Quem me conhece sabe que tenho muita facilidade em lembrar dos meus sonhos. Tô sempre comentando "fulando, sonhei com você essa noite", etc e tal.
Só que essa noite, me superei.
Foi a terceira vez que sonhei com Dublin. E foi muito real, como das outras vezes.
Eu estava andando pelas ruas do centro quando via uma loja enorme das Havaianas. No sonho, pensava: "Bem que a Nivea me falou que não precisava comprar havainas no Brasil, que aqui tinha!" (detalhe, ela nunca me disse isso!)
Depois, eu entrava numa loja que parecia um fliperama e minha amiga Letícia, que estava comigo, dizia:
- Bá, você tem que jogar esse jogo, é muito legal, já joguei!
Nisso, um irlandês se aproximava e começava a falar do tal jogo - eu não entendia nada, até que perguntei:
- Excuse me, but... what's your name?
Ele respondia "Scott". Mas era um "Scott" num sotaque irlândes, meio fechado. Aí, pra confirmar, eu dizia: "Scóoooott?" com o meu sotaque americano. Ai, que vergonha.
Depois ele me dava um beijo no rosto e dizia "Nice to meet you. Spain is a very nice country indeed."
QUÊ? SPAIN?
"Yeah, but I'm not from Spain, I'm from Brazil!!!"
"Ahhhhh, Brazil! That's amazing! I have a Brazilian flatmate called Paulo."
Depois disso eu saía da loja/fliperama e pensava: "Nossa, é bem fácil conhecer pessoas na Irlanda!" HAHAHAHA
Ao sair de lá, andávamos um pouco mais pelo centro quando (e aqui começa a ficar bizarro) nos deparamos com vários búfalos deitados no chão. Eu dizia:
- Lê, vamos dar a volta.
E ela:
- Eles estão dormindo! Vamos por aqui mesmo.
Só que os búfalos acordavam e começávamos a correr, correr muito. Só que, ao dobrar a esquina, nos deparávamos com dois ursos enooooormes brigando. E quando eles nos viam, começavam a correr atrás da gente.
Corta a cena. Um escritório tipo FBI. Um agente, vendo numa câmera a cena dos ursos prestes a nos atacar, diz pro outro:
- Man, what are we gonna do? Are you gonna let those bears attack them?!
E outro dizia:
- I don't know, man. There's nothing we can do.
E foi assim que acordei de um dos sonhos mais reais/bizarros da minha existência.