinho.

A saga do carrinho

/

Quando cheguei na Irlanda, logo notei que tinha muita criança por aqui. E muitos carrinhos de bebê.

Sério, em 25 anos em São Paulo nunca vi TANTO CARRINHO DE BEBÊ como vi em quase 6 meses aqui na Irlanda. É absurdo: nas ruas, nos trens, nos ônibus, em todo lugar.

Tem carrinho grandão, carrinho pequeno, carrinho que deita 90 graus, carrinho pra duas crianças uma ao lado da outra, carrinho pra duas crianças uma trás da outra, carrinho pra duas crianças uma em baixo da outra, carrinho com três rodas potentes, carrinho com quatro rodas leves, etc, etc, etc.

É carrinho pra caralho.

Aqui eles os chamam de "buggy", mas eu conhecia como "stroller" (e olhando no dicionário agora, achei "pram" também).

Web Analytics
Back to Top